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sábado, 15 de maio de 2010

Autoridade da Codificação espírita e os "FALSOS PROFETAS"



Autoridade da Codificação espírita e os "FALSOS PROFETAS"
Por Francisco Amado

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Na doutrina espírita a dúvida é um dos elementos básicos para a busca da verdade. Kardec a aconselha como método de controle das manifestações mediúnicas e dos estudos dos princípios doutrinários.
Todavia poucas pessoas conhecem a base da doutrina espírita, instruídos por leitura de romances espiritualistas, sua mentalidade é povoada de fantasias. Neste contexto não compreendem que a critica é considerada como condição necessária para a filosofia e pratica espírita.
Kardec sempre deixou claro que a Doutrina é dos Espíritos.
Mas que garantia podemos ter de que a Doutrina é mesmo deles? Como assegurar-se cientificamente de que os ensinos não são oriundos da mente dos médiuns ou do codificador?
Aqui é que entra uma das metodologias proposta por kardec, que a maioria desconhece e ou abomina o Método do Controle Universal do Ensino dos Espíritos (CUEE)

Tendo seus fundamentos descritos no Evangelho Segundo o Espiritismo e na Revista Espírita de abril de 1864

Também não sabem que as práticas místicas no espiritismo são condenadas, não por elitismo ou preconceito, e sim por que; em 1º lugar o homem esta no mundo para viver a realidade da vida de relação a fim de desenvolver suas potencialidades, 2º porque a ligação do homem com Deus se faz naturalmente, sem necessidades de práticas ritualísticas.
Todavia alimentados por informações oriundas de romances desconhecem que a doutrina não é obra de romances e sim de pesquisa cientifica, de filosofia, e acabam por encarar o espiritismo apenas como mais uma religião, levando ao que estamos constatando.

Um distanciamento ideológico do movimento espírita em relação ao pensamento de Allan Kardec e o afeiçoamento da ação dos espíritas a padrões confessionais e ritualísticos, velados ou explícitos, caracterizando um processo de sectarização da doutrina.


Como Kardec definiu o espiritismo “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal. ’’
Para mim o espiritismo é muito mais deísta do que religioso, pois, a orientação espírita é a de fé raciocinada explicito no capitulo XIX do Evangelho Segundo O Espiritismo “Fé inabalável só o é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da humanidade”.

O que é o deísmo?
É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião denominacional.
Os Deístas acreditam em Deus, mas freqüentemente se encontram insatisfeitos com as religiões e apresentam geralmente estas afirmações que os diferenciam dos teístas praticantes.

1- Creio em Deus, mas não pratico nenhuma religião em particular.
2- Creio que a palavra de Deus é o Universo e a natureza, mas não os livros "sagrados" escritos por Homens.
3- Gosto de usar a razão para imaginar como será Deus e não apenas aceitar que me doutrinem.
4- Acredito que os ideais religiosos devem tentar reconciliar e não contradizer a ciência.
5- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de uma igreja.
6- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
7- Prefiro guiar minhas opções éticas pela consciência e reflexão racional a aceitar as opções ditadas pelos livros "sagrados" ou autoridades religiosas.
8- Sou um pensador individual, cujas crenças religiosas não se formaram por tradição ou autoridade de outros.
9- Creio que religião e Estado devem estar separados

Religião lembra muito mais a manutenção da ignorância, da dificuldade de entendimento e do livre-pensamento e dos partidários das verdades incontestáveis, que todos devem se curvar (convertendo-se), sem questionamentos em busca da salvação, do que doutrina raciocinada.

Porém como o leitor-consumidor quer leituras rápidas, fáceis, que possam dar receitas prontas e flexíveis para dar alívio às suas múltiplas angústias.

Nada que comprometa muito, nada que o faça raciocinar em demasia, nada que o obrigue a tomar atitudes éticas mais firmes desconhece o verdadeiro caráter da doutrina espírita.
Chegando ao ponto de acreditar que é Kardec que tem que se adequar o que dita o espírito Y ou X e não o contrário.
Temos hoje uma literatura mediúnica derramando a mão cheia informações sobre colônias, que o Espírito no mundo espiritual (a mulher) engravida e gera um ser espiritual; que existam seres intra-terrestres, sobre a existência de seres malignos como magos negros e dragões que podem inserir chips em espíritos para comprometer sua evolução e etc.

Neste contexto as palavras de Kardec, que falava em Paris, no ano de 1861, ainda servem, inteiramente, para o momento atual.

A opinião de um Espírito - seja qual for o médium, seja qual for à categoria desse Espírito - é sempre uma opinião própria, não é um princípio doutrinário.

É preciso levar em conta, sempre, que o médium não é um oráculo, como não é um santo: é uma criatura em situação especial na vida, com uma carga pesadíssima de responsabilidade espiritual e humana.
Em lugar de se endeusar o médium, querendo fazer dele um ser infalível, como se não fosse também uma criatura humana, sujeita a certos riscos do ambiente terreno, o que se deve fazer é ajudá-lo com assistência espiritual, é apoiá-lo moralmente, evitando que certas idéias perigosas, certas presunções de superioridade ou de santidade lhe penetrem a alma।

Portanto quando se faz uma analise critica destas obras não se tem o intuito de PROIBIR sua leitura como defendem os sectários do maravilhoso. Apenas estamos adotando a metodologia de Kardec.

Ou seja, a postura dogmática que o espiritismo rejeita vai se infiltrando, na mentalidade dos neófitos por meio de romances duvidosos que veladamente doutrina contra o senso critico atacando o elitismo, como se, ser da elite fosse pejorativo.

Como um autoritarismo disfarçado, acabam justificando a idolatria por médiuns, e mentores espirituais o que esta se tornando muito comum, assim eles passam a pontificar sem nenhum questionamento, dominando assim as consciências, sem liberdade de pensamento.
Doutrina-se uma crença cega no que dizem certos espíritos por meio de romances abarrotados de informações sem provas, novidades sem evidências, e garantindo tudo apenas através de argumentações que giram em torno das costas larga da palavra caridade.
Esquecendo que a maior caridade é ajudar as pessoas a ter senso critico sobre todas as coisas.
Não entendem o valor de O Livro dos Médiuns e vivem à procura de novidades apresentadas em obras mediúnicas suspeitas.
Isto tudo porque se contam por verdadeira multidão às pessoas que se tornaram espírita e freqüentam sessões sem jamais haverem lido “O Livro dos Espíritos” ou qualquer outra das obras básicas da doutrina.

Não compreende que o Espiritismo não se contém todo ele no campo mediúnico, conquanto este lhe tenha servido de ponto de partida, como se sabe. O fenômeno por si só não nos levaria a conseqüências profundas, ou seria apenas objeto de observação ou motivo de deslumbramento, sem a formulação filosófica.

Para ser espírita é preciso conhecer o Espiritismo.

Como afirmou Kardec - "A FORÇA DO ESPIRITISMO ESTÁ EM SUA FILOSOFIA".


E por que não está no fato mediúnico? Porque o fato prova e convence objetivamente, não há dúvida, porém não elucida os problemas mais graves de nossa vida, por si mesmo, se não tomar a direção filosófica que conduz à inquirição das causas, dos porquês e das conseqüências.
E o que é Filosofia?

Filosofia é a possibilidade da transcendência humana, ou seja, a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada e não escolhida. É sobre tudo uma atitude, um pensar permanente. Por isso a dúvida é um dos elementos básicos da doutrina.
Portanto para conhecer esta doutrina filosófica precisamos beber da fonte da base.

É a base da codificação é no sentido de estudo.
Por exemplo
A base da química é a Tabela periódica.
Permite, por exemplo, prever o comportamento de átomos e das moléculas deles formadas, ou entender porque certos átomos são extremamente reativos enquanto outros são praticamente inertes.
Permite prever propriedades como eletro negatividade, raio iônico, energia de ionização.
Dá, enfim, fazer inferências químicas plausíveis.


As Obras Básicas são a Tabela periódica da espiritualidade, a pedra de toque que podemos usar para aferir a legitimidade ou não das pedras aparentemente preciosas que os garimpeiros de novidades nos querem vender.

A Codificação foi transmitida já edificada, pois ela toca em todos os problemas da humanidade: há "cimento" e "tijolos". Não adianta estudar livros de CHICO XAVIER antes de estudar a Codificação, por isto é que se diz que a Codificação é a base, mas base no sentido de estudo e não a "base" no sentido de uma construção.

Outro exemplo seria as quatro operações de cálculo (somar, subtrair, multiplicar e dividir) é a base para quem deseja estudar Matemática e não a "base" do edifício da Matemática, pois esta já está construída.

Reflita sobre isso.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.” [Carl Sagan]

terça-feira, 11 de maio de 2010

Controle Universal do Ensino dos Espíritos



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Uma Análise Matemática do Método do Controle Universal do Ensino dos Espíritos
Por: Alexandre Fontes da Fonseca
Espírita desde criança, Alexandre Fonseca começou a ler e estudar Kardec aos 15 e desde então não parou mais. Físico por formação, Alexandre conseguiu aliar sua atividade de físico e pesquisador a Doutrina Espírita. Atualmente fazendo pós-doutoramento nos Estados Unidos e também no Instituto de Física da USP, ele tem colaborado com a divulgação da Doutrina Espírita escrevendo artigos para a Revista Internacional de Espiritismo (RIE), para a revista FidelidadEspírita, para o Grupo de Estudos Avançados Espíritas (GEAE).

1. Introdução

Kardec sempre deixou claro que a Doutrina é dos Espíritos.
Mas que garantia podemos ter de que a Doutrina é mesmo deles? Como assegurar-se cientificamente de que os ensinos não são oriundos da mente dos médiuns ou do codificador?


Kardec tratou disso ao propor o Método do Controle Universal do Ensino dos Espíritos (CUEE), que pode ser encontrado no 9º parágrafo do ítem II da Introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo1 (ESE), e na parte final do ítem XXVIII do cap. XXXI do Livro dos Médiuns2 (LM). Transcrevemos abaixo:

“Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros.” (definição contida no ESE).

“A melhor garantia de que um princípio é a expressão da verdade se encontra em ser ensinado e revelado por diferentes Espíritos, com o concurso de médiuns diversos, desconhecidos uns dos outros e em lugares vários, e em ser, ao demais, confirmado pela razão e sancionado pela adesão do maior número.” (definição contida no LM).

Xavier Jr.3 analisou o método CUEE comparando-o com o desenvolvimento histórico das religiões e da ciência, destacando duas grandes razões de Kardec para sua existência: i) “garantia para a unidade futura do Espiritismo” e anulação de “todas as teorias contraditórias”; e ii) “garantia contra as alterações que poderiam sujeitar o Espiritismo às seitas que se propusessem apoderar-se dele em proveito próprio ou acomodá-lo à vontade” (parágrafos 14 e 16 do ítem II da Introdução do ESE).

Em vista da importância do assunto e aproveitando o ensejo da comemoração do sesquicentenário do Livro dos Espíritos4 (LE), desenvolvemos uma análise matemática do método do CUEE para demonstrar cientificamente o grau de certeza nos Espíritos superiores na elaboração do LE. Utilizamos a Teoria da Probabilidade5 para mostrar que o método CUEE garante que o conteúdo das mensagens em comum, ou em consenso, são dos Espíritos e não fruto da mente dos médiuns.

2. Análise matemática do método do CUEE

Nossa análise se baseia na Teoria da Probabilidade5 e na influência dos médiuns sobre as mensagens mediúnicas (vide questão 7 do ítem 223 do cap. XIX do LM).

Não se pode, em princípio, determinar com precisão o grau de influência de um médium sobre suas comunicações mediúnicas. Podemos, porém, fazer estimativas. Assumiremos, então, valores probabilísticos para essa influência. Assim, quando dissermos, por exemplo, que um médium é “de 50% de influência” estamos querendo dizer que a mensagem recebida por ele(a) contém 50% de idéias de sua própria mente, e 50% de idéias do Espírito comunicante. Os “50% de influência” incluem todas as causas possíveis como o estado emocional do médium; sua afinidade com o Espírito comunicante; discordância da idéia do Espírito, etc. (vide cap. XIX do LM).

Suponha que temos à nossa disposição, um médium de 50% de influência, e formulamos uma questão aos Espíritos. A mensagem que recebermos desse médium terá 50% de idéias próprias e 50% de idéias do Espírito. Suponha que temos, agora, DOIS médiuns de 50% de influência, e que formulamos a MESMA questão para os Espíritos responderem por intermédio dos DOIS médiuns, sem que um saiba do outro (médiuns diferentes, de lugares diferentes). Suponha que mesmo havendo diferenças no estilo e na forma das duas mensagens, identificamos uma idéia em comum. Essa idéia em comum é o que chamamos de consenso. Qual a chance da idéia em comum ser dos Espíritos e não o resultado de uma coincidência na influência de cada um dos médiuns?

Para responder essa questão utilizaremos a Teoria da Probabilidade5. Ela diz que a probabilidade de ocorrência de dois eventos independentes entre si (isto é, onde um não é condição para ocorrência do outro) é o produto das probabilidades isoladas de cada uma das ocorrências. Como estamos analisando um caso em que houve um consenso nas mensagens dos Espíritos, então, os únicos eventos independentes entre si são a influência individual de cada médium sobre a mensagem que recebeu. Se escolhemos médiuns diferentes, de diferentes localidades, garantimos que não há nenhuma ligação entre eles e, consequentemente, a influência de um médium sobre a sua comunicação será totalmente independente da influência do outro. Assim, podemos dizer que a probabilidade da idéia em comum ser o resultado de uma coincidência nas influências dos médiuns é o produto das probabilidades isoladas de influência de cada médium. Assim, em nosso exemplo, onde cada médium é de 50% de influência, a probabilidade da idéia em comum ser dos médiuns é o produto 1/2 x 1/2 = 1/4 ou 25% (50% é igual a 50 dividido por 100 que é igual à fração 1/2). Portanto, a probabilidade da idéia em comum não ser influência dos médiuns e, consequentemente, ser dos Espíritos é o que falta para completar os 100%, ou seja, 1 – 1/4 = 3/4 ou 75%.

Se usarmos três médiuns de influência de 50%, e obtivermos um consenso nas mensagens, teremos o produto das três probabilidades individuais de cada médium, ou seja, 1/2 x 1/2 x 1/2 = 1/8 = 12,5%, para que essa idéia seja dos médiuns, e 1 – 1/8 = 3/8 ou 87,5% da idéia ser dos Espíritos.

Essa análise pode ser generalizada para os casos de médiuns que possuem outros valores de probabilidades de influência. Se representarmos por PM a probabilidade individual de cada médium influenciar uma mensagem, e por PE a probabilidade da idéia em comum, obtida por todos os médiuns, ser dos Espíritos, então, aplicando-se a Teoria da Probabilidade, obtemos a seguinte expressão:

PE = 1 – (PM)N , (1)

onde N é o número de médiuns utilizados.

Entretanto, como não sabemos o valor preciso de PM de cada médium, que utilidade teria a análise acima? Conforme veremos a seguir, ela permite estimar o grau de confiança no ensino dos Espíritos no processo de codificação.

Analisemos, agora, a seguinte situação. Suponha que temos à nossa disposição médiuns de influência grande, algo em torno de 80% (bem pior do que o caso anterior de 50%). Queremos saber o seguinte: quantos médiuns de influência de 80% são necessários no método de CUEE para que eu tenha uma garantia de 90% de que a IDÉIA EM COMUM é dos Espíritos e não dos médiuns? Para responder a essa pergunta, nós precisamos de uma outra equação que pode ser obtida a partir da equação (1), de modo a obtermos o valor de N:

N = Log(1 – PE) / Log(PM), (2)

onde “Log” é a função logaritmo simples. O leitor não precisa se preocupar com os detalhes matemáticos referentes a obtenção da equação (2), mas apenas acompanhar o raciocínio. Substituindo os valores PM = 0,8 (= 80%) e PE = 0,9 (= 90%), obtemos N @ 10,3. Isto é, se usarmos N = 11 médiuns de influência de até 80%, podemos garantir com MAIS DE 90% DE CERTEZA, que uma idéia em comum presente nas 11 mensagens (uma de cada médium) é dos Espíritos.

3. A elaboração de O Livro dos Espíritos4

A utilização do método do CUEE é mencionada por Kardec em diversos lugares, porém, sem muitos detalhes sobre o número de médiuns utilizados. Kardec fala da aplicação do CUEE após a publicação do LE (parágrafos 13 e 14 do ítem II do ESE). Mas, durante o processo de elaboração do LE, na Revista Espírita, Kardec6 diz: “(...) Tudo foi obtido pela escrita, por intermédio de DIVERSOS MÉDIUNS psicógrafos. (...).” (grifos em maiúsculas, nossos). Essa colocação mostra que Kardec usou vários médiuns, mas ainda não informa a quantidade utilizada.

Porém, no capítulo “minha primeira iniciação no Espiritismo” de Obras Póstumas7, Kardec diz: “(...)sempre que se apresentava ocasião eu a aproveitava para propor algumas das questões que me pareciam mais espinhosas. Foi assim que MAIS DE 10 MÉDIUNS PRESTARAM CONCURSO a esse trabalho. Da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes retocadas no silêncio da meditação, foi que elaborei a primeira edição de O Livro dos Espíritos, entregue à publicidade em 18 de abril de 1857.” (Grifos em maiúsculas, nossos).

Se Kardec usou mais de 10 médiuns e se mostramos que 11 médiuns relativamente ruins (de influência de 80%) são suficientes para dar 90% de certeza de que os ensinos são dos Espíritos, podemos afirmar com segurança que o conteúdo do LE tem mais do que 90% de garantia. Se adicionarmos à nossa análise o elevado nível de coerência, consistência e sabedoria presentes no conjunto da obra, somos forçados a admitir que o LE é a expressão mais fidedigna do pensamento dos Espíritos superiores.

4. Conclusão

Neste artigo, demonstramos matematicamente o grau de confiança do LE como fruto do ensinamento dos Espíritos superiores. Empregamos a Teoria da Probabilidade para estimar a influência dos médiuns sobre as comunicações mediúnicas nos casos de consenso. Obtemos uma expressão que permite avaliar o grau de confiança de que o conteúdo das idéias em comum são dos Espíritos e não da mente dos médiuns.

Referências:

[1] A. Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Editora FEB, 112ª Edição, Rio de Janeiro (1996).
[2] A. Kardec, O Livro dos Médiuns, Editora FEB, 62ª Edição, Rio de Janeiro (1996).
[3] A. L. Xavier Jr., Considerações sobre as idéias de verdade e controvérsias em torno dos ensinos dos Espíritos, Boletim do GEAE 367 (1999), http://www.geae.inf.br/pt/boletins/geae367.html
[4] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, Editora FEB, 76ª Edição, Rio de Janeiro (1995).
[5]http://en.wikipedia.org/wiki/Probability_theory (Escolhemos o link em inglês por estar muito mais completo que a versão em português).
[6] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, Revista Espírita, Jornal de Estudos Psicológicos 1, p. 31 (1858).
[7] A. Kardec, Obras Póstumas, Editora FEB, 15ª Edição, Rio de Janeiro (1975).

Artigo publicado em Reformador, Julho de 2007, pp. 29-31

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