Titulo adaptado por Francisco Amado
Jean Baptiste Roustaing foi um advogado francês, nascido em Bordéus. Viveu na França, no tempo em que Allan Kardec estava preparando a Codificação. Chegou a trocar algumas correspondências com o Codificador, mas a amizade entre ambos não foi adiante.
Com a ajuda da médium Émile Collignon, Roustaing publicou ditados de alguns Espíritos que os assistiam, denominados mais tarde de "Os Quatro Evangelhos" ou "Revelação da Revelação". Essas obras se caracterizavam por apresentarem graves contradições doutrinárias em relação aos princípios do Espiritismo. Allan Kardec fez algumas críticas a esses escritos, que acabaram por desagradar profundamente o advogado. Roustaing e seus discípulos, aborrecidos, fizeram uma resposta ao Codificador, inserida no livro primeiro de sua obra, depois retirada arbitrariamente pela Federação Espírita Brasileira – FEB, adepta das teses roustainguistas.
Os Espíritos que ditaram "Os Quatro Evangelhos" disseram ser nada menos que os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo profeta Moisés. Além dessa superioridade suspeita, ainda afirmaram que a obra era a "Revelação da Revelação", algo mais especial e superior à própria Codificação. Tratava-se de um fato estranho.
Por que o Alto enviaria uma outra revelação no mesmo tempo em que Allan Kardec dava vida ao Espiritismo, a Terceira Revelação? Ninguém explicava o fato.
As entidades desencarnadas que trabalhavam com Roustaing e Collignon , usavam de meios estranhos ao sistema espírita: eram totalmente alheios do Controle Universal dos Espíritos. Uma grande insensatez que os roustainguistas não se davam conta.
Se os livros de Jean Baptiste Roustaing tivessem ficado na França, possivelmente logo teriam desaparecido. Mas eles vieram parar no Brasil e, por meio de uma série de acontecimentos ligados ao nascimento do Movimento Espírita, tornaram-se o próprio espírito do sistema.
Tudo começou na gênese da Federação Espírita Brasileira - FEB. Quando os primeiros grupos espíritas estavam se formando, alguns deles já possuíam as obras de J. B. Roustaing. Numa sessão histórica, ocorrida em fevereiro de 1889 na Sociedade Espírita Fraternidade, no Rio de Janeiro, o médium Frederico Pereira da Silva recebeu uma mensagem que fora assinada pelo Espírito do próprio Codificador. Dentre outras incoerências ditadas pela entidade, o suposto Allan Kardec dizia que um Espírito chamado Ismael iria guiar o Movimento Espírita Brasileiro.
Iniciavam-se assim, as distorções no sistema espírita nascente. A metodologia kardequiana e as instruções de Allan Kardec para estruturarem o Movimento Espírita começavam a ser deixadas de lado. O comando do movimento seria passado a uma entidade e, no lado material, sua direção estaria entregue a uma só casa espírita, que assumiu o papel de Comitê Central, sem no entanto guiar-se pelas suas regras. Nascia o embrião da FEB, chamada depois de Casa Máter do Espiritismo e eleita por seus seguidores como a representante do Cristo na Terra.
Ninguém percebeu, mas o espírito do sistema espírita assemelhava-se ao Catolicismo que, também a seu modo, dizia representar Deus na Terra. Neste tempo, havia desentendimentos entre os grupos espíritas sobre as práticas e os delineamentos em torno do futuro. Alguns centros, denominados "científicos", preferiam um Espiritismo mais objetivo e prático. O grupo sob a influência de Ismael, no entanto, não pensava assim. Como era místico, preferia uma conduta mais voltada à religiosidade. Logo tratou de convencer uma importante figura da época a passar para suas fileiras. Tratava-se de Bezerra de Menezes. Com a ajuda dele, a FEB conseguiu dominar a maioria das sociedades espíritas.
Bezerra era um homem ponderado e político. Por ter saído recentemente das fileiras católicas, adaptou-se rapidamente ao misticismo de Ismael. Os principais centros espíritas da época estudavam as teorias kardequianas, mas os místicos tinham uma especial atenção com os Evangelhos de Roustaing, porque os consideravam um "curso superior" de Espiritismo. Allan Kardec passou então a ser interpretado à luz do pensamento roustainguista.
A comunicação de Allan Kardec, dada através do médium Frederico, era apócrifa. Porém, por falta de espírito crítico, todos a aceitaram, pensando tratar-se mesmo de uma mensagem do Codificador. Na verdade, manifestava-se o espírito Ismael, ligado ao círculo de idéias de J. B. Roustaing. O Espírito preparava o terreno para estabelecer um campo de atuação imenso, a conhecida "Seara de Ismael". Encontrando nos brasileiros profundas raízes católicas, não teve dificuldades para criar uma espécie de "catolicismo espírita".
Quando se examina "Os Quatro Evangelhos", de J. B. Roustaing, começa-se a entender mais facilmente as raízes dos problemas existentes no Movimento Espírita, e os motivos pelos quais os centros costumam assemelhar-se a pequenas igrejas. Os Espíritos que ditaram as obras de Roustaing eram uma falange de entidades ligadas à Igreja Católica medieval.
Nos Quatro Evangelhos, Maria é virgem. Para mantê-la como na Igreja, os Espíritos roustainguistas criaram um Jesus de corpo fluídico, que não teria tido encarnação. Assim, a sexualidade de Maria não macularia o Senhor. O Jesus divinizado da Igreja transformou-se no Jesus sem pecados de Roustaing que, segundo seus livros, jamais encarnou e teve evolução em linha reta, diferente dos outros irmãos seus. Como a carne na Igreja é símbolo do pecado, os Quatro Evangelhos também a abominaram, como sendo algo sujo e colocaram a encarnação como fruto do castigo.
Através da Federação Espírita Brasileira - FEB, Ismael aproximou-se de Francisco Cândido Xavier, o famoso médium de Uberaba, MG, e ditou-lhe uma obra que seria o corolário do "Trono de Deus" na Terra: "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho". Embora com o nome do respeitável Humberto de Campos (Irmão X) para impor-se com mais facilidade, as idéias exaradas são as mesmas. Qualquer observador que lê "Lázaro Redivivo" e "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho" nota que eles foram escritos por dois Espíritos de características diferentes, principalmente quanto ao caráter. O suposto "Irmão X", do "Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", faz pura apologia à FEB, e cria a lenda de Ismael, para deleite de seus seguidores. Foi assim que nasceu o livro que faria os espíritas acreditarem que o Brasil estava destinado a governar o mundo. Por trás dessa obra estava a FEB; atrás dela, o Grupo Ismael e, no invisível, o "anjo" com sua falange.
Em alguns períodos distintos, o "anjo" Ismael exerceu uma influência estranha no trabalho mediúnico de Chico Xavier. As pessoas que o assessoravam não perceberam a presença dessa entidade e deixaram passar nos livros psicografados pelo médium alguns conceitos eminentemente roustainguistas e mesmo certas contradições doutrinárias patentes. O Espírito não se importou de assinar algumas comunicações com os nomes do eminente Emmanuel e mesmo do pródigo André Luiz.
No livro "O Consolador", o Espírito comete um erro primário: diz que não recomenda a ninguém que se faça evocações (como na Igreja) e que seria mais seguro esperar que as manifestações ocorressem espontaneamente. Mal sabia que o Codificador havia dito justamente o contrário, que as comunicações espontâneas é que são as mais perigosas. E não pára aí. Assume uma posição favorável à existência das almas gêmeas, contrariando a teoria básica de "O Livro dos Espíritos". O erro é grosseiro e a FEB trata de corrigi-lo rapidamente. A entidade confunde a localização da sede da memória, dizendo que ela se encontra no perispírito, parafraseando o erro histórico de Gabriel Dellane, contrariando ambos os ensinamentos dos Espíritos superiores.
A força dos livros psicografados, corroborada pela exemplar idoneidade de Francisco Cândido Xavier, tornou-se poderosa alavanca para a expansão das idéias ismaelinas. Formou-se o sistema espírita que conhecemos, com características eminentemente católicas. Hoje, o espírito de Roustaing continua mais presente do que nunca. Pode-se encontrá-lo na mentalidade de algumas federações, nas atitudes passivas dos espíritas, na falta de gosto pelo estudo, no pouco conhecimento doutrinário, nas palavras vazias de oradores pomposos, na política unificacionista (uma versão moderna do "Fora da Igreja não há salvação") e na imprensa espírita com suas gloríolas e ídolos. Os que afirmam não compreender a causa de tantas preocupações com a teoria roustainguista, não percebem que estão mergulhados nela, dirigidos por um sistema espírita entranhado por inércia, comodismo, fantasias e estagnação, emperrando o crescimento espiritual das criaturas.
O sistema de pensamento e investigação desenvolvido por Allan Kardec é o grande ausente no Movimento Espírita. No final de sua vida, o Codificador estava só. Alguns detratores seus, que se diziam espíritas, afirmavam que ele queria apoderar-se da verdade e se fazer dono do Espiritismo. Jean Baptiste Roustaing e seus seguidores estavam entre eles.
Pouco antes de desencarnar, o Codificador começou a preparar instruções para salvaguardar o movimento nascente de falsas interpretações. Não chegou a terminar seu trabalho. Quando se lê seus últimos apontamentos, nota-se, com tristeza, que suas preciosas instruções sobre a condução do Movimento Espírita jamais foram seguidas por seus adeptos. Bom número deles sequer conhece suas obras, instrui-se em livros subsidiários nem sempre idôneos e, frequentemente, é vítima de Espíritos enganadores.
Mudar essa mentalidade vigente, conduzindo parte desses seguidores de Allan Kardec ao encontro das instruções do Codificador do Espiritismo, é tarefa urgente. Espera-se que os espíritas sérios reunam forças em torno desse ideal. Hoje, diversos grupos no país que buscam restabelecer essa base doutrinária.
Na cidade de São José do Rio Preto, Sp, existe o Movimento de Reformas. Sua proposta é a de estimular os centros espíritas a se ajustarem conforme as orientações da Codificação, fazendo com que se instale neles o gosto pelo estudo, pelo raciocínio, pela investigação mediúnica e pelo trabalho metódico.
Nota: Os que não concordam com estes escritos certamente nos julgarão entregues às trevas e a serviço do mal. De nossa parte, continuaremos exercendo nosso direito de livre exame, analisando fatos, tirando conclusões, como discípulos da escola kardequiana que somos.
AUTOR: Josué de Freitas
Fonte: http://oblogdosespiritas.blogspot.com/
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Kardec Está Ultrapassado
17 comentários:
Josué, que Jesus o abençoe e guie seus caminhos. Não me alongarei porque não sou um intelectual.
Apenas um pedido, de que não faça da sua verdade, fogo destruidor da fé do próximo. Use sua inteligência para exaltar o que há de bom e que realmente faz diferença para nossa transformação. Foi o que o Cristo fez,e é a ele que devemos seguir, antes mesmo de Kardec. Imagine que talvez possa não estar com a razão e que talvez não estejamos à altura de realizar uma crítica dessa envergadura. Cuidemos para que a intelectualidade não nos ofusque os sentimentos de amor e gratidão, por cada linha psicografada por Francisco Cândido Xavier.
Bijuns
Não sou Josué ,mas vou responde por ele.
Aqui está exatamente usando a inteligência para exaltar o que há de bom na doutrina.
Se tu acha que devemos seguir a este ou aquele então siga mas isto não é
ser espirita, o que te falta é instrução doutrinaria.
E pare com este nhenhenhem evangelico de criticar a intelectualidade, pois a cabeça não serve apenas para separar as orelhas.
Anônimo.
Como tu quer que eu te leve a sério se tu não teve nem a dgnidade de te identificar.
A penas provou que tu é um analfabeto funcional que não sabe interpretar um artigo.
Volte para escola.
Entrei pela foto de proibido Kardec mas pelo que escreve vc tens bons argumentos e eu na prática senti isso.
sobre as obras póstumas de kardec foi incrivel como tudo foi encontrado por seu aluno em umas das gavetas emperradas de seu armário antigo. Gabi foi uma das responsaveis pela ultima obra, mas praticar mesmo nem dentro dos centroshj em dia. já que o estudo deveria ser mais importante para instrutores dessa doutrna,.
boa sorte.
Não o conheço, e tambem não sei quem você é. Só acho que você não pode destruir a fé das pessoas, e desmoralizar tudo aquilo que pessoas de bom coração levarão anos para construir. Não sou tão religiosa, mas tenho muita fé, e tento sempre fazer e seguir os passos de pessoas que sempre espalharam o bem entre nós. Chico Xavier é um deles. Sou de uberaba, tive oportunidade de conhece-lo, poderia ser um dos homens mais ricos do nosso imenso pais.Porém preferiu os mais fraco, e ensinando ao próximo amor, fé, e caridade. E sei com o que escreveu não vai abalar a fé espirita, sei que minha avó está ao meu lado agora, me mostrando o que devo dizer, sem ofender, e nem desmoralizar, alguem que está desmoralizando a fé espírita. Que o nosso divino mestre nosso senhor e com à ajuda dos nossos mentores espirituais possam sempre te mostrar o caminho certo, mas sem ofender a crença das pessoas. Posso ver de onde estou que você tem uma aura bem negra. Passe a pensar no próximo como você mesmo.
Isabel Cristina de Sousa
Eu não vejo sua auro porque não tem o don davisão mediunica moco vc.
Mas sinto nas suas palavras que você admira muito o que o São Chiquinho fez mas não procura seguir nem 10% do que ele pregava, portanto calada tu esta coberta de razão.
porque discutir tanto, a religião ou doutrina que cada um segue é de escolha própria e deve-se ter fé no que escolhemos cada um pensa de forma diferente dom outro, simplismente deve-se sentir-se bem e acreditar no que seguimos sem pensar no que os outros acham. Para mim Kardec foi exelente, para muitos não pássa de um mito mas nem por isso deixo de acreditar.
Francisco Amado, parabéns pelo artigo!
O Espiritismo precisa de mais pessoas como você.
Eu conheci o Espiritismo a pouco tempo, mas já posso dizer que sou um ''adepto'', pois acredito(e sigo) os Postulados do egrégio Codificador.
É triste de ver que no Brasil, o Espiritismo tem sido mesclado com o ocultismo e com o ''maravilhoso''.
Kardec nos deixou o crivo da razão, portanto, cabe a nós julgar por conhecimento de causa.
“E falem dois ou três profetas, e
os outros julguem.” Paulo
(I Coríntios 14:29)
Muito obrigado por tantos esclarecimentos. Paz e Luz!
Senhor Francisco Amado, parabéns pelo artigo!
O Espiritismo precisa de pessoas como o senhor, que não aceita passivamente todas as comunicações, e não se deixa levar por ''palavras bonitas''.
Antes, é necessário usar o mais importante ''instrumento'' que Kardec nos deixou: o crivo da razão.
Eu conheci a Doutrina Espírita a pouco tempo, e ainda tenho muitas dúvidas, além de ficar triste com o que tem acontecido com o Espiritismo em nosso país: sendo mesclado com o ocultismo e com o ''maravilhoso''.
Tenho muito respeito e carinho pelo Chico, mas isso não pode se tornar ''chicolatria'', e aceitar cegamente tudo que ele psicografou.
Se aceitarmos que ele foi infalível, logo ele será o ''papa do Espiritismo'', não é mesmo?
“E falem dois ou três profetas, e
os outros julguem.” Paulo
(I Coríntios 14:29)
Muito obrigado pelos esclarecimentos! Paz e Luz!
Meu amigo, também sou espírita. Concordo com você, é necessário analisar toda nova teoria à luz de O Livro dos Espíritos. Roustaing foi muito infeliz com sua obra, mas não podemos recriminá-lo. Quantos de nós não recebemos missões ou tarefas para cristianizar o catolicismo ao longo desses dois milênios, e falhamos dolorosamente? Se Roustaing errou, o que é óbvio,quem pode afirmar que hoje ele não tenha se redimido? Se o amigo aceitar um conselho, massacremos as ideologias mas não os irmãos que nela creem. O Espiritismo, a exemplo do Nazareno, não está em luta com os homens, está em luta com o mal que há nos homens. Pois bem, tire o mal de um homem, e ganhará um irmão. Para isso, é mister um pouco de compreensão. Se Sócrates afirmava que a punição do ignorante é aprender com quem sabe, então ensinar com carinho aqueles que desconhecem é degrau de evolução.
Muita paz.
No Centro Espírita que frequentava, ao questionar o misticismo de alguns autores famosos do espiritismo e a imprudência de médiuns (também famosos), que publicavam obras sem o menor critério de avaliação, fui "atacado" (com todas as máscaras dos bons modos, claro) por uma pessoa muito influente daquela casa.
Fui "apedrejado" com argumentos sem o menor cunho moral ou científico, mas sim, com bastante misticismo, ao extremo mesmo, de obras fantasiosas de Roustaing, Ramatis, Armound, estórias de índigos e cristais... Coisas que nada tem a ver com a Doutrina Espírita.
Ano que vem começo os estudos do em uma casa espírita muito séria nessa questão.
Qualquer coisa que não passe pelo crivo da CUEE, deve ficar no campo das opiniões pessoais.
Boa noite amigos. Esse texto é confuso. Dos vários centros que frequentei, todos pregam a fé raciocinada, o estudo metódico antes de qualquer prática, ou seja os ensinamentos de Kardec. Não sei se o autor é confuso ou está tentando confundir os demais, mas a FEB é Kardecista, organização não quer dizer igrejismo. Polemizar à toa não ajuda em nada, não sei se foi essa a sua intenção, mas não está contribuindo para a divulgação da doutrina. Também não confundir a doutrina com boa parte de seus "seguidores", que menosprezam o estudo e as leis morais.
Quem agradece por toda esta confusão são aqueles chamados "cristãos". Em suas igrejas com certeza é tema para meses de críticas a Doutrina Espírita, é necessário cuidado ao publicar qualquer ideia, pensamento.
Muita Luz!
Boa tarde, meu nome é André Eugênio e fico feliz em ver que nem todos os espíritas abandonaram o bom senso e os livros da codificação. Já ouvi muitos afirmarem que a codificação está ultrapassada. Já vi casas trabalhando sobre rituais desnecessários e apregoando e publicando absurdos. Livros como as crianças Índigo, falando os maiores disparates. O uso de símbolos pintados no chão, amuletos e toda a sorte de coisas que, quem estudou mesmo o espiritismo sabe ser totalmente inútil. Sem contar que, para participar nas casas lhe obrigam a fazer um curso para desenvolver a mediunidade e em vez de esclarecer, confunde. Abraços.
Concordo com o exposto no artigo.
Usei parte do texto, com referência da fonte, nesta mensagem de blog:
domingo, 8 de junho de 2014
É urgente rever o “Igrejismo” dos Centros Espíritas - fruto do “rebanhismo católico” do povo brasileiro
http://cienciatotalidade.blogspot.com.br/2014/06/e-urgente-rever-o-igrejismo-dos-centros.html
Abraços fraternos.
Boa noite!
Interessante a forma como Josué de Freitas descreve os fatos considerados "espíritas", direto, claro, e crítico.
Embora parte do que disse não existe comprovação científica, concordo com ele em vários pontos, principalmente quando disse critica a passividade espírita atual: "nas atitudes passivas dos espíritas, na falta de gosto pelo estudo, no pouco conhecimento doutrinário, nas palavras vazias de oradores pomposos, na política unificacionista (uma versão moderna do 'Fora da Igreja não há salvação')".
Também discordo de várias coisas que ele escreveu, e não acho que Ismael seja irreal. Temos que ser sensatos, só porque uma comunicação não é exclusiva "kardecista" mas sim "roustainista", não quer dizer que ela não tenha validade. Temos que lembrar que as manifestações mediúnicas ocorrem em todos os campos, em todas as religiões. E alem do mais, existe o fator anímico, que você bem deve saber, que é a influencia que o médium exerce nas comunicações, que pode justificar algumas incongruências de informações ditas pelos espíritos, que você citou no seu artigo.
Um ponto que me chama a atençao é que você propõem que o sistema de pensamento desenvolvido por Allan Kardec foi esquecido pelas instituições espíritas. Concordo e assino embaixo, pois, sabemos que Kardec nunca quiz fundar uma religião, e sim uma cadeira na universidade, um curso.
Contudo, temos que ter cautela. Ao afirmar que devemos "restabelecer essa base doutrinária", não podemos esquecer que tudo é evolução, e parar no tempo ou voltar a princípios anteriores nem sempre é um ponto positivo. São por estes caminhos que se consolida o dogmatismo e o ortodoxismo. Para saber mais sobre isso, leia este post que escrevi (websitenovaera.blogspot.com.br/2013/03/pesamento-religiosoespiritual-e-os.html).
Por isso, concordo e discordo de você em vários pontos, e seu texto é uma contribuição nestes estudos.
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