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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pesquisa Cientifica Espirita.



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Frederic William Henry Myers (1843-1901): um gênio negligenciado

Um dos principais teóricos durante a primeira geração da pesquisa psíquica. Nascido em 6 de fevereiro de 1843, em Keswick, Cumberland, Inglaterra e educado na Trinity College, Cambridge. Por 30 anos, Myers ocupou o posto de inspetor de escolas em Cambridge. Sua decisão em perseguir a investigação psíquica nasceu em 1869, depois de um passeio à luz das estrelas e de uma conversa com Henry Sidgwick.

Sua teoria era que, se um mundo espiritual alguma vez se manifestou aos seres humanos, uma investigação séria deveria ser feita para descobrir sinais inconfundíveis disso. Pois "se todas as tentativas para se verificar cientificamente a intervenção de um outro mundo fossem definitivamente mostradas fúteis, isso seria um golpe terrível, um golpe mortal, em todas as nossas esperanças de uma outra vida, assim como na religião tradicional", pois "daí seria muito difícil para os homens serem convencidos, em nossa Era de pureza mental, que o que agora é visto como ilusão e truques pensava-se, no passado, ser verdade e revelação".

Myers teve em mente um método empírico de deliberação, desapaixonado e de preciso inquérito . Foi neste espírito que, em 1882, a Society for Psychical Research (SPR), em Londres, da qual foi co-fundador, veio ser estabelecida. Ele dedicou todas suas energias em seu trabalho e concentrou-se com profundidade na ciência com viés psicológico. Dos 16 volumes das Atas da Sociedade publicados enquanto ele viveu, há poucos sem uma contribuição importante da sua caneta.

Em Phantasms of the Living, uma colaboração com Edmund Gurney e Frank Podmore (foi um dos primeiros estudos importantes da sociedade acerca do paranormal), o sistema de classificação de fenômenos paranormais era uma idéia inteiramente dele. As palavras "telepatia", "supernormal," "verídico", e muitos outros com menor uso hoje foram cunhados por Myers.

Na SPR ele ocupou o posto de secretário honorário. Em 1900, Myers foi eleito à cadeira presidencial, um posto que apenas distintos cientistas antes haviam ocupado.

Para periódicos, tal como o Fortnightly Review, ele contribuiu com muitos artigos. Foram colecionados e publicados em 1893 sob o título Science and a Future Life e Other Essays.

Seu principal trabalho, Human Personality and its Survival of Bodily Death, foi postumamente publicado em 1903. É uma exposição dos poderes potenciais do Eu subliminar, que Myers imaginou como o ego real, um organismo mediúnico vasto do qual a consciência costumeira é apenas uma fração acidental, aquele é a vida da alma, não ligado à vida corpórea, onde os assim chamados sentidos supernormais são os canais costumeiros de percepção.

Myers desafiou a posição espírita de que todos, ou a maioria dos fenômenos supernormais eram devidos aos espíritos dos mortos, propondo, ao contrário, que, de longe, a proporção maior era devida à ação do espírito ainda encarnado do agente ou do próprio percipiente. A teoria trouxe ordem numa massa caótica de fenômenos psíquicos. Por outro lado, grandemente aumentou a probabilidade da sobrevivência após a morte. Como os poderes do Eu subliminar não se degeneraram durante a evolução, e como não serviram a nenhum propósito nesta vida, eles obviamente foram destinados para uma existência futura. Por que, por exemplo, o subconsciente tão cuidadosamente deve conservar todos os pensamentos e as memórias se não haveria nenhum uso para eles?

William James sugeriu que os problemas da mente subliminar devem ser chamados "o problema de Myers". E adicionou: "não importa que julgamento no futuro seja especulado sobre o Sr. Myers, o crédito permanecerá sempre dele de ter sido o primeiro, em qualquer linguagem, em considerar os fenômenos de alucinação, automatismos, dulpa personalidade e mediunidade como partes conectadas de todo um sujeito".

Theodore Flournoy, que foi um aprofundado psicólogo, considerou Myers "uma das personalidades mais notáveis de nosso tempo no reino de ciência mental". Mais ainda, observou: "Se descobertas futuras confirmam sua tese da intervenção dos desencarnados, na trama de nosso mundo mental e físico, então seu nome será gravado no livro dourado do iniciado, e, unido aos de Copérnico e Darwin, ele completará a tríade dos gênios que mais profundamente revolucionaram o pensamento científico, na ordem, Cosmológica, Biológica e Psicológica".

Walter Leaf comparou Myers a Ruskin e o considerou em alguns respeitos seu igual. De acordo com Charles Richet "se Myers não era um místico, ele teve toda a fé de um místico e o ardor de um apóstolo, junto com o sagacidade e a precisão de um sábio".

"Eu nunca conheci um homem tão esperançoso quanto ao seu destino final", escreveu Sir Oliver Lodge, in memoriam. "Ele uma vez perguntou-me se eu trocaria — se fosse possível — meu incerto destino, qualquer que fosse esse, por muitas Eras de sabia felicidade terrestre que pudessem existir até o último secular pôr do sol, e depois um fim. Ele não trocaria.".

Myers não atuou apenas na primeira geração da Parapsicologia, mas num tempo em que a Psicologia lutava para se separar do domínio da Fisiologia. As afáveis palavras dos contemporâneos de Myers sobre as suas teorias psicológicas refletem o alto posto dele na comunidade intelectual e a grande consideração que foi dada às teorias de Myers concernentes à personalidade humana. Suas teorias psicológicas, que talvez pudessem ter galgado um lugar significativo para o paranormal na consideração da comunidade psicológica, foram, no entanto, deslocadas pelo pensamento rival de seu contemporâneo, Sigmund Freud, e pelo surgimento da Psicoterapia. No êxito dos pensamentos Freudianos, as idéias de Myers foram empurradas à margem.

Myers nos Fenômenos Espíritas

Em Human Personality and Its Survival of Bodily Death, os fenômenos físicos receberam apenas uma pequena consideração. Myers acreditava na telecinésia, mas a despeito de suas próprias experiências e das de Sir William Crookes, a ocorrência genuína dela não lhe aparentava ser suficientemente plausível para justificar a discussão de seu livro. Não obstante, ao lidar com a possessão, ele sugeriu uma explicação engenhosa, isto é, que o espírito que possui pode usar o organismo mais habilmente que seu proprietário e pode emitir alguma energia que visivelmente é capaz de mover objetos que realmente não estão em contato com a carne. De suas próprias investigações, entre 1872 e 1876, ele disse que eram "cansativas e suficientemente desagradáveis".

Em 9 de maio de 1874, na companhia de Edmund Gurney, ele avaliou o médium William Stanton Moses. Os dois tornaram-se amigos íntimos, tanto que quando Moses morreu no dia 5 de setembro de 1982, suas agendas foram passadas a Myers para estudo.

Os artigos de Myers nas Atas da Society for Psychical Research (vols. 9 e 11) contêm os melhores relatos daquela notável mediunidade, embora suas conclusões não fossem unicamente baseadas nas experiências pessoais com Moses. Ele também participou em algumas assustadoras sessões envolvendo C. E. Wood e Annie Fairlamb Mellon.

Em 1894, no Ile Roubaud, Myers, convidado por Charles Richet, participou com Sir Oliver Lodge e Julien Ochorowicz das experiências conduzidas com Eusapia Palladino. A exposição em Cambridge sobre a fraude de Palladino sacudiu sua crença e ele então escreveu: "Eu não tinha nenhuma dúvida de que essa trapaça sistemática tinha sido usada do início ao fim, assim não existia base adequada para atribuir qualquer dos fenômenos ocorridos nestas sessões a uma causa supernormal". Mais tarde, no entanto, ele participou em outra série de sessões com Palladino em Paris e, por um pedido foram de Richet, ele declarou ter se convencido que tanto a telecinesia como a ectoplasmia eram fenômenos genuínos. Ele também testou a Sra. Thomas Everitt, Elizabeth d'Esperance e David Duguid.

Posteriormente, Myers experimentou videntes em cristal e investigou a casa assombrada dos Ballechin em Perthshire, Escócia. Como um resultado, ele publicou dois artigos nas Atas da Society for Psychical Research: "On Alleged Movements of Objects without Contact, occurring not in the Presence of a Paid Medium" (vol. 7, pts. 19 and 20, 1891-92).

Myers Fala da Sepultura?

Myers morreu em 17 de janeiro de 1901, em Roma, Itália. Depois de sua morte, uma inundação de comunicações reivindicadas ser do seu espírito vieram de muitos médiuns. As mais importantes foram as recebidas por Leonora Piper, Margaret Verrall, e Alice K. Fleming (conhecida publicamente como Sra. Holland). Frank Podmore e Alice Johnson concordaram que o controle "Myers" era uma criação subconsciente da médium. Os pareceres aí expressados estavam alheios à mentalidade do Myers vivo.

Verrall aparentemente captou o conteúdo de uma carta selada que Myers havia escrito em 1891 e deixado aos cuidados de Sir Oliver Lodge para tal prova. No entanto, quando a carta foi aberta em 1904, o conteúdo achado foi inteiramente diferente.

Em 1907, Eleanor Sidgwick obteve boas provas de identidade através de Leonora Piper. Em seu apoio, Verrall fez algumas perguntas as quais não sabia as respostas e recebeu estas corretamente, considerando o conteúdo da última conversa que tinha acontecido entre a Sra. Sidgwick e Myers.

Muitas outras impressionantes indicações de sua sobrevivência foram achadas em correspondências-cruzadas, especialmente durante a segunda visita de Piper à Inglaterra em 1906-07. O sistema inteiro de correspondências-cruzadas aparenta ter sido elaborado por ele e a riqueza de conhecimentos clássicos exibido nos fragmentos dados por vários médiuns levanta uma presunção forte que eles emanaram da mente de Myers.

A mais contundente evidência desta natureza foi obtida, depois do retorno de Piper aos Estados Unidos, por G. B. Dorr em 1908. Frank Podmore considerou-a "talvez a evidência mais forte já obtida para a identidade de qualquer comunicador".

Em The Road to Immortality (1932), um livro supostamente escrito por Myers através de Geraldine Cummins, uma estupenda visão foi aberta, aparentemente por Myers, da progressão da alma pelos estados depois da morte. Em relação a autoria do livro, Sir Oliver Lodge recebeu testemunho independente de "Myers", através de Gladys Osborne Leonard, das comunicações dele por Cummins. Lodge não viu nenhuma razão para discordância que a visão dos notáveis registros dos quarto, quinto, sexto e sétimo estados "são o tipo de idéias que F. W. H. Myers pode neste tempo [1932] ter sido capaz de formar."

Referências:

Berger, Arthur S., and Joyce Berger. The Encyclopedia of Parapsychology and Psychical Research. New York: Paragon House, 1991.
Gauld, Alan. The Founders of Psychical Research. New York: Schocken Books, 1968.
Haynes, Renée. The Society for Psychical Research, 1882-1982: A History. London: Mcdonald, 1982.
Myers, F. W. H. Human Personality and the Survival of Bodily Death. London: Longmans, Green, 1903.
——. Science and a Future Life: With Other Essays. London: Macmillan, 1901.
Myers, F. W. H., Edmund Gurney, and Frank Podmore. Phantasms of the Living. London: Trubner, 1886.
Pleasants, Helene, ed. Biographical Dictionary of Parapsychology. New York: Helix Press, 1964.
Salter, W. H. "F. W. H. Myers' Posthumous Message." Proceedings of the Society for Psychical Research 52 (1958).

A História do Café da Manhã