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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ESTUDO ESPIRITA (Cirurgias Espirituais)



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ESTUDO ESPIRITA (Cirurgias Espirituais)

A mediunidade de cura, contemplada em O livro dos médiuns, caps. XIV e XVI, itens 174 e 189, simboliza a ação espiritual sobre o organismo enfermo, minimizando os efeitos da patologia e proporcionando alívio, melhora e, até, cura. Diz o texto básico: “[...] os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece”.
De modo tradicional, a equação do tratamento espiritual conjuga três fatores:
1) ação terapêutica (qualificação do atendimento, por meio dos dons do médium e os “poderes” do Espírito desencarnado que o auxilia);
2) necessidade da melhora (importando no compromisso pessoal do enfermo na reformulação futura de suas condutas - o “vá e não peques mais”, de Jesus); e
3) mérito do paciente (no sentido da compensação da prova ou da expiação, em função do desempenho atual do doente, nas diversas situações da vida).

Não há, pois, “milagre”, “dádiva” ou “benesse” divina, de modo descompromissado, gratuito ou fortuito.
Se a doença não é uma “desgraça”, a cura também não pode ser encarada como “graça”. Ambas são, isso sim, oportunidades, constituindo-se em duas faces de uma mesma moeda.
Se, voluntária e meritoriamente adquirimos anomalias e doenças, do mesmo modo delas nos livraremos, cedo ou tarde, no mecanismo perfeito de equalização da Justiça Divina.

Lamentavelmente, a pretexto de invocar a intervenção de Espíritos “curadores”, muitas pessoas se submetem a tratamentos pouco convencionais, que provocam sérios riscos à saúde daqueles que experimentam os procedimentos realizados por médiuns “pseudo-médicos”.

Tais riscos decorrem do primitivismo das técnicas empregadas e do não- acompanhamento adequado das complicações pós-cirúrgicas. Chamadas, erroneamente, de cirurgias psíquicas, não são assim de fato, pelo uso, em diversificados casos, de instrumentos materiais.

Há, infelizmente, um mundo “paralelo” a isso, plasmado com a colaboração da crendice e da superstição, em que a difusão de “curas milagrosas” cultiva a procura por centenas e, até, milhares de pessoas. São os curandeiros que se predispõem a atender às inúmeras necessidades e problemas humanos, desde a incontinência urinária até o câncer, a apendicite até a AIDS. Muitos exploram a ingenuidade e o desespero das pessoas, não raro se beneficiando financeiramente, com favores monetários e donativos ou “presentes”.

Nós somos do pensamento que as pessoas são livres para freqüentar o lugar que prefiram. É uma questão de liberdade e de consciência. Mas não podemos deixar de considerar que, muitas vezes, por situações limites de dor pelas quais passam, ou ante a iminência de não saber o que fazer ante o sofrimento de um ser amado, essas pessoas, muitas vezes desavisadas, mal informadas ou enganadas por pseudo-religiosos, procuram esse tipo de tratamento, onde lhe é proposta a «terapia espírita» das operações cirúrgico-mediúnicas.

A mediunidade não é patrimônio da Doutrina Espírita; os Espíritos comunicam-se com os homens desde a mais remota antigüidade.

E nós sabemos, pela desinformação que algumas pessoas possuem - umas por ignorância, outras por má fé -, que elas acreditam que onde haja Espíritos ou médiuns, aí há Espiritismo, quando realmente não é bem assim.

Referidos curandeiros atuam à margem da lei e, mesmo a pretexto de “curarem” ou “minorarem” as dores do próximo, por sua conduta enganosa e pela exploração da “fé pública”, configuram o chamado exercício ilegal da medicina.

A matéria é regulada pelo Código Penal Brasileiro (art. 284), que prescreve: “Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos.” A pena é a de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e, no caso de recebimento de valores, multa.

Em paralelo, há o charlatanismo, outro tipo penal relacionado à promessa de cura, por meio secreto ou infalível, no caso os “dons” que a pessoa diz possuir (art. 283, do Código Penal).
A pena, para tal crime, é a de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.


A verdade é que não existem operações mediúnicas. Existem operações espirituais.
E se são espirituais, não requerem uso da matéria, nem de médiuns e muito menos da presença do paciente em algum suposto ambiente mediúnico.

Que propriedades mágicas teriam um bisturi nas mãos de um médium que não sejam suplantadas pelo mérito do paciente pela cura?

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domingo, 27 de dezembro de 2009

MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS



MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

Estudo com base in O Livro dos Espíritos, livro segundo, cap. 1, MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS - DOS ESPÍRITOS, obra codificada por Allan Kardec.

ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS

Podemos definir que os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material. (LE – 76)

Nota de Allan Kardec: A palavra Espírito é aqui empregada para designar os seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente Universal. (--)

Os Espíritos são obra de Deus, precisamente como acontece com um homem que faz uma máquina; esta é obra do homem, e não ele mesmo. O homem, quando faz uma coisa bela e útil, chama-a sua filha, sua criação. Podemos dizer que se dá o mesmo com Deus. Somos seus filhos porque somos sua obra. (LE – 77)

A lógica nos leva a deduzir que os Espíritos tiveram um começo, pois se os Espíritos não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, mas pelo contrário, são sua criação, submetidos à sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, isso é incontestável: mas quando e como ele criou, não o sabemos. Podemos dizer que não tivemos princípio, se com isso entendermos que Deus, sendo eterno, deve ter criado sem cessar; mas quando e como cada um de nós foi criado, ninguém o sabe; isso é um mistério para ser desvendado. (LE – 78)

Uma vez que há dois elementos gerais do Universo: o inteligente e o material (1) podemos dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente (2), como os corpos inertes são formados do material. Os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material; a época e a maneira dessa formação é que desconhecemos. (LE – 79)

A criação dos Espíritos é permanente, não se verificou apenas na origem dos tempos, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar. (LE – 80)

Deus os criou os Espíritos, como a todas as outras criaturas, pela sua vontade, mas como já dissemos a sua origem é um mistério para ser desvendado. (LE – 81)

Não há como dizer se os Espíritos são imateriais. Como iremos definir uma coisa (3), quando não dispomos de termos de comparação e se usamos uma linguagem insuficiente? Um cego de nascença pode definir a luz? Imaterial não é o termo apropriado, a definição incorpóreo, seria mais exato, pois devemos compreender que, sendo uma criação, o Espírito deve ser alguma coisa. É uma matéria quintessenciada (4), para a qual não dispomos de analogia, é tão eterizada, que não pode ser percebida pelos nossos sentidos. (LE – 82)


Nota de Allan Kardec: Dizemos que os Espíritos são imateriais porque a sua essência difere de tudo o que conhecemos pelo nome de matéria. Um povo de cegos não teria palavras para exprimir a luz e os seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pelo ouvido, o olfato, o paladar e o tato; não compreende as idéias que lhe seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante à essência dos seres super-humanos, somos como verdadeiros cegos. Não podemos defini-los, a não ser por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação [5].

Os Espíritos terão fim? Compreende-se que o princípio de que eles emanam seja eterno, mas a sua individualidade terá um termo? E, num dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se desagregará e não retornará a massa de que saíram como acontece com os corpos materiais?

MUNDO NORMAL PRIMITIVO

Os Espíritos constituem um mundo à parte, além daquele que vemos, o mundo dos Espíritos ou das inteligências incorpóreas. (LE – 84)

O mundo espírita ou o mundo corpóreo é o principal na ordem das coisas: ele preexiste e sobrevive a tudo. (LE – 85)

O mundo corpóreo poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem com isso alterar a essência do mundo espírita, eles são independentes, e não obstante, a sua correlação é incessante, porque reagem incessantemente um sobre o outro. (LE – 86)

Os Espíritos estão por toda parte: povoam ao infinito os espaços infinitos (6). Há os que estão sem cessar ao nosso lado, observando-nos e atuando sobre nós, sem o sabermos: porque os Espíritos são uma das forças da Natureza, são os instrumentos de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios providenciais: mas nem todos vão a toda parte, porque há regiões interditas aos menos avançados. (LE – 87)


FORMA E UBIQÜIDADE DOS ESPÍRITOS

Aos nossos olhos os espíritos não tem uma forma determinada, limitada e constante. Podemos dizer que eles são uma flama, um clarão ou uma centelha etérea (7). (vide q. 23, 23ª e 26 de O Livro dos Espíritos. (LE – 88)

Esta flama ou centelha varia do escuro ao brilho do rubi, de acordo com a menor ou maior pureza do Espírito. (LE – 88a)


Nota de Allan Kardec: Representam-se ordinariamente os gênios, com uma flama ou uma estrela na fronte. É essa uma alegoria, que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Colocam-na no alto da cabeça, por ser ali que se encontra a sede da inteligência.

Os Espíritos gastam tempo para atravessar o espaço, mas rápido como o pensamento (8). (LE – 89)

Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também o está, pois é a alma que pensa. O pensamento é um atributo (9). (LE – 89a)

O Espírito que se transporta de um lugar a outro (10) e pode ter consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa e, subitamente se transportar para onde deseja ir, ambas as situações são possíveis, pois o Espírito pode perfeitamente, se o quiser, dar-se conta da distância que atravessa, mas essa distância pode também desaparecer por completo isso depende de sua vontade e também da sua Natureza, se mais ou menos depurada. (LE – 90)

A matéria não oferece obstáculo aos Espíritos (11), eles penetram tudo, o ar, a terra, as águas, o próprio fogo lhes são igualmente acessíveis. (LE – 91)

Os Espíritos não tem o dom da ubiqüidade, ou, em outras palavras, o mesmo Espírito não pode dividir-se ou estar ao mesmo tempo em vários pontos, pois não pode haver divisão de um Espírito, contudo cada um deles é um centro que irradia para diferentes lados, e é por isso que parecem estar em muitos lugares ao mesmo tempo. Vês o Sol, que não é mais do que um, e não obstante irradia por toda parte e envia os seus raios até muito longe. Apesar disso, ele não se divide (12). (LE – 92)

Os Espíritos não irradiam com o mesmo poder, bem longe disso, o poder de irradiação depende do grau de pureza de cada um. (LE – 92a)[/teal


Nota de Allan Kardec: Cada Espírito é uma unidade indivisível; mas cada um deles pode estender o seu pensamento em diversas direções, sem por isso se dividir. É somente nesse sentido que se deve entender o dom de ubiqüidade atribuido aos Espíritos. Como uma fagulha que projeta ao longe a sua claridade e pode ser percebida de todos os pontos do horizonte. Como, dada, um homem que, sem mudar de lugar e sem se dividir, pode transmitir ordens, sinais e produzir movimentos em diferentes lugares.

1) Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseiras para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá. (q. 27 (LE)

Espírito....Fluido Universal....Matéria
[----------------------I-----------------------]

Esse fluido é suscetível de inúmeras combinações. O que chamamos de fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente. (q. 27a (LE)).[/be]

(2) Observações importantes:

in O Livro dos Espíritos, q. 23 .
Que é o espírito? (*)
“O
princípio inteligente do Universo.”
(*)
Alma ou espírito elementar

In O que é o Espiritismo, Cap. II, item 9, 10 e 14 – Allan Kardec observa que:

Quando a
alma está ligada ao corpo, durante a vida, tem duplo envoltório: um pesado e grosseiro e perecível, que é o corpo; o outro fluídico, leve e indestrutível, chamado perispírito.

Existem, portanto, no homem, três elementos essenciais:

1º. A
alma ou espírito, princípio inteligente.
onde residem o pensamento, a vontade e o senso moral (vide qq. 23, 25 e 26 de LE);

2º. O
corpo, envoltório material que põe o espírito em relação com o mundo exterior; (vide q. 25 de LE)

3º. O
perispírito, invólucro fluídico, leve, imponderável, servindo de liame e de intermediário entre o espírito (alma) e o corpo.

A união da
alma. , e do corpo material. constitui o homem. A alma e o perispírito. separados do corpo. constituem a ser a que chamamos Espírito. (vide qq. 27, 135 e 135a de LE)

NOTA DE ALLAN KARDEC referindo-se aos itens acima citados:

• A
alma. é assim um ser simples;
• O
Espírito um ser duplo, e
• O
homem um ser triplo.

Seria portanto mais exato reservar a palavra
alma. para designar o princípio inteligente, e a palavra Espírito para o ser semimaterial formado desse princípio e do corpo fluídico. Mas como não se pode conceber o princípio inteligente. sem ligação material, as palavras alma e Espírito são no uso comum, indiferentemente empregadas uma pela outra; é a figura que consiste em tomar a parte pelo todo, da mesma forma que se diz que uma cidade é habitada por tantas almas, uma vila composta de tantas casas; porém, filosoficamente é essencial fazer-se a diferença (**)

(**) Fazendo a diferença sugerida por Kardec, deduzimos que: Alma = espírito = principio inteligente = ser simples, primitivo. Neste caso espírito se escreve com "e" minúsculo.
Espírito
= elemento inteligente individualizado = ser semimaterial = ser duplo (alma + perispírito) – o ser inteligente da criação (Coletivamente povoam o Universo, fora do mundo material.). Neste caso Espírito se escreve com "E" maiúsculo. Homem = Espírito encarnado = ser triplo (alma + perispírito + corpo físico). Espírito Errante = Espírito (alma + perispírito) que aguarda uma encarnação.


(3) Aos nossos olhos os espíritos não tem uma forma determinada, limitada e constante. Podemos dizer que eles são uma flama, um clarão ou uma centelha etérea [1]. (vide q. 23, 23ª e 26 de O Livro dos Espíritos. (LE – 88)

(4) in dicionário UOL
quin.tes.sên.cia sf (fr quintessence) Veja quinta-essência
quin.ta-es.sên.cia sf (quinta+essência)
1 Substância etérea e sutil, considerada pelos alquimistas como um quinto elemento, além da água, da terra, do fogo e do ar, e obtida após cinco destilações sucessivas.
2 Extrato retificado, refinado e apurado ao extremo.
3 A parte mais pura, mais delicada; excelente, sutil.
4 Requinte, auge, grau mais elevado. Pl: quinta-essências. Var: quintessência.

5) Os Espíritos revestidos do perispírito são o objeto desta referência. Sem o perispírito, nada tem de material, como podemos ver na resposta à questão 79 do “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, obra codificada por Allan Kardec. Nota de J. Herculano Pires.

6) Podemos definir que os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material. (LE – 76)

7) Todo este trecho se refere ao espírito puro, alma, princípio inteligente fazendo abstração do perispírito, segundo J. Herculano Pires é necessário atentar para essas variações (2), a fim de não confundirmos as explicações.

8) Kardec in nota a resposta dada pelos Espíritos à resposta 662, diz que: “Possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade um poder de ação que se estende além dos limites da nossa esfera corporal.

9) O pensamento é um dos atributos do Espírito; a possibilidade de agir sobre a matéria, de impressionar nossos sentidos e, por conseguinte, transmitir seu pensamento, resulta, se podemos nos exprimir assim, da sua constituição fisiológica: portanto, não há nesse fato nada de sobrenatural, nada de maravilhoso. (Allan Kardec in O Livro dos Médiuns, PRIMEIRA PARTE - CAPÍTULO II - O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL)

Allan Kardec in nota à resposta dada pelos Espíritos à questão 71 de O Livro dos Espíritos observa que: “A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer intercâmbio com o mundo exterior e de prover às suas necessidades.”

10) Sobre as sensações e percepções do espírito Kardec in Revista Espírita - janeiro 1866 (A JOVEM CATALÉPTICA DE SOUABE), diz que: “Da visão à distância, que resulta no transporte da alma ao lugar que ela descreve; da lucidez sonambúlica, etc.”

11) ...para o Espírito, a matéria não oferece obstáculos, pois ele a atravessa livremente. (LE – 429)

12) Para responder, ao mesmo tempo, às perguntas que lhe são dirigidas, o Espírito se divide ou tem o dom da ubiqüidade?
R - O Sol é um só e, no entanto, irradia ao seu derredor, levando longe seus raios,sem se dividir. Do mesmo modo, os Espíritos. O pensamento do Espírito é como uma centelha que projeta longe a sua claridade e pode ser vista de todos os pontos do horizonte. Quanto mais puro é o Espírito tanto mais o seu pensamento se irradia e se estende, como a luz. Os Espíritos inferiores são muito materiais; não podem responder senão a uma única pessoa de cada vez, nem vir a um lugar, se são chamados em outro.

Um Espírito
superior, chamado ao mesmo tempo em pontos diferentes, responderá a ambas as evocações, se forem ambas sérias e fervorosas. No caso contrário, dá preferência à mais séria. (O LIVRO DOS MÉDIUNS – 62ª ed. – Allan Kardec (GUIA DOS MÉDIUNS E DOS EVOCADORES) (Paris - 1861), 2ª parte, item 282, questão 30)



Estudo espirita,ensino espirita,chico xavier,nosso lar,espiritualismo
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

INFORMAÇÕES SOBRE O ESPÍRITO VERDADE



INFORMAÇÕES SOBRE O ESPÍRITO VERDADE

1856

Meu guia espiritual

IN OBRAS PÓSTUMAS (1890)
2ª parte - Extratos in Extenso dos Livros das Previsões Concernentes ao Espiritismo
Manuscrito composto com um cuidado todo especial por ALLAN KARDEC

25 DE MARÇO DE 1856

(Em casa do sr. Baudin, méd. srta. Baudin).

Eu morava, nessa época, na rua dos Mártyrs, nº 8, no segundo andar, no fundo do corredor. Uma noite, estando em meu gabinete de trabalho, pequenos golpes reiterados se fizeram ouvir contra a divisória que me separava do quarto vizinho. De início, não lhe prestei nenhuma atenção; mas, como esses golpes persistiam com mais força, mudando de lugar, fiz uma exploração minuciosa dos dois lados da divisória, escutei se provinham de um outro andar, e não descobri nada. O que havia de particular é que, cada vez que eu fazia procuras, o ruído cessava, e recomeçava logo que me repunha a trabalhar. Minha mulher entrou pelas dez horas; veio em meu gabinete e, ouvindo esses golpes, me perguntou o que era isso. Deles nada sei, respondi, faz uma hora que isso dura. Procuramos juntos, sem mais sucesso, e o ruído continuou até ã meia-noite, hora na qual ia me deitar.

No dia seguinte, sendo um dia de sessão na casa do Sr. Baudin, contei o fato, e pedi a sua explicação.

Perg. – Sem dúvida, ouvistes o fato que acabo de citar; poderíeis dizer-me a causa dessas pancadas que se fizeram ouvir com tanta persistência?

– Resp. Era teu Espírito familiar.

– Perg. Com que objetivo vinha bater assim? – Queria se comunicar contigo. – Perg. Poderíeis dizer-me o que é que ele queria de mim?

– Resp. Podes perguntar a ele mesmo, porque está aqui.

Nota. Nessa época não se fazia distinção entre as diversas categorias de Espíritos simpáticos; eram confundidos sob a denominação geral de Espíritos familiares.

Perg. – Meu Espírito familiar, quem quer que sejais, vos agradeço por ter vindo me visitar; quereríeis me dizer quem sois?

– Resp. Para ti, me chamarei A Verdade, e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.

Perg. – Ontem, quando batestes, enquanto eu trabalhava, tínheis alguma coisa em particular para me dizer?

– Resp. O que tinha a dizer-te era sobre o trabalho que fazias, o que escrevias me desagradava, e queria te fazer cessar.

Nota. O que escrevia era precisamente relativo aos estudos que fazia sobre os Espíritos, e suas manifestações.

Perg. – A vossa desaprovação era sobre o capítulo que escrevia, ou sobre o conjunto do trabalho?

– Resp. Sobre o capítulo de ontem; eu te fiz julgá-lo; torna a lê-lo esta noite, encontrarás as faltas e as corrigirás.

Perg. – Eu mesmo não estava muito satisfeito com esse capítulo e o refiz hoje; está melhor?

– Resp. Está melhor, mas não bastante bem. Lê da 3a. à 30a. linha e reconhecerás um grave erro.

– Perg. Rasguei o que fiz ontem.

– Resp. Não importa! Essa dilaceração não impede a falta de subsistir; relê e verás.

Perg. – O nome de Verdade, que tomastes, é uma alusão à verdade que procuro?

– Resp. Talvez; ou, pelo menos, é um guia que te protegerá e te ajudará.

– Perg. Depois posso vos evocar em minha casa?

– Resp. Sim, para te assistir pelo pensamento; mas, para respostas escritas em tua casa, não será senão em muito tempo que poderás obtê-las.

Nota. Com efeito, durante mais ou menos um ano, não pude obter, em minha casa, nenhuma comunicação escrita, e cada vez que ali se encontrava um médium do qual esperava obter alguma coisa, uma circunstância imprevista vinha a isso se opor. Eu não obtinha comunicações senão fora de minha casa.

Perg. Poderíeis vir com mais freqüência do que todos os meses?

– Resp. Sim, mas não prometo senão uma vez por mês, até nova ordem.

– Perg. Animastes algum personagem conhecido sobre a Terra?

– Resp. Eu te disse que, para ti, era a Verdade; esse para ti queria dizer discrição: disso não saberás mais.

Nota. À noite, reentrando em minha casa, apressei-me em ler o que escrevera, e, seja na cópia lançada ao cesto, seja na nova, na 30a. linha, reconheci um erro grave que me admirava de haver cometido. Desde esse momento, nenhuma manifestação do mesmo gênero ocorreu; as relações com o meu Espírito protetor se achavam estabelecidas, essas manifestações não eram mais necessárias, por isso elas cessaram. O prazo de um mês que ele assinalara, para as suas comunicações, não foi senão raramente observado no princípio; mais tarde, não o foi de todo, era, sem dúvida, uma advertência de ter que trabalhar por mim mesmo, e de não estar, sem cessar, recorrendo a ele para a menor dificuldade.

9 DE ABRIL DE 1856

(Na casa do sr. Baudin, méd. srta. Baudin.)

Pergunta. – (À Verdade.) Criticastes o trabalho que fiz outro dia, e tivestes razão. Eu o reli, e reconheci, na 30a. linha, um erro contra o qual as vossas pancadas eram um protesto. Isso me conduziu a reconhecer outros erros e a refazer o trabalho. Estais mais satisfeito agora?

Resp. – Acho-o melhor, mas te convido a esperar um mês antes de publicá-lo.

– Perg. Certamente, não tenho a intenção de publicá-lo ainda, se nunca devo fazê-lo.

– Resp. Entendo mostrá-lo a estranhos. Encontra um pretexto para recusá-lo àqueles que o pedirão; daqui até lá, melhorarás esse trabalho. Faço-te esta recomendação para evitar a crítica; é do teu amor-próprio que eu cuido.

Perg. – Dissestes que seríeis para mim um guia, que me ajudaria e me protegeria; concebo essa proteção e o seu objetivo numa certa ordem de coisas, mas gostaríeis de me dizer se essa proteção se estende também às coisas materiais da vida?

– Resp. Neste mundo, a vida material importa muito; não te ajudar a viver, seria não te amar.

Nota. A proteção desse Espírito, do qual estava longe de supor a superioridade, com efeito, jamais me faltou. Sua solicitude, e a dos bons Espíritos sob as suas ordens, se estende sobre todas as circunstâncias de minha vida, seja para me aplainar as dificuldades materiais, seja para me facilitar o cumprimento de meus trabalhos, seja, enfim, para me preservar dos efeitos da malevolência de meus antagonistas, sempre reduzidos à impossibilidade. Se as atribulações inerentes à missão que tinha que cumprir não puderam me ser poupadas, têm sempre sido abrandadas e largamente compensadas pelas bem doces satisfações morais.

* * *

1857

In "O LIVRO DOS ESPÍRITOS"

obra codificada por Allan Kardec

Assinaturas de Prolegômenos

São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.

1858

In INSTRUÇÕES PRÁTICAS SOBRE AS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

Obra de Allan Kardec que antecedeu o O LIVRO DOS MÉDIUNS

Capítulo II, MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

(...) No princípio de meus estudos sobre o Espiritismo estando ocupado, certa noite, com um trabalho relacionado a esta matéria, fizeram.se ouvir pancadas em redor de mim no decorrer de quatro horas consecutivas. Era a primeira vez que tal coisa me acontecia. Verifiquei que ela não tinham nenhuma causa acidental, mas, no momento, não pude saber mais nada. Nesta época eu tinha oportunidade de encontrar, constantemente, um excelente médium psicógrafo. Logo no dia seguinte, interroguei o Espírito que se comunicava por seu intermédio a respeito da causa das pancadas.

Era me foi-me respondido, teu espírito familiar que queria falar-te.

E que deseja ele dizer-me?

Tu mesmo podes perguntar-lhe, pois ele se encontra aqui.

Tendo eu interrogado esse espírito, ele se deu a conhecer sob um nome alegórico eu soube depois, por outros Espíritos, que fora o de um ilustre filósofo da Antigüidade. Ele assinalou-me erros em meu trabalho, indicando linhas onde se encontravam. Deu-me úteis e sábios conselhos, e acrescentou que estaria sempre comigo e atenderia ao meu apelo todas as vezes que eu necessita-se interrogá-lo. Desde então, com efeito, esse espírito nunca mais me abandonou. Deu-me inúmeras provas de uma grande superioridade e sua ação benfazeja e eficaz se manifestou ao meu favor tanto no tocante a negócios da vida material quanto às questões espirituais. Mas, desde a nossa primeira conversa, cessaram as pancadas. Que desejava ele com efeito? Entrar em comunicação regular comigo. Para isso era necessário avisar-me. Sem dúvida não foi ele quem veio em pessoa, bater na minha casa. Provavelmente disso teria encarregado um emissário às suas ordens. Dado o aviso, oferecida sua explicação, estabelecidas as relações regulares, tornaram-se inúteis as pancadas, motivo pelo qual cessaram. Não se rufa mais o tambor para despertar os soldados, uma vez que eles estão de pé.

* * *

1864

in o Evangelho de João, cap. XIV, v. 15, 16, 17 e 26

CONSOLADOR PROMETIDO

Se me amais, guardai os meus mandamentos; e EU ROGAREI a meu Pai e ELE VÓS ENVIARÁ OUTRO CONSOLADOR, a fim de que FIQUE ETERNAMENTE CONVOSCO: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê e absolutamente não o conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque FICARÁ CONVOSCO e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Santo Espírito, QUE MEU PAI ENVIARÁ EM MEU NOME, vos ensinará todas as coisas e VOS FARÁ RECORDAR TUDO O QUE VOS TENHO DITO.

* * *

In O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, cap. VI, item 4.

4. Jesus promete um outro consolador: O Espírito de Verdade, que o mundo não conhece ainda, porque não está maduro para compreendê-lo, que o Pai enviará para ensinar todas as coisas, e para fazer recordar aquilo que o Cristo disse. Se, pois, o Espírito de Verdade deve vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não disse tudo; se ele vem fazer recordar aquilo que o Cristo disse, é porque isso foi esquecido ou mal compreendido.

O Espiritismo vem, no tempo marcado, cumprir a promessa do Cristo: o Espírito de Verdade preside à sua instituição, chama os homens à observância da lei e ensina todas as coisas em fazendo compreender o que o Cristo não disse senão por parábolas.

* * *

1868

A Gênese, capítulo I: .Tradução e comentários de Carlos de Brito Imbassahy. (tradução ao pé da letra do original da 3ª edição de 1868) (*)

42 – Si se considera, de outra forma, o poder moralizador do Espiritismo pela meta que ele assinala a todas as ações da vida, por conseqüências do bem e do mal que faz tocar seu dedo; a força moral, a coragem, as consolações que dá nas aflições por uma inalterável confiança no porvir, pela imaginação de ter perto de si os seres que tenha amado, a segurança de os rever, a possibilidade de se entreter com eles, enfim, pela certeza que, de tudo que se faça, de tudo que se adquira em inteligência, em ciência, em moralidade, até a última hora da vida, nada se perde, que tudo se aproveita ao adiantamento, reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo à atenção do Consolador anunciado. Ou, como é o Espírito Verdade que preside o grande movimento da regeneração, a promessa de sua vinda encontra-se de fato realizada, porque, pelo feito, é ele que é o verdadeiro Consolador .

A Gênese, cap. XVII: Tradução e comentários de Carlos de Brito Imbassahy. (tradução ao pé da letra do original da 3ª edição de 1868) (*)

ANÚNCIO DO CONSOLADOR

35. – Se vós me amais, guardai, guardai meus mandamentos; – e eu rezarei meu Pai, e Ele vos enviará um outro consolador a fim de que demore eternamente convosco: – O espírito Verdade, que este mundo não pode receber porque nunca o vê; mas por vós, vós o conheceis porque permanecerá convosco e estará em vós. – Mas o consolador que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e fareis recordar de tudo o que eu vos tenho dito. (São João, cap. XIV, v. 15 a 17 e 26 – Evangelho cf. o Espiritismo, cap. VI)

36. – Todavia, digo-vos a verdade: É-vos útil que eu me vá porque se eu nunca for, o Consolador não virá a vós; mas eu me vou e vo-lo enviarei, – e quando ele vier, convencerá o mundo no que toca ao pecado, no que toca à justiça e no que toca ao julgamento: – no tocante ao pecado, porque não acreditaram em mim; – tocante à justiça, porque eu me vou a meu Pai e que não me vereis mais; tocante ao julgamento, porque o príncipe deste mundo já está julgado.

Tenho ainda muitas coisas que dizer, mas vós não podeis portá-la presentemente. Quando este Espírito Verdade vier, ele vos ensinará toda verdade porque não falará dele mesmo, mas dirá tudo o que ele tiver entendido, e vos anunciará a coisa por vir.

Ele me glorificará porque receberá do que é meu e ele vos anunciará. (São João, cap. XVI, v. 7 a 14)

37. – Esta predição é, sem contradita, uma das mais importantes do ponto de vista religioso porque constata da maneira a menos equívoca que Jesus não disse tudo aquilo que tinha para dizer porque não seria, mesmo, compreendido por seus apóstolos, já que é a estes que se dirigia. Se lhes houvesse dado instruções secretas, eles a teriam feito menção nos Evangelhos (N. do trad. – Ou então os responsáveis pela elaboração do Novo Testamento suprimiram). Desde então, que não tenha dito tudo a seus apóstolos, seus sucessores não puderam saber mais do eu eles; teriam, pois podido se equivocar sobre o sentido de suas palavras, dar uma falsa interpretação a seus pensamentos, freqüentemente velados sob a forma parabólica. As religiões fundadas sobre o evangelho não podem, pois, se dizer em posse de toda a verdade, já que se reservou em completar ulteriormente suas instruções. Seu princípio de imutabilidade é um protesto contra as próprias palavras de Jesus.

Ele anuncia sob o nome de Consolador e de Espírito Verdade aquele que deva ensinar todas as coisas, e fazer relembrar o que ele disse; pois, seu ensinamento não estava completo; no mais, ele previa que se teria esquecido o que disse e que se o teria descaracterizado já que o Espírito Verdade devia fazer relembrar, e concorde com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, conforme o verdadeiro pensamento de Jesus.

38. – Quando este novo revelador deverá vir? É bem evidente que se, à época em que falava Jesus, os homens não estavam em estado de compreender as coisas que lhe restava dizer, não será em alguns anos que possam adquirir as luzes necessárias. Para entendimento de certas partes dos Evangelhos, à exceção dos preceitos morais, seria preciso conhecimentos que só o progresso das ciências poderia dar, e que deveriam ser a obra do temo e de várias gerações. Se, pois, o novo Messias viesse pouco tempo após Cristo teria encontrado o terreno todo também pouco propício e não teria feito mais do que ele. Ora, desde o Cristo até nossos dias não se produziu nenhuma grande revelação que tenha completado o Evangelho e que lhe tenha elucidado as partes obscuras, índice seguro de que o enviado não tinha ainda aparecido.

39. – Qual deva ser este enviado? Jesus dizendo: “Rogarei a meu pai e Ele vos enviará um outro Consolador” indica claramente que este não é ele próprio; do contrário, teria dito: “Voltarei para completar o que vos tenho ensinado”. Após, ele junta: A fim de que ele demore eternamente convosco e ele estará em vós”. Isto aqui não seria possível entender de uma individualidade encarnada que não possa demorar eternamente conosco e ainda menos estar em nós, mas compreende-se muito bem de uma doutrina que, de fato, logo que se a tenha assimilado, possa estar eternamente em nós. O Consolador é, pois, no pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora onde o inspirador deva ser o Espírito Verdade


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domingo, 20 de dezembro de 2009

Espíritos podem engravidar?


Espíritos podem engravidar?
A Gravidez de Espíritos
Numa reunião de estudos doutrinários, em nossa casa espírita, um freqüentador dirigiu-nos a seguinte pergunta: poderia ocorrer gravidez de espíritos? Ao que lhe respondemos: até onde nós sabemos não. Retrucou-nos: mas existe um livro espírita, citando-lhe o título, que fala disso. Não sabia, dissemo-lhe, entretanto, vamos procurar estudá-lo, pois não podemos emitir opinião sobre algo de que não temos conhecimento.
Fomos então buscar a informação no livro Infinitas Moradas, do qual transcreveremos uma parte. É um trecho específico do diálogo entre o Dr. Inácio Ferreira com Odilon Fernandes, ambos já na condição de espíritos desencarnados. Iniciamos com a fala de Dr. Inácio:

- Com tanta grandeza acima de nossas cabeças e nós insistindo em continuar a ver o que temos sob os pés!... Por mais me esforce, eu não entendo esse pessoal que deixa o corpo e prossegue na mesma... Não era para que, deste Outro Lado, tivéssemos hospitais, vales de expiação e nem tampouco regiões trevosas. Nem esses nossos irmãos com problemas de deformidade no corpo espiritual, ao ponto de necessitarem praticamente de um novo nascimento por aqui, com a finalidade de readquirirem a forma humana, antes de um novo mergulho na carne.

- É um tema que transcende este, Inácio, sobre o qual, infelizmente, não devemos nos aprofundar com os nossos companheiros encarnados que, a bem da verdade, ainda revelam dificuldade para aceitar a Reencarnação como ela é... Eles não entenderiam a “gravidez” perispiritual nas regiões inferiores, onde seres que padecem aberrações de forma carecem de um renascimento como recurso terapêutico. Deixemos que a semente da idéia floresça naturalmente. Se se “morre” por aqui, por que também não se renasceria?...
- Ou nasceria, não é?
- Sim, ou nasceria, pois, se os Espíritos Superiores confirmaram a Allan Kardec que em a Natureza nada dá saltos, como explicar-se, por exemplo, sem elementos de transição em nosso Plano, a primeira encarnação humana do princípio espiritual? O corpo humano não está apto a receber entidades primárias, sem que o seu organismo perispiritual tenha, antes, humanizado a forma. Os primeiros nascimentos acontecem aqui!... Mas, repito, talvez isto seja muito para a cabeça de quantos ainda não conseguiram, por si mesmos, intuir semelhantes realidade. O assunto tem gerado polêmicas, e não podemos comprometer a tarefa que, apesar dos pesares, tem produzido frutos de significativa qualidade.
- Talvez eu tenha me excedido...
(BACCELLI, 2003, pp. 59-60). (negrito nosso)

Bom, não há dúvida alguma sobre o que o companheiro nos informou a respeito de haver um livro abordando o assunto. Mas cabe-nos o dever de verificar se encontraremos apoio para isso nas obras básicas da codificação, uma vez que, como o próprio Kardec disse, a opinião de um espírito não passa apenas de uma opinião e dela não podemos assentar base para ponto doutrinário.

Inicialmente, veremos que em O Livro dos Espíritos, à pergunta de Kardec se os Espíritos tinham sexo, a resposta dos Espíritos foi: “Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.” (perg. 200, p. 134). Segundo podemos entender dessa resposta, por lhes faltar uma organização física, os espíritos não têm sexo. Se não há sexo, como haveria a relação sexual para a conseqüente fecundação do óvulo pelo espermatozóide? Além disso, onde o gameta fecundado se fixaria?

Mais à frente, quando o assunto é a evolução do princípio inteligente, especificamente no momento que ele sai do reino animal para estagiar no reino hominal, Kardec pergunta (607b) aos espíritos se o período de humanização principia na Terra. Ao que respondem que “a Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período da humanização começa, geralmente, em mundos ainda inferiores à Terra” (p. 300).
Vindo do reino animal, obviamente, com um perispírito adequado àquele reino, ele, o princípio inteligente, não se liga a um corpo humano igual ao nosso, mas a um corpo humano muito mais próximo ao dele, adaptado às condições dos planetas primitivos. Esse corpo humano, tão próximo do dos animais, não oferece nenhuma dificuldade de adaptação a esse novo estágio evolutivo pelo qual ele passa. Certamente que isso não ocorre de um dia para o outro, mas em milhares de anos sem que haja solução de continuidade: “tudo se encadeia na Natureza”. Foi o que aconteceu aqui na Terra, quando ainda era um planeta primitivo, com os seres dos quais descendemos, que mais pareciam animais que propriamente seres humanos da forma que somos hoje. Kardec tecendo considerações sobre a hipótese da origem do corpo humano, disse que “como em a Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior e não muito também pela inteligência.” (A Gênese, p. 213).

Em O Céu e o Inferno, no capítulo II, da segunda parte, quando dos relatos sobre as manifestações dos Espíritos Felizes, encontramos a afirmativa de que “os Espíritos não se reproduzem” e que “os Espíritos não podem ter sexo”. Kardec, em nota explica: “Sempre disseram que os Espíritos não têm sexo, sendo este apenas necessário à reprodução dos corpos. De fato, não se reproduzindo, o sexo ser-lhes-ia inútil.” (p. 183). Assim, fica claro que os espíritos não se reproduzem, por conseguinte, não há como se falar em gravidez de espírito, que se ocorresse, aí sim, teríamos a tal gravidez perispiritual.

Novamente, encontraremos Kardec falando sobre o assunto, agora na Revista Espírita:
As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que as une nada têm de carnal, e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas sobre uma simpatia real, e não são subordinadas às vicissitudes da matéria.
[...]
Os sexos não existem senão no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos, sendo a criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, é por isto que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. (Revista Espírita 1866, p. 3). (negrito nosso).

Esse último parágrafo resume tudo quanto poderíamos buscar na codificação, não precisaríamos de mais nada, entretanto, vamos continuar com a nossa pesquisa.
Vamos agora recorrer ao espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, para elucidarmos ainda mais esse assunto. Cita uma situação onde será necessário recompor a forma espiritual humana, conforme podemos ler quando ele fala sobre o monodeísmo:

Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.
Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmo, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.
Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da reencarnação,...
[...]

Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovóide, o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados outros, em situação de desequilíbrio,... (XAVIER, 1987, pp. 90-91). (negrito nosso).

Portanto, alguns espíritos perdem a forma perispiritual humana para se transformarem em ovóides. Poderiam eles reencarnar nessas condições? Teriam a necessidade de retomar à forma humana? Enfim, o que acontecerá na presente situação? Vamos continuar recorrendo a André Luiz que, mais à frente, diz da necessidade da reencarnação, de uma forma geral:

FORMA CARNAL - Todavia, assim como o germe para desenvolver-se no ovo precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente térmico apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados, sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e, conseqüentemente, da herança, vaso esse a que se aglutinam, mecanicamente, e onde, conforme as leis da reencarnação, operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução nos reinos inferiores da Natureza.
Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese, de conformidade com a orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra.

Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo. (XAVIER, 1987, pp. 91-92). (negrito nosso)

Deixa clara a questão do espírito ter que cumprir a lei da reencarnação, entrando novamente num corpo feminino, via óvulo fecundado, para seguir o curso normal do processo reencarnatório. E, em especial, para os casos dos espíritos em forma de ovóides ele diz:

Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monoideísmo tiranizante, entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando o definhamento do corpo espiritual ou o fenômeno de “ovoidização”, sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade, como acontece à semente, que, após desligar-se do fruto seco, germina no solo, segundo os princípios organogênicos a que obedece, tão logo encontre o favor ambiencial. (XAVIER, 1987, pp. 152-153). (negrito nosso).

Assim é que, mesmo neste caso, há a necessidade da ligação do espírito em forma de ovóide com o óvulo já fecundado, sem outro procedimento a não ser a redução perispiritual. Interessante é que há para os reencarnantes, o ato de “restringimento do corpo espiritual” para ligá-lo ao óvulo. Curioso é que o processo de redução perispiritual para a reencarnação é bem semelhante ao da ovoidização por fixação mental do espírito, ainda preso a sentimentos inferiores, dos quais, parece, não querer largar mão.

Podemos ainda, para corroborar isso, trazer mais a informação ditada pelo espírito Adamastor:
A ovoidização é uma das pungentes enfermidades que pode acometer o espírito depois da morte. Consiste na perda da consciência ativa, quando o eu consciente desmorona-se completamente, em decorrência de atrozes e insuportáveis sofrimentos, voltando-se sobre si mesmo, anulando-se e perdendo todo o contato com a realidade. A atividade consciente da alma entra em letargia, refugiando-se nas camadas do subconsciente. O pensamento contínuo se fragmenta, perdendo seu fio de condução, e a estrutura perispiritual se desfigura completamente, desfazendo sua natural conformação humana, adquirindo o formato aproximado de um ovo, cujas dimensões se aproximam de um crânio infantil. O processo é em tudo semelhante ao das bactérias que se encistam diante de condições adversas de vida, aguardando novas oportunidades para retornarem à atividade normal.

A ovoidização é processo incurável no plano espiritual, sendo uma das mais graves enfermidades de nosso mundo, e somente pode ser revertido em reencarnações expiatórias, quando o espírito reencontra-se com novo ambiente de manifestação e pode refazer o metabolismo do seu consciente. Várias reencarnações, porém, se consomem em tentativas frustradas, de modo que a perda evolutiva é imensa para estes infelizes seres. Muitos regridem a condições tão primárias da vida humana que necessitam reencarnar entre povos primitivos, a fim de suportar-lhes a grave patologia, sem de desfazerem em malformações congênitas incompatíveis com a biologia humana. [...] (FREIRE, 2002, p. 28). (negrito nosso).

Juntamos, também, a essa nossa pesquisa, o pensamento do escritor espírita Eurípides Khül, em seu estudo do capítulo XII – Alma e desencarnação, do livro Evolução em dois mundos. Leiamos:

5) O que são os ovóides e qual a origem de sua existência no mundo espiritual?
R - Ovóides são os espíritos que, ainda na fase primitiva da evolução, assumem a forma de ovo, após a desencarnação, em conseqüência de sua incapacidade em se adaptar à nova maneira de viver, agora no mundo espiritual. A idéia fixa, única, auto-hipnotizante, de renascer na carne, mantém o seu psiquismo ligado na vida carnal e magnetiza-lhe a mente, reprimindo outros estímulos aos órgãos do corpo espiritual, que se retraem e atrofiam, por falta de função. Voltam-se, então, esses órgãos, para a mente, onde se deixam dominar pelos pensamentos. Suas células são atrofiadas pela idéia única de retorno ao veículo físico.

É um processo semelhante ao encolhimento do perispírito por ocasião da reencarnação. Enquanto perdura esta situação, o espírito perde a forma humana, assumindo a forma ovóide. O formato de ovo se explica por ser este o berço onde se dá inicio ao processo de renascimento de vários seres, inclusive do próprio homem, que tem o seu corpo físico gerado no óvulo da mãe. Daí por que a mente desses espíritos, fixados na idéia de renascerem para a vida física, plasmam a forma ovóide.

Assim permanecem até que surja nova oportunidade reencarnatória. Com o processo de reencarnação iniciado, assimilam novos recursos orgânicos, utilizando-se do auxílio de células dos pais. Sua mente passa a elaborar o novo veículo fisiológico, em moldes cuja orientação lhe é imposta. Plasma, desta maneira, nova forma carnal, novo veículo físico, para o que refaz e reconstitui o perispírito, readquirindo a forma humana.
André Luiz compara essas criaturas a algumas bactérias que, apartadas do seu meio ambiente, tornam-se incólumes ao frio e ao calor, mantendo-se imóveis por longos períodos, mas que entram em atividade tão logo sejam alocadas no ambiente que lhes seja peculiar.

Paulo da Silva Neto Sobrinho
Dez/2006. (Publicado na Revista Espiritismo & Ciência nº 51, ago/2007, pp. 28-33)

Referências Bibliográficas
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: FEB, 1995.
KARDEC, A. O Céu e o Inferno, Rio de Janeiro: FEB, 1995.
KARDEC, A. A Gênese, Rio de Janeiro: FEB, 1995.
KARDEC, A. Revista Espírita 1866, Araras - SP: IDE, 1993.
XAVIER, F. C. Evolução em dois mundos, Rio de Janeiro: FEB, 1987.
BACCELLI, C. A. Infinitas Moradas, Uberaba – MG: LEEPP, 2003.
BACCELLI, C. A. Na próxima dimensão, Uberaba – MG: LEEPP, 2002
FREIRE, G. T. Ícaro redimido: a vida de Santos Dumont no Plano Espiritual, Belo Horizonte: Ediame, 2002.

FONTE: www.apologiaespirita.org/
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