Autoridade da Codificação espírita e os "FALSOS PROFETAS"
Por Francisco Amado
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Na doutrina espírita a dúvida é um dos elementos básicos para a busca da verdade. Kardec a aconselha como método de controle das manifestações mediúnicas e dos estudos dos princípios doutrinários.
Todavia poucas pessoas conhecem a base da doutrina espírita, instruídos por leitura de romances espiritualistas, sua mentalidade é povoada de fantasias. Neste contexto não compreendem que a critica é considerada como condição necessária para a filosofia e pratica espírita.
Kardec sempre deixou claro que a Doutrina é dos Espíritos.
Mas que garantia podemos ter de que a Doutrina é mesmo deles? Como assegurar-se cientificamente de que os ensinos não são oriundos da mente dos médiuns ou do codificador?
Aqui é que entra uma das metodologias proposta por kardec, que a maioria desconhece e ou abomina o Método do Controle Universal do Ensino dos Espíritos (CUEE)
Tendo seus fundamentos descritos no Evangelho Segundo o Espiritismo e na Revista Espírita de abril de 1864
Também não sabem que as práticas místicas no espiritismo são condenadas, não por elitismo ou preconceito, e sim por que; em 1º lugar o homem esta no mundo para viver a realidade da vida de relação a fim de desenvolver suas potencialidades, 2º porque a ligação do homem com Deus se faz naturalmente, sem necessidades de práticas ritualísticas.
Todavia alimentados por informações oriundas de romances desconhecem que a doutrina não é obra de romances e sim de pesquisa cientifica, de filosofia, e acabam por encarar o espiritismo apenas como mais uma religião, levando ao que estamos constatando.
Um distanciamento ideológico do movimento espírita em relação ao pensamento de Allan Kardec e o afeiçoamento da ação dos espíritas a padrões confessionais e ritualísticos, velados ou explícitos, caracterizando um processo de sectarização da doutrina.
Como Kardec definiu o espiritismo “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal. ’’
Para mim o espiritismo é muito mais deísta do que religioso, pois, a orientação espírita é a de fé raciocinada explicito no capitulo XIX do Evangelho Segundo O Espiritismo “Fé inabalável só o é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da humanidade”.
O que é o deísmo?
É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião denominacional.
Os Deístas acreditam em Deus, mas freqüentemente se encontram insatisfeitos com as religiões e apresentam geralmente estas afirmações que os diferenciam dos teístas praticantes.
1- Creio em Deus, mas não pratico nenhuma religião em particular.
2- Creio que a palavra de Deus é o Universo e a natureza, mas não os livros "sagrados" escritos por Homens.
3- Gosto de usar a razão para imaginar como será Deus e não apenas aceitar que me doutrinem.
4- Acredito que os ideais religiosos devem tentar reconciliar e não contradizer a ciência.
5- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de uma igreja.
6- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
7- Prefiro guiar minhas opções éticas pela consciência e reflexão racional a aceitar as opções ditadas pelos livros "sagrados" ou autoridades religiosas.
8- Sou um pensador individual, cujas crenças religiosas não se formaram por tradição ou autoridade de outros.
9- Creio que religião e Estado devem estar separados
Religião lembra muito mais a manutenção da ignorância, da dificuldade de entendimento e do livre-pensamento e dos partidários das verdades incontestáveis, que todos devem se curvar (convertendo-se), sem questionamentos em busca da salvação, do que doutrina raciocinada.
Porém como o leitor-consumidor quer leituras rápidas, fáceis, que possam dar receitas prontas e flexíveis para dar alívio às suas múltiplas angústias.
Nada que comprometa muito, nada que o faça raciocinar em demasia, nada que o obrigue a tomar atitudes éticas mais firmes desconhece o verdadeiro caráter da doutrina espírita.
Chegando ao ponto de acreditar que é Kardec que tem que se adequar o que dita o espírito Y ou X e não o contrário.
Temos hoje uma literatura mediúnica derramando a mão cheia informações sobre colônias, que o Espírito no mundo espiritual (a mulher) engravida e gera um ser espiritual; que existam seres intra-terrestres, sobre a existência de seres malignos como magos negros e dragões que podem inserir chips em espíritos para comprometer sua evolução e etc.
Neste contexto as palavras de Kardec, que falava em Paris, no ano de 1861, ainda servem, inteiramente, para o momento atual.
A opinião de um Espírito - seja qual for o médium, seja qual for à categoria desse Espírito - é sempre uma opinião própria, não é um princípio doutrinário.
É preciso levar em conta, sempre, que o médium não é um oráculo, como não é um santo: é uma criatura em situação especial na vida, com uma carga pesadíssima de responsabilidade espiritual e humana.
Em lugar de se endeusar o médium, querendo fazer dele um ser infalível, como se não fosse também uma criatura humana, sujeita a certos riscos do ambiente terreno, o que se deve fazer é ajudá-lo com assistência espiritual, é apoiá-lo moralmente, evitando que certas idéias perigosas, certas presunções de superioridade ou de santidade lhe penetrem a alma।
Portanto quando se faz uma analise critica destas obras não se tem o intuito de PROIBIR sua leitura como defendem os sectários do maravilhoso. Apenas estamos adotando a metodologia de Kardec.
Ou seja, a postura dogmática que o espiritismo rejeita vai se infiltrando, na mentalidade dos neófitos por meio de romances duvidosos que veladamente doutrina contra o senso critico atacando o elitismo, como se, ser da elite fosse pejorativo.
Como um autoritarismo disfarçado, acabam justificando a idolatria por médiuns, e mentores espirituais o que esta se tornando muito comum, assim eles passam a pontificar sem nenhum questionamento, dominando assim as consciências, sem liberdade de pensamento.
Doutrina-se uma crença cega no que dizem certos espíritos por meio de romances abarrotados de informações sem provas, novidades sem evidências, e garantindo tudo apenas através de argumentações que giram em torno das costas larga da palavra caridade.
Esquecendo que a maior caridade é ajudar as pessoas a ter senso critico sobre todas as coisas.
Não entendem o valor de O Livro dos Médiuns e vivem à procura de novidades apresentadas em obras mediúnicas suspeitas.
Isto tudo porque se contam por verdadeira multidão às pessoas que se tornaram espírita e freqüentam sessões sem jamais haverem lido “O Livro dos Espíritos” ou qualquer outra das obras básicas da doutrina.
Não compreende que o Espiritismo não se contém todo ele no campo mediúnico, conquanto este lhe tenha servido de ponto de partida, como se sabe. O fenômeno por si só não nos levaria a conseqüências profundas, ou seria apenas objeto de observação ou motivo de deslumbramento, sem a formulação filosófica.
Para ser espírita é preciso conhecer o Espiritismo.
Como afirmou Kardec - "A FORÇA DO ESPIRITISMO ESTÁ EM SUA FILOSOFIA".
E por que não está no fato mediúnico? Porque o fato prova e convence objetivamente, não há dúvida, porém não elucida os problemas mais graves de nossa vida, por si mesmo, se não tomar a direção filosófica que conduz à inquirição das causas, dos porquês e das conseqüências.
E o que é Filosofia?
Filosofia é a possibilidade da transcendência humana, ou seja, a capacidade que só o homem tem de superar a situação dada e não escolhida. É sobre tudo uma atitude, um pensar permanente. Por isso a dúvida é um dos elementos básicos da doutrina.
Portanto para conhecer esta doutrina filosófica precisamos beber da fonte da base.
É a base da codificação é no sentido de estudo.
Por exemplo
A base da química é a Tabela periódica.
Permite, por exemplo, prever o comportamento de átomos e das moléculas deles formadas, ou entender porque certos átomos são extremamente reativos enquanto outros são praticamente inertes.
Permite prever propriedades como eletro negatividade, raio iônico, energia de ionização.
Dá, enfim, fazer inferências químicas plausíveis.
As Obras Básicas são a Tabela periódica da espiritualidade, a pedra de toque que podemos usar para aferir a legitimidade ou não das pedras aparentemente preciosas que os garimpeiros de novidades nos querem vender.
A Codificação foi transmitida já edificada, pois ela toca em todos os problemas da humanidade: há "cimento" e "tijolos". Não adianta estudar livros de CHICO XAVIER antes de estudar a Codificação, por isto é que se diz que a Codificação é a base, mas base no sentido de estudo e não a "base" no sentido de uma construção.
Outro exemplo seria as quatro operações de cálculo (somar, subtrair, multiplicar e dividir) é a base para quem deseja estudar Matemática e não a "base" do edifício da Matemática, pois esta já está construída.
Reflita sobre isso.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.” [Carl Sagan]
2 comentários:
COMO UMA HUMILDE CRIATURA QUE ABSORVE OS CONHECIMENTOS DOS MAIS ELEVADOS, ABRI POR ACASO SEU BLOG, E ESTOU LENDO, COM AMPLO INTERESSE, TODAS AS SUAS POSTAGENS.
OBRIGADA PELOS ENSINAMENTOS DISPONIBILIZADOS.
QUE DEUS O GUIE SEMPRE.
Obrigado
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