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sábado, 16 de janeiro de 2010

O Espiritismo e as Almas Gêmeas



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O Espiritismo e as Almas Gêmeas

No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentam a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, evolvendo umas para as outras, num turbilhão de ansiedades angustiosas, atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram, no acervo dos trabalhos humanos, sentem-se de posse da felicidade real para os seus corações — a da ventura de sua união, pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação_pela_ morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida.
Encontramos tal ensinamento no livro O CONSOLADOR – 16a. edição - Francisco Cândido Xavier – ditado pelo espírito Emmanuel (41a - página 185 questão 323 )

A verdade é que somos individualidades, e, como tal, não há espíritos que se complementem uns aos outros, como se por si só não fossem inteiros, um! O que existem são Espíritos com profundos laços de afinidade, que muitas vezes se encontram na vida enquanto encarnados.

A crença na alma gêmea vem da lenda de que o Criador ao fazer o homem teria percebido que sua obra estaria incompleta, teve então a idéia de retirar do próprio homem uma parte e assim criou a mulher. Desde este momento, homem e mulher vivem a busca da sua outra metade para serem felizes.

A Doutrina Espírita é taxativa em afirmar que “não existe união particular e fatal entre duas almas”, isto é, não existem almas gêmeas.

Duas almas podem ser afins, absolutamente simpáticas entre si, concordantes em interesses e tendências, mas não são complementos uma da outra. Cada ser possui uma individualidade, é único, e não necessita de um outro pedaço para se plenificar, até porque, sendo espírito imortal, poderá encontrar diversos outros espíritos e nutrir sentimentos de amor.
Onde encontramos estas informações? No O Livro dos Espíritos.

Questão 298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia reunirá?
“Não; não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”

298. As almas que se devem unir estão predestinadas a essa união desde a sua origem, e cada um de nós tem, em alguma parte do Universo, a sua metade, à qual algum dia se unirá fatalmente?

— Não; não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe entre os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam, ou seja, de acordo com a perfeição que adquiriram: quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males humanos; da concórdia resulta felicidade completa.

299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que certos Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?

—A expressão é inexata; se um Espírito fosse a metade de outro, quando separado estaria incompleto.

300. Dois Espíritos perfeitamente simpáticos quando reunidos ficarão assim pela eternidade ou podem separar-se e unir-se a outros Espíritos?

— Todos os Espíritos são unidos entre si. Falo dos que já atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, quando um Espírito se eleva, já não tem a mesma simpatia pêlos que deixou.

301. Dois Espíritos simpáticos são o complemento um do outro, ou essa simpatia é o resultado de uma afinidade perfeita?

— A simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos; se um. devesse completar o outro, perderia a sua individualidade.

302. A afinidade necessária para a simpatia perfeita consiste apenas na semelhança dos pensamentos e sentimentos, ou também na uniformidade dos conhecimentos adquiridos?

— Na igualdade dos graus de elevação.

303. Os Espíritos que hoje não são simpáticos podem sê-lo mais tarde?

— Sim, todos o serão. Assim, o Espírito que está numa determinada esfera inferior, quando se. aperfeiçoar, chegará à esfera em que se encontra o outro. Seu encontro se realizará mais prontamente se o Espírito mais elevado, suportando mal as provas a que se submetera, tiver permanecido no mesmo estado.

303 – a) Dois Espíritos simpáticos podem deixar de sê-lo?

— Certamente, se um deles é preguiçoso.

Resposta de Emmanuel em atenção às objeções da editora (FEB), em relação à aparente divergência entre os textos acima:
“Meu amigo, Deus te abençoe o coração nas lutas materiais. Agradecendo o teu carinho fraterno, na colaboração amiga e sincera de sempre, peço a modificação do texto, do novo trabalho, que deverá ser apresentado nos seguintes termos:
— “Grande número de almas desencarnadas nas Ilusões da vida física, guardadas quase que integralmente no intimo, conservam-se, por algum tempo, incapazes de apreender as vibrações do plano espiritual superior, sendo conduzidas pelos seus guias e amigos redimidos às reuniões fraternas do Espiritismo evangélico, onde, sob as vistas amoráveis desses mesmos mentores do plano invisível, se processam os dispositivos da lei de cooperação e benefícios mútuos, que rege os fenômenos da vida nos dois planos.”
“Devo o pequeno equivoco observado, concedendo à matéria certos ascendentes que só pertencem ao espírito, a perturbações do método de “filtragem mediúnica”, onde o nosso pensamento foi prejudicado.
“Solicitando essa modificação, pediria a conservação, no texto, da humilde exposição relativa à tese das “almas gêmeas”, ainda que, em consciência, sejam os amigos da Casa de Ismael compelidos à apresentação de uma ressalva, em obediência à lealdade de respeitável ponto de vista. A tese, todavia, é mais complexa do que parece ao primeiro exame, e sugere mais vasta meditação às tendências do século, no capítulo do “divorcismo” e do “pansexualismo”, que a ciência menos construtiva vem lançando nos espíritos, mesmo porque, com a expressão “almas gêmeas”, não desejamos dizer “metades eternas”, e ninguém, a rigor, pode estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis compromissos assumidos na escola redentora do mundo, sob pena de aumentar os próprios débitos, com difíceis obrigações à frente da Lei.”
Bem lembrando dos meus tempos de exercito, tinha um tenente que adorava usar uma frase que se aplica muito bem aqui.
Explica mas, não justifica. Portanto fico com Kardec.
Nota de Kardec: “A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra. Não pertencem decerto a uma ordem elevada os Espíritos que a empregaram (no sentido de metades eternas - grifo nosso). Necessariamente, limitado sendo o campo de suas idéias, exprimiram seus pensamentos com os termos de que se teriam utilizado na vida corporal. Não se deve, pois, aceitar a idéia de que, criados um para o outro, dois Espíritos tenham, fatalmente, que se reunir um dia na eternidade, depois de haverem estado separados por tempo mais ou menos longo.”

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mundos Fluídicos(ROUSTAINGUISMO) 3ºparte

Mundos Fluídicos(ROUSTAINGUISMO) 3ºparte


Avaliação da "Revelação da Revelação"
Herculano Pires, em "O Verbo e a Carne", à página 56, pergunta: "Quais os motivos da penetração de Roustaing no Brasil? Como e por que ele conseguiu enraizar-se na chamada 'casa mater'? Por que nos defrontamos agora com uma recrudescência dessa pseudo-doutrina? Parece-nos que tudo se resume numa questão de formação religiosa, tendo por fundo a formação nacional brasileira e o período medieval do nosso desenvolvimento nacional. O roustainguismo chegou ao Brasil num momento crítico, quando a nossa cultura estava sendo abalada por várias infiltrações européias. Entre essas, o Espiritismo, que chegara da Franca e empolgara alguns espíritos cultos na segunda metade do século XIX. O roustainguismo se apresentou como integrado ao Espiritismo e tocava de perto a sensibilidade mística de alguns ex-católicos.

A obra trazia um grande alívio aos espíritas místicos, pois quebrava a frieza racional da obra de Kardec e restituia ao Cristo a sua condição sobrenatural.
Para homens profundamente religiosos, como Bezerra de Menezes, Antônio Luiz Sayão, Bittencourt Sampaio e outros, cujos escritos atestam o predomínio do sentimento religioso sobre a razão crítica, a obra de Roustaing surgia como uma tábua de salvação, livrando-os do racionalismo kardeciano.

Era a volta ao maravilhoso, ao Cristo místico, divino no espírito e no corpo. Dessa maneira, Roustaing devolvia a essas criaturas as ilusões perdidas da religião lírica que as embalara desde a infância.
Não é fácil compreendermos hoje o clima religioso em que o Espiritismo se desenvolveu entre nós. Houve, naturalmente, a dissidência racionalista, constituída por elementos que tendiam para o aspecto racional da doutrina.

Daí a divisão acentuada por Canuto de Abreu (na FEB) entre espíritas místicos e científicos".
Essas são as explicações racionais e imorredouras de Herculano Pires, esse grande pensador espírita, que eu não poderia deixar de citar, fazendo-as minhas.

No Esboço Histórico da Federação Espírita Brasileira, publicado em 1911, são citados os confrades que, no dia 1 º de janeiro de 1884, fundaram uma "sociedade para estudo científico do espiritismo", incorporando o jornal "O Reformador", que vinha sendo editado por Elias da Silva. Veja-se o objetivo desta Federação (mudado depois).
Anjo Ismael - Nos centros Espíritas do Rio de Janeiro, antes da Fundação da FEB, havia referências ao "Anjo Ismael", que se transferiu definitivamente para a FEB, tendo como uma das mais importantes finalidades incentivar o estudo dos Quatro Evangelhos. Propuseram que a designação dos dirigentes fosse feita pelos Espíritos, em cada sociedade espírita. Esqueciam-se eles de que a tarefa dos Espíritos é instruir-nos e aconselhar-nos, não se trasnformar em cabos eleitorais. Entretanto, não se tomou conhecimento do que consta nas "Obras Póstumas" de Kardec.

Antes de vir para a FEB, o "luminoso espírito de Ismael", para substituir o primitivo Grupo Confúcio, fundado em 1873, criou a "Sociedade Deus, Cristo e Caridade", criada a 23-3-1876 e dirigida por Bittencourt Sampaio. O Grupo Ismael também se incorporou à FEB. Foi então que a FEB tomou os Quatro Evangelhos como guia máximo no Espiritismo, de valor superior à Codificação, pois os ensinos recebidos proviriam diretamente dos próprios evangelistas, assistidos por Moisés.

A 3 de agosto de 1885, é guindado à presidência da FEB o grande espírita, médico e político dr. Adolpho Bezerra de Menezes; respeitado por todos, veio a acabar com a luta entre místicos e científicos, pacificando a Federação. Desencarnou a 11 de agosto de 1900.

Após Bezerra, pacificador e tolerante, o roustainguismo passou a imperar na FEB; para ser dirigente ou conselheiro, era preciso ser roustainguista.
A FEB proibia a realização de qualquer Congresso, no Brasil, sem seu consentimento. Mas em alguns Estados (São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, principalmente) começou-se a esboçar a libertação da ditadura febiana. Assim realizou-se, de 31 de outubro a 5 de novembro de 1948, o Congresso Brasileiro de Unificação, patrocinado pela então corajosa USE e combatido pela FEB.

Em abril de 1962, na cidade de Curitiba, realizou-se o 1 º Simpósio Espírita Centro-Sulino, com a presença das delegações de São Paulo, Paraná, Guanabara, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Tomaram-se resoluções importantes para a condução do movimento espírita no Brasil. Enfatizou-se o aspecto tríplice da Doutrina: aspectos de ciência, filosofia e religião. Alertou-se o meio espírita brasileiro "acerca da diluição progressista da conceituação doutrinária, a que os trabalhos dos movimentos paralelos podem, conscientemente ou não chegar". (...) "O espírita deve evitar a adesão irrefletida ou menos avisada a movimentos ou produções literárias que direta ou indiretamente colidam com o momento espírita .

O Pacto Áureo - A 5 de outubro de 1949, realizou-se, no Rio de Janeiro, o acordo geral visando a unificação do Espiritismo no país e a criação de um Conselho Federativo Nacional apoiado por espíritas de todo o Brasil. Não foi apoiado por pensadores isolados como Herculano Pires, que escreveu: ''A USE submeteu-se ao Conselho Federativo Nacional, órgão da FEB.

A reforma estrutural da USE suicida-se num pacto de ouro, entregando-se aos rabinos do Templo". (Jornal Mensagem, dezembro de 1976)
Todos nós nos entusiasmamos com o Pacto. Esperávamos um Conselho Federativo realmente representativo de todo o Brasil, autônomo, funcionando com toda liberdade e sem compromissos com Roustaing. Não percebemos que ele era um Departamento da FEB e, como tal, a ela subordinado. Não víamos que um Conselho, representando democraticamente todas as Federações estaduais, não poderia ser subordinado a uma Federação criada e dirigida por moradores do Rio de Janeiro, intitulada "brasileira", mas sucessora de um só centro espírita.

Uma Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos do Brasil precisa ser formada pela união dos sindicatos de todos os Estados em Assembléia para tal convocada. Tal Federação não pode ser departamento de um Sindicato.
Uma Associação Médica Brasileira é formada por Associações dos vários estados, as quais são a ela subordinadas. Não se concebe a AMB como departamento de uma Associação Estadual.

A Confederação Brasileira de Futebol resulta da união das federações estaduais de futebol. Não teria cabimento a CBF ser um departamento do São Paulo Futebol Clube, ou do Vasco da Gama.
Pois bem. O Conselho Federativo Nacional, que congrega as entidades espíritas de todos os Estados do Brasil, é subordinado à FEB. Seus membros não têm a menor autonomia. Seria triste, se não fosse ridículo.

Terminamos este capítulo com as corajosas palavras de Herculano: "É dever dos espíritas sinceros combater a mistificação roustainguista neste alvorecer da Era Espírita no Brasil. Ou arrancamos o joio da seara ou seremos coniventes na deturpação doutrinária, que continua maliciosamente a ser feita.

O Cristo agênere é a ridicularização do Espiritismo, que se transforma num processo de deturpação mitológica do Cristianismo. A doutrina do futuro nega-se a si mesma e mergulha nas trevas mentais do passado. O homem espírita verdadeiro e esclarecido converte-se no homem da era ante-cristã, no crente simplório das velhas mitologias". (O Verbo e a Carne, página 60)
Esta é a nossa posição, apoiado nas Obras Básicas de Allan Kardec e nos estudos de seus mais fiéis seguidores, contra o roustainguismo, uma das piores deturpações do Espiritismo.
Ary Lex

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CHICO XAVIER, UM MITO NACIONAL (III)


CHICO XAVIER, UM MITO NACIONAL (III)

A “chuva” torrencial de livros que o Espírito protetor de Chico disse que iria cair sobre sua cabeça, teve início em princípios de 1932, quando a Federação Espírita Brasileira
lançou ao público seu “Parnaso de Além Túmulo”, contendo poesias ditadas por vários
autores, que, quando no plano físico, se destacaram como grandes poetas nacionais e
internacionais.

A “chuva” se prolongou por vários anos. Sim, por vários anos, sempre com muitos raios e trovões assustadores, caindo sobre o mundo espírita. Na verdade, a partir de 1932 vieram outras, muitas outras obras psicografadas pelo médium de Pedro Leopoldo: Cartas de uma Morta, Palavras do Infinito, Crônicas de Além-Túmulo,
Emmanuel, Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho, Lira Imortal, A Caminho
da Luz, Novas Mensagens, Há 2.000 anos, 50 Anos Depois, Cartas do Evangelho, O
Consolador...

NOSSO COMENTÁRIO
Enfim foram mais de quatrocentos livros psicografados por Chico até 30 de junho de 2002, quando desencarnou! Uma verdadeira enchente literária espiritual tomou
conta das prateleiras das livrarias espíritas, dos estandes das feiras de livros, dos
simpósios, seminários, encontros e congressos realizados no Brasil. O lucro obtido com a venda dessas obras psicografadas reverteu todo em favor da Federação Espírita
Brasileira, a quem o médium fez a doação dos direitos autorais.

E assim agindo, cometeu um grande erro, porque, na verdade, não é ele o autor dos livros acima citados e sim os Espíritos que os ditaram.

De todas as obras acima citadas, a mais elogiada e, ao mesmo tempo, a mais contestada, tem sido o “Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, ditada, - pelo que consta -, pelo Espírito do célebre escritor maranhense Humberto de Campos, um dos
“imortais” da Academia Brasileira de Letras, desencarnado em 1934.

Nós somos dos que mais têm renegado essa obra. Chegamos até a publicar em 1986
um livro intitulado “BRASIL, PÁTRIA DO ANTICRISTO”.

Que motivos nos levaram a criticar e combater essa obra psicografada por Chico?
Vários: “1º - Ela coloca Jesus numa posição inferior e ridícula;
2º - Da mesma forma que os cardeais dos concílios eclesiásticos, o Mestre de Nazaré é apresentado como o Cordeiro de Deus (pág. 20);
3º - Não é verdade que foi Jesus que transplantou da Palestina para a região do Cruzeiro a árvore do seu Evangelho, como está no livro (Introdução) e sim os colonos portugueses com Frei Henrique Soares de Coimbra à frente da comitiva chefiada por Pedro Álvares Cabral;
4º - Não é verdade que João Batista Roustaing foi “auxiliar” ou “coadjutor” de
Allan Kardec e encarregado de “organizar o trabalho da fé” (pág. 176) ... e muitas outras barbaridades desse jaez!

E dizer que ainda há gente de grande gabarito intelectual e doutrinário que teima
em afirmar e, sobretudo, em querer nos convencer, categoricamente, que o Chico foi a
reencarnação de Allan Kardec!
Não foi mesmo!
Se tivesse sido, não teria aceito, passivamente, tanta bobagem.
Muito pelo contrário: teria contestado, veementemente, tudo que foi ditado pelo Espírito desse pseudo Humberto de Campos.
Teria questionado, inclusive, o Espírito do Padre Manoel da Nóbrega ou Emmanuel, seu Guia e Protetor.
Mas, para isso, para questionar e contestar, era preciso que tivesse lido e estudado a fundo as obras desse grande escritor maranhense, o que não aconteceu porque não tinha nenhum preparo intelectual.
Seus conhecimentos não ultrapassaram jamais os que adquirira nos bancos da escola
primária onde fez os primeiros estudos. Não tinha, portanto, competência intelectual
nenhuma para discutir e fazer prevalecer seus argumentos. Além disso era um tímido, um fraco que não queria saber de discussão, de entrar em confronto com ninguém, muito menos com a FEB.
Ouvia tudo calado e aceitava, passivamente, as mensagens que os Espíritos ditavam.
Dizer, como dizem muitos, que o Chico Xavier foi Allan Kardec reencarnado é
uma “besteirada” muito grande, como já afirmou alguém.

FONTE: http://www.ofrancopaladino.pro.br/

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Leitura Fundamental para o Espírita.


Leitura Fundamental para o Espírita.

Esta nova obra é mais um passo dado ao terreno das conseqüências e das aplicações do Espiritismo. Conforme seu título o indica, tem ela por objeto o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas.
Dois elementos, ou, se quiserem, duas forças regem o Universo: o elemento espiritual e o elemento material. Da ação simultânea desses dois princípios nascem fenômenos especiais, que se tornam naturalmente inexplicáveis, desde que se abstraia de um deles, do mesmo modo que a formação da água seria inexplicável, se se abstraísse de um dos seus elementos constituintes: o oxigênio e o hidrogênio.

Demonstrando a existência do mundo espiritual e suas relações com o mundo material, o Espiritismo fornece a chave para a explicação de uma imensidade de fenômenos incompreendidos e considerados, em virtude mesmo dessa circunstância, inadmissíveis, por parte de uma certa classe de pensadores. Abundam nas Escrituras esses fatos e, por desconhecerem a lei que os rege, é que os comentadores, nos
dois campos opostos, girando sempre dentro do mesmo círculo de idéias, fazendo, uns, abstração dos dados positivos da ciência, desprezando, outros, o princípio espiritual, não conseguiram chegar a uma solução racional.
Essa solução se encontra na ação recíproca do Espírito e da matéria. É exato que ela tira à maioria de tais fatos o caráter de sobrenaturais. Porém, que é o que vale mais: admiti-los como resultado das leis da Natureza, ou repeli-los? A rejeição pura e simples acarreta a da base mesma do edifício, ao passo que, admitidos a esse título, a admissão, apenas suprimindo os acessórios, deixa intacta a base. Tal a razão por que o Espiritismo conduz tantas pessoas à crença em verdades que elas antes consideravam meras utopias.

Esta obra é, pois, como já o dissemos, um complemento das aplicações do Espiritismo, de um ponto de vista especial Os materiais se achavam prontos, ou, pelo menos, elaborados desde longo tempo; mas, ainda não chegara o momento de serem publicados Era preciso, primeiramente, que as idéias destinadas a lhes servirem de base houvessem atingido a maturidade e, além disso, também se fazia mister levar em conta a oportunidade das circunstâncias.

O Espiritismo não encerra mistérios, nem teorias secretas; tudo nele tem que estar patente, a fim de que todos o possam julgar com conhecimento de causa.

Cada coisa, entretanto, tem que vir a seu tempo, para vir com segurança. Uma solução dada precipitadamente, primeiro que a elucidação completa da questão, seria antes causa de atraso do que de avanço. Na de que aqui se trata, a importância do assunto nos impuna o dever de evitar qualquer precipitação.

Antes de entrarmos em matéria, pareceu-nos necessário definir claramente os papéis respectivos dos Espíritos e dos homens na elaboração da nova doutrina. Essas considerações preliminares, que a escoimam de toda idéia de misticismo, fazem objeto do primeiro capítulo, intitulado: Caracteres da revelação espírita. Pedimos séria atenção para esse ponto, porque, de certo modo, está aí o nó da questão.
Sem embargo da parte que toca à atividade humana na elaboração desta doutrina, a iniciativa da obra pertence aos Espíritos, porém não a constitui a opinião pessoal de nenhum deles. Ela é, e não pode deixar de ser, a resultante do ensino coletivo e concorde por eles dado. Somente sob tal condição se lhe pode chamar doutrina dos Espíritos. Doutra forma, não seri mais do que a doutrina de um Espírito e apenas teria o valor de uma opinião pessoal.

Generalidade e concordância no ensino, esse o caráter essencial da doutrina, a condição mesma da sua existência, donde resulta que todo princípio que ainda não haja recebido a consagração do controle da generalidade não pode ser considerado parte integrante dessa mesma doutrina.
Será uma simples opinião isolada, da qual não pode o Espiritismo assumir a responsabilidade.

Essa coletividade concordante da opinião dos Espíritos, passada, ao demais, pelo critério da lógica, é que constitui a força da doutrina espírita e lhe assegura a perpetuidade. Para que ela mudasse, fora mister que a universalidade dos Espíritos mudasse de opinião e viesse um dia dizer o contrário do que dissera. Pois que ela tem sua fonte de origem no ensino dos Espíritos, para que sucumbisse seria necessário que os Espíritos deixassem de existir. É também o que fará que prevaleça sobre todos os sistemas pessoais, cujas raízes não se encontrampor toda a parte, como com ela se dá.
O Livro dos Espíritos só teve consolidado o seu crédito, por ser a a expressão de um pensamento coletivo, geral. Em abril de 1867, completou o seu primeiro período decenal. Nesse intervalo, os princípios fundamentais; cujas bases ele assentara, foram sucessivamente completados e desenvolvidos, por virtude da progressividade do ensino dos Espíritos. Nenhum, porém, recebeu desmentido da experiência; todos, sem exceção, permaneceram de pé, mais vivazes do que nunca, enquanto que, de todas as idéias contraditórias que alguns tentaram opor-lhe, nenhuma prevaleceu, precisamente porque, de todos os lados, era ensinado o contrário. Este o resultado característico que podemos proclamar sem vaidade, pois que jamais nos atribuímos o mérito de tal fato.

Os mesmos escrúpulos havendo presidido à redação das nossas outras obras, pudemos, com toda verdade, dizê-las: segundo o Espiritismo, porque estávamos certo da conformidade delas com o ensino geral dos Espíritos.

O mesmo sucede com esta, que podemos, por motivos semelhantes, apresentar como complemento das que a precederam, com exceção, todavia, de algumas teorias ainda hipotéticas, que tivemos o cuidado de indicar como tais e que devem ser consideradas simples opiniões pessoais, enquanto não forem confirmadas ou contraditadas, a fim de que não pese sobre a doutrina a responsabilidade delas.1
Aliás, os leitores assíduos da Revue hão tido ensejo de notar, sem dúvida, em forma de esboços, a maioria das idéias desenvolvidas aqui nesta obra, conforme o fizemos, com relação às anteriores. A Revue, muita vez, representa para nós um terreno de ensaio, destinado a sondar a opinião dos homens e dos Espíritos sobre alguns princípios, antes de os admitir como partes constitutivas da doutrina.

1Nota da Editora: Ao leitor cabe, pois, durante a leitura desta obra, distinguir a parte apresentada como complementar da Doutrina,daquela que o próprio Autor considera hipotética e pessoalmente dele.


Fonte : A Gênese

A História do Café da Manhã