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sábado, 24 de março de 2012

Estudando Reformar ou Estudar o Espiritismo?





Estudando (Reformar ou Estudar o Espiritismo?)
Kardec era extremamente crítico quanto a tudo o que chegava em suas mãos.
Antes de desencarnar ele mostrou como fez e deixou todo o método necessário para que a doutrina pudesse continuar evoluindo de maneira segura e confiável, tal como quando foi codificada.
Todavia o que vemos nos dias atuais é o abandono de toda uma metodologia onde começaram a aceitar qualquer novidade para a doutrina, como se ela a doutrina tivesse que ser um "almanaque abril”, que precisa sempre de novidades e atualizações anuais para vender bem.

Disto, percebe-se com facilidade a popularidade de romance e mais romance com todo tipo de incoerência doutrinaria. Não sei se sou muito critico mas, na minha visão, é só parar e pensar um pouco que vocês vão ver que a doutrina espírita se transformou num dos maiores e mais rentáveis meios literários brasileiros.

Não existe por parte das editoras um compromisso sequer com a doutrina e sim com a venda de livros e com o lucro $$$. ( Deixando claro que sou capitalista.)

Ao se questionar algum autor ou titulo nas comunidades do Orkut ou em fóruns é com extrema facilidade que vozes lhe taxam como espírita fundamentalista , espírita ortodoxo.
Na verdade já me informaram que eu era assalariado das trevas.(risos) Só que já mais vi meu contra cheque, pois nem sabia que tinha direito a salário.(risos).

Mas, vamos esclarecer algumas mentiras ditas repetidamente e quando isso acontece, acaba por tornarem-se como verdades.

O que é um fundamentalista? É todo aquele que acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo.
Outra falácia que adoram repetir é que ortodoxia xiita que existe dentro de muitos espíritas e Casa Espírita. (leia somente Kardec “fora dele não há salvação” )
Espalham a mão cheia que os ortodoxos querem tirar Jesus do Espiritismo.
Os espíritas ortodoxos. Pensam que o conhecimento ESPÍRITA, deve ficar confinado ao conhecimento da espiritualidade ou da erraticidade do tempo de Kardec.

Onde esta a falácia e o sofisma nestas afirmações?
Ora se sou ortodoxo sei que a doutrina espírita busca a discussão e o debate portanto coloca por terra a firmação de fundamentalista.

Seguindo neste contexto a leitura de todas as obras são recomendáveis, quando se critica uma obra não é com o objetivo de proibição mas, antes de apontar as incoerências doutrinarias.

Sobre tirar Jesus da doutrina. Não se tira Jesus do Espiritismo porque ele é claramente citado na codificação. Devemos respeitar Jesus no seu exato valor, mas nunca fazer dele um mito, um novo bezerro de ouro.

Se a codificação espírita informa que devemos avançar na busca de conhecimento e se os ortodoxos defendem esta mesma codificação, então, por conseqüência óbvia, os ortodoxos são os maiores interessados na ampliação de conhecimentos e busca de informações novas no meio espírita.

E justamente quando se levantam alguns contra toda esta prostituição da doutrina espírita, tentando voltar ao começo para que não se perca de vez o fio da meada, são taxados de retrógrados e desatualizados.
Xiitas e sectários, sendo que a única coisa que se pretende é mostrar a verdadeira beleza da doutrina como em seu principio, numa tentativa de não deixar que aconteça com ela o mesmo que aconteceu com o cristianismo primitivo.

A verdade é que, sem a formação doutrinária, não teremos um movimento espírita coeso e coerente. E, sem coesão e coerência, não teremos Espiritismo.

Como afirmou Kardec: “A crença nos Espíritos constitui sem dúvida a sua base, mas não basta para fazer um espírita esclarecido, como a crença em Deus não basta para fazer um teólogo.”
No Espiritismo, a questão dos Espíritos está em segundo lugar, não constituindo o seu ponto de partida. E é esse, precisamente, o erro em que se cai e que acarreta o fracasso com certas pessoas.

Ortodoxia não quer dizer, segundo afirma o vulgo, uma espécie de "ferrugem de idéias" ou "idéias ultrapassadas". A ortodoxia significa a "doutrina correta", livre do pluralismo filosófico, das emendas orientalistas e esotéricas que querem dar ao Espiritismo.

Nos debates que participo no Orkut muitas vezes percebo que as coisas se distanciam do campo das idéias e parte para o pessoal., mas vejo também que muitos que discordam do meu posicionamento discordam 40%, poucos discordam 90 ou 100%.

Apesar de divulgar os livros de J. Herculano que é considerado por alguns erroneamente como o pai dos ortodoxos, não concordo quando ele afirma que a doutrina é religião.

Religião lembra muito mais a manutenção da ignorância, da dificuldade de entendimento e do livre-pensamento e dos partidários das verdades incontestáveis, que todos devem se curvar (convertendo-se), sem questionamentos em busca da salvação.

Encarar o espiritismo como uma nova religião só pode levar ao que estamos constatando. Um distanciamento ideológico do movimento espírita em relação ao pensamento de Allan Kardec e o afeiçoamento da ação dos espíritas a padrões confessionais e ritualísticos, velados ou explícitos, caracterizando um processo de sectarização do Espiritismo.

Dessa forma, as Casas Espíritas assumiram, ao longo do tempo, em sua esmagadora maioria, a feição de “casas de oração” e de “pronto socorro”, em detrimento de sua função maior de educadora de almas e libertadora de consciências, consoante os objetivos maiores do Espiritismo.

Como conseqüência tem aquele que procura o Centro unicamente para levar "água fluidificada" para casa e alguns mesmo pasmem-se, levam seus familiares para um "banho de ervas" aconselhado por um dirigente "espírita".
Ora, nada temos contra quem é adepto da Umbanda, Candomblé, etc., mas confundir-se Espiritismo com tais denominações é, no mínimo, ignorância das obras básicas do Espiritismo.

O que o Espiritismo objetiva é a transformação interior das criaturas, para que se tornem mais esclarecidas e com isso, dotadas de mente mais arejada e coração mais puro.
O que se pretende quando buscamos defender Kardec não é proibir ou decretar o que é certo ou errado e sim o que é Doutrina Espírita e o que é espiritualismo.

Kardec afirma, na introdução de "O Livro dos Espíritos," que a força do Espiritismo não está nos fenômenos, como geralmente se pensa, mas na sua "filosofia"


Para mim, a honestidade intelectual deve levar o indivíduo a tratar o Espiritismo como sério e ortodoxamente, porém esse é um processo de consciência íntima; se a ortodoxia e a seriedade foram à mola mestra dos Espíritos Superiores, ser sério ou ser ortodoxo é condição primeira de quem adere à Doutrina.

Já fui chamado de ortodoxo mas, eu não sou Ortodoxo, e não sou, Kardecista eu sou apenas, Espírita. E isto me basta.
Pois, se digo que sou Espírita é porque sigo os princípios da doutrina espírita, e se eu sigo estes princípios conseqüentemente sou espírita.
Agora se eu conheço a doutrina aceito algumas partes mas, não outras eu seria espiritualista, e não espírita.

O ortodoxo sabe avaliar o místico, porque já foi um místico; mas o místico não pode avaliar o ortodoxo, porque nunca foi ortodoxo.____________F. Amado

Isto foi o que aprendi esmiuçando a doutrina espírita.

Excessos Místico-Igrejeiros Espírita


Excessos Místico-Igrejeiros Espírita

Projeto Kardequizar
Salomão Jacob Benchaya, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (CCEPA), ex-Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul (FERGS)


Uma nova etapa de trabalho se desdobra à nossa frente, convocando as lideranças espíritas a se manterem empenhadas na sua dinamização e expansão, com vistas à penetração e vivência das idéias espíritas em todos os segmentos da sociedade, atentas, entretanto, à proposta consubstanciada na Codificação Kardequiana. Esta última observação faz sentido no momento em que uma parcela da comunidade espírita do país se apercebe e se reverbera que o movimento espírita brasileiro, embora dinâmico, realizador e gozando de indiscutível prestígio junto à sociedade, ideologicamente vem se distanciando, em alguns setores, das diretrizes traçadas pelo Codificador.

Não somos os primeiros a chamar a atenção para essa realidade e não é nosso propósito causar melindres pessoais, já que nos cingimos à análise dos fatos, sem referências particulares a pessoas ou instituições, mas desejando, isto sim, convocar os trabalhadores espíritas a uma reflexão séria acerca dos rumos do nosso movimento.

É certo que o povo brasileiro, por sua própria formação étnica e cultural, apresenta acentuada índole mística com traços marcantes de emocionalidade em seu comportamento, contrastando, por isso, com a postura mais racional e fria do europeu, por exemplo. Esse traço característico de nossa gente, naturalmente que não poderia deixar de se refletir nas atitudes dos espíritas, não obstante o convite da Doutrina à "fé raciocinada". É preciso que se distinga, no entanto, o comportamento místico-afetivo das massas, que não é necessariamente negativo, do exagerado afeiçoamento da ação dos espíritas a padrões confessionais e ritualísticos, velados ou explícitos, que caracterizam um processo de sectarização indesejável e insustentável à luz do Espiritismo.
Lamentavelmente, constata-se nos arraiais espíritas procedimentos os mais esdrúxulos na prática doutrinária, como reflexos do desconhecimento e da má interpretação dos postulados espíritas, agravados pelos condicionamentos atávicos igrejeiros dos quais não conseguimos, ainda, nos desvencilhar.
Não são raras ocorrências como as que citaremos a seguir, tendentes a transformar o Espiritismo em mais uma seita, pela subversão dos seus ideais, ressalvadas honrosas e justas exceções.

Liturgia da Prece.
Vemos, por exemplo, preces como verdadeiros atos litúrgicos, formalizadas, longas, por vezes decoradas, ditas em tom compungido e piedoso. Casas espíritas realizando sessões de preces sem objetivo doutrinário, preces encomendadas por terceiros, algumas até adotando posições especiais para orar. Adeptos há que utilizam impressos contendo preces e até fotografias de vultos espíritas à guisa de amuletos protetores.

Na área das chamadas irradiações, a falta de orientação doutrinária conduz os freqüentadores a transferir para os dirigentes a tarefa de interceder junto à Divindade para amenizar os padecimentos de encarnados e desencarnados, para isso bastando colocar os nomes dos beneficiários em recipientes ou longas listagens, muitas vezes sem qualquer participação dos interessados na prece coletiva.
Culto externo.
O aprisionamento ao culto externo, infelizmente, ainda tem ex-pressão em nosso meio, seja no uso preferencial de toalhas brancas sobre as mesas, na utilização de uniformes, distintivos, ou no passe em roupas e fotografias. Outros apetrechos ritualísticos muito comuns ainda são os retratos e imagens de vultos espíritas expostos no salão de palestras públicas, não raras vezes ornados de flores e luzes coloridas, num convite à veneração idolátrica. E o que diremos se tais quadros e imagens são dos santos e líderes católicos, sem dispensar sequer os detalhes simbólicos usados pela igreja, tais como o halo sobre a cabeça, chagas, coração sagrado, terços e anjos com asas?

Já vimos reuniões públicas serem iniciadas com todos em pé, cantando hinos em nada diferentes dos de nossos irmãos protestantes, e, até, invocando as bênçãos do Espírito Santo para o êxito dos trabalhos. Alguns procedimentos são impostos aos freqüentadores pela própria direção dos Centros, tais como a recepção de passes mesmo sem necessidade de tal socorro, separação entre homens e mulheres no recinto das reuniões, ingestão de água magnetizada após o passe ou ao término das reuniões, prática esta semelhante à da ministração da hóstia nas igrejas.

Passemania.
Na verdade, para muitos freqüentadores de sessões espíritas, tomar passes constitui um hábito não muito saudável à luz da proposta espírita, sendo muito conhecida, neste terreno, a figura do "papa-passes". À falta de maiores esclarecimentos sobre a oportunidade em que se deve recorrer a essa abençoada terapêutica, muitos dela se utilizam desnecessariamente, ou, o que é pior, como se, através do passe, o indivíduo estivesse obtendo a "absolvição" de suas fraquezas ou purificando-se espiritual-mente. Seria enfadonho insistirmos aqui na feição nitidamente ritualística que a gesticulação exagerada, as preces murmuradas e outros comportamentos exóticos imprimem ao passe.
É oportuno salientar que é no terreno da terapêutica do passe que se gerou a mais acentuada distorção acerca do que o Espiritismo pode oferecer ao homem. O passe assumiu tamanha importância para a manutenção dos níveis de freqüência nas Casas Espíritas, que são raras as reuniões públicas em que ele não é ministrado. A grossa maioria dos freqüentadores de nossas casas ali vai "tomar passe" ou "tirar consulta", pois são esses os produtos que o nosso espiritismo (com "e" minúsculo) oferece.
Nessa área se incluem as chamadas "sessões de cura", denominação imprópria diante da promessa nela implícita, de realização de curas, passível de enquadramento no Código Penal.

Substitui-se o essencial pelo acessório, ilude-se os freqüentadores oferecendo-lhes os subprodutos da ação espírita como se a Doutrina não tivesse algo melhor para dar. Notem que não recusamos o socorro que os recursos espíritas podem oferecer aos que o buscam. O que verberamos é a omissão relativa à "caridade da divulgação da própria Doutrina", recomendada por Emmanuel.


Idolatria
O movimento espírita não escapa, sequer, da tendência idolátrica de seus seguidores que, se já não constroem bezerro de ouro, instituíram, entretanto, o "bezerrismo", como alguém já denominou, o culto à figura apostolar de Bezerra de Menezes, invocado aqui e ali, como um autêntico santo milagreiro espírita. Isso para não falarmos de "santos" locais ou regionais, de menor expressão. Como se não bastasse a consagração de entidades espirituais, entre as quais também se incluem Maria, Ismael, por exemplo, vamos encontrar médiuns e líderes espíritas sofrendo, mesmo a contra-gosto, o mesmo processo de idolatria e até de santificação no qual se identifica acentuada dose de fanatismo, inclusive com o beneplácito de dirigentes espíritas.
Nesse contexto e à falta de uma definição ideológica ao movimento espírita, vemos dirigentes pretendendo representar o Espiritismo em cerimônias políticas, ecumênicas, alinhando-se entre as autoridades civis e eclesiásticas, ou, pior ainda, patrocinando cerimônias ecumênico-religiosas, políticas ou cívico-doutrinárias, numa demonstração de desconhecimento do caráter universalista do Espiritismo.

Literatura pseudo-espírita.
Integrando o quadro de distorções doutrinárias, pode-se ainda relacionar o mercantilismo com a literatura espírita, mediúnica ou não, a circulação no meio espírita de obras de conteúdo medíocre ou conflitantes com a filosofia espírita, como as de cunho profético-apocalíptico, as messiânico-salvacionistas, etc., cuja produção é estimulada pela desinformação do mercado consumidor e pela conivência da rede distribuidora do livro.


Evangelismo, Assistencialismo e Dogmatismo.

Outros indícios de igrejificação encontram-se no surgimento e expansão de verdadeiras confrarias com seus ritos de iniciação doutrinária e controle estatístico da re-forma moral dos aprendizes, das cidades "espíritas" com seu fanatismo mediúnico, das confraternizações de devotos e místicos e dos pregadores evangélicos aprisionados às passagens bíblicas distanciadas da interpretação espírita.
Em área mais delicada, desenvolve-se a concepção de um Espiritismo voltado somente para os pobres e necessitados, incompreensivelmente alérgico às esferas do intelecto, na falsa interpretação de que "os sãos não precisam de médico", daí decorrendo todo um trabalho assistencialista, do tipo paternal e acomodador, em contraste com a proposta libertadora da Doutrina.
A postura dogmática que o Espiritismo rejeita inflitra-se, também, entre os dirigentes espíritas, ora refletindo-se na crença cega no que dizem os espíritos e médiuns, numa recusa à análise e à crítica, ora cerceando o livre-exame, pela proibição de leituras ou de discussão de temas ditos "polêmicos".
Kardequização.

Essas são algumas das manifestações que consideraríamos como indícios de um processo sectarizador de difícil refluxo se o movimento espírita não adotar posição firme no sentido de sua "kardequização", ou seja, de aproximar-se, em nível desejável, do modelo proposto por Kardec. É lógico que alguns dos problemas enumerados têm localização restrita e são perfeitamente detectados pela comunidade espírita mais esclarecida. O risco maior está em não se atribuir importância a determinados procedimentos e atitudes que "não fazem mal nenhum", mas que, inperceptivelmente, deturpam a verdadeira identidade da Doutrina.

Um esforço revitalizador faz-se, portanto, mister, mormente quando são os próprios orientadores espirituais do movimento espírita brasileiro que a tanto nos convocam. Suas advertências são de tal modo enérgicas que nos permitimos reproduzir trechos significativos de suas mensagens, corroborando o que aqui desejamos propor.

Angel Aguarod, em mensagem que motivou o lançamento da Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (Rio Grande do Sul, 1978) salientava: "Não é possível erigir um monumento doutrinário, como é o da Revelação Espírita, deixando-nos levar, a cada dia, por idéias que sopram de todos os lados, sem direção, qual vendaval que tudo derruba na sua passagem. Estamos sendo alertados de Plano mais alto sobre esse aspecto do nosso movimento, pois - dizem nossos superiores - se não nos fizermos vigilantes nesse sentido, em pouco tempo o movimento espírita, embora conservando o nome, nada terá de Espiritismo."

Vianna de Carvalho, pela psicografia de Divaldo Franco, na mensagem "Espiritismo Estudado", afirma que "[...] surgem os primeiros sintomas de cultos espíritas e constata que o movimento espírita cresce e se propaga, mas a Doutrina Espírita permanece ignorada, quando não adulterada em muitos dos seus postulados".
Daí a recomendação de Bezerra de Menezes: "Kardequizar é a legenda de agora". Para tanto, faz-se necessário se conheça mais profundamente o pensamento de Allan Kardec a fim de aquilatarmos o grau de fidelidade que lhe vota o movimento espírita. Não é por outro motivo que Emmanuel, na mensagem intitulada "Kardec", ditada a Chico Xavier, após as afirmativas, entre outras, de que precisamos "[...] estudar Kardec, meditar Kardec, divulgar Kardec", finaliza, dizendo: "Que é preciso cristianizar a Humanidade é afirmação que não padece dúvida, entretanto, cristianizar, na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a Terra mais um sistema de fanatismo e de negação". [...]
Diante dos problemas apresentados, talvez até de forma contundente, e dos desafios propostos pelos espíritos, sentimo-nos encorajados a desenvolver os esforços que estiverem ao nosso alcance no sentido de estimular o movimento espírita à observância das diretrizes preconizadas pelo Codificador quanto à sua própria estrutura e características. Eis o motivo desta análise de comporta-mento e de tendências do movimento espírita. Mais uma vez evidencia-se a necessidade de as Casas Espíritas realizarem estudo mais aprofundado e completo da obra kardequiana, única forma de evitarmos que o Espiritismo seja transformado em mais uma seita religiosa.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Entrevista para ANESP PRESS

A entrevista abaixo deveria circular no jornal O PENSADOR.
Entretanto devido a situações singulares envolvendo a justiça e direitos de resposta
de um espirita que se sentiu magoado com algumas colocações do jornal, este não
pode circular.

Portanto estou postando a mesma aqui no site.

Agência de Notícias Espíritas da Paraíba – Desde 13 de Agosto de 1998.
Pauta de Entrevista com FRANCISCO AMADO,
blogueiro e pesquisador espírita de Porto Alegre, RS.


01 – Todos sabemos que o aspecto religioso do Espiritismo sofreu graves deturpações por parte dos espíritas místicos, que adotaram Os Quatro Evangelhos – A Revelação da Revelação, de J. B. Roustaing, como obra norteadora do movimento espírita brasileiro em detrimento das obras básicas kardequianas. Esse misticismo agravou-se depois do mediunato missionário de Francisco Cândido Xavier?
Na verdade colocar todas as coisas erradas que ocorre com a doutrina espírita nas costas de Francisco Xavier não é ser honesto, eu não faço isso, pois a verdade é que o que deter-minou o misticismo no espiritismo brasileiro não foi uma só pessoa, mas um conjunto de fatos. Exemplo compare um exemplar do Livro dos Espíritos traduzido por J.Herculano e outro por Guillon Ribeiro a mesma questão 671 Um traduz desta maneira “conhecer a sua doutrina pela persuasão e a doçura,” Já o outro desta ‘conhecer a doutrina do Salvador”
Na verdade o mediunato de Chico não agravou, apenas reforçou aquilo que já fazia e faz parte da sociedade Brasileira, junte-se a tudo isso a preguiça mental e o analfabetismo funcional e temos um seita de crentes religiosos, que não admitem que se questione as obras de Chico Xavier.

02 – A vidência, assim como todas as outras formas de mediunidade, quando ocorre permanen-temente nos casos de mediunato, pode bloquear a razão e excitar o misticismo. Teria Chico Xavi-er, um médium vidente e psicógrafo de formação católica, sofrido os efeitos desse misticismo e cometido equívocos doutrinários com a bênção de Emmanuel, seu mentor intelectual e espiritual?
Não, o problema não é a mediunidade, a questão é não aplicar a metodologia de Kardec que está bem claro no livro 0 que é o espiritismo “O primeiro controle é, sem sombra de dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter, sem exceção, tudo quanto vem dos Espíritos. Toda teoria em manifesta contradição com o bom senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos que se possuem, por mais respeitável que seja a sua assinatura, deve ser rejeitada.”


03 – Dentre os mais de 400 livros recebidos por Chico Xavier, com a supervisão de Emmanuel, quais a seu ver que contribuíram para sedimentar dogmas igrejeiros no movimento, não permitindo abertura para a análise e o debate alteritário tendo em vista a evolução do conhecimento e das práticas no Centro Espírita? Bem, na verdade o problema principal é a preguiça mental, pois eu tenho todas as obras de Chico Xavier e por muito tempo ministrei palestras falando das obras de André Luiz. Tanto que cunhei esta frase “O ortodoxo sabe avaliar o místico, porque já foi um místico; mas o místico não pode avaliar o ortodoxo, porque nunca foi ortodoxo.”
Todavia destacaria dois livros, o primeiro é de onde saiu os Dragões, magos negros e serve de nas-cente para todas as fantasias mediúnicas, que abarrotam as livrarias. A fantasia mediúnica Nosso Lar. O segundo o Coração do mundo Pátria do Evangelho. Imagine que neste livro Jesus é apresen-tado como Dr. Smith aquele do seriado Perdidos no Espaço. Sim, porque este Jesus não sabia para que lado ficava o Brasil, tem como acreditar na seriedade de uma obra destas?

04 - O Controle Universal dos Ensinamentos dos Espíritos (CUEE) fez falta na análise criteriosa da produção literária mediúnica do saudoso médium mineiro?
Fez falta e ainda faz nas obras atuais. O que o Espiritismo objetiva é a transformação interior das criaturas, para que se tornem mais esclarecidas e com isso, dotadas de mente mais arejada e coração mais puro. O Controle Universal serve para separar o que é espírita do que é espiri-tualista, separar o racional da crendice, é o que temos de melhor. O restante é abismo, é debater a carnavalização da Doutrina.

05 – Uma das missões do Espiritismo é esclarecer as multidões, alargar o conhecimento humano e reeducá-lo para uma realidade integral da vida, além da morte física. Você acha que Emmanuel e André Luiz prejudicaram esses aspectos da Doutrina implementando uma carga cultural religiosa que lembra o velho e místico sistema igrejeiro? Não, eu diria que as instituições que fazem propaganda massiva em torno destas obras é que prejudicaram esses aspectos da doutrina. Pois, não podemos pedir para quem não era espírita conhecer o espiritismo. André Luiz era um ateu, isto ele mesmo afirma no Livro Nosso Lar Emmanuel era católico então nem um nem outro conhecia a doutrina, basta ver que a maioria da serie Andre Luiz, não existe citações sobre as obras básicas.

06 – Qual a metodologia utilizada por você para fundamentar suas pesquisas e concluir que a Colônia NOSSO LAR e o UMBRAL são criações fantasiosas geradas pela carga cultural religiosa mística que acompanhou André Luiz além da morte física?
A metodologia deixada nas obras básicas ex; “não aceiteis nada cegamente. Que cada fato seja submetido a um exame minucioso, aprofundado e severo.” (O Livro dos Médiuns– item 98)
O trabalho de analise de nosso lar foi um pedido do Jorge Mutra que é editor do site Espiritismo com profundidade. Ele pediu um estudo sobre as excrescências de nosso lar o que resultou no pequeno livro online “Nosso Lar uma fantasia Mediunica” que está disponível a todos que quise-rem refutar ponto por ponto. Um pequeno exemplo de como foi feito.
Nosso Lar, capítulo 3: Clarêncio, que se apoiava num cajado de substância luminosa, deteve-se à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas. Tateando um ponto da muralha, fez-se longa abertura, através da qual penetramos, silenciosos.
Por que uma pessoa se apóia em uma muleta?
ANÁLISE A resposta é simples: algum problema físico. Muleta e cajado são a mesma coisa? Não! Um cajado é uma vara de pastor, caracteristicamente tendo a extremidade superior re-curvada em forma de gancho ou semicírculo. Ele é usado para tocar nas patas das ovelhas de leve para que elas retornem ao seu caminho, não se desviando do caminho. Em algumas oca-siões, o cajado podia ser utilizado como arma. A ovelha conhecia o Pastor pelo cheiro do cajado que se apegava a sua mão, sendo assim, ela conhecia o Pastor e o seu cajado.
Mas como supor que um espírito superior tenha problemas físicos? Então, vemos aqui a mito-logia do bom pastor. André é a ovelha que veio marcar profundamente uma mentalidade igre-jeira no movimento espírita.
É da essência de um Espírito elevado se ligar mais ao pensamento que à forma e à matéria, de onde se segue que a elevação do Espírito está em razão da elevação das ideias; portanto, todo Espírito meticuloso nos detalhes da forma, que prescreve puerilidades, em uma palavra, que liga importância aos sinais e às coisas materiais, acusa, por isso mesmo, uma pequenez de ideias, e não pode ser verdadeiramente superior.( Revista Espírita 1860 pág206)
Toda a metodologia segue esta linha trazendo o contra ponto com as obras básicas.

07 – A seu ver, o que levou a Federação Espírita Brasileira publicar tantas obras divergentes com o pensamento sensato e racional de Allan Kardec? O que importa é o mercado de livros, cujo conteúdo a FEB criminosamente deixou de corrigir, permitindo a infiltração de preconceitos e dogmas de fé cega do passado (principalmente católicos), com distorções e contrariedades doutrinárias que misturam o conteúdo do espiritismo num escandaloso sincretismo com o catolicismo que lhe dá mercado.
Um mercado rento$o.

08 – O misticismo religioso que grassa em nosso movimento não é um “mal necessário” para a divulgação massificadora do Espiritismo? Curioso que todo mundo alega que Chico foi o maior divulgador da Doutrina e que, se não fosse ele, não teríamos o surpreendente número de 1,3% da população brasileira como espíritas. Só que o número de viciados em crack é de 3% da população. E o que tem a ver uma coisa com outra? Ora, se uma sociedade é o resultado das forças, boas ou más, para se melhorar essa sociedade é preciso agir primeiro sobre a inteligência e sobre a consciência dos indivíduos. Mas, como a Federação resolve propagar a fé cega em médiuns duvidosos, a Doutrina ficou restrita ao número atual e a grande reforma que poderia estar fazendo na mentalidade das pessoas ficou só na teoria.

09 – Suas considerações finais. A primeira reação que temos quando alguém chega e coloca em dúvida tudo aquilo que alimentamos como verdade, são a negação e a fuga, o temor de encarar a realidade. Todavia, se realmente adotamos a Doutrina Espírita em nossa vida, não podemos nos manter tolhidos como estátuas, indiferentes ao estudo sério e continuado.
Temos que ter em mente que a sociedade espírita não é lugar para curar dor de cabeça, unha encravada ou qualquer outra doença, e sim local de estudo e aprendizado, sem assumir a condição piegas dos comportamentos estereotipados, dos sorrisos melífluos, das promessas impossíveis de cumprimento, enfim, das condições que caracterizam as religiões formalistas.
Agradeço o amigo Carlos cedendo este espaço, gostaria de ver mais jornais espíritas que pautasse seus artigos com o contraditório, pois é o embate de idéias que nos faz evoluir e é para isso que estamos todos aqui.
No portal http://ensinoespirita.blogspot.com você encontra vídeos, artigos e livros para baixar, aguardo a visita de todos e seus comentários.


João Pessoa (PB), Janeiro de 2012.
CARLOS ANTONIO DE BARROS,

País rico vive de prostitutas





O PSOL, na figura do deputado Jean Wyllys (RJ) reuniu-se recentemente com representantes da organização da sociedade civil “Da Vida”, um grupo dedicado à promoção da dignidade dos “profissionais do sexo”. Segue o texto publicado no site oficial do parlamentar:

O Deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ) se reuniu, na manhã dessa segunda-feira (12), com representantes da organização da sociedade civil Da Vida e pesquisadores sobre prostituição para discutir a proposta de um Projeto de Lei que regulamenta a prostituição e desenvolve estratégias para o fortalecimento da cidadania de profissionais da prostituição. Participaram da reunião Gabriela Leite, prostituta fundadora e Secretária Executiva da instituição, Flavio Lenz, fundador e assessor de Imprensa, Friederick Strack, consultora e José Miguel Nieto Olivar, pesquisador da prostituição nas fronteiras.

Foram discutidos temas relacionados ao preconceito e discriminação dessa atividade tradicional e secular, estigma, importância do fortalecimento do combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, revisão de artigos do código penal brasileiro, necessidade diferenciação entre movimentos nacionais e internacionais para prostituição voluntária e tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, políticas públicas, entre outros.

O projeto de lei, baseado na lei alemã que regulamenta as relações jurídicas das prostitutas (Gesetz zur Regelung der Rechtsverhältnisse der Prostituierten – Prostitutionsgesetz – ProstG) e no Projeto de Lei 98/2003 do ex-Deputado Federal Fernando Gabeira, que foi arquivado, e no PL 4244/2004, do ex-Deputado Eduardo Valverde, tem como um dos pontos principais garantir que o exercício da atividade do profissional do sexo seja voluntário e remunerado, tirando assim esses e essas profissionais de um submundo de marginalização.

Segundo a justificativa do PL, a prostituição é “atividade cujo exercício remonta à antiguidade, e que, apesar da exclusão normativa e da condenação do ponto de vista dos “bons costumes”, ainda perdura”. “A mesma sociedade que desaprova a prostituição a utiliza”, diz Wyllys. “Essa hipocrisia e moralismo superficial causa injustiças, a marginalização de um segmento considerável da sociedade e também a negação de direitos aos profissionais cuja existência nunca deixou de ser fomentada. Desenvolver a cidadania das e dos profissionais de prostituição caminha no sentido da efetivação da dignidade humana”.

A justificativa do PL se baseia, também, em um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que é a erradicação da marginalização (art. 3º inciso III da CRFB) e o da promoção do bem de todos (art. 3º, inciso IV), explica Wyllys. “O atual estágio normativo, que não reconhece os trabalhadores do sexo como profissionais é inconstitucional e acaba levando e mantendo esses profissionais no submundo, na marginalidade. Precisamos resgatá-los para o campo da licitude”, diz.

Os participantes sistematizarão os pontos que consideram fundamentais na proposição do PL e voltarão a se reunir para a continuidade do trabalho.

Toda pessoa que cresceu em boa família e teve bons responsáveis e instrutores certamente ouviu ao menos uma vez frase com teor: “você tem que estudar para ter um bom futuro…”.
Aparentemente Jean Wyllys tem outra ideia. Basta ter “estudado na cama” que o mercado de trabalho há de acolher de braços (e pernas) abertos o “profissional”.

Numa época em que se fala tanto da dignidade da pessoa humana, sobretudo da mulher, o PSOL investe na promoção da atividade que mais indignifica principalmente o sexo feminino (mas também o masculino, é claro). Agitam a bandeira de que ser ESCRAVO a serviço da DESORDEM SEXUAL dos outros, permanecendo assim na marginalizante miséria psicossocial, é tão digno, bonito e louvável quanto buscar boa formação profissional e ter um emprego.

Nos ambientes profissionais verdadeiros, a ocorrência de envolvimento sexual é vergonhosa (quando voluntária, para obter vantagens) ou revoltante (quando ocorre através de coação) e não raro resulta em processos judiciais. Mas para os defensores do “socialismo e liberdade”, ganhar a vida e se dar bem com sexo é “tradição”…
Falando em partido, a proposta se baseia em projeto arquivado daquele tal de Fernando Gabeira (PV-RJ). Façam um favor pelo nosso país: lembrem-se de execrar estes partidos nas próximas eleições.

Vejam como o discurso desse senhor — que ilustra precisamente a consciência do partido – é incoerente e ignorante (no sentido de privação de entendimento): em paralelo ao auxílio à prostituição, ele cobra do ministro da educação a veiculação de material de combate à “homofobia” (também chamado de “kit-gay”) alegando que é preciso combater o bullying “homofóbico” nas escolas. Ora! Alguém conhece uma forma de provocação e ridicularização mais vil que aquela que insinua infâmias sobre a honra da mãe “dos outros”? Porventura há outra que seja mais popular no ambiente escolar?

Sim, porque vislumbrando uma (ilusória) dignidade alcançada pelas prostitutas, as que se arriscassem a constituir família, ter filhos, colocariam seus filhos na imediata condição de vítimas de chacotas.

Em tempo: desse triste cenário hipotético surge a lembrança de que a “classe” das prostitutas é amasiada com a prática do aborto, por razões (se o Jean Wyllys me permite dizer) “trabalhistas”.A preocupação é que esse parlamentar de tão bons costumes e companhias foi designado (não sei como!) relator do PL 478/07, que trata do Estatuto do Nascituro!

Fica no ar a dúvida sobre a motivação do deputado em auxiliar no projeto, já que boa parte dos “ambulantes que vendem sexo” é constituída de homossexuais travestidos ou transsexualizados. Configura-se uma boa oportunidade de prestar serviço ao seu eleitorado gay, ainda que através de um projeto tão asqueroso.
Adaptado de: O Andarilho
Fonte: www.juliosevero.com

domingo, 18 de março de 2012

Festa para celebrar A VERDADE DE 1964.




A festa no Clube Militar, em comemoração aos 48 anos do golpe militar que foi combatido pela jovem guerrilheira Dilma Rousseff, hoje presidente da República, promete ter potencial explosivo


Se não bastasse a rebelião da base aliada no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff agora tem mais um abacaxi para descascar.

Desta vez, entre os militares, que já vinham dando sinais de insubordinação assinando um manifesto contra a Comissão da Verdade. Desta vez, o que os militares preparam já pode ser considerado provocação. Dilma havia proibido comemorações, entre os representas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em relação ao aniversário do golpe de 31 de março de 1964, que os militares chamam de “Revolução”. Pois o Clube Militar antecipou a festa para o dia 29 de março

Os convites para a comemoração, JÁ ESTÃO SENDO DISTRIBUIDOS que exige traje esporte fino.

A História do Café da Manhã