Há espíritos obsessores sem maldade, que são até mesmo bons, mas dominados pelo orgulho do falso saber [...] São os mais perigosos porque não vacilam em sofismar e podem impor as mais ridículas utopias. [...] Procuram fascinar por uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, cheia de termos técnicos e enfeitada de palavras grandiosas, como Caridade e Moral.
Evitam os maus conselhos, porque sabem que seriam repelidos, de maneira que os enganados os defendem sempre, afirmando: bem vês que nada dizem de mau. Mas a moral é para eles apenas um passaporte, é o de que menos cuidam. O que desejam antes de mais nada é dominar e impor as suas ideias, por mais absurdas que sejam.
O Livro dos Médiuns, 246.