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sábado, 10 de abril de 2010

Animismo e Espiritismo.


Animismo e Espiritismo.
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Kardec era extremamente crítico quanto a tudo o que chegava a suas mãos.
E estabelecendo as regras no “ “O Livro dos Médiuns”, com a metodologia da comunicação entre os vivos da Terra e os supostos mortos do Além. Tanto que até hoje nenhum tratado atual de Parapsicologia conseguiu superar o que Kardec descobriu e expôs nesse volume.
Entretanto o que vemos nos dias atuais é um abandono de toda sua metodologia, a fim de se aceitar qualquer novidade, sem comprovação cientifica, como se o espiritismo tivesse que ser um "almanaque abril”, que precisa sempre de novidades e atualizações anuais para vender bem.

Sendo assim encontramos uma multidão de seguidores simpatizantes espíritas que vivem um retrocesso, pois, tudo aquilo que a doutrina trouxe de informações para colocar um, ponto final no maravilhoso e no sobrenatural vai por água abaixo.
É, tal de sincretismo religioso que mistura alhos com bugalhos, apartados da lógica e do bom senso, vivem em um mundo onde para toda causa existe um motivo invisível, seja do mentor, do obsessor ou de algum gnomo poderíamos afirma que quase pueril.
(Que se refere à infância: ato pueril. /Infantil, sem valor: argumento pueril.)

Sabe aqueles relatos infantis onde a criança conta que tem seu amiguinho invisível, que conversa com ela, brinca e até dá conselhos, pois é mais ou menos assim mesmo.
Todavia esta convivência tão simples e banal não está relatada desta forma na Doutrina Espírita.

Mas, existe um livro onde o dialogo do suposto médium com o suposto espírito se dá e uma forma inusitada, uma conversa muito informal, descompromissada com a seriedade que seria de se esperar num diálogo – estabelecido num contexto que tenta se impor como “espírita”
Uma pessoa de bom senso depois de ler tal obra só pode alimentar a opinião que os espíritas não passam de uma tropilha de ignorantes.

São estas obras que alimentam mais e mais a mentalidade dos neófitos.
Analise que a obra já se inicia na defensiva.
( Titulo: Fala Dr. Inácio! Autor: Inácio Ferreira (Espírito) Médium: Carlos Baccelli)
“É óbvio que, no mínimo, o ouçamos com o respeito que nos deve merecer todo seareiro bem intencionado, sem, a pretexto de discordância e interpretação pessoal dos temas abordados, cassa-lhe o direito de falar, estendendo ao Além-Túmulo as sombras dos tempos medievais que, infelizmente, ainda pairam na Terra.”

Observe que a analise critica da obra é implicitamente proibida, sugestionando que os que assim fizerem estarão se igualando os inquisidores medievais.
Quase como um autoritarismo disfarçado, justificando a idolatria por médiuns, e mentores espirituais o que esta se tornando muito comum, assim eles passam a pontificar sem nenhum questionamento, dominando assim as consciências, sem liberdade de pensamento.

As perguntas são formuladas pelo Médium (VERDE), e as respostas pertencem ao Espírito (AMARELO)
Quer dizer que, embora desencarnado, o senhor não tem acesso a toda a Verdade?
Quem me dera! Nós, os desencarnados, em maioria apreciamos a magnífica paisagem da Vida por um degrau – apenas um degrau – acima daquela em que vocês se encontram. Entre nós, vivos e mortos, a diferença está na densidade do corpo que nos reveste... (10)
– Estamos muito distantes dela, da Verdade?
– Assim como a Terra se encontra distante do Sol! Contentemo-nos com os seus reflexos... (11)
– No resultado final, de quem é a responsabilidade maior: do médium ou do espírito?
– Eu diria que é do médium. (15)
– É assim também com o senhor?
– Quando é que entenderá que espírito é gente? Tenho emoções, variações de humor... Definitivamente, não sou um espírito de luz! (19)
– Quem é o senhor?Um espírito. (21)
– Têm vida social, etc.?
– Sim, deste Outro Lado, temos a “nossa” Terra... (24)
– Todas as profissões têm ocupação?
– De modo geral, sim; no Mundo Espiritual, temos profissões que ainda hão de aparecer na Terra... (24)
– Mas existe algum tipo de remuneração? – Sim. (24)
– Existe Política por aí?
– Política e, os pior, políticos... (24)
– Há disputa de poder? – Claro, as trevas não vivem se opondo à luz? (25)
– O senhor acredita na Graça Divina? – Acredito. (26)
– São os espíritos que curam? – Não, como não são os médiuns... (27)
– Dr. Inácio vamos ter que interromper novamente o nosso diálogo: preciso ir ao banco pagar algumas contas que vencem hoje
– Pois é! Depois reclama de sintonia, qualidade de produção mediúnica, dificuldade de recepção... (34)
– A gente é casado, tem filhos... – Quem mandou? (34)
– Como é que eu faço?
– Vá ao banco, pague suas contas e volte... Com o cérebro danificado. (35)
– Toda pessoa é mesmo potencialmente médium?
– Quanto mais perturbada, mais médium... (55)
– O senhor está brincando...
– Nem tanto... O médium aparentemente equilibrado aprendeu a se conter. Alguns escapam por pouco de um surto psicótico. (55)
– Dr. Inácio preciso ir atrás de um pintor... – Quer me trocar por Da Vinci? (56)
– O senhor não se aborreça. – Sinceramente, eu não sei como você consegue ser médium. (59)
– Para dizer a verdade, nem eu.
– Talvez, justamente por isso, estejamos juntos nesta empreitada. (59)
– Espero você amanhã... Câmbio estou desligando. (67)
– O médium homossexual deve ser impedido de trabalhar no centro espírita?
– De maneira alguma! Agora, que ele também faça o possível para se conter, não é? (68)
– Se conter? – Com seus trejeitos e. balangandãs! (69)
– Então, a gravidez do anencéfalo deve ser interrompida?
– Se os pais, e principalmente a mãe tomarem tal decisão, após a confirmação do diagnóstico, cabe-nos, repito, acatá-la sem recriminações. (131)
– O senhor está fazendo graça, não é? – Estou provocando... (172)
– Provocando a quem? – Os espíritas ortodoxos. Adoro fazer isto... (172)
– Para quê?
– Para que eles saibam que não podem me calar que não são os donos do Movimento e nem tampouco os espíritos missionários que se supõem; são, na verdade, um bando de ingênuos... Tenho dito, me segurando para não dizer mais. (172).

Eu não sei se choro se caiu na gargalhada ou se psicografo um livro do mundo dos gnomos. Mas, se caso você acha que isto é armação, fique a vontade corra na livraria e espante-se com seus próprios olhos.

Após tomar contato com literatura de tal envergadura como se surpreender quando as pessoas acreditarem que tudo é espiritual, uma luz que apaga não é mau contato no interruptor, um gato na casa pode sugar energias negativas, água a trás da porta retém tudo de negativo do ambiente, sentir sono na palestra não é o palestrante que é monótono são forças ocultas que não querem seu esclarecimento.

Caiu à panela, foi espírito brincalhão, o telefone tocou e parou, foi espírito, tinha uma manchinha na foto, era um espírito, briga na família, é espiritual, no trabalho, foi espírito de desarmonia.

O acidente foi reajuste, o vendaval divida passadas, fez um pão e abatumou são energias negativa acumuladas, sentindo aromas de flores, não foi o vento é algum espírito familiar que esta rondando a casa.

Num ambiente mediúnico dominado pelo desejo de novidades e pela expectativa do maravilhoso, estamos sujeitos sempre a nos embriagar com o vinho das ilusões. O principal dever dos médiuns resume-se em duas palavras: fidelidade e vigilância.

E como a grande massa que adentra o espiritismo usa a porta dos romances estes tomam a doutrina espírita como obra de romances, quando na verdade é obra de filosofia.
Assim afirma Kardec no Livro dos Espíritos que a força do espiritismo não está nos fenômenos, mas na sua filosofia.

E o que é filosofia espírita. É o pensamento debruçado sobre si mesmo para reajustar a realidade.
Se a mistificação é uma epidemia Kardec é o antídoto.

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segunda-feira, 5 de abril de 2010

DUPLA VISTA (ESTUDO L.E)


DUPLA VISTA (ESTUDO L.E)
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O Livro dos Espíritos, 2ª Parte, Cap. VIII, q. 455:

455. Os fenômenos do sonambulismo natural se produzem espontaneamente e independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de especial organização, podem ser provocados artificialmente, pela ação do agente magnético.

O estado que se designa pelo nome de sonambulismo magnético apenas difere do sonambulismo natural em que um é provocado, enquanto o outro é espontâneo.

O sonambulismo natural constitui fato notório, que ninguém mais se lembra de por em dúvida, não obstante o aspecto maravilhoso dos fenômenos a que dá lugar. Por que seria então mais extraordinário ou irracional o sonambulismo magnético? Apenas por produzir-se artificialmente, como tantas outras coisas? Os charlatães o exploram, dizem. Razão de mais para que não lhes seja deixado nas mãos. Quando a Ciência se houver apropriado dele, muito menos crédito terão os charlatães junto às massas populares. Enquanto isso não se verifica, como o sonambulismo natural ou artificial é um fato, e como contra fatos não há raciocínio possível, vai ele ganhando terreno, apesar da má-vontade de alguns, no seio da própria Ciência, onde penetra por uma imensidade de portinhas, em vez de entrar pela porta larga. Quando lá estiver totalmente, terão que lhe conceder direito de cidade.

Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais do que um fenômeno psicológico, é uma luz projetada sobre a psicologia. É aí que se pode estudar a alma, porque é onde esta se mostra a descoberto. Ora, um dos fenômenos que a caracterizam é o da clarividência independente dos órgãos ordinários da vista. Fundam-se os que contestam este fato em que o sonâmbulo nem sempre vê, e à vontade do experimentador, como com os olhos. Será de admirar que difiram os efeitos, quando diferentes são os meios? Será racional que se pretenda obter os mesmos efeitos, quando há e quando não há o instrumento? A alma tem suas propriedades, como os olhos têm as suas. Cumpre julgá-las em si mesmas e não por analogia.

De uma causa única se originam a clarividência do sonâmbulo magnético e a do sonâmbulo natural. É um atributo da alma, uma faculdade inerente a todas as partes do ser incorpóreo que existe em nós e cujos limites não são outros senão os assinados à própria alma. O sonâmbulo vê em todos os lugares aonde sua alma possa transportar-se, qualquer que seja a longitude.

No caso de visão a distância, o sonâmbulo não vê as coisas de onde está o seu corpo, como por meio de um telescópio. Vê-as presentes, como se se achasse no lugar onde elas existem, porque sua alma, em realidade, lá está. Por isso é que seu corpo fica como que aniquilado e privado de sensação, até que a alma volte a habitá-lo novamente. Essa separação parcial da alma e do corpo constitui um estado anormal, suscetível de duração mais ou menos longa, porém não indefinida. Daí a fadiga que o corpo experimenta após certo tempo, mormente quando aquela se entrega a um trabalho ativo.

A vista da alma ou do Espírito não é circunscrita e não tem sede determinada. Eis por que os sonâmbulos não lhe podem marcar órgão especial. Vêem porque vêem, sem saberem o motivo nem o modo, uma vez que, para eles, na condição de Espíritos, a vista carece de foco próprio. Se se reportam ao corpo, esse foco lhes parece estar nos centros onde maior é a atividade vital, principalmente no cérebro, na região do epigastro, ou no órgão que considerem o ponto de ligação mais forte entre o Espírito e o corpo.

O poder da lucidez sonambúlica não é ilimitado. O Espírito, mesmo quando completamente livre, tem restringidos seus conhecimentos e faculdades conforme ao grau de perfeição que haja alcançado. Ainda mais restringidos os tem quando ligado à matéria, a cuja influência está sujeito. É o que motiva não ser universal, nem infalível, a clarividência sonambúlica. E tanto menos se pode contar com a sua infalibilidade, quanto mais desviada seja do fim visado pela Natureza e transformada em objeto de curiosidade e de experimentação.

No estado de desprendimento em que fica colocado, o Espírito do sonâmbulo entra em comunicação mais fácil com os outros Espíritos encarnados, ou não encarnados, comunicação que se estabelece pelo contacto dos fluidos, que compõem os perispíritos e servem de transmissão ao pensamento, como o fio elétrico. O sonâmbulo não precisa, portanto, que se lhe exprimam os pensamentos por meio da palavra articulada. Ele os sente e adivinha. É o que o torna eminentemente impressionável e sujeito às influências da atmosfera moral que o envolva. Essa também a razão por que uma assistência muito numerosa e a presença de curiosos mais ou menos malevolentes lhe prejudicam de modo essencial o desenvolvimento das faculdades que, por assim dizer, se contraem, só se desdobrando com toda a liberdade num meio íntimo ou simpático. A presença de pessoas mal-intencionadas ou antipáticas lhe produz efeito idêntico ao do contacto da mão na sensitiva.

O sonâmbulo vê ao mesmo tempo o seu próprio Espírito e o seu corpo, os quais constituem, por assim dizer, dois seres que lhe representam a dupla existência corpórea e espiritual, existências que, entretanto, se confundem, mediante os laços que as unem. Nem sempre o sonâmbulo se apercebe de tal situação e essa dualidade faz que muitas vezes fale de si, como se falasse de outra pessoa. É que ora é o ser corpóreo que fala ao ser espiritual, ora é este que fala àquele.

Em cada uma de suas existências corporais, o Espírito adquire um acréscimo de conhecimentos e de experiência. Esquece-os parcialmente, quando encarnado em matéria por demais grosseira, porém deles se recorda como Espírito. Assim é que certos sonâmbulos revelam conhecimentos acima do grau da instrução que possuem e mesmo superiores às suas aparentes capacidades intelectuais. Portanto, da inferioridade intelectual e científica do sonâmbulo, quando desperto, nada se pode inferir com relação aos conhecimentos que porventura revele no estado de lucidez. Conforme as circunstâncias e o fim que se tenha em vista, ele os pode haurir da sua própria experiência, da sua clarividência relativa às coisas presentes, ou dos conselhos que receba de outros Espíritos. Mas, podendo o seu próprio Espírito ser mais ou menos adiantado, possível lhe é dizer coisas mais ou menos certas.

Pelos fenômenos do sonambulismo, quer natural, quer magnético, a Providência nos dá a prova irrecusável da existência e da independência da alma e nos faz assistir ao sublime espetáculo da sua emancipação. Abre-nos dessa maneira, o livro do nosso destino. Quando o sonâmbulo descreve o que se passa a distância, é evidente que vê, mas não com os olhos do corpo. Vê-se a si mesmo e se sente transportado ao lugar onde vê o quedescreve. Lá se acha, pois, alguma coisa dele e, não podendo essa alguma coisa ser o seu corpo, necessariamente é sua alma, ou Espírito. Enquanto o homem se perde nas sutilezas de uma metafísica abstrata e ininteligível, em busca das causas da nossa existência moral, Deus cotidianamente nos põe sob os olhos e ao alcance da mão os mais simples e patentes meios de estudarmos a psicologia experimental.

O êxtase é o estado em que a independência da alma, com relação ao corpo, se manifesta de modo mais sensível e se torna, de certa forma, palpável.

No sonho e no sonambulismo, o Espírito anda em giro pelos mundos terrestres. No êxtase, penetra em um mundo desconhecido, o dos Espíritos etéreos, com os quais entra em comunicação, sem que, todavia, lhe seja lícito ultrapassar certos limites, porque, se os transpusesse, totalmente se partiriam os laços que o prendem ao corpo. Cerca-o então resplendente e desusado fulgor, inebriam-no harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem-estar o invade: goza antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa um pé no limiar da eternidade.

No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é quase completo. Fica-lhe somente, pode-se dizer, a vida orgânica. Sente-se que a alma se lhe acha presa unicamente por um fio, que mais um pequenino esforço quebraria sem remissão.

Nesse estado, desaparecem todos os pensamentos terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado, que constitui a essência mesma do nosso ser imaterial. Inteiramente entregue a tão sublime contemplação, o extático encara a vida apenas como paragem momentânea. Considera os bens e os males, as alegrias grosseiras e as misérias deste mundo quais incidentes fúteis de uma viagem, cujo termo tem a dita de avistar.

Dá-se com os extáticos o que se dá com os sonâmbulos: mais ou menos perfeita podem ter a lucidez e o Espírito mais ou menos apto a conhecer e compreender as coisas, conforme seja mais ou menos elevado. Muitas vezes, porém, há neles mais excitação do que verdadeira lucidez, ou, melhor, muitas vezes a exaltação lhes prejudica a lucidez. Daí o serem, freqüentemente, suas revelações um misto de verdades e erros, de coisas grandiosas e coisas absurdas, até ridículas. Dessa exaltação, que é sempre uma causa de fraqueza, quando o indivíduo não sabe reprimi-la, Espíritos inferiores costumam aproveitar-se para dominar o extático, tomando, com tal intuito, aos seus olhos, aparências que mais o aferram às idéias que nutre no estado de vigília. Há nisso um escolho, mas nem todos são assim. Cabe-nos tudo julgar friamente e pesar-lhes as revelações na balança da razão.

A emancipação da alma se verifica às vezes no estado de vigília e produz o fenômeno conhecido pelo nome de segunda vista ou dupla vista, que é a faculdade graças à qual quem a possui vê, ouve e sente além dos limites dos sentidos humanos. Percebe o que exista até onde estende a alma a sua ação. Vê, por assim dizer, através da vista ordinária, e como por uma espécie de miragem.

No momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o estado físico do indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda a sua fisionomia reflete uma como exaltação. Nota-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenômeno, pelo fato de a visão persistir, mau grado à oclusão dos olhos.

Aos dotados desta faculdade ela se afigura tão natural, como a que todos temos de ver. Consideram-na um atributo de seus próprios seres, que em nada lhes parecem excepcionais. De ordinário, o esquecimento se segue a essa lucidez passageira, cuja lembrança, tornando-se cada vez mais vaga, acaba por desaparecer, como a de um sonho.

O poder da vista dupla varia, indo desde a sensação confusa até a percepção clara e nítida das coisas presentes ou ausentes. Quando rudimentar, confere a certas pessoas o tato, a perspicácia, uma certa segurança nos atos, a que se pode dar o qualificativo de precisão de golpe de vista moral. Um pouco desenvolvida, desperta os pressentimentos. Mais desenvolvida mostra os acontecimentos que deram ou estão para dar-se.

O sonambulismo natural e artificial, o êxtase e a dupla vista são efeitos vários, ou de modalidades diversas, de uma mesma causa. Esses fenômenos, como os sonhos, estão na ordem da Natureza. Tal a razão por que hão existido em todos os tempos. A História mostra que foram sempre conhecidos e até explorados desde a mais remota antigüidade e neles se nos depara a explicação de uma imensidade de fatos que os preconceitos fizeram fossem tidos por sobrenaturais.

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A História do Café da Manhã