Fluido Universal ou frameworkers (2º PARTE)
O Espírito e a Vida
Carlos de Brito Imbassahy
2ª. parte – Pesquisa da alma
Se há um ponto nebuloso em toda Religião é sua definição relativa à alma: afinal, para a Bíblia, Deus fez o homem, todavia não lhe teria dado alma – pelo menos não consta referência. – E o pior: fez o homem do barro, enquanto que a vida biológica primitiva, toda, foi elaborada a partir de cadeias carbônicas que teriam se juntado para estruturar, sob ação externa de algum agente atuante, os primitivos seres biológicos mais simples, como os plânctons.
*Alma* é um termo que vem do latim – anima, æ – da primeira conjugação e significa “a vida”, termo que também nos deu o verbo animar (dar vida). Vamos encontrar ainda uma citação curiosíssima de Lucrécio, referindo-se ao ar e à água como a dita “anima” da nossa existência.
Claude Augé (1905 – Ed. Larousse) traduzido, nos diz que: “Sentimos, pensamos e queremos. Designa-se sob o nome de alma o que em nós sente, pensa ou quer. Diversamente negada por certas Escolas filosóficas, a atividade espiritual resta irredutível até aqui a toda explicação mecânica ou filosófica. A Escola espiritualista vê em tudo o pensamento da alma. Para a Escola materialista, o pensamento é um produto do cérebro. A crença na imortalidade da alma é um dos dogmas fundamentais do Cristianismo”.
Esta era, portanto, a posição inconteste do início do século passado a respeito do conceito que se tinha sobre o que pudesse ser a alma. Portanto, sem qualquer outro estudo, tudo se resumia a conceitos filosóficos ou dogmas religiosos. Assim, quando em 1945 – já comentado na primeira parte (bebê de proveta) –, foi dada ciência de que a vida era um campo energético ou comandada por um deles, não se assimilou tal conceito à idéia de que este campo pudesse ser algo relativo a conceitos anímicos (da alma).
Todavia, sua descoberta não levou nenhum cientista a admitir a causa, origem ou motivo da sua existência: apenas constatou que, sem tal campo nenhuma mulher seria fértil, mesmo que já tivesse concebido a vida de algum filho anteriormente.
Em princípio, quando Gell Mann, em 1975, admitiu que pudesse existir um “agente estruturador” agindo sobre a energia universal (Antigo FCU de Newton) para dar origem às partículas elementares (sub-atômicas e atômicas) ninguém supôs nenhuma interligação para a possível existência de um agente – dito espiritual – estruturador da vida humana, embora, toda tese científica afirme que o micro se repete no macro e vice-versa.
Daí, portanto, considerar que o aludido agente externo à matéria que agiria sobre a energia para dar-lhe forma pudesse ser a “alma” da questão, vai longa distância. Para os religiosos, o homem – e o mundo em si – é criação divina e para a Ciência a energia que se transforma em matéria é apenas o motivo da existência dos seres e das coisas no Universo. Sua causa ainda é inteiramente desconhecida, por falta de provas.
Portanto, o grande problema é a causa de tudo.
E tudo começou a mudar em 1985 quando os suecos deram publicidade de um estudo por eles realizado que teve o pomposo nome em francês de “La lourdeur de l’âme” (a pesagem da alma), simultaneamente com a divulgação de uma equipe russa de pesquisas que declarou que haviam detectado um “corpo” psíquico com as propriedades estruturais do corpo somático ao qual, por esse motivo deram o nome de “psicossoma”.
Vejamos inicialmente em que consiste “a pesagem da alma”:
A pesquisa fora feita com diversos moribundos aos quais estava acoplado um aparelho espectrográfico semelhante aos que as salas cirúrgicas usam para detectar as condições de vida do paciente medindo-lhe o aludido “campo” que vibra em pulsos, só que os suecos usaram aparelhos mais aperfeiçoados e mais sensíveis, capazes de medir o dito “campo de vida” e registrar sua presença no paciente. Colocaram neste aparelho um dinamômetro para registrar a variação de peso (gravidade do campo de vida humano) e notaram que, gradativamente, conforme o moribundo se esvaía, o sinal de vida mudava, sendo registrado num gráfico de tela, tal como se vê nos aparelhos das salas cirúrgicas. Só que, no momento agônico exato, em que o paciente perdia a vida, também perdia um campo energético cujo peso estava em torno de 22 g* (grama-peso). A este campo eles denominaram de “alma” por equidade de conceitos, já que era ou seria ele o responsável pela vida do paciente, quer biológica, quer psíquica ou personalística. Todavia, as células orgânicas do cadáver continuavam vivas por algum tempo – variável conforme o paciente – provando que elas jamais poderiam ser a causa de tal fato, a saber, da vida e da personalidade do dito cujo paciente analisado.
Os russos não informaram como fizeram a pesquisa para descobrir a existência do referido psicossoma, porém, tudo indica que usaram técnica semelhante com espectrógrafos já que garantiam que, sem o a dito corpo psíquico, o indivíduo perdia a vida e a personalidade decorrente. Quem, na época, visitou estes pesquisadores e fez um excelente trabalho sobre suas experiências foi nosso querido companheiro Henrique Rodrigues, de Belo Horizonte, todavia, já agora no “Além”.
De qualquer forma, a alma ou Espírito encarnado longe está de ser o tal sopro divino alegado pela Bíblia, tudo devidamente registrado por aparelhos que jamais se influenciam por dogmas nem fé religiosa, muito menos por hipóteses materialistas.
De qualquer forma, existe uma correlação íntima entre os estudos feitos relativos à causa ou agente capaz de estruturar uma partícula atômica e o mesmo para agentes capazes de atuar sobre as células orgânicas a fim de compor o corpo e a vida biológica, guardadas as devidas correlações.
Estas descobertas representam mais um golpe profundo nas teses criacionistas religiosas.
2.1 – O quantum energético e a alma
Quando, em 1901, Max Planck deu ciência de seu estudo relativo aos quanta de energia, longe estava de supor que os mesmos tomassem o vulto que realmente representam.
Em síntese, a teoria quântica nos diz que todo fenômeno físico é causado pela ação de determinado agente sobre uma fonte qualquer que vibra e passa a emitir uma certa quantidade de energia (conhecida como quantum no singular e quanta no plural) que se transmite ou se propaga em ondas cuja variação de freqüência define a natureza do fenômeno.
O fenômeno mais simples é o acústico: um agente é o dedo do músico que faz uma corda de violão (fonte) vibrar e emitir uma quantidade de ondas ditas sonoras que se propagam pelo meio com uma freqüência que varia de 16 hertz a 32.000 hz (o hertz é a unidade de vibração por unidade de tempo que é o segundo). Sua peculiaridade é ser percebida pela nossa audição.
Para o calor, o agente é o atrito, a fonte são as moléculas e a energia é a térmica; suas ondas variam de 64x 10³ hz a 1 megahz; entre 32 mil e 64 mil vibrações temos os ultra-sons. E por aí afora; como há tabelas com estes valores, dispensa-se qualquer comentário.
Em 1925, Albert De Rochas, matemático francês de família de destaque no meio científico, apresentou um estudo intitulado “Teoria da Mecânica Quântica e Ondulatória” que, sem dúvida, seria o pioneiro no assunto, dando as equações fundamentais do seu estudo, com o que o físico poderia realizar os principais cálculos de tais emissões. Estava, pois, matematicamente comprovado e estudo de Planck.
Porém, cabe a Erwin Schrödinger, físico austríaco, no ano imediato, estabelecer sua famosa equação geral da mecânica quântica que selou de vez os estudos relativos ao assunto. Hoje, só um tolo nega a Física quântica. Ou um bíblico, baseado em seus versículos, porque suas leis contrariam por inteiro qualquer hipótese criacionista.
Por outro lado, porém, as teses relativas às pesquisas da alma passaram a ter total apoio da fenomenologia quântica porque podem ser explicadas através das mesmas, senão vejamos:
Para que se possa estruturar uma partícula, por mais simples que seja, é preciso que o dito agente estruturador emita um campo, a exemplo do imã para reunir as limalhas de ferro e zinco e dar-lhes a configuração espectral do dito cujo. Assim, o agente estruturador tem que possuir esta mesma propriedade quântica que dê a forma devida às partículas; logo, o campo estruturador possui as características da partícula estruturada. Por equidade, a alma humana (ou agente estruturador biológico do homem) tem que possuir os campos energéticos atuantes que elaborem um corpo somático e que seja compatível com o local da estruturação, que é o ventre materno.
Isto explica a descoberta italiana no aludido e já citado estudo do “bebê de proveta”. Só que tal campo é gerado por um agente estruturador que não pertença ao domínio físico, condição essencial para atuar sobre a energia dita cósmica. Desta forma, o homem deixa de ser uma criação divina para ser um ente elaborado por um agente (dito espiritual) capaz de organizar o seu corpo humano e nele atuar dando-lhe vida e personalidade como o fazem os agentes estruturadores descobertos por Gell Mann a fim de dar existência às partículas atômicas.
E isto a Bíblia não explica. Nem Freud.
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