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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Psicografia fácil de obter difícil de acreditar.



Psicografia fácil de obter difícil de acreditar.

Francisco de Assis - 27/01/2010
Psicografia porque não consigo acreditar?
As Psicografia são sempre uma mesmice
Papai Lazaro não tenha medo de sonhar com seus filhos nos queremos mostar para o senhor que estamos bem. Apenas sentimos saudades das irmãs e dos sobrinhos que ficaram só com as recordações de nossos rostos. Dois tios que se estivessem por ai ainda daria muito trabalho e preocupações a mamãe Deise. Mesmo nós aqui ela não consegue parar de pensar se estamos nos alimentado, se nossas roupas estão limpas, se dormimos bem.
.................................
Desejo que você Paulinha dê prosseguimento em sua vida, aprendi a rezar agora com o coração e com a razão e sempre estarei em preces para que você encontre alguém digno que possa fazer você tão feliz, quanto possível na Terra ao lado de nosso filho
Sei que ficarei bem, mas no momento por aqui é estudo, trabalho e reflexão
Um dia meu filho e Paulinha haverei de ser útil de alguma forma
Peço perdoe-me por tudo.
..............................
Mamãe Catia, Papai Paulo César
É apenas um bilhete de carinho. Carinho e reconhecimento aos genitores que me proporcionaram na Terra algo mais do que o corpo físico proporcionou-me a oportunidade de servir com Jesus além da vida física, matriculando-me na escola da caridade e do amor sem reservas. Quanto lhes sou grato meus pais.

Francisco de Assis - 27/01/2010
Para acreditar teria que ser assim.
Olá meus filhos estou muito bem por aqui depois de um curto tempo de turbulência
estou recuperada e trabalhando, encontrei os tios e as tias todos trabalhando muito.
.
Tenho trabalhado feito um camelo, praticando boas ações, para acumular bônus hora, agora estou tentando entrar num financiamento da casa própria junto a empreiteira 7º Céu com o uso destes bônus, vou tentar um conjunto baratinho perto do ministério da regeneração, pois, já sei onde vou visitar o Francisco, este vai me custar muito bônus hora, mas por hora é isso.
.
Vou ter que finalizar para não perder meu aeróbus se não fico uma hora na parada depois, o transito aqui esta um caos eu ainda vou passar no hospital ,que seu tio vai retirar um chip que os magos trevosos implantaram, e ainda tenho que ter tempo para passar no ministério da alimentação que hoje é dia de feira e não quero perder a promoção nossa acho que vou aproveitar e comprar um laxante astral para sua tia marta que esta com prisão de ventre.
Fiquem com Deus.
. . . . . . . . .. . . . . . .
(Quem leu os Livros do Luis Sergio ou Violetas na janela não pode achar que estou tentando ridicularizar ou fazendo ironia e ou sarcasmos a psicografia pois, o palavreado nestes livros é bem informal eu só dramatizei um pouco)
...............................
Ou seja, esta sim seria uma psicografia mais perto do que fala os vários livros mediúnicos, não repetem que a terra é uma cópia imperfeita do plano espiritual?.
Portanto deveria Trazer fatos do dia a dia e mostrando ai a universalidade das informações.
..................
Qual é sua opinião?

Rejane Torres - 27/01/2010
Francisco
Existe uma coisa que se chama avaliar.
Avalia-se tudo q se leu e ouviu, aprende-se o q é bom e o q entendeu; guarde-se o q é bom e exclui-se o q não é. Na nossa mediúnica existem excelentes psicógrafos, mesmo assim a ordem é: avaliar, avaliar, avaliar; e acredite, não há nada a ver com o q postastes, a propósito, já li Luiz Sérgio, Violetas na janela e muitos outros...
Saudações

Francisco de Assis - 27/01/2010
Bem Rejane o que estou questionando é que se tu pegar as
mensagens sem nomes das pessoas serve para qualquer pessoa.
.....
Assim com se tu pegar 100 livros mediunicos retirar as capas atirar
em um balaio, depois pegar para ler é tudo o mesmo PADRÃO.
....
Por que não tem uma dica para novos equipamentos para prever
tornados, terremotos e etc.
Dicas para novas vacinas?

Rejane Torres - 27/01/2010
Isso é para pesquisadores,e cientistas ,não para mediuns.


Rogerio Guandalini - 27/01/2010

Francisco
.
não é de agora que você tem criado textos que ao invés de levar as pessoas para a reflexão sobre um assunto, cria uma animosidade entre os membros.
é evidente que há outras formas de expressar a sua opinião para que os outros não sejam afrontados e nem se sintam desrespeitados.
em nome da equipe de Moderação, peço para que se esforce em mudar a forma como expressa sua opinião.
aceitamos a exposição e o debate de idéias diferentes desde que ninguém seja desrespeitado.
esperamos que possa colaborar com suas idéias, porém com outra forma de se expressar que não seja a de afrontar os outros.
agradeço sua colaboração em nome da equipe moderadora.

Rogerio Guandalini - 27/01/2010
Ricardo
sua opinião como a de todos os outros é muito importante e será avaliada pela Moderação. (agora há uma equipe e a decisão não cabe mais exclusivamente a mim)
será muito importante que deixe essa sua observação no tópico de sugestões para que fique lá registrado.
abraço e obrigado.

Romário Fernandes - 27/01/2010
Bom, eu tenho que concordar com o Francisco em certos aspectos. A grande maioria das psicografias que já li têm uma linguagem muuito semelhante entre si e, ao que me parece, pouco coerente com o que se poderia esperar de crianças, analfabetos ou idosos falando. Mas falo do que li, não me vejo capacitado a projetar essa análise para um espectro mais amplo.

Francisco de Assis - 27/01/2010
Ricardo

A escolha da fonte foi buscar o campo neutro.
Conheço o trabalho deles.

Foi o mesmo caso da do tópico Origem do Caráter Católico do Espiritismo.
Coloquei o trabalho de Núcleo de Antropologia para não ser acusado de tendencioso
pois, a Sandra Jacqueline Stoll é professora da. Universidade Federal do Paraná
não tem compromisso em defender nem um lado nem outro da doutrina.
O compromisso dela é com os dados históricos.
Sem dúvida Ricardo que A ciência é obra do gênio; ela só pode ser adquirida pelo trabalho, pois é apenas pelo trabalho que o homem progride em seu caminho.

Mas, o que questiono é que as obras mediúnicas são repetitivas.

Rogério.
não é de agora que você tem criado textos que ao invés de levar as pessoas para a reflexão sobre um assunto, cria uma animosidade entre os membros.

A animosidade fica por conta de cada um, que não sabe aplicar a parte filosófica da doutrina.
O objeto da filosofia é a reflexão, o movimento do pensamento que nos permite recuar, nos distanciarmos dos fatos aparentemente banais para buscarmos seus fundamentos. E nesta busca que não visa uma fé cega mas raciocinada podemos encontrar consolo.

Fábio Duarte . - 27/01/2010
Pedimos que não seja então o epicentro destas animosidades.
Esperamos que o debate prossiga sem que seja necessario intervenção da moderação.
Que debate de ideias prevaleça.

Fábio
Moderação

Dúvidas favor se dirigir a comunidade especifica para tal. (postagens podem ser apagadas caso desfoquem do tema proposto)

Saulo . - 27/01/2010
O Foco!
Até bem pouco tempo atrás eu pensava assim: "puxa vida pra que tanto romance água com açúcar?", "porque as comunicações tem essa cara de tudo igual?"... etc
Um dia eu abri a janela e vi que o mundo era feito de pessoas quase iguais. Nós até temos um conceito matemático que faz parte da vida cotidiana e poucos percebem: a MODA. Moda é aquilo que se repete com mais freqüência, porque as pessoas querem assim ao refletir sobre uma referência que julgam melhor ou porque sendo pares, cônjuges ou mesmo cúmplices tem histórias muito similares, necessidades muito próximas e objetivos parecidos.
Normal então (outro conceito matemático: norma) que ao buscarem o mundo espiritual busquem e obtenham respostas que sejam similares, não porque não existam outras respostas mas porque lhe-os apresentamos as mesmas perguntas.
Poucos há que estejam dispostos a despir-se de seus preconceitos e estejam prontos para levar os sopapos morais que são necessários a quem queira indagar dos espíritos de coisas que tenham um impacto científico-moral intenso sobre a sociedade. Poucos dispostos a sorver a taça da descrença e do abandono coletivo quando ao apresentarem suas preposições e descobertas, divergentes da moda e fora até das normas.
Natural que assim o seja. Somos seres sociais, educados para buscar e encontrar equilíbrio na correspondência social. Somos seres carentes do reconhecimento e por isso a maioria, ou seja a moda, se esquiva de correr esses riscos.
Poucos dispostos a correr os riscos de falar de uma tiara de captura de pensamentos, ou de uma tela holográfica sensível ao toque, ou de falar de um veiculo que não queime combustível fóssil e que utilize eletricidade para viajar sem tocar o solo... e ainda assim mesmo depois de tantos avanços ser desprezado, enxovalhado e até desrespeitado como homem.
Os espíritos dizem que acorrem aos homens sérios e as perguntas sérias e eu me pergunto: onde estes?


J. Granhen - 27/01/2010
Francisco:
Boa noite!

Entendo o teu ponto de vista e vc tem todo o direito de acreditar ou nao em psicografias.
No entanto, algo me intriga:
Esta descrença seria a respeito de todas as psicografias ou de algumas?
Sei que existem muitas que parecem exageradas, sabendo de antecipaçao que médiuns nao sao perfeitos e podem cometer erros como qualquer ser humano. Por isto nao devemos esperar da mediunidade, perfeiçao.
Mas, se sua opiniao é de que todas as manifestaçoes psicográficas sao falsas sao incríveis, nao seria acreditar que as próprias obras que deram base à Codificaçao têm o mesmo teor? Ou, se todas outras psicografias posteriores à Codificaçao sao charlatanismo ou mistificaçao, nao seria crer que a mediunidade confiável terminou com as obras de Kardec? Quero saber realmente qual é a sua opiniao sobre este assunto.
.
Como disse a Rejane:guardemos o que nos parece positivo e quanto ao que temos dúvida, deixemos que um dia será esclarecido! Nisto eu creio e que parece mais justo, sem prejulgamento.

Abraços!
P.S.: Francisco, faço estas perguntas, justamente para que fique claro nao só para mim, quanto a outros participantes o significado do tópico.

Francisco de Assis - 28/01/2010
Romário.

Muito mais do que isso.
Se tu visitar o site cartasconsoladoras vai ver que se criou um mercado
em torno disso.
Onde a figura faz propaganda de seus atributos com vídeos diversos
recortes de jornais e etc.
.......................
Saulo

Perfeito sua analise só que vamos inverter isso.
Imagine que tu desencarnaste, tua preocupação seria apenas em consolar sua esposa e
familiares ou em revelar informações realmente relevantes para eles?
Não se resume apenas no que eu quero, mas, o que eles podem dizer?
.......................

Jorsanne

Ai que esta o nó da questão Jo.
Na verdade existem dois Espiritismo e isto é de uma clareza gritante.
Agora a ultima vez que citei um nome aqui foi um piripake generalizado pois, tem alguns médiun que vc não pode questionar.
É um sacrilégio.
Posso ser excomungado pois, a maioria entende que para você estar racionalizando informações vc esta sob controle dos agentes das trevas.
( Mas, todos negam o caráter católico que a doutrina esta se revestindo)

Fábio Duarte . - 28/01/2010
Francisco
Será que o carater Católico sempre existiu?

Inclusive na França, com Allan Kardec, afinal ele era um estudioso, mas sempre presou por divulgação de consolo. Em suas visitas aos presidios levava o OLE, mas exitava as pessoas a mirar-se nos exemplos do Cristo.

Será que devido a uma grande massa católica, ter aceito o Espiritismo existe esta agregação inevitavel, que será reparada com o aprofundar na Doutrina, até porque Kardec se mostra totalmente convencido de haver uma harmonia entre ambas, ser Catolico e Espírita.

Meu exemplo não conta, afinal sai do catolicismo justamente por excessos de rituais que me angustiavam a mente, e ao encontrar a Doutrina Espírita me senti livre para pensar e questionar. O esclarecimento é necessário, e as pessoas cada vez mais estão despertando para tal choque das disparidades.

Em Bhte, frequentei 4 Centros em pouco mais de 12 anos, e em nenhum encontrei ranços catolicos. Em 01 encontrei algumas desconformidades com a Doutrina Espírita, mas nada que maculasse a imagem Espírita.

Questionar os médiuns é normal e natural, a maneira taxativa que é vista com mãos olhos por muitos. Basta sermos prudentes em nossos argumentos que seremos aceitos, mesmo com opiniões tão discordantes da maioria.

Baltasar Gracián já dizia no Seculo XVI, que para criticarmos o que a massa deposita creditos precisamos ser bastante inteligente, afinal irá remar contra? Chocar as pessoas (mesmo que esteja certo), não é o melhor caminho.

Abraços

Romário Fernandes - 28/01/2010
A influência do catolicismo é bem clara e unânime entre todos os pesquisadores independentes que já se debruçaram sobre o espiritismo como fenômeno social. Lewgoy, Stoll, Procópio Ferreira, David Hess dentre outros tantos.

A questão é o significado subjetivo que se atribui a esse fato. Pessoalmente, já fui um crítico mordaz da "igrejificação" da doutrina. Hoje, vejo esse fenômeno sob outro prisma: sem ele, sequer saberíamos o que é espiritismo. O trabalho de Kardec não passaria de letra morta no canto de página de alguns livros de história.

Contudo, bem ou mal, a doutrina nos chegou aos dias de hoje. "Deturpada", "desvirtuada", "remendada" ou como quer que se prefira considerar, mas chegou e tem uma relevância social crescente. Resta, a nós, saber o que fazer com ela. Para nós e para o mundo.

Rogerio Guandalini - 28/01/2010
Romário
"A questão é o significado subjetivo que se atribui a esse fato. Pessoalmente, já fui um crítico mordaz da "igrejificação" da doutrina. Hoje, vejo esse fenômeno sob outro prisma: sem ele, sequer saberíamos o que é espiritismo. O trabalho de Kardec não passaria de letra morta no canto de página de alguns livros de história."
discordo.
creio que isso foi uma opção consciente dos responsáveis pelos CEs no Brasil.
o Espiritismo poderia ter tido a mesma força de divulgação sem precisar "igrejificar" os CEs.
bastaria apenas aplicar a caridade em sua pureza e consolar os que precisam com a atenção, carinho e o esclarecimento necessários.
mas se optou pela apelação religiosa.
.
abraço.

Saulo . - 28/01/2010
Francisco vou concordar discordando
Uma coisa é o querer e outra é a possibilidade de realizar.
"Jerusalém, Jerusalém... quantas vezes quis reunir teus filhos sob minhas asas assim como uma galinha faz aos seus pintinhos."
Usando a figura mítica do Rabi da Galiléia temos que a grande maioria queria-lhe os milagres e os fenômenos e um restrito circulo atentava-lhe para a Doutrina Iniciática.
O que pretendo dizer é que para aqueles que se interessam verdadeiramente em algo mais há opções: ou procura um grupo sério ou forma um grupo sério. E preparar-se, pois por tudo que compreendi do conjunto das Obras Básicas serão necessários tanto a estes homens sérios quanto a aqueles homens carentes um tributo moral humanitário.
Até onde percebi, e como falei no post anterior, é esse tributo que as pessoas não estão dispostas a pagar. Pelo exposto na codificação os espíritos não farão pelos homens aquilo que lhes cumpre fazer, ou seja será raro o caso de revelação científica quando o foco for ciência simplesmente pela ciência. Ciência por ciência cabe ao homem encarnado fazer mas ainda aí há tributos morais a serem pagos sob a pena dos grilhões da vaidade, do orgulho e do capital.
Well... vejo o começo por aí.

O resultado? O positivismo conta hoje com 50 mil adeptos, umas poucas dezenas de templos e expressividade social nula. Já o espiritismo...

Francisco de Assis - 28/01/2010
Fábio
Será que devido a uma grande massa católica, ter aceito o Espiritismo existe esta agregação inevitavel, que será reparada com o aprofundar na Doutrina, até porque Kardec se mostra totalmente convencido de haver uma harmonia entre ambas, ser Catolico e Espírita.
......
Ser Católico e Espirita é uma coisa.
Ser Espiritólico é outra.
Na 1º vc aceita alguns pontos da doutrina mas não deixa de ser e praticar sua religião.
No 2ª vc aceita alguns pontos da doutrina e quer enxertar nela praticas anti doutrinarias.

Não o caráter católico não veio da frança.

Como havia muita perseguição às casas espíritas ouve um reivindicação do caráter ‘religioso' da ‘doutrina espírita' para se adequar ao Código Penal que dava o direito e a liberdade dos cidadãos brasileiros em escolherem e praticarem suas crenças religiosas.
Essa medida iniciou uma grande confusão que vemos nos dias de hoje quando se fala no 'aspecto tríplice' da Doutrina Espírita, que, de fato, não existe.
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Romário
Contudo, bem ou mal, a doutrina nos chegou aos dias de hoje. "Deturpada", "desvirtuada", "remendada" ou como quer que se prefira considerar, mas chegou e tem uma relevância social crescente. Resta, a nós, saber o que fazer com ela. Para nós e para o mundo.
.....................
Exatamente o que foi feito já era, a questão é o que fazer agora?
Na minha opinião levar estas discussões para dentro do CE sacudir as opiniões.
Pois, como eu disse existem mediuns e obras que já são SAGRADAS.
E ai quem tem coragem de discordar?
Quem quer arriscar a perder seus Bônus hora?
Quem quer dar a cara a tapa?

Francisco de Assis - 28/01/2010
Saulo
E preparar-se, pois por tudo que compreendi do conjunto das Obras Básicas serão necessários tanto a estes homens sérios quanto a aqueles homens carentes um tributo moral humanitário.
................
Exatamente, e o que o Espiritismo objetiva é a transformação interior das criaturas, para que se tornam mais esclarecidas e com isso, dotadas de mente mais arejada e coração mais puro.
É este o foco, e para fazer isso devemos levar estas discussões para dentro do CE.

Como afirmou J. Herculano
Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente a sua função e a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento cultural e espiritual da Terra.


RUI Rosato - 28/01/2010
Pois é, devemos estudar cada vez mais


Talvez um dia descobriremos a verdade e a transformaremos em armas mais letais que aquelas de nossos adversários de crença. É o poder dos pobres de Espírito a dúvida dos sábios.
Talvez podemos ter a grata função do exterminador da Filosofia humana, o livre pensamento, de olho no livre arbítrio desses.
Não é mesmo Francisco?

Francisco de Assis - 28/01/2010
Rui

Não existem respostas fáceis e nem confortáveis.

Onde não houver questionamento e crítica, onde não houver debate transparente, certamente haverá dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da razão humana e ao desenvolvimento espiritual da humanidade.

Francisco de Assis - 28/01/2010
Ricardo

Vou te responder de uma forma que tu mesmo vai tirar tuas conclusões.
. . . .
1.Para você tudo é fraude?
Uns são doutrinários outros não são.

2.Não existe psicografia?
Existe sim, todavia a doutrina não é feita só de psicografia.
Kardec afirma, na introdução de "O Livro dos Espíritos," que a força do Espiritismo não está nos fenômenos, como geralmente se pensa, mas na sua "filosofia"

3.Os Mediuns Brasileiros são charlatões?
No sentido da palavra? ludibriando a outros isso é oferecendo algo vantajoso sem realmente ser? Sim alguns são e isto é evidente.

Desconfiai, pois, dos Espíritos verbosos, de linguagem empolada e deliberadamente ininteligível, que é preciso escavar a cabeça para compreender; e reconhecei a verdadeira superioridade no estilo conciso, claro e inteligível sem esforço da imaginação;
.
não meçais a importância das comunicações pela sua extensão, mas pela soma das idéias que elas encerram sob o menor volume.
.
Para ter o tipo da superioridade real, contai as palavras e contai as idéias, - entendo as idéias justas, sadias e lógicas; - a comparação vos dará a medida exata.
.
BARBAREI (Espírito familiar). Revista Espírita, outubro de 1862
Lembrou alguém?

4. Cite o nome de 1 Medium da atualidade que vc considera serio.
Hummmm, deixa eu pensar. . . ..........



















...........Ok vou citar ................


















Depois que tu citar qual deles seguem a metodologia do Livro dos Médiuns.
Que inclusive não recomenda prender-se a nomes e sim em conteúdo.


Ednei Santos - 28/01/2010
1)Francisco e todos... rs

Muito engraçado a "abordagem" do Francisco-rs Mesmo!

Falo isso porque acredito, q MUITOS Espíritas ou Simpatizastes, tenham - em MUITOS momentos - em q liam ou em q tomaram contato com psicografias a Mesma impressao de "mesmice", de "coisa Muito Fora da humanidade" _jumanidade encarnada ou nao... Somo SEMPRE humanos e tudo que pareça fora disso, ONDE e Como estivermso >parece< irreal! Li muito, Li "Violetas..." tambem e fiquei mais "compensado" com os termso q estavam ali e nao pareceram termos APENAS para aproximar-nos da ideia reencarnalista, mas sim, a verdade REAL de quem psicografava, de qem via (como em varios de Andre Luis, e outros "OBSERVADORES DOS MUNDO" - como na maioria dos livros e psicografias registradas sim. Isto é uma coisa (o foco do topico) ................. 2) Nao vi em nenhum momento o francisco agredir Ninguem, pelo menos em todos essas frases DESTE Topico.... > talvez seja a nossa tendencia humana de sermos PARTIDARIOS de NOS MESMOS e criar uma DEFESA PEVIA de qestoes que aderimos e entao compartilharmos de uma falsa democracia em q SE ACEITARIA Questionamentos pois "todo mundo AO tem q concordar comigo", MAS qando isto acontece, tome-lhe DEFESA PREVIA e EXARCERBADA!
...............
3) acho q vc Francisco >talvez< tenha sido agressivo em outros topicos contruindo ra se (TALVEZ) esse ataque, ou melhor, "defesa exarcerbada a principios, q agra, sao questoes espiritas, mas poderia ser qalqer outra coisa. ................ Ednei Santos - 28/01/2010 [...] 4) Concordo com o que Ricardo nos lembrou (acho q foi ele) sobre as escrituras "basicas": que a ciencia seja descuberta pelo esfroço dos homens; nao eh papel dos espirITOS espiRITAS trazer essa abordagem respondedo-nos nossas qestoes cientificas .............. 5) Concordo que sim: nossos Livros tendem a ser repetitivos e a enfocar qestoes HUMANAS com um olhar exageradamente (e ao meu ver) perigosamente FORA da realidade Humana, fazendo o tiro sair pela culatra (ao meu ver). <> O que qeremos com NOSSOS LIVROS? Aproximar o espiritimso a aqeles q é seu objetivo: o HOMEM para o Deus no Homem??
.....................

Acho que devemos pensar sim; Sem ofensar, MAS pensar sim!

Francisco de Assis - 29/01/2010
Ricardo vc percebeu tua resposta anterior?
.........
Heloisa Pires é a filha de Herculano Pires...rs
Acho que não precisa dizer mais nada...rs
.........
Agora tu entende por que fui buscar fontes fora da doutrina,
na questão do Bacceli e do Chico?
.
As pessoas acham mesmo sem quer, que é tendencioso.
E descarta a opinião mesmo que valida.

domingo, 1 de abril de 2012

Mediunidade na Internet


O Livro dos Médiuns
Cap. 2 – O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL

7. Se a crença nos Espíritos e nas suas manifestações fosse uma concepção isolada, o produto de um sistema, poderia com certa razão ser suspeita de ilusória. Mas quem nos dia então porque ela se encontra tão viva entre todos os povos antigos e modernos, nos livros santos de todas as religiões conhecidas? Isso, dizem alguns críticos, é porque o homem, em todos os tempos, teve amor ao maravilhoso. — Mas o que é o maravilhoso, segundo vós? — aquilo que é sobrenatural? — E que entendeis por sobrenatural? — O que é contrário ás leis da Natureza. — Então conheceis tão bem essas leis que podeis marcar limites ao poder de Deus? Muito bem! Provai então que a existência dos Espíritos e suas manifestações são contrárias às leis da Natureza; que elas não são e não podem ser uma dessas leis. Observai a Doutrina Espírita e vereis se no seu encadeamento elas não apresentam todas as características de uma lei admirável, que resolve tudo o que os princípios filosóficos até agora não puderam resolver.

O pensamento é um atributo do Espírito. A possibilidade de agir sobre a matéria, de impressionarem os nossos sentidos, e portanto de transmitir-nos o seu pensamento é uma conseqüência, podemos dizer, da sua própria constituição fisiológica. Não há, pois, nesse fato, nada de sobrenatural, nada de maravilhoso.(1) Mas que um homem morto e bem morto possa ressuscitar corporalmente, que os seus membros dispersos se reúnam para restabelecer-lhe o corpo, eis o que é maravilhoso, sobrenatural, fantástico. Isso, sim, seria uma verdadeira derrogação, que Deus só poderia fazer através de um milagre. Mas não há nada de semelhante na Doutrina Espírita.

8. Não obstante, dirão, admitis que um Espírito pode elevar uma mesa e sustentá-la no espaço sem um pouco de apoio. Isso não é uma derrogação da lei da gravidade? — Sim, da lei conhecida; mas a Natureza já vos disse a última palavra? Antes das experiências com a força ascensional de certos gases quem diria que uma pesada máquina, carregando muitos homens, poderia vencer a força de atração? Aos olhos do vulgo, isso não deveria parecer maravilhoso, diabólico? Aquele que se propusesse a transmitir, há um século, uma mensagem a quinhentas léguas de distância e obter a resposta em alguns minutos passaria por louco. Se o fizesse, acreditariam que tinha o Diabo às suas ordens, pois então só o Diabo era capaz de andar tão ligeiro. Por que, pois, um fluido desconhecido não poderia, em dadas circunstâncias, contrabalançar o efeito da gravidade, como hidrogênio contrabalança o peso do balão? Isto, notemos de passagem, é apenas uma comparação, feita unicamente para mostrar, por analogia, que o fato não é fisicamente impossível. Não se trata de identificar uma coisa à outra. Ora, foi precisamente quando os sábios, ao observarem estas espécies de fenômenos, quiseram proceder por identificação, que acabaram se enganando.



De resto, o fato existe e todas as negações não poderiam destruí-lo, por que negar não é provar. Para nós, não há nada de sobrenatural e é tudo quanto podemos dizer por agora.

9. Se o fato está provado, dirão, nós o aceitamos. E aceitamos até mesmo a causa que lhe atribuís, ou seja, a de um fluido desconhecido. Mas quem prova a intervenção dos Espíritos? É nisso que está o maravilhoso,o sobrenatural.

Seria necessário, neste caso, toda uma demonstração que não seria cabível e constituiria, aliás, uma redundância, porque ela ressalta de todo o ensino. Entretanto, para resumi-la em duas palavras, diremos que teoricamente ela se funda neste princípio: todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente. Praticamente: sobre a observação de que os fenômenos ditos espíritas, tendo dado provas de inteligência, não podem ter sua causa na matéria; que essa inteligência, não sendo a dos assistentes, — o que resultou das experiências, — devia ser independente deles; e desde que não se via o ser que os produzia, devia tratar-se de um ser invisível, ao qual se deu o nome de Espírito, não é mais do que a alma dos que viveram corporalmente e aos quais a morte despojou de seu grosseiro envoltório visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. Eis, pois, o maravilhoso e o sobrenatural reduzidos a mais simples expressão. Constatada a existência dos seres invisíveis, sua ação sobre a matéria resulta da natureza do seu envoltório fluídico. Esta ação é inteligente, porque, ao morrer, eles perderam apenas o corpo, conservando a inteligência que constitui a sua existência. Esta a chave de todos esses fenômenos considerados erroneamente sobrenaturais. A existência dos Espíritos não decorre, pois, de um sistema preconcebido, de uma hipótese imaginada para explicar os fatos, mas é o resultado de observações e a conseqüência natural da existência da alma. Negar essa causa é negar a alma e os seus atributos.(2) Os que pensarem que podem encontrar para esses efeitos inteligentes uma solução mais racional, podendo sobretudo explicar a razão de todos os fatos, queiram fazê-lo, e então poder-se-á discutir o mérito de ambas.(3)

10. Aos olhos daqueles que vêem na matéria a única potência da Natureza, tudo o que não pode ser explicado pelas leis materiais é maravilhoso ou sobrenatural, e, para eles, maravilhoso é sinônimo de superstição. Dessa maneira a religião, que se funda na existência de um princípio imaterial, é um tecido de superstições. Eles não ousam dizê-lo em voz alta, mas o dizem baixinho. E pensam salvar as aparências ao conceder que é necessária uma religião para o povo e para tornar as crianças acomodadas. Ora, de duas, uma: ou o princípio religioso é verdadeiro ou é falso. Se é verdadeiro, o é para todos; se é falso não é melhor para os ignorantes do que para os esclarecidos.

11. Os que atacam o espiritismo em nome do maravilhoso se apóiam, portanto, em geral, no princípio materialista, desde que negando todo efeito de origem extramaterial, negam conseqüentemente a existência da alma.



Sondai o futuro de seu pensamento, perscrutai o sentido de suas palavras e encontreis quase sempre esse princípio, que, se não se mostra categoricamente formulado, transparece sob a capa de uma pretensa filosofia moral com que eles se disfarçam. Rejeitando como maravilhoso tudo quanto decorre da existência da alma, eles são, portanto, conseqüentes consigo mesmos. Não admitindo a causa, não podem admitir o efeito. Daí o preconceito que os impede de julgar com isenção o Espiritismo, pois parte da negação de tudo o que não seja material. Quanto a nós, pelo fato de admitirmos os efeitos decorrentes da existência da alma, teríamos de aceitar todos os fatos qualificados de maravilhosos, teríamos de ser os campeões dos visionários, os adeptos de todas as utopias, de todos os sistemas excêntricos? Seria necessário conhecer bem pouco do Espiritismo para assim pensar. Mas os nossos adversários não se importam com isso; a necessidade de conhecer aquilo de que falam é o que menos lhes interessa.

Segundo eles, o maravilhoso é absurdo: ora, o Espiritismo se apóia em fatos maravilhosos; logo, o Espiritismo é absurdo; isto é para eles um julgamento inapelável. Crêem apresentar um argumento sem resposta quando, após eruditas pesquisas sobre os convulsionários de Saint-Médard, os camisards das Cévennes ou as religiosas de Loudun, chegam à descoberta de evidentes trapaças que ninguém contesta. Mas essas histórias são, por acaso, o evangelho do Espiritismo? Seus partidários teriam negado que o charlatanismo explorou alguns fatos em proveito próprio? Que a imaginação os tenha engendrado? Que o fanatismo tenha exagerado a muitos deles? O Espiritismo não é mais responsável pelas extravagâncias que se possam cometer em seu nome, do que a verdadeira Ciência pelos abusos da ignorância ou a verdadeira Religião pelos excessos do fanatismo. Muitos críticos só julgam o Espiritismo pelos contos de fadas e pelas lendas populares que são apenas as formas da sua ficção. O mesmo seria julgar a História pelos romances históricos ou pelas tragédias.

12. Na lógica mais elementar, para discutir uma coisa é necessário conhecê-la porque a opinião de um crítico só tem valor quando ele fala com conhecimento de causa. Somente assim,a sua opinião, embora errônea, pode ser levada em consideração. Mas que peso ela pode ter, quando emitida sobre matéria que ele desconhece? A verdadeira crítica deve dar provas, não somente de erudição, mas de conhecimento profundo do objeto tratado, de isenção no julgamento e de absoluta imparcialidade. A não ser assim, qualquer violeiro poderia se arrogar o direito de julgar Rossini e qualquer pintor de paredes de censurar Rafael.

13. O Espiritismo não aceita todos os fatos considerados maravilhosos. Longe disso, demonstra a impossibilidade de muitos deles e o ridículo de algumas crenças que constituem, propriamente falando, a superstição. É verdade que entre os fatos por ele admitidos há coisas que, para os incrédulos, são inegavelmente do maravilhoso, o que vale dizer da superstição. Que seja. Mas, pelo menos, que limitem a eles a discussão, pois em relação aos outros nada tem que dizer e pregarão no deserto. Criticando o que o próprio Espiritismo refuta, demonstram ignorar o assunto argumentam em vão. Mas até onde vai a crença do Espiritismo, perguntarão. Lede e observai, que o sabereis. A aquisição de qualquer ciência exige tempo e estudo. Ora, o Espiritismo, que toca nas mais graves questões da Filosofia, em todos os setores da ordem social, que abrange ao mesmo tempo o homem físico e o homem moral, é em si mesmo toda uma Ciência, toda uma Filosofia, que não podem ser adquiridas em apenas algumas horas. Há tanta puerilidade em ver todo o Espiritismo numa mesa girante, como em ver toda a Física em algumas experiências infantis. Para quem não quiser ficar na superfície, não são horas, mas meses e anos que terá de gastar para sondar todos os seus arcanos. Que se julgue, diante disso, o grau de conhecimento e o valor da opinião dos que se arrogam o direito de julgar porque viram uma ou duas experiências, quase sempre realizadas como distração ou passatempo. Eles dirão, sem dúvida que não dispõem do tempo necessário para esse estudo. Que seja, mas nada os obriga a isso. E quando não se tem tempo para aprender uma coisa, não se pode falar dela, e menos ainda julgá-la, se não se quiser ser acusado de leviandade. Ora, quanto mais elevada é a posição que se ocupe na Ciência, menos desculpável será tratar-se levianamente um assunto que não se conhece.

14. Resumimos nossa opinião nas proposições seguintes:

1º) Todos os fenômenos espíritas têm como princípio a existência da alma, sua sobrevivência à morte do corpo e suas manifestações;

2º) Decorrendo de uma lei da Natureza, esses fenômenos nada têm de maravilhoso nem de sobrenatural, no sentido vulgar dessas palavras;

3º) Muitos fatos são considerados sobrenaturais porque a sua causa não é conhecida; ao lhe determinar a causa, o espiritismo os devolve ao domínio dos fenômenos naturais;

4º) Entre os fatos qualificados de sobrenaturais, o espiritismo demonstra a impossibilidade de muitos e os coloca entre as crenças supersticiosas;

5º) Embora o espiritismo reconheça um fundo de verdade em muitas crenças populares, ele não aceita absolutamente que todas as estórias fantásticas criadas pela imaginação sejam da mesma natureza;

6º) Julgar o Espiritismo pelos fatos que ele não admite é dar prova de ignorância e desvalorizar por completo a própria opinião;

7º) A explicação dos fatos admitidos pelo Espiritismo, de suas causas e suas conseqüências morais, constitui toda uma Ciência e toda uma Filosofia que exigem estudo sério, perseverante e aprofundado;

8º) O Espiritismo só pode considerar como crítico sério àquele que tudo viu e estudou, em tudo se aprofundando com paciência e a perseverança de um observador consciencioso; que tenha tanto conhecimento do assunto como adepto mais esclarecido; que não haja, portanto, adquirido seus conhecimentos nas ficções literárias da ciência; ao qual não se possa opor nenhum fato por ele desconhecido, nenhum argumento que ele não tenha meditado e que não tenha refutado apenas por meio da negação, mas por outros argumentos mais decisivos; aquele enfim, que pudesse apontar uma causa mais lógica para os fatos averiguados. Esse crítico ainda está para aparece.(4)

15. Referimo-nos há pouco à palavra milagre; uma breve observação sobre o assunto não estará deslocada num capítulo sobre o maravilhoso.

Na sua acepção primitiva e por sua etimologia a palavra milagre significa coisa extraordinária, coisa admirável de ver. Mas essa palavra, como tantas outras,

desviou-se do sentido original e hoje se diz (segundo a Academia): de um ato da potência divina contrária às leis comuns da Natureza. Essa é, com efeito, a sua acepção usual, e só por comparação ou metáfora se aplica às coisas vulgares que nos surpreendem e cuja causa desconhecemos.

Não temos absolutamente a intenção de examinar se Deus poderia julgar útil, em certas circunstâncias, derrogar as leis por ele mesmo estabelecidas. Nosso objetivo é somente o de demonstrar que os fenômenos espíritas, por mais extraordinários que sejam, não derrogam de maneira alguma essas leis e não tem nenhum caráter miraculoso, tanto mais que não são maravilhosos ou sobrenaturais. O milagre não tem explicação: os fenômenos espíritas, pelo contrário, são explicados da maneira mais racional. Não são, portanto, milagres, mas, simples efeitos que tem sua razão de ser nas leis gerais. O milagre tem ainda outro caráter: o de ser insólito e isolado. Ora, desde que um fato se reproduz, por assim dizer, á vontade, e por meio de pessoas diversas, não pode ser um milagre.

A Ciência faz milagres todos os dias aos olhos dos ignorantes: eis porque antigamente os que sabiam mais do que o vulgo passavam por feiticeiros, e como se acreditava que toda ciência sobre-humana era diabólica, eles eram queimados. Hoje, que estamos muito mais civilizados, basta enviá-los para os hospícios.

Que um homem realmente morto, como dissemos no início, seja ressuscitado por uma intervenção divina e teremos um verdadeiro milagre, porque isso é contrário à lei da Natureza. Mas se esse homem tem apenas a aparência da morte, conservando ainda um resto de vitalidade latente, e a Ciência ou uma ação magnética consegue reanimá-lo, para as pessoas esclarecidas isso é um fenômeno natural. Entretanto, aos olhos do vulgo ignorante o fato passará por milagroso e o seu autor será rechaçado a pedradas ou será venerado, segundo o caráter dos circunstantes. Que um físico solte um papagaio elétrico num meio rural, fazendo cair um raio sobre uma árvore, e esse novo Prometeu será certamente encarado como detentor de um poder diabólico. Aliás, diga-se de passagem, Prometeu nos parece sobretudo um antecessor de Franklin; mas Josué, fazendo para o Sol, ou antes a Terra, nos daria o verdadeiro milagre, pois não conhecemos nenhum magnetizador dotado de tanto poder para operar esse prodígio.

De todos os fenômenos espíritas, um dos mais extraordinários indiscutivelmente os da escrita-direta, um dos que demonstram da maneira mais evidente a ação das inteligências ocultas. Mas por ser produzido pelos seres ocultos, esse fenômeno não é mais miraculoso do que todos os demais, também devidos a agentes invisíveis. Porque esses seres invisíveis, que povoam os espaços, são umas das potências da Natureza, potência que age, incessantemente sobre o mundo material, tão bem como sobre o mundo moral.

O Espiritismo, esclarecendo-nos a respeito dessa potência, dá-nos a chave de uma infinidade de coisas inexplicadas e inexplicáveis por qualquer outro meio, e que em tempos distantes puderam passar como prodígios. Ele revela, como aconteceu com o magnetismo, uma lei desconhecida ou pelo menos mal compreendida; ou dizendo melhor, uma lei cujos efeitos eram conhecidos, porque produzidos em todos os tempos, mas ela mesma sendo ignorada, isso deu origem à superstição. Conhecida essa lei, o maravilhoso desaparece e os fenômenos se reintegram na ordem das coisas naturais. Eis porque os espíritas, fazendo mover uma mesa ou com que os mortos escrevam, não fazem mais milagres do que o médico ao reviver um moribundo ou o físico ao provocar um raio. Aquele que pretendesse, com a ajuda desta Ciência, fazer milagres, seria um ignorante da doutrina ou um trapaceiro.

16. Os fenômenos espíritas, como os fenômenos magnéticos, passaram por prodígios antes de lhes conheceram a causa. Ora, os céticos, os espíritos fortes, que tem o privilégio exclusivo da razão e do bom senso, não crêem naquilo que não podem compreender. Eis porque todos os fatos considerados prodigiosos são objetos de suas zombarias. Como a Religião está cheia de fatos desse gênero, eles não crêem na Religião, e disso à incredulidade absoluta vai apenas um passo. O Espiritismo, explicando a maioria desses fatos, justifica a sua existência. Vem, portanto, em auxílio da Religião, ao demonstrar a possibilidade de alguns fatos que, por não serem milagrosos, não são menos extraordinários. E Deus não é maior nem menos poderoso por não haver derrogado as suas leis.

De quantos gracejos não foram objeto as levitações de São Cupertino! Entretanto, a suspensão etérea dos corpos graves é um fato explicado pela lei espírita. Fomos testemunha ocular desse fato, e o sr. Home, além de outras pessoas nossas conhecidas, repetiram muitas vezes o fenômeno produzido por São Cupertino. Esse fenômeno, portanto, enquadra-se na ordem das coisas naturais.

17. No número dos fenômenos desse gênero temos de colocar em primeira linha as aparições, que são os mais freqüentes. A da Salette, que dividiu o próprio clero, não tem para nós nada de insólito. Não podemos afirmar com segurança a realidade do fato, porque não temos nenhuma prova material, mas o consideramos possível, em vista dos milhares de fatos semelhantes e recentes que conhecemos. Acreditamos neles, não somente porque verificamos a sua realidade, mas sobretudo porque sabemos perfeitamente como se produzem. Queiram reportar-se à teoria das aparições, que damos mais adiante, e verão que esse fenômeno se torna tão simples e plausível como uma infinidade de fenômenos físicos que só parecem prodigiosos quando não temos a chave de sua explicação

Quanto á personagem que se apresentou na Salette, é outra questão. Sua identidade não nos foi absolutamente demonstrada. Aceitamos apenas que uma aparição possa ter ocorrido; o resto não é de nossa competência. Cada qual pode guardar, a esse respeito, as suas convicções. O Espiritismo não tem de se ocupar com isso. Dizemos apenas que os fatos produzidos pelo Espiritismo revelam novas leis e nos dão a chave de uma infinidade de coisas que pareciam sobrenaturais. Se alguns desses fatos considerados miraculosos encontram assim uma explicação lógica, isso é motivo para que não se apressem a negar o que não compreendem.

Os fenômenos espíritas são contestados por algumas pessoas precisamente porque parecem escapar às leis comuns e não podem ser explicados. Daí-lhes uma base racional e a dúvida cessa. A explicação, neste século em que ninguém se satisfaz com palavras, é portanto um poderoso motivo de convicção. Assim vemos, todos os dias, pessoas que não presenciaram nenhum fato, não viram uma mesa mover-se nem um médium escrever, e que se tornaram tão convictas como nós unicamente porque leram e compreenderam. Se só devêssemos crer no que vemos com os nossos próprios olhos, nossas convicções seriam reduzidas à bem pouca coisa.

(1) A parapsicologia confirma hoje, cientificamente, através de pesquisas de laboratório, a naturalidade desses fenômenos. (N. do T.)

(2) Hoje, os parapsicólogos chegam a essa mesma conclusão: o prof. Rhine afirma que o pensamento é extrafísico e age sobre matéria; os profs. Carington, Soal, Price e outros admitem a ação de mentes desencarnadas na produção psikapa (efeitos físicos). ( N. do T.)

(3) O prof. Ernesto Bozzano chama a isto “Convergência das provas”, mostrando a necessidade científica de uma hipótese explicar todos os fenômenos da mesma natureza e não apenas algumas deles (N. do T.)

(4) Realmente, esse crítico, ainda em nossos dias, está por aparecer Basta uma rápida leitura dos livros e artigos publicados hoje contra o Espiritismo, para nos mostrar que a situação não mudou Cientistas, filósofos, teólogos, sacerdotes, pastores e intelectuais, inclusive adeptos de instituições espiritualistas procedentes do antigo Ocultismo, continuam a criticar levianamente o Espiritismo, sem se darem ao trabalho preliminar de estudá-lo, a não ser ligeiramente e com segundas intenções. ( N. do T)



A História do Café da Manhã