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sábado, 5 de dezembro de 2009

O Que é Espiritismo?


O Que é Espiritismo?

Afinal, o que é Espiritismo?

Carlos Imbassahy

No movimento espírita brasileiro e talvez no exterior também, há diversas correntes de seguidores que se orientam, cada qual, segundo suas tendências, optando por autores diversos como Ramatis, Ubaldi, Trincado na literatura hispano-americana, além dos que preferem a literatura mediúnica, orientando-se por autores como Emmanuel, André Luiz e que mais.

Para estes, a verdadeira doutrina é a que seguem e que seria o Espiritismo em si, só que, em detrimento de Kardec.

Dessa forma, poucos são os que conhecem as obras da codificação e alguns, apenas, por citações, a ponto de ignorarem conceitos e fundamentos pregados pelo mestre lionês, alguns, até, negando tais postulados e poderíamos citar uma enormidade de casos, todos eles devidamente documentados ou testemunhados.

Por causa disso, se há uma obra de Kardec que é inteiramente relegada e, até mesmo dispensada, esta é seu livro intitulado “O Que é o Espiritismo” e que, segundo o próprio Kardec, deva ser o primeiro livro a ser lido por aquele que deseje saber a resposta do seu título (ver Livro dos Médiuns, cap. III, item 35 – 5ª ed. francesa revue par Monsieur Allan Kardec). Então, é o próprio codificador que diz que, aquele que desejar conhecer o Espiritismo, deve começar por este livro, em primeiro lugar, pois é nele que seu autor tira as principais dúvidas apresentadas pelos seus incipientes leitores. Depois, recomenda Kardec que leia O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e, em quarto lugar, como básico, uma seleção que ele próprio fez de artigos publicados na Revue Spirite e que inseriu num volume, após ter escrito “A Gênese”.

E não cita mais nada como básico, o que nos faz concluir que suas nove obras restantes, além do livro póstumo publicado por sua viúva Amélie Boudet, são complementares e essenciais para conhecimento pleno da codificação, contudo, sem representar nenhum ponto fundamental.
E nisto reside o básico da doutrina dos Espíritos.

Acontece que, os que seguem outra linha distinta e, por vezes, conflitante com Kardec, não se conformam com esta realidade e tentam, por todas as formas, negar estes fatos, inclusive, tentando excluir da coleção espírita o livro recomendado por Kardec para o iniciante, a ponto de os roustaingistas inventarem um Pentateuco espírita, coisa absurda e inconcebível, só para tentarem impor apenas os cinco livros mais conhecidos como sendo os principais, contrariando, desta forma, a referida afirmativa de Kardec.

Os evangélicos, por exemplo, não se conformam com a definição que Kardec dá de Espiritismo, contida no preâmbulo do livro básico e que não o classifica como sendo uma doutrina cristã, embora, para eles, ela o seja. Em nenhum momento, porém, Kardec, apesar de citar Jesus como exemplo, nunca se refere a ele como Guia do planeta Terra e nem teria lógica que tal Guia se encarnasse por período restrito e deixasse a Espiritualidade que envolve nosso planeta completamente abandonada à sua sorte.

Não nos esqueçamos de que, se, para as doutrinas cristãs, segundo a Bíblia, a Terra é o centro da criação divina e os homens a obra prima, o mesmo não ocorre com a opinião de Kardec contida em “A Gênese” onde ele mostra um Universo com mundos superiores e mundos inferiores ao nosso. Como tal, não poderíamos ser a obra exclusiva da Criação.

Estes mesmos evangélicos alegam, em seu favor, que Kardec escreveu um livro – O Evangelho Conforme o Espiritismo – dedicado ao estudo correlato com os textos bíblicos do Novo Testamento esquecendo-se de que este livro não é uma apologia aos versículos em questão, mas um ensaio e crítica onde seu autor faz severas ponderações a respeito dos mesmos, sem nunca sequer, considerá-los como sendo a base do seu trabalho.

E a coisa se torna muito mais grave porque, mensagens mediúnicas de um padre jesuíta passaram a ter mais valor do que a obra de Kardec, a ponto de contestarem tópicos doutrinários estabelecidos, usando a obra ditada por este padre para tal contestação.
Um exemplo é aquele em que, no livro “O Céu e o Inferno” Kardec defende a invocação dos desencarnados, condenada por Paulo, o apóstolo e por este Espírito que conserva sua índole jesuítica seguindo o grande inspirador da obra eclesiástica relativa à vinda de Jesus nascido na Galiléia. E assim, muitos outros exemplos.

Se Kardec não representa, para eles, a expressão da verdade – direito que lhes assiste –, então, não é justo que se considerem espíritas em detrimento dos conceitos do codificador e que sejam eles os detentores da verdadeira doutrina dos Espíritos.
Com relação a Ubaldi, o assunto é inteiramente superado pelos conceitos científicos errôneos que “Sua Voz” emitiu em “A Grande Síntese”। Se não há coerência com as verdades científicas já conhecidas e evidenciadas, sua obra deixa de ter valor de revelação e passa a ser mais uma literatura de fancaria, ou seja, visando ao engodo do leitor com resquícios de pseudo-sabedoria.

Ramatis, com sua obra carro-chefe intitulada “O Planeta Marte e os Discos Voadores” deixou de ser levado a sério a partir do momento em que a primeira sonda espacial pousou naquele planeta e não foi encontrada nenhuma base das referidas espaçonaves.

Cabe, ainda, acrescentar a última contestação: Espiritismo foi um neologismo criado por Allan kardec para definir a doutrina por ele codificada, logo, não se poder dar esse mesmo nome a qualquer outra obra, mesmo que ela seja autêntica, verdadeira e que seja de maior profundidade do que a codificação porque Espiritismo é o trabalho do mestre lionês.

E assim por diante: cada obra que surge tentando alterar a codificação, acaba pecando pela falta de fundamento. E, se repetirmos a pergunta: – afinal, o que é o Espiritismo? – A resposta será uma só :O Espiritismo é o que Kardec definiu no preâmbulo do livro onde ele tenta mostrar para o neófito o que o mesmo vem a ser:
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. (sic)
O resto é pura invencionice.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ESTE É UM LIVRO ESPIRITA?



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Autor: Lee Carroll / Jan Tober
Médium: (não mediúnico)
Editora: Butterfly
Número de Páginas: 272
Lançamento: 2005

Análise de Dora Incontri*

Nota 1: Esta análise originalmente foi publicada como artigo na seção "Educação para Todos", da Revista Universo Espírita, edição n° 40, com o título "Crianças Índigo e Espiritismo, alguma coisa a ver?".

Nota 2: O livro "Crianças Índigo" não é espírita, e sim uma obra espiritualista, entretanto, pela sua larga circulação no movimento espírita, o Portal Orientação Espírita entende a necessidade de publicar esta análise, com o intuito de esclarecer e despertar consciências.

Uma das novidades dessa primeira década do terceiro milênio é o anúncio de uma geração de crianças chamada "índigo". Há ainda uma outra classificação, a das crianças "cristal". A onda veio dos Estados Unidos a partir de um livro de Lee Carroll e Jan Tober The Indigo Children, the new kids have arrived, publicado no Brasil, pela Editora Butterfly, sob o título de Crianças Índigo.

Entre tantas, é uma temática incluída nessa corrente híbrida de pensamentos chamada New Age (Nova Era), que mistura orientalismos, misticismos vários, espiritualismo ocidental, psicologismos vagos, e, às vezes, Espiritismo, na sua forma norte-americana de spiritualism. O que caracteriza o pensamento New Age é justamente o anúncio de novos tempos para a humanidade, de maior espiritualidade, de aumento de consciência, de iluminação coletiva.

Como não existe uma filosofia consistente e unificadora para esse movimento, nele se abrigam todos os tipos de reflexões e propostas, desde algumas razoavelmente sensatas e certas músicas bonitas e relaxantes, até idéias místicas, mesmo supersticiosas. O que falta é justamente um eixo de racionalidade e o que sobra, para atrapalhar, é o mercado em torno do tema.

Temos hoje uma indústria de espiritualidade light, que vende em pílulas de livros de auto-ajuda, um conforto inconsistente, uma religiosidade descomprometida, porque muito superficial e feita para consumo rápido e descartável. Essa tendência se tornou de tal forma predominante - porque dá dinheiro - que ela contagia inclusive as grandes religiões e afeta em cheio o mercado editorial espírita.

O leitor-consumidor quer leituiras rápidas, fáceis, que possam dar receitas prontas e flexíveis para dar alívio às suas múltiplas angústias. Nada que comprometa muito, nada que o faça raciocinar em demasia, nada que o obrigue a tomar atitudes éticas mais firmes. A espiritualidade também se tornou produto de mercado.

A questão das crianças índigo se insere nesse contexto. Segundo os autores que trabalham o tema, há crianças especiais nascendo no mundo para preparar a Nova Era, suas auras azuis justificam o nome de crianças índigo. São questionadoras, contestadoras, corajosas para construir um novo mundo. Mas há também as crianças cristais, essas mais evoluídas ainda, que são introspectivas, sensíveis, iluministas.

Segundo os autores, esses seres precisam de atenção especial, de uma nova educação e de espaço para se desenvolverem livrementes.

A questão, tanto com o movimento da Nova Era quanto com esse tema específico das crianças índigo, é que há algumas verdades intuídas em meio a uma grande confusão de conceitos e incoerências perigosas.

Já no século 19 o Espiritismo anunciava novos tempos para a humanidade e dizia que a mudança se daria, sobretudo, pela encarnação de Espíritos mais conscientes, que já viriam aptos a construir e a vivenciar um novo mundo.

Há também um postulado adotado por Allan Kardec que, conforme se dá o progresso dos mundos, o período de infância vai ficando mais curto e os Espíritos reencarnam cada vez mais lúcidos e rapidamente amadurecem dentro dos propósitos que os trouxeram à nova existência.

Entretanto, uma das características do pensamento espírita é o despojamento de toda e qualquer linguagem mística e mítica, uma certa racionalização da espiritualidade, dentro de um entendimento lógico do mundo e da vida. Se uma nova geração está surgindo - e certamente está, pois basta conviver com as crianças atuais, para observar a sua vivacidade, a sua capacidade de desenvolvimento e a sua sensibilidade - é um fato natural, faz parte da lei do progresso coletivo e é inclusive parcialmente explicável pela maior quantidade de estímulos que as crianças recebem hoje desde cedo.

O perigo de classificarmos essas crianças é considerá-las seres privilegiados - pois o pior é que apenas algumas crianças são tidas como índigo ou cristal -, criando castas, de que os pais se orgulham e sobre as quais projetam seus desejos de grandeza. A identificação de possíveis crianças especiais é altamente problemática e mesmo prejudicial, porque suscita discriminações, classificações desvantajosas para outras, que não sejam assim consideradas, e para elas próprias, proporcionando um estímulo à vaidade.

Na obra de Lee Carroll e Jan Tober, há problemas ainda maiores. É que a identificação de tais crianças baseia-se em critérios muito subjetivos e mesmo errôneos. Vemos crianças consideradas índigo estapeando o rosto da mãe, sendo prepotentes, humilhando e agredindo outras pessoas, inclusive seus pais. Ora, segundo qualquer avaliação sensata, tais tendências não revelam um espírito superior. Pode ser até um ser desenvolvido intelectualmente, mas o orgulho e a arrogância mostram um déficit moral, que os pais têm a responsabilidade de ajudar a corrigir, com amor e diálogo, é claro, sem repressões e punições.

Outros critérios apontados - como os citados por Tereza Guerra, no livro dela: Crianças Índigo - Uma geração de ponte com outras dimensões, publicado pela Editora Madras - carecem completamente de qualquer cientificidade e de qualquer possibilidade de comprovação. São pseudocientíficos. Vejamos três desses critérios. Diz a autora, Tereza: "Esses indivíduos são, simplesmente, novas expressões com características que vocês não possuem:
1. Uma vibração mais elevada;
2. Uma organização que invalida certos atributos provenientes dos astros que, habitualmente, afetam os humanos;
3. Um dispositivo biológico específico, que lhes permite manejar melhor as impurezas fabricadas pelos próprios humanos do planeta".

Já conseguiram algum meio de medir a elevação da vibração de cada um? E que organização e dispositivo biológico são esses? Alguma mutação genética, comprovada? Estamos diante de uma geração de mutantes, superiores a nós? Como se vê, são afirmativas gratuitas, inconsistentes e problemáticas.

Essa discussão mostra muito bem por que insistimos em falar em uma Pedagogia Espírita, termo criado por J. Herculano Pires, e não em uma Pedagogia Espiritualisdta ou Nova Pedagogia ou Pedagogia do Amor - como algumas pessoas sugerem no sentido de descaracterizá-la de um suposto aspecto sectário. Quem compreende bem o Espiritismo sabe que ele tem um caráter universalista e não se fecha em fanatismo e sectarismo. E o que faz parte principalmente de sua proposta é o método de abordagem da realidade, de maneira científica, racional, sem abdicar da visão espiritual. Ou seja, Kardec nos indica critérios de tocar o real, de maneira a termos mais segurança em nosso modo de conhecer.

Assim, a pedagogia espírita é uma pedagogia que assume a reencarnação, a espiritualidade como dimensão real e necessária do ser humano, mas não abandona o eixo da racionalidade científica, desenvolvido na história do Ocidente, desde a civilização grega. Não podemos nos lançar a um misticismo medieval, deixando de lado as âncoras da pesquisa e da razão.

Portanto, dentro dessa abordagem, podemos afirmar que a pedagogia espírita trabalha com um critério democrático, racional, de considerar todas as crianças iguais e, ao mesmo tempo, singulares, rejeitando classificações restritivas ou discriminatórias.

Todas as crianças são iguais, essencialmente divinas, espíritos em evolução, com infinitas potencialidades a serem desenvolvidas. Todas precisam de amor, diálogo, educação libertadora, que permita seu pleno desabrochar. Todas devem ser respeitadas e ajudadas a cumprir seu destino evolutivo.

Todas as crianças são únicas, cada uma tem seu histórico reencarnatório, cada uma traz talentos específicos a serem trabalhados na presente existência, cada uma está num degrau diferente de evolução espiritual - que é difícil avaliar, pois não há métodos de medir evolução espiritual a não ser observar o exemplo de um ser humano ao longo de sua existência e, ainda assim, muitos se enganam nessa avaliação, tomando falsos profetas por missionários.

Cabe-nos observar atentamente cada indivíduo, conhecer de perto suas tendências e jamais abdicar da função de educar, o que não significa modelar de fora, mas ajudar o ser a se autoconstruir.

*Dora Incontri é pedagoga, professora universitária, escritora, diretora da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita e colabora no movimento espírita de Sâo Paulo.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"Livros Espíritas Grátis" Para Serem Baixados




CLIQUE NESTE TITULO:

Desigualdade das Riquezas e Liberalismo


"Livros Espíritas Grátis" Para Serem Baixados -"Livros Espíritas Grátis" Para Serem
Baixados -"Livros Espíritas Grátis" Para Serem Baixados -"Livros Espíritas Grátis" Para Serem Baixados

Esta síntese, ou melhor este catecismo espiritualista, tem apenas um mérito: o de ser idealizado e organizado segundo a ordem natural das idéias. O espírito humano, com efeito, deve submeter a certas regras sua marcha evolutiva e seus procedimentos lógicos. Está na sua natureza não passar a uma segunda verdade senão quando já tenha assimilado a primeira e de percorrer, assim, toda a série de princípios, sem omitir um só de seus elos.




Link


ESTUDANDO (Kardec teve direito a Bônus Hora?)


ESTUDANDO (Kardec teve direito a quantos Bônus Hora?)

Algumas pessoas a falar de certas obras mediúnicas chegam a dizer “em minha opinião os livros de FULANO são irretocáveis. Afirmação, quem é absolutamente contrária ao que nos ensina a codificação espírita.
Pois o LM diz que “Não existem médiuns perfeitos e não existe perfectibilidade nas comunicações, até mesmo por conta do filtro anímico.”

É necessária uma análise crítica, sem preconceitos ou pré-julgamento, de toda obra mediúnica. Algumas questões para refletir. Se possível visite nossa página e coloque sua replica por lá http://ensinoespirita.blogspot.com/

ANALISE DO LIVRO NOSSO LAR

1º Se você desejar uma casa em Nosso Lar tem que acumular 15 anos de serviços, tempo necessário para obter 30 mil bônus-hora, a moeda do lugar.
Se você não conseguir tem que morar na casa de pessoas bondosas que o acolhem.
(Ou vai acabar fazendo parte do MSL-NL Movimento dos Sem Lar em Nosso Lar)

2º Chico Xavier viveu na pobreza, mas em Nosso Lar não funciona assim.
Quanto mais o espírito é evoluído mais ele é "rico", tem direito a morar em casas de grandes proporções, terem roupas variadas e veículos. Para se ter uma idéia, o espírito mais evoluído de lá (o governador) mora em um palácio de proporções faraônicas que é ricamente mobiliado e cujas torres rasgam o céu. Pasmem!

3º O mais absurdo é que só podem pedir qualquer coisa quem tem dinheiro, já que segundo informam NADA ALI É DE GRAÇA, QUEM QUER ALGO TEM QUE DAR ALGO EM TROCA, OU SEJA A MOEDA BÔNUS-HORA.

4º Para surpreender os mais pedintes que gostam de orar em favor de alguém e ser atendido no Nosso Lar você vai precisar ter muito BÔNUS HORA.

5º Mesmo os espíritos mais evoluídos tomam banho e comem. Em cada casa tem um banheiro. Só não dizem como é o sistema de esgoto.

Isto é o que encontramos nas afirmações de Andre Luiz sobre Nosso Lar.
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Algumas alegações plasmadas no ar.

A) Se ficarmos apegados ao pé da letra da palavra verá que ela não consta na doutrina. Mas, se usarmos a alegoria bônus-hora e toda a fantasia Nosso Lar como uma parábola, poderemos encontrar o sentido doutrinário.

B) Bônus-hora = MERECIMENTO

C) Várias vezes os espíritos da codificação afirmam que se expressam de tal forma, por que falta palavra em nosso vocabulário para entender alguns dos ensinamentos que traziam.
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A questão, é que a doutrina espírita, como fé raciocinada, não pode ser expressada por parábolas deturpando o discurso direto.

O Bônus hora é controverso no momento que se torna um sistema de recompensa para se praticar a caridade ou se dedicar ao próximo.

Eu posto artigos em diversos sites ministro palestras em casas espíritas, já prestei serviço para a Federação aqui do RGS e jamais fiquei pensando em ganhar algo em troca. (NEM BÔNUS HORA OU VALE RESTAURANTE)

Se você faz algo e é recompensado por terceiros, acabou ali a lei de causa e efeito.

Segundo o LE, os Espíritos não têm o tempo na mesma medida que nós, encarnados, temos. E Nosso Lar fala sobre "algum tempo de serviço".
Que tempo é esse algum? Os Espíritos de Nosso Lar usam relógio?

Batem ponto? Se tudo é tão igual, reencarnar para que?

E o que dizer da afirmação em que nos serviços sacrificiais a REMUNERAÇÃO pode duplicar ou triplicar. Onde se encaixa a palavra sacrifício neste contexto?
.
Se aplicarmos aqui o princípio Aristotélico da não contradição concluímos que além de não passar pelo crivo da razão, este sistema não vai apenas na contra mão da codificação mas, da própria lei de evolução.

O principio se resume no seguinte. “AQUILO QUE É, EM QUANTO É, NÃO PODE NÃO SER.”

Pois, se todos sabem que nossa evolução é alcançada em cima dos nossos méritos e do que conquistamos de correto em nossas almas.Como termos um salário compensatório para aquilo que deve ser a nossa obrigação como espírito, encarnado ou desencarnado?

O que diz o Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XVI “Os lugares aqui não se compram se conquista, aqui tudo se paga com as qualidades da alma”

Se evoluir e nos melhorar é inerente e obrigatório ao espírito, não existe qualquer
motivo para uma gratificação, seja ela da forma que for.

O bônus hora esta mais para estimular o “egoísta que calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.” (Cap. XVI - ESSE - O homem de Bem)

Alguns chegam mesmo a considerar Nosso Lar como “A Cartilha do Espiritismo”

Outros para defender os romances espiritualistas defendem perolas como. “O que tem de tão meritório a obra de Kardec, que pode ser considerada como prova?

Vou dizer uma coisa eu nasci em uma família espírita meu pai ministrava palestra em sociedades no tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça, de lá para cá eu conheci diversas corrente espiritualistas e doutrinas.

Hoje com 42 anos não me encontro na condição de dizer, eu conheço tudo sobre o espiritismo, mas vejo muitos defenderem que a doutrina tem que avançar e não pode ficar presa a codificação de 200 anos atrás.

O que salta aos olhos é que todo o trabalho de Kardec, superando o espiritualismo infuso e confuso do passado, para estabelecer uma linha racional de espiritualidade superior vai por água abaixo, quando os que não estudam a doutrina, aplaudem aqueles que não conseguiram entender Kardec e por isso passando sobre ele afastavam a sua obra como um empecilho, um estorvo uma velharia.

Não propomos queimar ou proibir esta ou aquela obra, mas sim de se colocar o que a doutrina pede, em pratica, a razão face a face, a fé raciocinada.

Usar do bom senso é o primeiro preceito da normativa de Kardec.
Examinar com rigor a linguagem dos Espíritos comunicantes, submetê-los a testes de bom senso e conhecimento, verificar a relação de realidade dos conceitos por eles enunciados (relação do seu pensamento com os fatos, as coisas e os seres), enquadrarem os seus ensinos e revelações no contexto cultural da época, verificando o alcance abusivo ou não das afirmações mais audaciosas.

Menosprezar Kardec em defesa de uma atualização que nada mais é do que querer trazer de volta um espiritualismo confuso e ultrapassado, me parece que é um avanço para o obscurantismo em favor da antiquada fé cega.

O que podemos constatar é que por trás de uma bandeira escrito em letra garrafal CARIDADE esta se criando a INDÚSTRIA DA FILANTROPIA onde vemos muitos médiuns e até muitas seitas religiosas não recebem presentes ostensivamente, mas aceitam dinheiro, valores e vendem livros supostamente para obras meritórias, como já aconteceu e acontece com vários médiuns brasileiros e Instituições.

Neste contexto quem vai querer ter seus livros avaliados criteriosamente?
Aqui não estou falando de Chico Xavier, e sim de certos romances que andam circulando por todo lado, e que mais parece uma série de aventuras fantásticas querendo desbancar a série de Harry Potter.

Pense nisso.

Cap. 1 – EXISTEM ESPÍRITOS? LIVRO DOS MÉDIUNS


1. A causa principal da dúvida sobre a existência dos Espíritos é a ignorância da sua verdadeira natureza. Imaginam-se os Espíritos como seres à parte na Criação, sem nenhuma prova da sua necessidade. Muitas pessoas só concedem os Espíritos através das estórias fantasiosas que ouviram em crianças, mais ou menos como as que conhecem História pelos romances. Não procuram saber se essas estórias, desprovidas do pitoresco,podem revelar um fundo verdadeiro, ao lado do absurdo que as choca. Não se dão ao trabalho de quebrar a casca da noz para descobrir a amêndoa. Assim, rejeitam a estória, como fazem os religiosos que, chocados por alguns abusos, afastam-se da religião.

Seja qual for à idéia que se faça dos Espíritos, a crença na sua existência decorre necessariamente do fato de haver um princípio inteligente no Universo, além da matéria. Essa crença é incompatível com a negação absoluta do referido princípio. Partimos, pois, da aceitação da existência, sobrevivência e individualidade da alma, de que o Espiritualismo em geral nos oferece a demonstração teórica dogmática, e o Espiritismo a demonstração experimental. Mas façamos, por um instante, abstrações das manifestações propriamente ditas, e raciocinemos por indução. Vejamos a que conseqüências chegaremos.

2. Admitimos a existência da alma e da sua individualidade após a morte, é necessário admitir também:

1º) Que a sua natureza é diferente da corpórea, pois ao separar-se do corpo ela não conserva as propriedades materiais;

2º) Que ela possuía consciência própria, pois lhe atribuímos a capacidade de ser feliz ou sofredora, e que tem de ser assim, pois do contrário ela seria um ser inerte e de nada nos valeria a sua existência.

Admitindo isso, é claro que a alma terá de ir para algum lugar. Mas para onde vai, e o que é feito dela? Segundo a crença comum, ela vai para o Céu ou para o Inferno. Mas onde estão o Céu e o Inferno? Dizia-se antigamente que o Céu estava no alto e o Inferno embaixo. Mas o que é o alto e o baixo no Universo desde que sabemos que a Terra é redonda; que os astros giram, de maneira que o alto e o baixo se revezam cada doze horas para nós; e conhecemos o infinito do espaço, no qual podemos mergulhar a distâncias incomensuráveis?

É verdade que podemos entender por lugares baixos as profundezas da Terra. Mas o que são hoje essas profundezas, depois das escavações geológicas? O que são, também, essas esferas concêntricas chamadas céu de fogo, céu das estrelas, depois que aprendemos não ser o nosso planeta o centro do Universo, e que o nosso próprio Sol nada mais é do que um entre milhões de sóis que brilham no infinito, sendo cada qual o centro de um turbilhão planetário? Que foi feito da antiga importância da Terra agora perdida nessa imensidade? E por que estranho motivo este imperceptível de areia, que não se distingue pelo seu tamanho, nem pela sua posição, nem qualquer papel particular no cosmo, seria o único povoado de seres racionais? A razão se recusa a admitir essa inutilidade do infinito, e tudo nos diz que esses mundos também são habitados. E se assim é eles também fornecem os seus contingentes para o mundo das almas. Então, voltamos à pergunta: em que se tornam as almas, depois da morte do corpo, e para onde vão? A Astronomia e a Geologia destruíram as suas antigas moradas, e a teoria racional da pluralidade dos mundos habitados multiplicou-as ao infinito. Não havendo concordância entre a doutrina da localização das almas e os dados das ciências, temos de aceitar uma doutrina mais lógica, que não lhes marca este ou aquele lugar circunscrito, mas dá-lhes o espaço infinito: é todo um mundo invisível que nos envolve e no meio do qual vivemos, rodeados por elas.

Há nisso alguma impossibilidade, qualquer coisa que repugne à razão? Nada, absolutamente. Tudo nos diz, pelo contrário, que não pode ser de outra maneira. Mas em que se transformam as penas e recompensas futuras, se as almas não vão para determinado lugar? Vê-se que a idéia dessas penas e recompensas é absurda e que dá motivo à incredulidade. Mas entendemos que as almas, em vez de penarem ou gozarem em determinado lugar, carregam em seu íntimo, a felicidade ou a desgraça, pois a sorte de cada uma depende de sua condição moral, e que a reunião das almas boas e afins é um motivo de felicidade, e tudo se tornará mais claro. Compreendamos que, segundo o seu grau de pureza, elas percebem e tem visões inacessíveis, às mais grosseiras; que somente pelos esforços que fazem para se melhorarem, e depois das provas necessárias, podem atingir os graus mais elevados; que os anjos são as almas humanas que chegaram ao grau supremo e que todos podem chegar até lá, através da boa vontade; que os anjos são os mensageiros de Deus, incumbidos de zelar pela execução de seus desígnios em todo o universo, sendo felizes com essa missão gloriosa; e a felicidade de após morte será uma condição útil e aceitável, mais atraente que a inutilidade perpétua da contemplação eterna. E os demônios? Compreendamos que são almas das criaturas más, ainda não depuradas, mas que podem chegar, como as outras, ao estado de pureza, e a justiça e a bondade de Deus se tornarão racionais, ao contrário do que nos apresenta a doutrina dos seres criados para o mal de maneira irrevogável. Eis, afinal, o que a mais exigente razão, a lógica mais rigorosa, o bom-senso, numa palavra, podem admitir.

Como vemos, as almas que povoam o espaço são precisamente o que chamamos de Espíritos. Assim, os Espíritos são apenas as almas humanas, despojadas do seu invólucro corporal. Se os Espíritos fossem seres à parte na Criação, sua existência seria mais hipotética. Admitindo a existência das almas, temos de admitir a dos Espíritos, que nada mais são do que as almas. E se admitimos que as almas estão por toda parte, é necessário admitir que os Espíritos também estão. Não se pode, pois, negar a existência dos Espíritos sem negar a das almas.

3. Tudo isto não passa de uma teoria mais racional do que a outra. Mas já não é bastante ser uma teoria que a razão e a ciência não contradizem? Além disso, ela é corroborada pelos fatos e tem a sanção da lógica e da experiência. Encontramos os fatos nos fenômenos de manifestações espíritas, que nos dão a prova positiva da existência e da sobrevivência da alma. Há muita gente, porém, que nega a possibilidade dessas comunicações com os Espíritos. São pessoas que acreditam na existência da alma, e conseqüentemente na dos Espíritos, mas sustentam a teoria de que os seres imateriais não podem agir sobre a matéria. Trata-se de uma dúvida originada pela ignorância da verdadeira natureza dos Espíritos, da qual geralmente se faz uma idéia falsa, considerando-os seres abstratos, vagos e indefinidos, o que não é verdade.

Consideremos o Espírito, antes de mais nada, na sua união com o corpo. O Espírito é o elemento principal dessa união, pois é o ser pensante e que sobrevive à morte. O corpo não é mais que um acessório do Espírito, um invólucro, uma roupagem que ele abandona depois de usar. Além desse envoltório material o Espírito possui outro, semimaterial, que o liga ao primeiro. Na morte, o Espírito abandona o corpo, mas não o segundo envoltório, a que chamamos de perispírito. Este envoltório semimaterial, que tem a mesma forma humana do corpo, é uma espécie de corpo fluídico, vaporoso, invisível para nós no seu estado normal, mas possuindo ainda algumas propriedades da matéria.(1)

Não podemos, pois, considerar o espírito como uma simples abstração, mas como um ser limitado e circunscrito, a que só falta ser visível e palpável para assemelhar-se às criaturas humanas. Por que não poderia ele agir sobre a matéria? Pelo fato de ser fluídico o seu corpo? Mas não é entre os fluidos mais rarefeitos, como a eletricidade, por exemplo, e os que se consideram mais imponderáveis, que encontramos as mais poderosas forças motoras?A luz imponderável não exerce ação química sobre a matéria ponderável? Não conhecemos ainda a natureza íntima do perispírito, mas podemos supô-lo constituindo de substância elétrica, ou de outra espécie de matéria tão sutil como essa. Por que separado não poderia agir da mesma maneira, dirigido pela vontade? (2)

4. A existência de Deus e da alma, conseqüência uma da outra, constitui a base de todo o edifício do Espiritismo. Antes de aceitarmos qualquer discussão espírita, temos de assegurar-nos se o interlocutor admite essa base. Se ele responder negativamente às perguntas: “Crê em Deus? Crê na existência da alma? Crê na sobrevivência da alma após a morte”? ou se responder simplesmente: Não sei; desejava que fosse assim, mas não estou certo, o que geralmente equivale a uma negação delicada, disfarçada para não chocar bruscamente o que ele considera preconceitos respeitáveis, seria inútil prosseguir. Seria como querer demonstrar as propriedades da luz a um cego que não admitisse a existência da luz. As manifestações espíritas são os efeitos das propriedades da alma. Assim, com semelhante interlocutor, se não quisermos perder tempo, só nos resta seguir outra ordem de idéias. Admitidos os princípios básicos, não apenas como probabilidade, mas como coisa averiguada, incontestável, a existência dos Espíritos será uma decorrência natural.

5. Resta saber se o Espírito pode comunicar-se com o homem, permutar pensamentos com os encamados. Mas por que não? Que é o homem, senão um Espírito revestido de corpo material? Qual o motivo por que um Espírito livre não poderia comunicar-se com um Espírito cativo, como o homem livre se comunica com o prisioneiro? Admitida a sobrevivência da alma, seria racional negar-se a sobrevivência das suas afeições? Desde que as almas estão por toda parte, não é natural pensar que a de alguém que nos amou durante a vida venha procurar-nos desejando comunicar-se conosco, e se utilize os meios que estão ao seu dispor? Quando viva na Terra, não agia ela sobre a matéria do seu corpo? Não era ela, a alma, que dirigia os movimentos corporais? Por que, pois, não poderia ela, após a morte, servir-se de outro corpo, de acordo com o Espírito nele encarnado, para manifestar o seu pensamento, como um mudo se serve de uma pessoa que fala, para fazer-se compreender?

6. Afastemos por um instante os fatos que consideramos incontestáveis. Admitamos a comunicação como simples hipótese. Solicitamos aos incrédulos que nos provem, através de razões decisivas, que ela é impossível. Não basta a simples negação, pois seu arbítrio pessoal não é lei. Colocamo-nos no seu próprio terreno, aceitando a apreciação dos fatos espíritas através das leis materiais. Que eles assim, possam tirar, do seu arsenal científico, alguma prova matemática, física, química, mecânica, fisiológica, demonstrando por a mais b, sempre a partir do princípio da existência e da sobrevivência da alma, que:

1º) O ser pensante durante a vida terrena não deve mais pensar depois da morte;

2º) Se ele pensa, não deve mais pensar nos que amou;

3º) Se pensa nos que amou, não deve querer comunicar-se com eles;

4º) Se pode estar em toda parte, não pode estar ao nosso lado;

5º) Se está ao nosso lado, não pode comunicar-se conosco;

6º) Por meio do seu corpo fluídico, não pode agir sobre a matéria inerte;

7º) Se pode agir sobre a matéria inerte, não pode agir sobre um ser vivo;

8º) Se pode agir sobre um ser vivo, não pode dirigir-lhe a mão para fazê-lo escrever;

9º) Podendo fazê-lo escrever, não pode responder-lhe as perguntas nem transmitir-lhe pensamento.

Quando os adversários do Espiritismo nos demonstram que isso tudo não é possível, através de razões tão evidentes como as de Galileu para provar que o Sol não girava em torno da Terra, então poderemos dizer que as suas dúvidas são fundadas. Mas até hoje, infelizmente, toda a sua argumentação se resume nestas palavras: Não creio, porque é impossível. Eles retrucarão, sem dúvida, que cabe a nós provar a realidade das manifestações. Já lhes demos as provas, pelos fatos e pelo raciocínio; se recusam umas e outras, e se negam até mesmo o que vêem, cabe a eles provar que os fatos são impossíveis e que o nosso raciocínio é falso.



Cap. 1 – EXISTEM ESPÍRITOS? LIVRO DOS MÉDIUNS
(1) ) O apóstolo Paulo, como podemos ver na I Epístola aos Coríntios, chama o períspirito de corpo espiritual, que é o corpo da ressurreição. As investigações científicas da Metapsíquica e da Parapsicologia tiveram de enfrentar, malgrado o materialismo dos pesquisadores, a existência desse corpo semimaterial (N. do T. )



(2) Além das ações químico-físicas dos elementos imponderáveis, a Parapsicologia moderna provou, em experiências de laboratório, a ação da mente sobre a matéria. O prof. Joseph Banks Rhine, da Duke University, Estados Unidos, chegou à conclusão de que a mente não é física, mas age por via-extrafísica, sobre o mundo material. Os parapsicólogos soviéticos, materialistas comprovaram a ação mental sobre a matéria, afirmando que o córtex cerebral deve possuir uma energia material ainda não conhecida pelas ciências (N. do T. )

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Livro dos Espíritos (Sobre Esta Obra)


O Livro dos Espíritos (Sobre Esta Obra)
LIVRO DOS ESPIRITOS
Com este livro surgiu no mundo o Espiritismo. Sua primeira edição foi lançada a 18 de abril de 1857, em Paris, pelo editor E. Dentu, estabelecido no Falais Royal, Galérie d’0rléans, 13. Três novidades, à maneira das tríades druídicas, apareciam com este livro: a Doutrina Espírita, a palavra Espiritismo, que a designava; e o nome Allan Kardec, que provinha do passado celta das Gálias.

A primeira novidade era apresentada como antiga, em virtude de representar a eterna realidade espiritual, servindo de fundamento a todas as religiões de todos os tempos: a Doutrina Espírita. Era, entretanto, a primeira vez que aparecia na sua inteireza, graças à revelação do Espírito de Verdade prometida pelo Cristo. A segunda, a palavra Espiritismo, era um neologismo criado por Kardec e desde aquele momento integrado na língua francesa e nos demais idiomas do mundo. A terceira representava a ressurreição do nome de um sacerdote druida desconhecido.

A maneira por que o livro fora escrito era também inteiramente nova. O Prof. Denizard Hippolyte Léon Rivail fizera as perguntas que eram respondidas pelos Espíritos, sob a direção do Espírito de Verdade, através das cestinhas-de-bico. Psicografia indireta. Os médiuns, duas meninas, Caroline Baudin, de 16 anos, e Julie Baudin, de 14, colocavam as mãos nas bordas da cesta e o lápis (o bico) escrevia numa lousa. Pelo mesmo processo, o livro foi revisado pelo Espírito de Verdade, através de outra menina, a Srtª Japhet. Outros médiuns foram posteriormente consultados e Kardec informa, em Obras Póstumas: “Foi dessa maneira que mais de dez médiuns prestaram concurso a esse trabalho”.

Este livro é, portanto, o resultado de um trabalho coletivo e conjugado entre o Céu e a Terra. O Prof. Denizard não o publicou com o seu nome ilustre de pedagogo e cientista, mas com o nome obscuro de Allan Kardec, que havia tido entre os druidas, na encarnação em que se preparava ativamente para a missão espírita. O nome obscuro suplantou o nome ilustre, pois representava, na Terra, a Falange do Consolador. Esta falange se constituía dos Espíritos Reveladores, sob a orientação do Espírito de Verdade e dos pioneiros encarnados, com Allan Kardec à frente.

A 16 de março de 1860, foi publicada a segunda edição deste livro, inteiramente revisto, reestruturado e aumentado por Kardec, sob orientação do Espírito de Verdade, que, desde a elaboração da primeira edição, já o avisara de que nem tudo podia ser feito naquela. Assim, a primeira edição foi o primeiro impacto da Doutrina Espírita no mundo, preparando ambiente para a segunda que a completaria. Toda a Doutrina está contida neste livro, de forma sintética, e foi posteriormente desenvolvida nos demais volumes da Codificação.

Escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem clara e simples, para divulgação popular, este livro é um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo cm novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética, e estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológico, psíquico, social e espiritual. Um livro para ser estudado e meditado, com o auxílio dos demais volumes da Codificação.

José Herculano Pires,

TESE DE DOUTORADO" SOBRE "MÉDIUNS ESPÍRITAS




DOUTOR E MÉDICO EM PSIQUIATRIA DEFENDE "TESE DE DOUTORADO" SOBRE "MÉDIUNS ESPÍRITAS"
DOUTOR E MÉDICO EM PSIQUIATRIA DEFENDE "TESE DE DOUTORADO" SOBRE "MÉDIUNS ESPÍRITAS"


Alexander Moreira de Almeida é médico e doutor em psiquiatria pela USP – Universidade de São Paulo, coordenador do NEPER – Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e director técnico e clínico do HOJE – Hospital João Evangelista.

O fato de registro, é que o doutor Alexander de Almeida defendeu sua Tese de Doutorado sobre “Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas" recorrendo a dezenas de médiuns espíritas e a varias associações espíritas de São Paulo, onde concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal de Espiritismo.

Como médico psiquiatra, o que o levou a escolher tal Tese de trabalho, para o seu doutoramento: “Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas"?
A.M.A – A importância que as vivências mediúnicas tiveram e ainda têm nas diversas civilizações e, mesmo assim, serem praticamente inexploradas no meio académico.

Como os seus examinadores e a própria Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, viram a sua Tese de Doutorado?
AMA – Muito bem. Sempre recebi todo o apoio do Departamento de Psiquiatria da USP, da FAPESP (Fundação de Amparo Á Pesquisa do Estado de São Paulo), bem como a banca teve uma postura muito científica: rigorosa, mas aberta..

E o orientador da Tese de Doutorado? Quem foi?
AMA – Francisco Lotufo Neto, professor livre-docente do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo..

Quem foram seus examinadores?
AMA – Prof. Dr.. Paulo Dalgalarrondo, Doutor pela Universidade de Heildelberg (Alemanha), livre-docente em Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Prof. Dr. Leonardo Caixeta, psiquiatra, doutor em Neurologia pela Universidade de São Paulo, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás); Prof.. Homero Vallada, livre-docente, Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade de Londres, maior especialista em genética psiquiátrica no Brasil e pelo Prof. Dr. Paulo Rossi Menezes, psiquiatra e epidemiologista, doutor pela London Universisty, livre-docente da faculdade de Medicina da USP.

Existiu algum critério específico para a composição da Banca Examinadora?
AMA – Que fossem pesquisadores destacados e que estudassem áreas relacionadas ao tema da tese.

Durante seu estudo, verificou por certo o grau de escolaridade dos médiuns espíritas. São eles incultos e ignorantes como se diz?
AMA – 46,5% dos médiuns tinham escolaridade superior ou superior com pós-graduação. O Censo Brasileiro de 2000 mostrou que o Espiritismo é a única religião em que a proporção de adeptos aumenta quanto maior o nível educacional do segmento estudado.

Os médiuns espíritas sofrem de transtornos dissociativos, psicóticos ou transtornos de personalidade múltipla?
AMA – Eles também podem apresentar estes e outros transtornos mentais, como qualquer indivíduo, no entanto, a prevalência de problemas psiquiátricos entre os médiuns estudados foi menor que o encontrado na população geral.

Então os médiuns espíritas não são esquizofrénicos?
AMA – Não, eles são até mais saudáveis que a população geral. Isto, apesar de terem muitas vivências alucinatórias e de influência que normalmente são consideradas como sintomas clássicos de esquizofrenia.

Como a mediunidade é vista pela medicina?
A.M.A – Como a expressão de uma manifestação cultural, religiosa, que não necessariamente é patológica. Sobre a explicação de sua origem, habitualmente é considerada como um fenómeno dissociativo em que se manifestam conteúdos do inconsciente do indivíduo. No entanto, estas ideias são baseadas em muitas opiniões e poucas pesquisas.

A mediunidade é causa de doenças mentais?
AMA – Apesar de, historicamente, nos últimos 150 anos ter se acreditado nisto, não há evidências a este respeito.

Quais os possíveis mecanismos neurofisiológicos da mediunidade?
AMA – Desconheço estudos a este respeito, tudo que eu dissesse seria meramente especulativo.

Alguns colegas defendem que a glândula pineal é o órgão sensorial da mediunidade. Sabemos que essa hipótese não é nova. O espírito de André Luiz através do respeitado médium Francisco Cândido Xavier trouxe de novo a “lume”. Qual a sua opinião?
AMA – Há uma longa história de associação da pineal com o Espírito, isto vem desde Descartes. Do ponto de vista científico, desconheço qualquer estudo trazendo evidências da pineal se relacionar com mediunidade. Entretanto, sem dúvida é uma interessante hipótese a ser testada.

Sendo médico e doutor em psiquiatria, o que é a mediunidade?
AMA – Penso que a mediunidade é uma manifestação de uma habilidade humana que tem estado presente na maioria das civilizações ao longo da história. A origem destas vivências em muitos casos, acredito, podem estar realmente no inconsciente dos médiuns. Entretanto, há um considerável número de casos em que esta explicação é insuficiente, apontando para alguma fonte externa ao médium.

Como relaciona psiquiatria, espiritualidade e mediunidade?
AMA – A psiquiatria deve estar interessada numa visão abrangente e multifacetada do ser humana, assim a espiritualidade deve ser levada em conta, como todas as demais dimensões da existência humana. Por fim, a mediunidade é uma vivência que pode nos revelar muito sobre o funcionamento da mente e sua relação com o corpo.

Como distingue em seus pacientes “mediunidade” com distúrbios meramente neuropsicológicos?
AMA – Esta pergunta não admite uma resposta simples. Faz-se necessária uma avaliação cuidadosa e ampla da pessoa, o que ela tem vivenciado, suas crenças e seu contexto social e cultural. Em linhas gerais, para uma certa vivência ser considerada indicativa de um transtorno mental, deve estar associada a sofrimento, falta de controle sobre sua ocorrência, gerar incapacitação, coexistir com outros sintomas de transtornos mentais e não ser aceita pelo grupo cultural ao qual pertence o indivíduo.

Ao receber um paciente portador de faculdade mediúnica, como conduz o caso?
AMA – Trato o transtorno mental existente além de recomendar que o paciente continue com suas práticas religiosas. No entanto, se ele estiver com desequilíbrios mais graves, inicio o tratamento farmacológico e psicoterápico e solicito o afastamento das actividades mediúnicas. No entanto, recomendo que continue participando das demais actividades religiosas (palestras, orações, cultos, passes...)

O seu estudo reuniu a maior amostra de médiuns espíritas alguma vez investigada na área médica no mundo. A sua tese já teve repercussões no meio médico ou em algum centro de investigação universitário? Quais?
AMA – Tenho apresentado os resultados da tese em congressos científicos no Brasil e nos EUA, como por exemplo o Congresso Brasileiro de Psiquiatria e International Conference on Mediumship promovido pela Parapsychology Foundation

Como vê a doutrina espírita, codificada por Allan Kardec?
AMA – Como uma proposta bem fundamentada de se fazer uma investigação científica e com bases empíricas de fenómenos antes considerados metafísicos e fora do alcance da ciência.

O que é o NEPER – Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo?
AMA – É um grupo de estudos interdisciplinar das relações entre religiosidade saúde. É composto por psiquiatras, neurologistas, historiadores, psicólogos, antropólogos, filósofos. Não está vinculado a nenhuma religião, se prende apenas à rigorosa investigação científica nesta área.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES
1- Os médiuns espíritas diferiam das características de portadores de transtornos de personalidade múltipla e possuíam uma alta média de sintomas de primeira ordem para esquizofrenia, mas estes não se relacionavam aos escores de outros sintomas psiquiátricos e não se relacionavam a problemas no trabalho, família ou estudos.

2- A maioria teve o início de suas manifestações mediúnicas na infância e estas, actualmente, se caracterizam por vivências de influência ou alucinatórias que não necessariamente implicam num diagnóstico de esquizofrenia.

3- A mediunidade provavelmente se constitui numa vivência diferente do transtorno de personalidade múltipla.
DADOS DA INVESTIGAÇÃO
Total: 115 médiuns espíritas

Mulheres: 76,5%

Média de Idade: 48 anos

Desemprego: 2,7%

Curso superior: 46,5%

Média de anos no espiritismo: 16 anos

Possuíam mais de 3 tipos de mediunidade;

Incorporação: 72%

Psicofonia: 66%

Vidência: 63%

Audiência: 32%

Psicografia: 23%

Exerciam a mediunidade por semana: 7 a 14 vezes

Livro dos Espíritos 1º EDIÇÃO 2ºPARTE



Este trabalho é fruto do "escaneamento" (scanning) da edição bilíngüe do Livro dos Espíritos primeira edição realizada em 1957 com tradução então de Canuto Abreu.

O objetivo é fornecer material para pesquisadores do kardecismo, de modo a poderem comparar o texto da primeira edição com o das edições atuais (que vieram da
terceira e "definitiva" edição do Livro dos Espíritos, de 1860.

A primeira edição foi em 1857).
É importante que se identifique as diferenças entre a primeira e a terceira edições, e que se reflita a respeito dos possíveis motivos de tais diferenças.

A História do Café da Manhã