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sexta-feira, 5 de março de 2010

Episódio 9: As Vidas das Estrelas


Episódio 9: As Vidas das Estrelas
A maioria dos átomos dos nossos corpos foram feitos no interior das estrelas. "Somos matéria estelar". Com animação computadorizada e espantosa arte astronômica, nôs é mostrado como as estrelas nascem, vivem e morrem. Carl Sagan persegue a origem e a natureza dos buracos negros, objetos com uma gravidade de tal ordem que a luz não consegue sair deles.
O "último dia perfeito" da terra é representado daqui a 5 bilhões de anos, após o que o Sol, entrando na fase vermelha gigante, reduzirá a Terra a cinzas carbonizadas. Testemunhamos a explosão de estrelas distantes que produzem raios cósmicos que provocam mutações nos seres da Terra.
No sentido mais profundo, a origem, evolução e destino da vida do nosso planeta estão relacionados com a evolução do Cosmos.



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Sociedade espírita e posição espírita.


Sociedade espírita e posição espírita.

No Cap. 29 do Livro do Mediuns Kardec resume as disposições morais dos assistentes.
Podemos resumi-las nos seguintes pontos:

* Perfeita comunhão de idéias e sentimentos;
* Benevolência recíproca entre todos os membros;
* Renúncia de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã;
* Desejo uníssono de se instruir e de melhorar pelo ensinamento dos Espíritos bons e aproveitamento de seus conselhos. Quem estiver convencido de que os Espíritos superiores se manifestam com o fim de nos fazer progredir e não para nos agradar, compreenderá que eles devem se afastar dos que se limitam a admirar o seu estilo sem tirar nenhum fruto das suas palavras e só são atraídos às sessões pelo maior ou menor interesse que elas oferecem, de acordo com seus gostos particulares;
* Exclusão de tudo o que nas comunicações solicitadas aos Espíritos só tenha por objetivo a curiosidade;
* Concentração e silêncio respeitoso durante as conversações com os Espíritos;
* Associação de todos os assistentes pelo pensamento no apelo aos Espíritos evocados;
* Concurso de todos os médiuns, com renúncia de qualquer sentimento de orgulho, de amor próprio e de supremacia, com o desejo único de se tornarem úteis.

E segue ainda outras orientações difíceis da pessoa encontrar hoje em dia em uma casa espírita, pois, existe muita casa que é espiritualista, mas, divulga a todos que é espírita.

É fato notório que as casas espíritas nem sempre são a imagem fiel da visão espírita da vida. Muitas estão ultrapassadas, tanto nos recursos pedagógicos quanto nas relações humanas. Pararam no tempo.

Qualquer pessoa pode adentrar uma casa destas e sair com uma impressão completamente errada do Espiritismo.

Centradas no entendimento religioso da Doutrina Espírita, sob a influência de diversas religiões, especialmente as cristãs, africanas e indígenas, as casas espíritas tradicionalmente ostentam nomes que remetem ao conceito de lugar sagrado.

Neste contexto não é difícil encontrar termos como: templo, congregação, sinagoga, tenda, casa de pai fulano, centro de irmão beltrano, etc. Existem ainda instituições que reverenciam ícones católicos, homenageiam pessoas já mortas ou ainda vivas, que se destacaram no meio espírita e que são consideradas quase “santas”.

A estrutura funcional e as práticas da maioria dos centros espíritas são tão inadequadas quanto os nomes. A rigor, inexistem instituições nos moldes do Instituto Parisiense de Estudos Espíritas, fundado por Kardec, que atuava sob enfoque filosófico e com metodologia científica de pesquisa.

Agora imagine o público que procura uma casa pela primeira vez: que tipo de informação recebe? Qual orientação lhe é dada? Os cursos e atividades para as quais é convidado preenchem sua verdadeira necessidade?

A grande maioria que busca a casa espírita vem orientada por romances, e esta pessoa não sabe que a doutrina não é obra de romances, neste contexto chega com uma visão distorcida da doutrina.

Não há como negar que no Brasil, o Centro Espírita já virou igreja. É um fato sociologicamente definido. Basta analisar a sua estrutura funcional que repete rituais de outras religiões cristãs.
As missas católicas adotam módulos entremeados de cânticos e responsórios: Introdução, Ofertório, Leitura do Evangelho, Consagração da Hóstia, Comunhão, Bênção Final, com água benta aspergida sobre a assistência ou individualmente colhida à saída do recinto.

Como funciona a casa espírita hoje? Primeiro sempre de maneira solene e mística acontecem: prece de abertura, pequena leitura ou preleção religiosa, palestra/sermão de caráter evangélico, oração final, passes e ingestão de "água fluidificada".
Não é mera coincidência e sim um a adoção de um igrejismo .

Outra coisa muito comum é que não há estudos, mas sim, catequese. Paradoxalmente, onde deveria haver livre exame de conteúdos, só ocorre veiculação de conceitos repetidos. Os líderes das instituições não se questionam e nem permitem questionamentos sobre a correção do teor daquilo que divulgam. Ficam ofendidos quando isso ocorre, procuram afastar, disfarçada ou ostensivamente, a pessoa que provoca o debate ou diverge.

Outra questão curiosa e a fragrante posição religiosa que tem determinadas idéias em seu cerne que denominamos sagradas, santas, algo assim.

O que isso significa é: "Essa é uma idéia ou uma noção sobre a qual você não, pode falar mal; simplesmente não pode. Por que não? Porque não, e pronto!".

Se alguém vota em um partido com o qual você não concorda, você pode discutir sobre isso quanto quiser; todo mundo terá um argumento, mas ninguém vai se sentir ofendido.
Se alguém acha que os impostos devem subir ou baixar, você pode ter uma discussão sobre isso.
Mas, se alguém disser: "Não posso apertar o interruptor da luz no sábado", você diz: "Eu respeito isso".

Como é possível que seja perfeitamente legítimo apoiar o Partido Trabalhista ou, um ou outro modelo econômico, o Macintosh e não o Windows — mas não ter uma opinião critica sobre as ditas obras mediunicas não, isso é sagrado?

Mas, quando se analisa racionalmente, não há nenhuma razão para que essas idéias não estejam tão sujeitas a debate quanto quaisquer outras, exceto o fato de que, de alguma forma, concordamos entre nós que elas não devem estar.
O Espírita só vai conseguir ter a fé inabalável que pode encarar a razão em todas épocas da humanidade, quando realmente não tiver medo de colocar em xeque sua própria fé.

Quando não se sentir acuado ao fazer uma analise critica de qualquer obra mediúnica.

Quando parar de encarar a doutrina como apenas mais uma religião.

Espiritismo consolo, Espiritismo consolo, Espiritismo consolo,
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quinta-feira, 4 de março de 2010

JUIZ COPPOLA AO PRESIDENTE LULA


JUIZ COPPOLA AO PRESIDENTE LULA

Carta-resposta de um Juiz ao Presidente Lula publicada no Estadão.
Carta do Juiz Ruy Coppola (2º TAC) .

Mensagem ao presidente!


Estimado presidente, assisti na televisão, anteontem, o trecho de seu discurso criticando o Poder Judiciário e dizendo que V. Exa. e seu amigo Tarso, ministro da Justiça, há muito tempo são favoráveis ao controle externo do Poder Judiciário, não para 'meter a mão na decisão do juiz', mas para abrir a 'caixa-preta' do Poder... Vi também V. Exa. falar sobre 'duas Justiças' e sobre a influência do dinheiro nas decisões da Justiça.

Fiquei abismado, caro presidente, não com a falta de conhecimento de V.Exa., já que coisa diversa não poderia esperar (só pelo fato de que o nobre presidente é leigo), mas com o fato de que o nobre presidente ainda não se tenha dado conta de que não é mais candidato.
Não precisa mais falar como se em palanque estivesse; não precisa mais fazer cara de inconformado, alterando o tom da voz para influir no ânimo da platéia. Afinal, não é sempre que se faz discurso na porta da Volks.

Não precisa mais chorar. O eminente presidente precisa apenas mandar, o que não fez até agora.

Não existem duas Justiças, como V. Exa. falou. Existe uma só.

Que é cega, mas não é surda e costuma escutar as besteiras que muitos falam sobre ela.

Basta ao presidente mandar seu amigo Tarso tomar medidas concretas e efetivas contra o crime organizado.

Mandar seus demais ministros exercer os cargos para os quais foram nomeados.

Mandar seus líderes partidários fazer menos conchavos e começar a legislar em favor da sociedade.
Afinal, V. Exa. foi eleito para isso.
Sr. presidente, no mesmo canal de televisão, assisti a uma reportagem dando conta de que,em Pernambuco (sua terra natal), crianças que haviam abandonado o lixão, por receberem R$ 25,00 do Bolsa-Escola , tinham voltado para aquela vida (??) insólita simplesmente porque desde janeiro seu governo não repassou o dinheiro destinado ao Bolsa-Escola ..

Como se pode ver, Sr. presidente, vou tentar lembrá-lo de algumas coisas simples. Nós, do Poder Judiciário, não temos caixa-preta. Temos leis inconsistentes e brandas (que seu amigo Tarso sempre utilizou para inocentar pessoas acusadas de crimes do colarinho-branco) .

Temos de conviver com a Fazenda Pública (e o Sr. presidente é responsável por ela, caso não saiba), sendo nossa maior cliente e litigante, na maioria dos casos, de má-fé.
Temos os precatórios que não são pagos.
Temos acidentados que não recebem benefícios em dia (o INSS é de sua responsabilidade, Sr. presidente). Não temos medo algum de qualquer controle externo, Sr. presidente.
Temos medo, sim, de que pessoas menos avisadas, como V. Exa. mostrou ser, confundam controle externo com atividade jurisdicional (pergunte ao seu amigo Tarso, ele explica o que é).
De qualquer forma, não é bom falar de corda em casa de enforcado.
Evidente que V. Exa. usou da expressão 'caixa-preta' não no sentido pejorativo do termo.
Juízes não tomam vinho de R$ 4 mil a garrafa.
Juízes não são agradados com vinhos portugueses raros quando vão a restaurantes.
Juízes, quando fazem churrasco, não mandam vir churrasqueiro de outro Estado.
Mulheres de juízes não possuem condições financeiras para importar cabeleireiros de outras unidades da Federação, apenas para fazer uma 'escova'. Cachorros de juízes não andam de carro oficial. Caixa-preta por caixa-preta (no sentido meramente figurativo), sr. presidente, a do Poder Executivo é bem maior do que a nossa.
Meus respeitos a V. Exa. e recomendações ao seu amigo Márcio.

P.S.: Dê lembranças a 'Michelle'.

(Michelle é cachorrinha do presidente que passeia em carro oficial)

Ruy Coppola, juiz do 2.º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, São Paulo


JUIZ COPPOLA AO PRESIDENTE LULA, JUIZ COPPOLA AO PRESIDENTE LULA
JUIZ COPPOLA AO PRESIDENTE LULA, JUIZ COPPOLA AO PRESIDENTE LULA

Um Deus perfeito é capaz de criar uma criatura imperfeita?


Deus e o Criacionismo

Por: Carlos de Brito Imbassahy

Se há algo absurdo é imaginar um “Deus perfeito” capaz de criar uma criatura humana à sua imagem e semelhança tão imperfeita.

A Paleontologia, através dos tempos, tem-nos mostrado o processo evolutivo das espécies e é assim que se sabe que, para chegar ao estágio atual, a espécie humana passou por diversas fases progressivas, o que leva os pesquisadores a admitir que, antes de serem homens da caverna, eles viveram em árvores, como os símios, o que permite concluir que toda origem humana advenha de alguma possível transformação de raças, tais que, na África nos dera a negra, própria para enfrentar as agruras de suas selvas, na Ásia, adveio a amarela, mais apropriada à vida daquele continente, enquanto que, das regiões frias, até geladas, da Europa surgiu a raça branca mais apta para assimilar o clima daquelas regiões, sem falar no ameríndio, de raça vermelha.

Ora, portanto, não se pode admitir que o homem tenha surgido de uma só espécie, criado por um Ente Supremo indefinido que o tenha moldado do barro, matéria que, sequer possui carbono para dar vida orgânica a qualquer ser dele formado.

Mas esta é a proposta dos criacionistas, a despeito de tudo o que a Ciência sabe e comprova.

Se fosse, apenas, a criação humana, já por demais absurda, mas, a tese envolve também o Universo, de forma indireta, já que, segundo seus conceitos, tudo giraria em torno do nosso planeta e teria sido imaginado, apenas, em função dele. Quem espelhou o criacionismo de forma pseudocientífica, foi Claus Ptolomeu, com seu geocentrismo maluco, mas baseado na “palavra de Deus” – texto sagrado – expressa na “Gênese”.

Por isso, como a História registra, quando Nicklauss Copérnico provou que a Terra não era centro de nada e que, como tal, girava em torno do Sol, só não veio a ser cremado vivo pela fogueira da Santa Inquisição porque morreu antes de consumado o processo de excomunhão. Assim mesmo, três anos depois da sua morte, simbolicamente, cremaram-no figurativamente para que ardesse nas labaredas do inferno.

E assim é que agem os detentores da “palavra de Deus”... Eliminando, quando podem, os pregadores da verdade que se oponham a seus dogmas religiosos. Mas, pior ainda, é a justificativa para os que não aceitem suas “verdades” dogmáticas: são os possuídos do demônio, são aqueles que Satanás desviou do caminho religioso, enfim, os que estejam – para eles – sob domínio de Lúcifer, o anjo que se rebelou contra Deus e que desvia a criatura do caminho da “luz”, evidentemente, religiosa, embora o próprio Lúcifer tenha sido o anjo criado pelo próprio Deus cristão para iluminar o mundo.

Os absurdos são tantos que, enumerá-los seria escrever um serial inteiro.

Contudo, o primeiro grande erro do Criacionismo ainda é a ordem pela qual apresentam para descrever a formação do mundo, como se nosso planeta fosse o único motivo da preocupação divina e se tornasse sua grande obra.

Atualmente, os nossos grandes telescópios, inclusive o Hubble, orbital, têm-nos dado uma grande mostra do que seja nosso sistema cósmico e como ele surgiu; e assim, está mais do que provado que somos verdadeira poeira cósmica dentro de uma galáxia – a Via Láctea – que, sequer, é uma das mais importantes do espaço sideral.

Além disso, já se sabe que existe uma quinta força no Universo – o peso sem massa – conforme as observações do astrofísico Sten Odenwald no Keck II, no Havaí, que é a responsável pela formação dos planetas, atuando sobre a poeira cósmica (fenômeno observado inicialmente em torno da estrela Alfa Centauro), o que por si só, já destruiria a tese de que “Deus” teria criado a Terra para habitação das criaturas humanas.

Há outros planetas mais antigos que o nosso: por que Deus não nos teria colocado nele?

Pior ainda: a Terra é muito nova em referência à formação do Universo, a partir do Big bang, ou a “explosão inicial” da formação desta fase de existência do Universo, seja ela qual for. E, no entanto, ela seria o fundamento da existência universal, coisa inteiramente fora de propósito, já que ela nada representa dentro da sua própria galáxia e que também, por sua vez, sequer é uma das mais importantes dentro do espaço cósmico, como foi dito.

O que nossos observatórios já puderam captar é o suficiente para se admitir que todo esse fanatismo religioso só tem cabimento dentro da incompreensão da verdade e, principalmente, porque o homem se tornou ávido da adoração divina de um Ser que seja semelhante a ele – quer por vaidade, quer por falta de outra noção – em Espírito e tudo mais.

A vida é cíclica – todo fenômeno é repetitivo (lei física) – e o universo se sucede por fases, como tal, é infinito no tempo e limitado no espaço sideral, porque, se expande e, como tal, é restrito para que possa aumentar pela expansão.

Só um fanatismo religioso absurdo é que não permite que se veja tal fato.

Mas, pior ainda, é a consideração de que o homem tenha nascido ou de um sopro divino ou da manufatura argilosa de um barro como foi dito.

Os dados colhidos através dos estudos de fósseis nos mostram que, para se chegar à etapa humana, a criatura passou por diversas fases devidamente comprovadas pela arqueologia, até chegar ao dito “epithecantropos erectus” passou por diversas fases de transformação evolutiva, provavelmente oriunda de algum tipo de símio, mostrando que a transformação da espécie é uma verdade incontestável, até se chegar ao homem, já que as primeiras vidas biológicas do nosso planeta teriam sido as cianofíceas e, posteriormente, os plânctons formados pelas cadeias orgânicas primitivas de substâncias carbônicas diluídas na água.

O criacionismo contesta as descobertas sem apresentar, sequer um argumento como prova. É uma lástima o que a lavagem cerebral faz em tais criaturas que o aceitam!

Além de se tornar impossível aceitar o Deus religioso antropomórfico e cheio de vontades que, ao mesmo tempo, é todo poderoso, mas não tem poder para acabar com o mal, sendo todo bondade e amor, também tem que se admitir que se a única preocupação deste falso criador seja a Terra, para quê, então, existe o resto do Universo?

Finalmente, o último argumento dos criacionistas contra quem procura a razão e não aceita as imposições dogmáticas impostas, sem qualquer respaldo científico: ele está possuído por satanás.

– Mas quem (ou o quê) é satanás?

Resposta imediata: – Lúcifer.

– E quem criou Lúcifer?

Mais imediata: – Deus.

Então, Ele também será o criador do mal e incompetente, porque fez um “anjo” capaz de se rebelar contra Ele e impor sua vontade sobre as criaturas.

Sem dúvida, só os fanáticos podem acreditar nesse Deus faccioso!!!


deus e o espiritismo, deus e o espiritismo, deus e o espiritismo
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quarta-feira, 3 de março de 2010

Estudando o "Livro dos Espíritos" MATÉRIA


Estudando o "Livro dos Espíritos" MATÉRIA

30 - A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?

De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.

A fisica ensina que o átomo é tão pequeno que não conseguimos enxergá-lo. Acredita-se [não é informação oficial] que numa extensão de 1 (um) milímetro caberiam cerca de 10 milhões de átomos enfileirados e que uma gotinha de água conteria 6 zettas de átomos (6.000.000.000.000.000.000.000 átomos).

Antes da virada do século XIX, afirmar ser o átomo divisível constituía “heresia” maior do que defender, no passado, a tese heliocentrista do astrônomo Copérnico, que viveu no século XV, de que a Terra não era o centro do universo. Mas foi exatamente aquilo que os Espíritos revelaram para surpresa de muitos, como visto nas questões anteriores.
VEJA ESTE VIDEO

31 - Donde se originam as diversas propriedades da matéria?

São modificações que as moléculas elementares [partículas atômicas] sofrem, por efeito da sua união, em certas circunstâncias.
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32 - De acordo com o que vindes de dizer, os sabores, os odores, as cores, o som, as qualidades venenosas ou salutares dos corpos não passam de modificações de uma única substância primitiva?

Sem dúvida e que só existem devido à disposição dos órgãos destinados a percebê-las.

"A demonstração deste princípio se encontra no fato de que nem todos percebemos as qualidades dos corpos do mesmo modo: enquanto que uma coisa agrada ao gosto de um, para o de outro é detestável; o que uns vêem azul, outros vêem vermelho; o que para uns é veneno, para outros é inofensivo ou salutar." (Allan Kardec).
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33 - A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades?

Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo.

"Este princípio explica o fenômeno conhecido de todos os MAGNETIZADORES e que consiste em dar-se, pela ação da vontade, a uma substância qualquer, à água, por exemplo, propriedades muito diversas: um gosto determinado e até as qualidades ativas de outras substâncias. Desde que não há mais de um elemento primitivo e que as propriedades dos diferentes corpos são apenas modificações desse elemento, o que se segue é que a mais inofensiva substância tem o mesmo princípio que a mais deletéria.

Assim, a água, que se compõe de uma parte de oxigênio e de duas de hidrogênio, se torna corrosiva, duplicando-se a proporção do oxigênio. Transformação análoga se pode produzir por meio da AÇÃO MAGNÉTICA dirigida pela vontade." (Allan Kardec).



“O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples são meras modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos achamos de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária, esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências, tê-los como tais, até nova ordem.” (Allan Kardec).


33A - Não parece que esta teoria dá razão aos que não admitem na matéria senão duas propriedades essenciais: a força e o movimento, entendendo que todas as demais propriedades não passam de efeitos secundários, que variam conforme a intensidade da força e à direção do movimento?

É acertada essa opinião. Falta somente acrescentar: e conforme à disposição das moléculas, como o mostra, por exemplo, um corpo opaco, que pode tornar-se transparente e vice-versa.


Lembramos aos amigos que, na época em que foram realizadas estas perguntas aos Espíritos, a Ciência não estava tão desenvolvida quanto hoje.

Por isso, é natural que nos deparemos, nas obras básicas, com uma linguagem diferente da terminologia técnica atual, o que não invalida a revelação dos Espíritos, visto que a essência da idéia continua a mesma, sem embargo de que o Espiritismo, sendo uma doutrina progressiva, “jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará” (item 55, cap. I, “A Gênese, FEB).

Lendo a questão sob comento, tem-se a impressão de que o Codificador utilizou na sua pergunta a expressão “molécula elementar” para designar o ÁTOMO propriamente dito (parece-nos que a palavra átomo [nome dado por DALTON ao elemento químico, no início do século 19, segundo o pesquisador brasileiro, engenheiro Hernani Guimarães Andrade] ainda não estava tão difundida como hoje) e “moléculas secundárias” para designar a aglomeração de partículas.

Portanto, na época do lançamento de “O Livro dos Espíritos”, prevalecia a tese científica de que o átomo (do grego, aquilo que é indivisível), era a partícula última da matéria. Inicialmente (cerca de 1808), acreditava-se, com JOHN DALTON (1766-1844), que o modelo do átomo seria o de uma bolinha ou esfera maciça indivisível.

Somente em 1897, portanto, 40 anos após o lançamento de o “Livro dos Espíritos”, foi descoberto, por Sir JOSEPH JOHN THOMSOM (1856-1940), o elétron: uma partícula elementar do átomo.

Portanto, a resposta dada pelos Espíritos à questão n. 34 (“o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar”) já deixava entrever que o átomo não era uno, mas sim um complexo de partículas subatômicas que se estruturam em número e modos diferentes, conforme cada elemento químico, os quais se combinam para dar origem às inúmeras substâncias existentes no Universo.

Indicamos como bibliografia complementar a obra “Psi Quântico”, do eminente pesquisador espírita brasileiro, desencarnado em 25.04.2003, Hernani Guimarães Andrade, fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, com prefácio de Hermínio Corrêa de Miranda, ed. Didier.

34 - As moléculas têm forma determinada?

Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la.

34-A - Essa forma é constante ou variável?

“Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são do que aglomerações das primeiras. Porque, o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar.”



Estudando o "Livro dos Espíritos",Estudando o "Livro dos Espíritos"
Estudando o "Livro dos Espíritos",Estudando o "Livro dos Espíritos"
Estudando o "Livro dos Espíritos",Estudando o "Livro dos Espíritos"

Episódio 8: Viagens no Espaço e no Tempo



Episódio 8: Viagens no Espaço e no Tempo

Há mais estrelas no Cosmos que grãos de areia em todas as praias da Terra. Se conseguíssemos observar os céus durante milhões de anos, as constelações mudariam de forma conforme as estrelas que as compõem se movem e evoluem.
Com Carl Sagan, circundamos a Ursa Maior para a vermos sob uma nova perspectiva. Numa máquina do tempo, exploramos o que sucederia se pudesse alterar o passado. Viajamos até aos planetas de outras estrelas.
Refazemos o sonho de adolescente de Albert Einstein de viajar num feixe de luz; a sua teoria da relatividade prevê que cerca da velocidade da luz produziria estranhos efeitos, mas daria aos exploradores espaciais a possibilidade de, numa só vida, irem até ao centro da galáxia. Voltariam, contudo, a uma Terra muito mais velha do que aquela de onde haviam partido.



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DIREITOS HUMANOS?


DIREITOS HUMANOS?

Dizem que “em time que está ganhando não se mexe”. Mas, o governo Lula, vive de promessas que nunca se concretizam (como aliás, todo político populista seja de que partido for). É o PAC que já gastou grande parte das verbas sem que nem metade do prometido tenha sido entregue; é a reforma política que apenas facilitou a vida dos corruptos e a promessa de moralização da política nacional nocauteada pelo Mensalão e pelo episódio da defesa ferrenha de Renan Calheiros e José Sarney.

Agora, insatisfeito com uma nação que começa a se recuperar de um ano fraco e de índices mascarados que se revelaram ao constatar-se a simples verdade do recorde de requisições de seguro desemprego; Lula assina, ao apagar das luzes de 2009, um decreto que alega não ter lido (como sempre não sabia de nada) e ameaça de entregar o país nas mãos do que há de mais atrasado em nossa sociedade. Seja pela direita ou pela esquerda, os setores que se sentem insatisfeitos não toleram que o país tenha uma relativa liberdade e uma regularidade econômica; desejam arrastar o Brasil para a vala do autoritarismo e forçar uma regressão nos avanços que conseguimos até agora.

O direito de estar escrevendo aqui o que eu bem entender e o seu direito de ler o que quiser foram conquistados, depois de muita luta, com a Lei de Anistia. Sem ela, os militares jamais teriam deixado o poder e permitido a redemocratização do país. Até hoje estaríamos elegendo generais ou votando em seus “paus mandados” e fantoches.

Tortura, atrocidades, mortes desnecessárias ocorreram. Contudo, era um momento de conflito e o país estava atravessando uma era de obscuridade e violência. Ambos os lados cometeram “crimes de guerra” e igualmente praticaram a tortura e as atrocidades. O Decreto com o plano de direitos humanos, apresentado e assinado por Lula (sem que ele sequer tenha lido – repito), reflete apenas desconhecimento e um revanchismo desnecessários e extremamente perigosos para a estabilidade democrática da nação.



Se analisarmos as propostas mais de perto (e sem o olhar vidrado das ideologias); perceberemos que se trata apenas de um pacote visando oficializar o controle do Estado em várias áreas da sociedade. As leis e intervenções propostas simplesmente transformam o Brasil numa “Nova Cuba” ou numa Venezuela melhorada; permitindo que “notáveis” nomeados ao bel prazer determinem quem pode falar o que, onde e como deverá falar. O mesmo se dá com o aparelhamento de escolas, universidades e com o fim do direito a propriedade. Pois, basta que sua casa ou sua fazenda sejam invadidas por “movimentos sociais” para que você seja impedido de buscar o Judiciário e retomar o que comprou ou construiu com tanto sacrifício. Tendo que apelar a uma “comissão” cujos integrantes também farão parte dos “movimentos sociais” que invadiram a sua propriedade.

Tentar estabelecer aqui uma política bolivariana ou stalinista nesses moldes, apenas representará um enorme perigo. Se o plano de direitos humanos chegar a ser aprovado como está daremos uma guinada ao autoritarismo. Mais uma vez, os setores atrasados da direita e da esquerda comemorarão como “um grande avanço”. Resta saber se vão aceitar calados e mansos enquanto um ou outro lado “faz a festa”.

Enquanto isso, o principal algoz dos direitos humanos em nosso país, o próprio governo, seguirá impassível e incólume; enquanto doutrina os cidadãos e determina até o que poderemos ou não pensar.

A pergunta é muito simples, caro leitor: É isso que você deseja?

O brasileiro tem amor pela propriedade. Basta percorrer as ruas de qualquer cidade para ver que o maior desejo do povo é ter a sua casa própria ou o seu pedaço de terra. O brasileiro quer prosperidade, trabalho, saúde de qualidade, educação de primeiro mundo e segurança para poder ir e vir sem ter que se preocupar se vai ser morto no processo. O brasileiro quer um governo menos corrupto, políticos que sejam punidos com rigor máximo ao delinquirem (apenar dos enormes salários que recebem). O brasileiro quer uma nação que olhe o mundo de frente, tenha parceiros igualmente poderosos e preocupados com as garantias dos direitos dos cidadãos.

O brasileiro não quer perder o seu patrimônio para espertalhões e malandros. O brasileiro não quer um censor dizendo o que ele pode ou não ver na televisão ou na Internet. O brasileiro não quer voltar cinqüenta anos no passado para reviver os anos de chumbo; sejam eles verde-oliva ou vermelhos.

O brasileiro quer oportunidades, liberdade e prosperidade.

Ou será que não? Pense nisso.

FONTE: http://www.visaopanoramica.com/

segunda-feira, 1 de março de 2010

Roubolation


Divulgue para seus conhecidos



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Episódio 7: A Espinha Dorsal da Noite.



Episódio 7: A Espinha Dorsal da Noite.

O que são as estrelas? Tempos houve em que os humanos curiosos imaginaram que as estrelas eram fogueiras no céu, mantidas acesas por magia, ou pensaram que a Via Láctea era a "Coluna Vertebral da Noite". Há 2300 anos, na ilha grega de Samos, um homem de nome Aristarcos sugeriu que era o Sol e não a Terra que estava no centro do sistema solar.

Ele foi o culminar duma tradição com 200 anos, agora amplamente esquecida, segundo a qual leis naturais e não deuses caprichosos regiam o universo. Na caverna de Pitágoras, em Samos, Carl Sagan descobre também um lado diverso do pensamento grego, o mundo místico guardado por uma irmandade erudita que trabalhava para ocultar do povo o conhecimento que possuía.

O tema deste episódio é o nascimento do pensamento científico na nossa civilização e em nós mesmos. O Dr. Sagan viaja de volta ao bairro de Brooklyn onde ele próprio se começou a envolver no estudo do universo.



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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Deus Existe?


Deus e a razão
Por: Carlos de Brito Imbassahy

Afinal, quando todos discordam entre si, ninguém tem razão. Confúcio


Razão vem do latim, ratio, onis, segundo os dicionários, é a faculdade do raciocínio.

Na antiga Grécia, o termo correspondente era “logos” e estava vinculado à natureza e sua existência. Deve-se a Platão dividi-la em razão intuitiva (noesis), discursiva e conclusiva. Pela ordem: razão imediata; razão do conhecimento através de uma série de raciocínios; e a terceira, aquela que não permite dúvida ante as premissas que a imponham.
O racional, portanto é relativo à razão.

Já na retórica clássica encontraremos a razão demonstrativa que expõe as evidências; a razão argumentativa que usa o raciocínio lógico como proposta de discussão e a razão final, como indica o nome, que enfeixa os conceitos usados como argumento e leva a uma conclusão.

Todavia, para quem pensa que este termo teve sempre tal conotação, e sua origem latina é a mesma, pego anotações do meu pai (1) e transcrevo algumas delas:

Horácio: Ratio – o raciocínio; e mais: Mala ratione facere rem – enriquecer por modo ilícito. Lucrécio: Navigii ratio – a arte de navegar.

Cícero: Mea est sic ratio – esta é minha opinião; Ratio carceris – motivo dos encarcerados; Pro ratione fructuum – por motivo dos frutos...

Cada qual que conclua à sua moda. Contudo, no presente, somos levados a usar cada termo com seu sentido atual e deixar para os devaneios o que possa ter sido seu significado em tempos antanhos. Atualmente, ter razão é estar certo. É um conceito da Lógica.

Relativamente a Deus e à razão, muitas indagações são feitas; a exemplo: por que Deus fez o mundo? (Qual a razão de tê-lo feito). Que razão nos levaria a concluir pela existência do “Criador”? Há razão em admitir a existência de um Deus único, responsável por tudo? Ele se enquadra na lei de causa e efeito?
E por aí afora.

O nosso objetivo, porém, é analisar a figura de Deus dentro da razão, no sentido lógico, afinal, os embates entre as religiões, as linhas filosóficas e as verdades científicas criam um choque terrível, como vimos anteriormente, nos comentários já publicados.

Até o momento, pelo que se pôde ver, existe um enorme conflito entre os que negam e os que afirmam que Deus exista dentro dos puros conceitos religiosos e tudo indica que as discussões se resumem de acordo com os critérios facciosos de cada expositor.

Quem revolucionou os conceitos a respeito de Deus – para os que queiram, também, ler as entrelinhas – foi um mestre francês, discípulo dileto de Pestalozzi e que se tornou o responsável pela introdução em seu país pela metodologia de ensino do grande didata suíço. Chamava-se Léon Hippolyte Denizard Rivail (1804 – 1869), mas, ao ser convidado por Forrestier, um pesquisador dos fenômenos transcendentais da vida após a morte, a estudar tais ocorrências hoje conhecidas como metanímicas ou mediúnicas – de manifestação do morto –, dedicou-se ao seu estudo codificando uma nova doutrina filosófica de conclusões científicas, como ele próprio define, para correlacionar a existência do Espírito fora do corpo com sua vida encarnatória.

Para não misturar seu estudo pedagógico com suas pesquisas consideradas transcendentais, ele preferiu usar um pseudônimo – Allan Kardec – para expor seu novo trabalho. A essa doutrina ele criou o neologismo em francês de Spiritisme para denominá-la, todavia, no Brasil, ela tomou dois ramos distintos, um deles também conhecido como Roustaingismo, baseia-se na obra “Os Quatro Evangelhos” ou “Espiritismo Cristão” de Jean Baptiste Roustaing e segue a linha docetista de uma antiga igreja otomana do século IV e que fora condenada por bula papal já em velhos tempos.

Como tal, este segmento admite que Jesus não tenha tido corpo carnal e sim, “fluídico”, assim denominado erroneamente, já que fluido é material também. Diverge, em muitas coisas de Kardec e, aboliu da sua obra o principal livro “O Que é o Espiritismo”, considerando apenas cinco obras do codificador às quais denomina – também erroneamente – de “Pentateuco espírita”; assim mesmo, em sua tradução para o nosso idioma modifica muito do seu conteúdo, chegando a adulterar capítulos, no caso do livro “A Gênese” a fim de eliminar os textos de Kardec conflitantes com o aludido docetismo adotado. E um desses capítulos é o referente a Deus.

A segunda corrente, dos “cristãos espíritas” – também chamada de Emmanuelismo –, baseia-se principalmente em obras mediúnicas de Entidades espirituais que, em sua vida terrena, foram ligadas à Igreja e tem como fundamento principal os Evangelhos do Novo Testamento, os quais também os interpreta sem levar em conta as críticas de Kardec feitas em seu livro relativo aos mesmos.

Seus seguidores quase nunca se preocupam com as obras da codificação, estudando quase que exclusivamente os trabalhos mediúnicos destas Entidades.

Há ainda uma série de seitas mediúnicas, conhecidas como “terreiro” que se dizem espíritas e que servem para os detratores apontarem o aludido Espiritismo como coisa do “demo”. Nenhuma delas, porém, sequer estuda a codificação.

A única doutrina que pratica o mediunismo e merece todo respeito, sem se dizer espírita é a Umbanda, fiel a suas origens afro, embora muitos de seus adeptos – e mais do que os que se dizem espíritas – estudem Kardec.

O que ora iremos analisar, das palavras de Kardec, por vezes entrará em choque com ambas as correntes acima citadas porque foge inteiramente aos seus conceitos evangélicos, contrariando, em parte, muitas de suas posições, já que as mesmas “adoram” Deus à moda cristã e têm Jesus como Guia supremo do nosso planeta.

A fim de evitar conflitos, usaremos as obras de Kardec no seu original francês, publicadas em 1868 – Ed. Lacroix – que, segundo Dr. Silvino Canuto Abreu, foram as últimas edições revista pelo mestre lionês. Com destaque para o cap. I de “O Livro do Espíritos” (6ª ed.) e cap. II de “A Gênese” (3ª ed.), além de tópicos do seu principal livro “O Que é o Espiritismo” em sua primeira edição original.

Como todos sabem, os livros de Kardec foram inspirados em perguntas por ele feitas aos Espíritos manifestantes e à hegemonia de respostas dadas por diversos deles, para que pudesse observar uma certa universalidade de opiniões. Vejam a sutileza de indagação e a resposta dada, logo na primeira pergunta que Kardec fez em O Livro dos Espíritos:

P. – Que é Deus?

Ora, isto afasta por completo o conceito de Deus Ente espiritual como um ser humano (à nossa imagem e semelhança), pois, neste caso, a pergunta seria obrigatoriamente “Quem é Deus?” Já contrariando a Bíblia, em ambos os Testamentos e as correntes doutrinarias brasileiras que O têm como um Espírito.

A resposta ainda é mais contundente: – Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

Por partes: ser “causa primária” não é ser Criador; o cigarro é, em certas pessoas, a causa primária do câncer pulmonar, mas, não é o criador do tumor maligno. E mais: também defini-Lo como “inteligência superior a tudo” não significa que ele tenha criado nada. Além disso, vamos ver ainda Kardec definindo Deus como “infinito”, portanto, não pode ser contido por um espaço restrito como o cósmico nem nele se manifestar, principalmente porque este se expande. Já, poder-se-ia dizer que Deus contenha o Universo; não se garante tal hipótese, mas, sendo “infinito”, nele está tudo o que possa ser finito e, como tal, Ele é que não cabe no restrito espaço cósmico finito. E em expansão.

Matematicamente, o limite infinito das coisas é o começo de tudo que não tenha origem, portanto, este conceito se enquadra nas Ciências exatas. É também o fim de tudo em condições idênticas. A circunferência é infinita nos dois sentidos: em que ponto ela começaria e em qual terminaria? Pode-se ficar rodando sobre ela infinitamente sem saber onde está seu começo nem onde será seu fim.

Por outro lado, se o Universo, como conseqüência de alguma ação existe, a ele corresponderá uma causa, para que seja dela o efeito ou conseqüência. Ora, sem dúvida: a causa da existência do Universo tem que ser “suprema” – superior a tudo –, primária e compatível com ele; não apenas, ter a configuração restrita dos habitantes de um ínfimo planeta que nada representa perante sua grandeza.

Deus, assim, jamais poderia ser um “Espírito” como os humanos; e Kardec nos mostra, em seus conceitos, que Ele pode ter predicados correspondentes àquilo que sirva de definição para as coisas, todavia, sem jamais possuir caracteres humanos. É assim que no aludido capítulo II de “A Gênese” Kardec tenta descrever a figura de Deus diferenciando-a dos conceitos bíblicos adotados pelos evangélicos, inclusive os que se dizem espíritas em nosso país.

Dos atributos divinos, todos eles são incompatíveis com a figura bíblica do Deus que conversa com Moisés e que fica irado; enfim, como diz Kardec, contrariando seus principais fundamentos e características Ele é de infinito poder e bondade; assim, não pode ser o “criador” do mal, contrariando, mais uma vez, a tese evangélica de que teria Ele criado tudo.

Talvez, por outro lado, tenha usado tal conceito à falta de melhores sentidos figurativos, pela metodologia do ensino, tentando mostrar que não procede a idéia de “castigo divino” muito menos de ter sido d’Ele a criação do mal e dos fictícios personagens bíblicos de Lúcifer e Satanás. Aliás, não existe “criação”: isto é mera artimanha para que os textos bíblicos não sejam contrariados, configurando suas inverdades perante a Ciência.

Em princípio, para ser infinitamente justo não pode perdoar ninguém (o que não significa condenação); ao contrário, deverá fazê-lo cumprir a “lei de causa e efeito” que Jesus traduziu em linguagem simples dizendo “assim como fizeres, assim acharás” mas que os próprios evangélicos geralmente ignoram porque, para eles, Jesus é o grande protetor dos seus adoradores e, como tal, perdoaria incondicionalmente seus atos, bastando, para, tal, adorá-lo em essência e verdade. Chegam a dizer que ele “sofreu” na cruz para resgatar nossos débitos: que absurdo! Evidentemente, só os fiéis a ele, Jesus, estariam salvos provando uma terrível parcialidade porque os bons que não o tenham seguido seriam condenados, apesar de justos...

E Deus, como causa suprema, jamais contrariaria esta sábia lei de justiça, nem para atender a seus fanáticos adoradores! Afinal, esta lei é que mantém o Cosmo em equilíbrio.

Contudo, Kardec resume sua idéia relativa ao Supremo Agente do Universo dizendo: – “quando invocamos Deus, quem vem em nosso socorro é sempre um Espírito amigo”. Esta forma elimina qualquer possibilidade para que o homem, mesmo sendo Moisés, venha a conversar com Ele nem que seja em lugares sagrados, porque a sagração é pura forma humana de adoração.

Um outro aspecto curioso que se pode ver é aquele em que Kardec apresenta esta suprema causa como geradora permanente de seres e coisas, o que é perfeitamente compatível com o progresso sideral onde, a cada momento surge um novo corpo ou forma primitiva e uma nova essência existencial para seu desenvolvimento.

Vale também o inverso, ou seja, a cada momento, algo de novo surge e algo de antigo desaparece; os mais recentes estudos cósmicos nos falam das estrelas canibais, encarregadas de fazerem desaparecer do espaço sideral muita coisa que deva ser eliminada.

Kardec, portanto, analisou Deus à luz da razão, tentando tirar da idéia a concepção de que Ele seria um Ente espiritual igual a nós e com predicados puramente humanos, elevados ao extremo. Esse Deus antropomórfico não existe; é substituído, quando apelamos para Ele, por um Espírito amigo que venha em nosso socorro porque, senão, seria de uma terrível injustiça analisá-Lo em casos como aquele em que uma caravana de romeiros devotos de Nossa Senhora da Aparecida fretou um ônibus para ir à cidade da sua padroeira nos dias de comemoração e o veículo sofrera terrível desastre na viagem. Vários acabaram falecendo e muitos saíram feridos. Uma senhora que se ficara incólume declarou para a repórter que fora Deus que a salvara, só que a entrevistadora não teve a presença de espírito para indagar por que Deus, já que pôde salvá-la, não fez o mesmo com os demais devotos? Parcialidade baseada em quê?

Ou então o caso de dois times que disputam uma partida: o vitorioso declara que fora Deus que o ajudara a vencer; e por que Deus prejudicou a outra equipe fazendo-a perder? Por que tal outra parcialidade? No caso, o mérito passa a ter segundo plano.

Sem dúvida, o homem quer ver neste seu Ser Supremo um indivíduo equivalente a ele em seus íntimos conceitos, ajudando parcialmente a uns, talvez mais devotos, e prejudicando a outros por pura antipatia. Este é o Deus religioso que Kardec tentou desmitificar.

Por isso, muitos, ao traduzirem os textos de Kardec foram obrigados adulterá-los, a fim de não negarem tal crença, já que, no original francês da terceira edição mencionada, o codificador do verdadeiro Espiritismo tenta sutilmente fazer com que se veja que tais conceitos são inteiramente errôneos porque o Deus antropomórfico, além de não ser “infinito” e cheio de sentimentos (ou defeitos) humanos, jamais se tornaria compatível com o cosmo universal e, como tal, incapaz de tê-lo criado. Por sinal, foi exatamente esta posição que Kardec deve ter tomado, de forma sutil, tentando mostrar a seus estudiosos que o Universo jamais poderia ser criado da forma que apregoam, embora, só século e meio depois dele a Ciência nos dê subsídio para provar que, apesar da sutileza, Kardec usara a prudência para admitir a existência de uma “causa suprema” sem tirar a fé do crente que necessita avidamente de “crer” num Ente imaginário que seja tão humano quanto ele, para que tenha fé e confiança no seu Poder, mesmo com a justiça arranhada pela parcialidade da sua crença.

Note-se ainda que Kardec, vivendo numa sociedade do século XIX altamente cristã e numa civilização onde negar certos dogmas religiosos seria verdadeiro escândalo, parece que tentou, de alguma forma, intermediar entre a lógica de seus argumentos e o absurdo das imposições religiosas, sem provocar escândalos nem ferir susceptibilidades. Foi altamente político, neste sentido.

Mas, definindo sua doutrina como ciência de conclusões filosóficas no preâmbulo da sua principal obra “O Que é o Espiritismo”, afirmou em diversas outras ocasiões que ela acompanharia a evolução dos conhecimentos e sempre que alguma afirmativa correlata ficasse provada, ela passaria a integrar o Espiritismo.

Pois está na hora de se confirmar uma causa (Deus?) infinita como motivo de existência do Universo cíclico e sempre renovado por novas formações. Esta causa, porém, jamais poderá ser um Criador que teria dado início à nossa formação cósmica, tornando-a finita.

O grande mal da Religião é querer impor seus erros atribuídos ao Ente Supremo, a fim de não admitir que seu Deus não seja perfeito.

A História do Café da Manhã