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sábado, 26 de fevereiro de 2011

A PARAPSICOLOGIA É FRUTO DO DESCUIDO DOS ESPÍRITAS



AS FEDERATIVAS DEVEM CUMPRIR O PROGRAMA ESPÍRITA

Acredita que as Federativas devem, com a maior urgência cumprir, integralmente, o programa Espírita, retornando à pesquisa e a um melhor tratamento dos fenômenos considerados, pela ciência, como paranormais, sob um enfoque cientifico e, ampliar o campo de debates na área filosófica, compatibilizando a Doutrina com a própria vida, com os problemas sociais, para se ter uma visão histórica mais amadurecida da Sociedade".

O professor vai mais longe e acha que "as Federativas deveriam se empenhar na criação de Departamentos de pesquisa científica, elaborando programas e formando pessoal quali­ficado, para o estudo metódico dos fenômenos".

Sem isso, observa, "o Espiritismo está na verdade como um Saci, com uma perna só. Esquecendo que, quando Kardec definiu o Espiritismo o fez como ciência e filosofia com conseqüências morais e religiosas." É preciso que, sem minimizar o trabalho feito na área religiosa, maximizar, se é que assim podemos dizer, a área cientifica, dando ensejo também, ao permanente círculo de debates no campo filosófico

OS ESPÍRITAS NÃO COMPREENDEM OS CIENTISTAS

Além de professor universitário da cadeira de Direito Civil, da Universidade Católica de Pernambuco, é membro fundador da Academia de Ciências de Pernambuco. Escreveu diversos livros e ensaios nas áreas da Parapsicologia, da Sociologia, do Direito, da Filosofia e da Poesia, entre 'eles "Introdução ao Paranormal" e "Rumo ao Sem Fim".

Conhecido em todo o movimento espírita, devido a enorme repercussão do programa "O Grande Júri", que manteve durante quase quatorze anos na TV Universitária de Pernambuco, programa que reunia mais de trinta especialistas nas diversas áreas do conhecimento humano, como químicos, físicos, católicos, protestantes, espíritas e outros. Entre os temas levados a debate no "Grande Júri", o que mereceu maior cobertura da imprensa espírita foi "A Bíblia", mantido, conforme explicou o professor, durante quase seis meses a pedido do público.

Fala da incompreensão que os estudiosos, pesquisadores e cientistas recebem de grande parte dos espíritas, principalmente aqueles que se dedicam à Parapsicologia, "havendo uma certa suspeição e até preconceito a quem se dedica a esta ciência". Explica que tem insistido no campo da ciência, pela mesma dedicação e interesse que os demais têm em divulgar a Doutrina Espírita.

KARDEC NÃO DISSE A ÚLTIMA PALAVRA E SIM A PRIMEIRA

Vê a necessidade de atualização "precisamos fazer algumas atualizações quanto à vestimenta doutrinária, porque na essência não há nada a se reparar, e uma abordagem metodológica mais adequada, uma visão mais aprofundada das coisas e dos fatos. Kardec já recomendava e advertia para a necessidade de dinamizar a Doutrina. Porque em Ciência o conhecimento é provisório. Ciência não pára. Uma ciência estática deixa de ser Ciência. Kardec descerrou-nos as portas de um mundo novo, infelizmente a quase totalidade dos espíritas ficaram na soleira".

É com este mesmo argumento que rejeita o posicionamento de alguns espíritas que colocam a pesquisa em segundo plano, chegando a encará-la como desnecessária , ao pensar que os fatos não precisam ser comprovados dentro dos métodos científicos. Vê este posicionamento como "uma completa miopia intelectual, fruto de fanatismo religioso, pois Kardec não resolveu nenhum problema quando abriu as portas para uma nova dimensão, pelo contrário, aumentou-os, porque até então só tínhamos preocupações com a nossa vida física". E acrescenta: "Kardec não disse a última palavra, mas sim a primeira. Temos, por isso mesmo, que estudar e pesquisar cada vez mais, para ampliar o campo do conhecimento humano. Temos que responder, agora, questões como o funcionamento da mente em nível biológico e espiritual, quais as relações entre este e o outro mundo, entre tantas outras questões que surgem a partir dessa nova fase do conhecimento".

Neste sentido, acredita que no Espiritismo temos nos limitado às comunicações espirituais, os Espíritos é que nos ditam orientações, "pois o Espiritismo parou como ciência, os espíritas precisam desenvolver com gosto o trato para os problemas científicos, senão geraremos um fanatismo e toda religião que se esclerosa, fatalmente morre" este não pode ser o caso da Doutrina Espírita, porque a religião tem no Espiritismo a dinâmica própria da ciência e da filosofia. Afinal, o Espiritismo é uma Doutrina universalista e é esta universalidade que vem agora cobrar do espírita uma nova tomada de posição.

A PARAPSICOLOGIA É FRUTO DO DESCUIDO DOS ESPÍRITAS

O professor Walter afirma incisivamente que "a Parapsicologia de Joseph Rhine e a própria Metapsiquica de Charles Richet só tiveram vez porque os espíritas se descuidaram da área científica. Senão a nossa Doutrina, por si só, tomaria os freios, as rédeas, o comando da pesquisa e hoje não teríamos a Parapsicologia".

Nesta mesma linha de raciocínio, perguntamos ao professor se os estudiosos espíritas poderiam seguir caminho diverso ao da Parapsicologia, ao que respondeu: "isso não seria metodologicamente possível, apenas a interpretação seria diferente. Primeiramente porque há parapsicólogos espíritas, que permanecem cada vez mais espíritas, e exercem de maneira muito produtiva o seu ofício de parapsicólogos, e há parapsicólogos católicos, como também materialistas; no entanto, as áreas da Parapsicologia e do Espiritismo são as mesmas, apenas que cada uma pode atuar dentro de seu modelo de interpretação", explicou.

Lembrando o pensamento de Rhine a respeito da sobrevivência da alma, disse: "o próprio Rhine já dizia que a questão da sobrevivência é também uma questão da Parapsicologia e que os fenômenos paranormais sugerem fortemente a hipótese do prosseguimento da vida após a morte, se não houvesse qualquer prova da sobrevivência, os fenômenos paranormais, por si só, seriam esta prova".

OS FENÔMENOS SÃO PRODUZIDOS POR ENCARNADO E DESENCARNADO

Insistindo na tese da criação de centros de pesquisa, sugeriu uma outra medida:"seria muito bom que os espíritas adotassem o procedimento científico da Parapsicologia. Desenvolvendo suas pesquisas dentro do próprio Centro Espírita, formando laboratórios ou que fundassem em cada Estado, Centros Espíritas voltados à pesquisa científica, fazendo sessões experimentais, observando o comportamento dos médiuns etc..." Relata a sua tentativa da criação deste tipo de trabalho no Recife que não foi bem aceito "porque os espíritas insistem em não encarar o aspecto científico com a importância que ele deve ter no contexto espírita".

Mostrou-nos a diferença básica entre o Espiritismo e a Parapsicologia: "A Parapsicologia é uma ciência que tem por objeto o estudo dos fenômenos paranormais, ou seja, ela pretende estudar os mecanismos e obter certo controle sobre os eles, e, como a ciência, dar-lhes um sentido prático. Na Parapsicologia, a hipótese da causa dos fenômenos é que eles se originam no inconsciente do médium. Assim, enquanto na Parapsicologia a sobrevivência é uma hipótese, para o Espiritismo ela é um fato: o espírito desencarnado é a causa da maioria dos fenômenos. Mas o campo de pesquisa é o mesmo."

Quanto ao problema do animismo, lembra Ernesto Bozzano, quando este afirmou que "para conhecer os poderes do espírito desencarnado, precisamos primeiro conhecer os poderes do espírito encarnado”. Precisamos investigar a capacidade criativa da mente, para, por qual­quer motivo não estar atribuindo aos espíritos a agência dos fenômenos paranormais. Tanto que Camille Flamarion chegou a afirmar textualmente que as comunicações entre vivos e mortos eram tão raras que a rigor poderíamos dizer que elas não existem".

E foi dentro desta mesma fidelidade científica que o professor Walter Rosa Borges se propôs a estudar e pesquisar o médium pernambucano Edson Queirós, que vem fazendo centenas de operações espirituais dentro da própria Federação Espírita de Pernambuco e que será objeto da reportagem em nossa próxima edição.


(*) O Semeador. Junho de 1982

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2 comentários:

Através da obra "Diversidades dos Carismas" de Hermínio C.Miranda que eu consegui "em parte" distinguir quando acontece o fenômeno mediúnico e o fenômeno anímico.
Comecei a ler e estudar esta obra com um grupo de pessoas. E conforme líamos os capítulos se ouvia alguém comentar "eu sou a Regina". Regina é a personagem que Herminio C. Miranda, em ralato, usa para melhor compreensão do assunto. Ela é portadora de todas as faculdades mediúnicas e passou por processos parecidos com a maioria das pessoas que se questionam e se exigem nas atribuições que vem desta faculdade. Eu vejo, neste livro um estudo sério e aprofundado sobre processos anímicos e mediúnicos que poderia responder muitas questões para quem estuda a parapsicologia. Um verdadeiro experimento. Acredito que deveria se fazer mais experimentos como este. Porém todo o cuidado é pouco na escolha das pessoas a fazerem parte deste processo. Deve ser com pessoas que não se "melindrem" e que tenham uma postura de humildade o suficiente para não se embaraçar com as próprias descobertas sobre o seu psiquismo. Outro fator que afastaria um médium ostensivo de fazer parte destes experimentos seria o julgamento dos demais que fizessem parte do processo. Estes seriam os maiores fatores que, com certeza, afastaria qualquer possibilidade de contribuição.
Com certeza estes experimentos poderia auxiliar muitos terapeutas, principalmente os espíritas em ajudar os pacientes psiquiátricos.
Pois até mesmo no Hospital Espírita de Porto Alegre existem muitos médicos não espíritas...Começando por aí...o que considero uma falha enorme da administração do Hospital.
A finalidade destes experimentos seria esta? Ajudar as pessoas em suas dificuldades? Mas de nada adiantaria sem a evangelização do ser. Este é imprescindível. A pratica da ciência sem a evangelização é munição para insensatos.

PODERIAM ME AUXILIAR?
ESTOU NO YOUTUBE NUMA DISCUSSÃO COM UM ATEU FERRENHO QUE TUDO QUER NEGAR POR VIA DA PARAPSICOLOGIA, EMBORA EU O COMBATA COM ARGUMENTAÇÕES DE PARAPSICÓLOGOS ESPÍRITAS, TAIS COMO AS DO HERNANI GUIMARÃES ANDRADE.
GOSTARIA QUE ME DESSEM SUBSÍDIOS,SE POSSÍVEL PELO MEU EMAIL: creis2@yahoo.com.br
OBRIGADO.

A História do Café da Manhã