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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Homofobia um insulto e uma fraude.





Watch live video from República dos Espiritos on Justin.tv
Homofobia um insulto e uma fraude.
Este artigo busca espicaçar o atual embuste que é o de acusar as pessoas de serem homofobicas ou até mesmo artigos ou opiniões usando esta palavra homofobia.
Então pesquisei e gostaria que algum advogado complementasse este artigo, pois conclui depois de minha pesquisa que se alguém me acusar de homofobico este alguém é passível de processo por danos morais.
Pois se o repórter ou uma pessoa aponta o dedo e acusa alguém de homofobico o ônus da prova cabe ao que esta fazendo a acusação

Vamos entrar nesta questão mais adiante cabe em primeiro lugar esclarecer a homofobia.A “homofobia” foi posta em circulação pelo psiquiatra norte-americano George Weinberg em 1966, a pedido de uma denominada Gay Activist Alliance (GAA), sem qualquer base científica demonstrada, e unicamente uma arma semântica para neutralizar os opositores do movimento homosexual

O dicionário Longman's, um dos mais atualizados da língua inglesa, define “homofobia” como “medo e ódio aos homossexuais”. O termo foi introduzido no vocabulário do ativismo gay pelo psiquiatra George Weinberg, no livro Society and the Healthy Homosexual (New York, St, Martin's Press, 1972) para designar o complexo emocional que, no seu entender, seria a causa da violência criminosa contra homossexuais.
Todavia até agora ninguém conseguiu demonstrar a existência de tal patologia, nem poderá fazé-lo. Mais fácil será demonstrar que existe papai Noel ou a mula sem cabeça do que homofobia.
Segundo a página do Wikipédia feita pelo Portal LGBT esta é a definição para o termo HOMOFOBIA.
A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo"), é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais e, conseqüentemente, contra a homossexualidade, e que pode incluir formas sutis, silenciosas e insidiosas de preconceito e discriminação contra homossexuais.

Certo vamos separar as coisas para uma melhor compreensão do raciocínio.
O sufixo fobia é o único elemento comum, e se origina do latim cientifico, phobia e se origina do grego, também nome de uma divindade grega “phobos,” significando "pânico, terror", que incutia medo aos inimigos; daí os guerreiros dispunham de sua efígie nas armas.

A fobia ocasiona um estado de angústia, impossível de ser dominado, que se traduz por violenta reação de evitamento, e que sobrevém de modo relativamente persistente, quando certos objetos, tipos de objeto ou situações se fazem presentes, imaginados ou mencionados
As fobias são classificadas entre as neuroses de angústia, na teoria clássica das neuroses.
Uma fobia é uma espécie particular de medo.
Fobias identificadas pela psiquiatria.
Homofobia — etimologicamente medo do semelhante, uso comum: medo da homossexualidade
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo: Lista_de_fobias

Vamos ver outras fobias.
Aracnofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de aranha.A agorafobia é o comportamento de evitação provocado por lugares ou situações onde o escape seria difícil ou embaraçoso caso se tenha uma crise de pânico ou algum mal estar.A acrofobia pode ser perigosa, pois indivíduos que sofrem dela podem ter um ataque de pânico ao encontrarem-se em um lugar alto e não vislumbrarem uma forma de sair dele.
Bacillofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante de micróbios.
Portanto toda FOBIA é uma patologia.
O que é uma patologia?
Patologia (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados.
Mas até o momento atual ninguém provou cientificamente que homofobia seja uma patologia, ou seja, a homofobia, nada mais é que uma fraude sensacionalista e vazia que saiu do nada para atingir lugar algum.

Sendo usado desta forma como bandeira por grupos LGBT para defender sua opinião.
E a população como não é dada a pensamentos mais profundos, abraçou e repete a palavra sem cogitar de sua veracidade, sai acusando as pessoas, de homofobicos.
Certo mas o que significa o prefixo Homo?
Homo vêm do grego, significa "igual", por isso temos palavras homônimas (com mesma grafia e pronúncia), homogêneo (mesma natureza).
No caso, homossexual significaria aquela pessoa que sente atração pelo mesmo sexo.
Observada esta expressão, lato sensu, ter-se-ia: medo do homem, já pelo lado que considera "homo" como "igual", "do mesmo gênero", teria: medo do igual ou medo daquilo que é do mesmo gênero. Isto, porque "fobia" designa "medo", "receio" em qualquer dos casos.

A homofobia tem sido utilizada como termo sinônimo de "homofagia", distorcendo, dessa maneira, sua verdadeira definição.
Portanto o uso deste termo para acusar as pessoas de homofobicas é uma fraude clinica e de etimologia.
A partir do momento que se usa a palavra como metáfora para punir as pessoas.
Bem dito isso só podemos concluir que ao acusar alguém de homofobia esta dizendo que esta pessoa é um doente mental que tem medo de seus iguais.

Podemos concluir que é totalmente errôneo que homofobia seja ódio de pessoas de comportamento sexual diferente e sim medo de iguais.
Homem com medo de Homem, Gay com medo de Gay, Mulher com medo de Mulher isso lógico usando de honestidade intelectual.

Agora sobre a questão do ônus da prova acredito que a gravidade do insulto, em si, é monstruosa, e qualquer pessoa que o sofra pode e deve processar criminalmente o atacante antes que este, usando seu próprio crime como prova contra a vítima, a processe por “homofobia”.
Toda e qualquer acusação de “homofobia”, se não dirigida a autor comprovado de crime violento contra homossexuais, é crime de injúria, difamação e calúnia, acrescido do uso fraudulento da justiça como instrumento de perseguição política.

Conseqüentemente os que por ventura forem acusados dessa fraude devem processar os acusadores, pois do contrário correm o risco de ir para cadeia por motivos metafóricos.
Pois cabe a quem acusa provar que você é um doente mental e muito mais que esta palavra se aplica ao seu caso.
O ônus da prova parte do princípio que toda afirmação precisa de sustentação, de provas para ser levada em consideração. Se tais provas e argumentos não são oferecidos, essa afirmação não tem valor argumentativo e deve ser desconsiderada em um raciocínio lógico.

O ónus da prova ou ônus da prova é uma ferramenta de lógica usada para definir quem é a pessoa responsável por sustentar uma proposição ou conceito. Especifica que a pessoa responsável por uma determinada proposição é também aquela que deve oferecer as provas necessárias para sustentá-la.
“A palavra ônus vem do latim “onus, oneris”, que significa carga, peso fardo, encargo, aquilo que sobrepesa.”
“á acusação cabe o ônus de provar a existência de um fato penalmente ilícito, a sua realização pelo denunciado e a culpa (strictu senso); à defesa compete demonstrar a inexistência de dolo, causas extintivas da punibilidade, causas excludentes da antijuricidade e eventuais excluidoras da culpabilidade”. (RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.)
Dito isso aguardo contribuição de algum advogado para complementar e ou corrigir a reflexão aqui apresentada.

Francisco Amado
Filosofo Deísta.
Mestre Seo: Gerencia conteúdo web, otimiza sites para Google e redes sociais.

domingo, 15 de julho de 2012

Nasa estuda a aura de Chico Xavier.





Em uma pesquisa para saber que foi, quando foi, como foi e onde foi feito a pesquisa
sobre a aura de mais de 10 metros atribuída a Chico xavier.

Encontramos apenas um relato que diz que em um encontro anônimo, onde não é citado ano, nem mês muito menos dia.
Um dia um engenheiro da Nasa, usando de aparelhos sofisticados, examinou a aura de Chico Xavier e ficou impressionado, porque detectou irradiação num raio de 10 metros do corpo físico dele.
Mais adiante encontramos uma data que não se sabe ,qual é origem e fonte.
Em experiências realizadas pela NASA, em Uberaba, Minas Gerais, Brasil, em 1978, o Engenheiro Paul Hild constatou que a aura de Francisco Cândido Xavier era sentida num raio de dez metros, enquanto a de outros médiuns pesquisados se ficou por alguns centímetros?”
O curioso é que um fato revelador deste, teve apenas uma pequena divulgação em jornais espíritas.
Agora outra questão que passa desapercebida e que J. Herculano Pires, jamais falou de tal assunto em seus livros, onde sempre citava pesquisas e pesquisadores da ciência.
Já Sheila Ostrander e Lynn Schroeder contam em seu livro “Experiências Psíquicas além da Cortina de Ferro”
Que no fim do ano de 1939, uma comissão de cientistas russos convidou Francisco Cândido Xavier para ir à Rússia por 6 meses, para se submeter a vários testes relacionados com seus “poderes“.
Para isso, além da viagem, pagar-lhe-iam a quantia de trezentos contos de réis, soma que daria, na época, para pagar a construção de 50 casas populares!
Chico sentiu-se tentado. Estava quase aceitando quando Emmanuel apareceu e lhe disse: - Se queres ir podes, eu fico!
Bem fazendo uma pesquisa sobre Paul Hilde não encontramos absolutamente nada.
Indo direto na fonte ou seja a NASA também lá nada consta sobre o misterioso Paul Hilde que veio no anonimato fazer tal pesquisa, que ficou em segredo e rodeada de mistérios.
Fico sem saber os materiais e os métodos usados, onde foi realizada a experiência, quais os fundamentos teóricos suportados pela ciência em que se baseia e muito seriamente, se este senhor existe sequer.
Sim por que a duvida sobre a existência de misterioso Paul Hilde?
Ao pesquisar "Engenheiro americano Paul Hilde" no Wikipedia inglês este é o resultado
.
There were no results matching the query.
Não houve resultados correspondentes a consulta.
You may create the page "O Engenheiro americano Paul Hilde", but consider checking the search results below to see whether it is already covered.
Você pode criar a página "O Engenheiro americano Paul Hilde", mas considere verificar os resultados de pesquisa abaixo para ver se ele já está coberto.
Ao pesquisar Paul Hilde no google a única coisa que aparece são resultados do facebook.
Paul Hilde é um fã de: TV Shows Programas de TV
Beavis & Butthead Beavis & Butthead
Mais uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos e que é conhecida como LENDA.
A questão que deveria ser tratada sem sentimentalismo por quem diz que é ESPIRITA e a seguinte.
O QUE ESTA POR TRÁS DESSAS INFORMAÇÕES.
1º Chico foi Kardec
.
2º Nasa pesquisou Chico
.
3º As duas informações duvidosa tem a mesma GÊNESE o ILUSTRÍSSIMO Sr Carlos Bacceli
Depois de postar estes questionamentos em uma comunidade do Orkut o pessoal teve um piripak pois, a maioria não compreendeu que o objetivo da critica não era direcionado ao Chico Xavier.
O alvo da critica é a informação e o informante pois, não se encontra nem um dado da existência deste engenheiro Paul Hilde.
Mas, como no meio espírita é um sacrilégio duvidar de qualquer obra mediúnica se colocar o nome Francisco Candido Xavier então, é motivo para ser excomungado, com agravantes de perda de bônus-hora isto se não te transformarem em um ovóide.

TAGS:"keywords"content=" Chico Xavier, NASA estuda a aura de Chico,Chico Xavier, NASA estuda a aura de Chico,Chico Xavier, NASA estuda a aura de Chico,Chico Xavier, NASA estuda a aura de Chico, Chico Xavier, NASA estuda a aura de Chico,Chico Xavier, NASA estuda a aura de Chico

sábado, 14 de julho de 2012

O Kit de Detecção de Fantasias Mediunicas


O Kit de Detecção de Fantasias Mediunicas.


Kardec em toda sua obra apresenta um kit para desmascarar qualquer espírito mal intencionado. Todavia nos dias atuais, a analise critica de certas obras ou de alguns médiuns não é bem vista por muitos que se dizem espíritas, esquecendo que a duvida é um dos elementos básicos da doutrina.

O pensamento Espírita se resume no meio de construir e compreender um argumento racional e o que é especialmente importante de reconhecer um argumento falacioso ou fraudulento.
A questão não é se gostamos da conclusão que emerge de uma cadeia de raciocínio, mas se a conclusão deriva da premissa ou do ponto de partida e se essa premissa é verdadeira.

Segundo afirma a filósofa *Marilena Chauí:
Normalmente se imagina que a crítica permite opor um PENSAMENTO VERDADEIRO a um PENSAMENTO FALSO. Na verdade, a CRÍTICA não é isso. Não é um conjunto de conteúdos verdadeiros que se oporia a um conjunto de conteúdos falsos.
A CRÍTICA É UM TRABALHO INTELECTUAL com a finalidade de EXPLICITAR o conteúdo de um pensamento qualquer, de um DISCURSO QUALQUER, para encontrar o que está sendo silenciado por um pensamento ou por esse discurso.
“O que interessa para a crítica não é o que está EXPLICITAMENTE PENSADO ou EXPLICITAMENTE DITO e, que muitas vezes, nem sequer está sendo PENSADO DE MANEIRA CONSCIENTE. Ou seja, a tarefa da CRÍTICA é fazer falar o que está em silêncio, colocar em movimento um pensamento que possa DESVENDAR todo o silêncio contido em outros pensamentos, em outros discursos.
* Chauí, Marilena – Convite à Filosofia. 4ª edição – 1999. Editora Ática

Eis o Kit de Detecção de Fantasias Mediunicas
1º Procurai, na palavra, a sobriedade e a concisão; poucas palavras, muitas coisas.
(Revista Espírita 1862)

2º A doutrina espírita em vez de dizer: “Creia em primeiro lugar e se puder compreenda em seguida”, ele diz: “Compreenda em primeiro lugar, e creia em seguida se você quiser.
(Revista Espírita 1867)

3º “Saibam, pois que tomamos toda opinião exprimida por um Espírito por uma opinião individual; que não a aceitamos senão depois de havê-la submetido ao controle da lógica e dos meios de investigação que a própria ciência Espírita nos forneceu.”. ”
(Revista Espírita 1859)

4º Eu não aceito jamais nada sem exame e sem controle; não adoto uma idéia a não ser que ela me pareça racional, lógica, se está de acordo com os fatos e as observações, se nada de sério a vem contradizer.
(Revista Espírita 1859)

5º Em resumo, é um grave erro o se crer obrigado a publicar tudo que dizem os Espíritos, porque se os há bons e iluminados, os há maus e ignorantes; é importante fazer uma escolha muito rigorosa de suas comunicações e de descartar tudo que é inútil, insignificante, falso ou de natureza a produzir uma má impressão.
(Revista Espírita 1863)

6º A linguagem dos Espíritos é, portanto, o verdadeiro critério pelo qual podemos julgá-los; sendo a linguagem a expressão do pensamento, tem sempre um reflexo das qualidades boas ou más do indivíduo. Não é sempre pela linguagem que nós julgamos os homens que não conhecemos?
Revista Espírita 1859)

Além de nos ensinar o que fazer na hora de avaliar os livros ditos espíritas, um bom Kit de Detecção de Fantasias Mediunicas deve também nos ensinar o que não fazer.

Ele nos ajuda a reconhecer as falácias mais comuns e mais perigosas da lógica e da retórica. Muitos bons exemplos podem ser encontrados na religião e na política, porque seus profissionais são freqüentemente obrigados a justificar duas proposições contraditórias. Entre essas falácias estão:

Argumentos “ad hominem”, expressão latina que significa “ao homem”. Acontece quando atacamos a pessoa que fala e não o argumento. Exemplo: “Você não vai acreditar na palavra de um negro, não é?!” ou “Fernando Henrique é um péssimo presidente. Também, o que você queria de um sociólogo?!”

Argumento de autoridade, tipo de argumento que se baseia na autoridade de quem fala e não na lógica. Exemplo: “Quem me disse que beber água faz mal foi o Sr.Luís, deputado federal, então só pode ser verdade.” ou “Se o pajé mandou não dar remédios às crianças e esperar os espíritos curarem elas, então é certo. O pajé não erra.”

Argumento das conseqüências adversas, tipo de argumento que tenta validar uma afirmação dizendo que seria impossível se ela não existisse. Exemplo: “Se não existisse um Deus tomando conta de tudo, isso aqui viraria uma bagunça!” ou “Se não matarmos esse bandido, os outros terão certeza da impunidade e a criminalidade vai aumentar muito!”

Apelo à ignorância, a afirmação de que qualquer coisa que não se provou ser falsa é verdadeira, e vice-versa. Exemplo: “Ele não provou que é homem, então ele é homossexual.” ou “Ninguém conseguiu provar que não existe imortalidade, então, na verdade, somos todos imortais.”

Alegação especial, afirmação que recorre a conceitos que seriam inatingíveis para as pessoas comuns (freqüentemente usado para salvar um argumento em profundas dificuldades teóricas). Exemplo: “- Não consigo entender a reencarnação, porque há muito mais gente viva hoje, do que há 10.000 anos. / – Isso é porque você não entende a doutrina dos espíritos.” ou “Você não compreende a magia porque não é um iluminado.”

Petição de princípio (também chamada de Supor a Resposta) é quando se faz uma pergunta direcionada para obter determinada resposta específica. Exemplo: “Você não acha que essa estória é falsa?” ou “No meu lugar você não faria a mesma coisa?”

Seleção das observações (também chamada de enumeração das circunstâncias favoráveis), Francis Bacon definiu essa falácia como “Contar os acertos e esquecer os fracassos.” Exemplo: “O brasileiro é bom de plano econômico, veja quanto tempo o Real deu certo.” (Esqueceu de mencionar os casos em que não durou nem uma semana, como cruzado, cruzado II, cruzeiro real etc.)

Estatística dos números pequenos, falácia parecida com a anterior, mas só que usa números estatísticos de forma errônea. Exemplo: “Dizem que no planeta Terra, em cada cinco habitantes, um é chinês. Que estupidez! Conheço mais de cem pessoas e nenhuma delas é chinesa!”

Compreensão errônea da natureza estatística é quando se pega uma estatística e se interpreta livremente, sem compromisso com a realidade. 10. Incoerência tomar certa atitude para certos casos, e outra para outros.

“Non Sequitur” expressão latina que significa “não se segue”. Dizer uma coisa que não tem nada a ver com outra. Exemplo: “O América vai ganhar esse jogo por que Deus é grande!” ou “Nosso país é muito rico, por isso temos inflação.”

“Post Hoc, Ergo Propter Hoc” expressão latina que significa “se aconteceu depois de um fato, foi causado por ele”. Exemplo: “Você notou que o El Niño só fez aquele estrago todo depois que o Fernando Henrique se elegeu. Esse cara causa todos os males.” ou “Depois que você disse que estava tudo errado, tudo começou a dar errado na minha vida.”

Pergunta sem sentido, pergunta que traz em si uma incoerência. Exemplo: “O que aconteceria se uma força irresistível atuasse sobre um corpo imóvel?” (Se uma força é irresistível, nenhum corpo está imóvel) ou “Você entende que Deus criou o demônio para exercer mais controle sobre os humanos?

Exclusão do meio-termo ou dicotomia falsa, argumento que só considera os dois extremos entre várias possibilidades. Exemplo: “Se você não está do meu lado, está contra mim!” ou “ou você acredita em Deus, Jesus Cristo, em todos os santos, na infalibilidade do Papa ou você é um ateu!”

Curto Prazo versus Longo Prazo subconjunto da falácia anterior, mas muito comum. Exemplo: “Não podemos investir mais em educação porque o problema da violência precisa de solução mais imediata.”

Declive escorregadio, caso em que se aceitamos um meio termo, ele necessariamente conduzirá a algum extremo. Exemplo: “Se você deixar o aluno ir fazer xixi uma vez, ele vai acabar querendo ir toda hora e aí vai virar bagunça.” ou “Na hora em que começarem a permitir o uso de armas pequenas, logo todos terão armas enormes.”

Confusão de correlação e causa argumento em que uma coincidência estatística, é entendida como causa. Exemplo: “Mais de 50% dos homossexuais têm curso superior, conclui-se que estudar transforma a pessoa em homossexual.”

Espantalho, argumento que ridiculariza uma posição intelectual para facilitar o ataque. Exemplo: “Não posso apoiar alguém que se diz filho de macacos!” (para ridicularizar o Darwinismo).

Evidência suprimida ou meia verdade, o mesmo que apresentar uma evidência escondendo alguns detalhes que a invalidariam. Exemplo: “Este bairro está muito violento, só ontem morreram duas pessoas.” (ele só não disse que as duas morreram de causas naturais).

Palavras equívocas utilizar eufemismos, ou seja, outras palavras “enfeitadas” para designar conceitos desagradáveis cujas verdadeiras palavras tenham conotação negativa. Exemplo: Ela é minha ajudante (Em lugar de empregada doméstica) Ele vivia de caridade pública" (em vez de "esmolas")

Conhecer a existência dessas falácias lógicas e retóricas completa O Kit de Detecção de Fantasias Mediunicas.

Agora cabe a você, aplicar isto aos livros ditos espíritas, para detectar se realmente são espíritas ou espiritualistas.

Francisco Amado

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Controle Universal dos Espíritos



Revista Espírita, abril de 1864

Já abordamos esta questão em nosso ultimo número, a propósito de um artigo especial – da perfeição dos seres criados. Mas ela é de tal importância, tem conseqüências de tal magnitude para o futuro do Espiritismo, que julgamos dever tratá-lo de modo mais completo.

Se a Doutrina Espírita fosse uma concepção puramente humana, não teria como garantia senão as luzes de quem a tivesse concebida. Ora, ninguém aqui poderia ter a pretensão fundada de possuir, ele só, a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram se tivessem manifestado a um só homem, nada garantiria a sua origem, pois seria preciso crer sob palavra naquele que dissesse ter recebido seu ensino. Admitindo de sua parte uma perfeita sinceridade, ao menos poderia convencer as pessoas de seu ambiente. Poderia ter sectários, mas não conseguiria jamais atrair todo o mundo.

Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por uma via mais rápida e mais autêntica. Eis por que encarregou os Espíritos de a levar de um a outro polo, manifestando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir a sua palavra. Um homem pode ser enganado, pode mesmo enganar-se. Assim não poderia ser quando milhões de homens vêem e ouvem a mesma coisa: é uma garantia para cada um e para todos. Aliás pode fazer-se um homem desaparecer, mas não desaparecem as massas. Podem queimar-se os livros, mas não os Espíritos. Ora, se queimassem todos os livros, a fonte da doutrina não seria emudecida, por isso que não está na terra: surge por toda a parte e cada um pode aproveitá-la. Em falta de homens para a espalhar, haverá sempre Espíritos que atingem todo o mundo e ninguém os pode atingir.

Na realidade, são os próprios Espíritos que fazem a propaganda, auxiliados por inumeráveis médiuns que suscitam por todos os lados. Se tivessem tido um intérprete único, por mais favorecido que fosse, o Espiritismo seria apenas conhecido. Esse mesmo intérprete, fosse de que classe fosse, teria sido objeto de prevenções por parte de muita gente. Nem todas as nações o teriam aceitado, ao passo que os Espíritos se comunicam por toda a parte, a todos os povos, a todas as seitas e partidos, sendo aceitos por todos. O Espiritismo não tem nacionalidade. Está por fora de todos os cultos particulares, não é imposto por nenhuma classe da sociedade, pois cada um pode receber instruções de parentes e amigos de além túmulo. Era preciso que assim fosse, para que pudesse chamar todos os homens à fraternidade. Se, não tivesse colocado em terreno neutro, teria mantido dissenções, em vez de as apaziguar.

Essa universalidade do ensino dos Espíritos constitui a força do Espiritismo. Aí, também, está a causa de sua propagação tão rápida. Ao passo que a voz de um só homem, mesmo com o auxílio da imprensa, teria levado séculos antes de chegar a todos os ouvidos, eis que milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os pontos da terra, para proclamar os mesmos princípios, e os transmitir aos mais ignorantes, como aos mais sábios, a fim de que ninguém fique deserdado. É uma vantagem de que não gozou nenhuma das doutrinas até hoje aparecidas. Se, pois, o Espiritismo é uma verdade, nem teme a má vontade dos homens, nem as revoluções morais, nem os desmoronamentos físicos do globo, porque nenhuma dessas coisas podem atingir os Espíritos.

Mas se não é a única vantagem resultante desta posição excepcional, o Espiritismo aí encontra uma onipotente garantia contra os cismas que poderiam suscitar, pela ambição de uns, ou pelas contradições de certos Espíritas. Seguramente essas contradições são com escolho, mas que leva em si o remédio ao lado do mal.

Sabe-se que os Espíritos, por força da diferença existente em suas capacidades, estão longe de estar individualmente na posse de toda a verdade; que nem a todos é dado penetrar certos mistérios; que seu saber é proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares não sabem mais que os homens e até menos que certos homens; que entre eles, como entre estes, há presunçosos e pseudo-sábios, que crêem saber o que não sabem, sistemáticos que tomam suas verdades; enfim, que os Espíritos de ordem mais elevada, os que estão completamente desmaterializados, são os únicos despojados das idéias e preconceitos terrenos. Mas sabe-se, também, que os Espíritos enganadores não tem escrúpulo em esconder-se sob nomes de empréstimo, para fazerem aceitas as suas utopias. Disso resulta que, para tudo quanto esteja fora do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um pode obter tem um caráter individual sem autenticidade. Que devem ser consideradas como opinião pessoais de tal ou qual Espírito, e que seria imprudente aceitá-las e promulgá-las levianamente como verdades absolutas.

O primeiro controle é, sem sombra de dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter, sem exceção, tudo quanto vem dos Espíritos. Toda teoria em manifesta contradição com o bom senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos que se possuem, por mais respeitável que seja a sua assinatura, deve ser rejeitada. Mas esse controle é incompleto em muitos casos, por força da insuficiência das luzes de certas pessoas e da tendência de muitos a tomar seu próprio julgamento por único árbitro da verdade. Em tal caso, que fazem os homens que não tem absoluta confiança em si próprios? Seguem a opinião do maior número e a opinião da maioria é o seu guia. Assim deve ser a respeito do ensino dos Espíritos, que nos fornecem, eles próprios, os seus meios.

A concordância no ensino dos Espíritos é, pois, o melhor controle, mas ainda é preciso que ocorra em certas condições. A menos segura de todas é quando um médium interroga, ele próprio, a vários Espíritos sobre um ponto duvidoso. É evidente que se estiver sob o império de uma obsessão e se tratar com um Espírito enganador, este lhe pode dizer a mesma coisa com nomes diversos. Também não há garantia suficiente na conformidade obtida pelo médiuns de um mesmo centro, pois podem sofrer a mesma influência. A única séria garantia está na concordância que exista entre as revelações espontâneas, feitas por grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em diversas regiões. Compreende-se que aqui não se trata de comunicações relativas a interesses secundários, mas do que se liga aos princípios da mesmos da doutrina.

Prova a experiência que quando um princípio novo deve ter a sua solução, é ensinado espontaneamente em diversos ponto ao mesmo tempo e de maneira, senão na forma, ao menos no fundo. Se, pois, a um Espírito agrada formular um sistema excêntrico, baseado em suas próprias idéias e fora da verdade, podemos estar certos que o sistema ficará circunscrito e cairá ante a humanidade das instruções dadas por toda a parte, como já houve vários exemplos. É essa unanimidade que faz caírem todos os sistemas parciais, nascidos na origem do Espiritismo, quando cada um explicava os fenômenos à sua maneira e antes que fossem conhecidas as leis que regem as relações entre o mundo visível e o invisível.

Tal a base em que nos apoiamos quando formulamos um princípio da doutrina. Não o damos como verdadeiro por ser conforme as nossas idéias; não nos colocamos absolutamente como árbitro supremo da verdade e a ninguém dizemos: "Crede nisto porque o dizemos". Nossa opinião, aos nossos olhos, não passa de opinião pessoal, que pode ser justa ou falsa, desde que não somos mais infalível que qualquer outro. Também não é porque um princípio nos é ensinado que para nós é a verdade, mas porque recebeu a sanção da concordância.

Esse controle universal é uma garantia para a futura unidade do Espiritismo e anulará todas as teorias contraditórias. É aí que, no futuro, será procurado o critério da verdade. O que fez o sucesso da doutrina formulada no Livro dos Espíritos e no Livro dos Médiuns é que por toda parte cada um pode receber dos Espíritos, diretamente, a confirmação do que eles encerram. Se, de todos os lados, os Espíritos tivessem vindo contradize-los, de há muito esses livros teriam tido a sorte de todas as concepções fantásticas. O próprio apoio da imprensa não os teria salvo do naufrágio, ao passo que, privados desse apoio, nem por isto deixaram de fazer um caminho rápido, porque tiveram o dos Espíritos, cuja boa vontade compensou com sobra a má vontade dos homens. Assim será com todas as idéias emanadas dos Espíritos ou dos homens que não puderem suportar a prova do controle, cujo poder ninguém poderá contestar.

Suponhamos, pois, que apraza a certos Espíritos ditar, sob um título qualquer, um livro em sentido contrário. Suponhamos mesmo que, numa intenção hostil, e visando desacreditar a doutrina, a malevolência suscitasse comunicações apócrifas. Que influência poderiam ter esses escritos, se são desmentidos de todos os lados pelos Espíritos? É da adesão destes últimos que seria necessário assegurar-se, antes de lançar um sistema em seu nome. Do sistema de um só ao de todos há uma distância da unidade ao infinito. Que podem mesmo todos os argumentos dos detratores sobre a opinião das massas, quando milhão de vozes amigas, partidas do espaço, vem de todos os pontos do globo e no seio de cada família, os bater na brecha? Sob esse ponto a experiência já não confirmou a teoria? Em que se tornaram todas as publicações que se diziam vir aniquilar o Espiritismo? Qual a que lhe deteve a marcha? Até hoje a questão não tinha sido encarada sob este ponto de vista, sem dúvida um dos mais sérios. Cada um contou consigo, mas não com os Espíritos.

Ressalta de tudo isto uma verdade capital: é que quem quer que quisesse atravessar-se contra a corrente das idéias estabelecidas e sancionadas, poderia bem causar uma pequena perturbação local e momentânea, mas nunca dominar o conjunto, mesmo no presente e, ainda menos, no futuro.

Ressalta, ainda, que as instruções dadas pelos Espíritos sobre pontos da doutrina ainda não elucidados, não poderia constituir lei, enquanto ficassem isoladas. Consequentemente, não devem ser aceitas senão com todas as reservas e a título de informação.

Daí a necessidade de dar à sua publicação a maior prudência. E, no caso se julgasse dever publicá-las, importa não as apresentar senão como opiniões individuais, mais ou menos prováveis, mas tendo, em todo o caso, necessidade de confirmação. É essa confirmação que se deve esperar, antes de apresentar um princípio como verdade absoluta, se não quiser ser acusado de leviandade ou de irrefletida credulidade.

Em suas revelações, os Espíritos superiores procedem com extrema sabedoria. Só gradativamente abordam as grandes questões da doutrina, à medida que a inteligência se torna apta a compreender verdades de uma ordem mais elevada, e que circunstâncias propícias para a emissão de uma idéia nova. Eis porque, desde o começo, não disseram tudo e ainda hoje não o disseram, jamais cedendo à impaciência de criaturas muito apressadas, que querem colher os frutos antes de sua maturidade. Seria, pois, supérfluo querer precipitar o tempo marcado a cada coisa pela Providência, porque então os Espíritos realmente sérios positivamente recusam o seu concurso; mas os Espíritos levianos, pouco se incomodando com a verdade, a tudo respondem. É por isso que, sobre todas as questões prematuras, sempre há respostas contraditórias.

Os princípios acima não são fruto de uma teoria pessoal, mas a conseqüência forçosa das condições em que se manifestam os Espíritos. É evidente que se um Espírito diz uma coisa de um lado, enquanto milhões dizem o contrário alhures, a presunção de verdade não pode estar com aquele que é o único ou mais ou menos de sua opinião. Ora, pretender ser o único a ter razão contra todos seria tão ilógico da parte de um Espírito quanto da parte de um homem. Os Espíritos verdadeiramente sábios, se não se sentem suficientemente esclarecidos sobre uma questão, jamais a resolvem de maneira absoluta. Declaram não a tratar senão de seu ponto de vista, e aconselham mesmo a esperar-se a sua confirmação.

Por mais bela, justa e grande que seja uma idéia, é impossível que, desde o começo, alie todas as opiniões. Os conflitos daí resultantes são conseqüência inevitável do movimento que se opera. São mesmo necessários para melhor destacar a verdade, e é útil que ocorram no começo, para que as idéias falsas sejam mais prontamente desgastadas. Os espíritas que concebessem alguns temores devem, pois, ficar perfeitamente seguros. Todas as pretensões isoladas cairão pela força das coisas, ante o grande e poderoso critérium de controle universal. Não é à opinião de um homem que se aliarão, é a voz unânime dos Espíritos. Não é um homem, nem nós mais que outro, que fundará a ortodoxia espírita; também não é um Espírito vindo impor-se a quem quer que seja: é a universalidade dos Espíritos, comunicando-se em toda a terra, por ordem de Deus. Aí está o caráter essencial da doutrina espírita. Aí está a sua força e a sua autoridade. Deus quis que a sua lei se assentasse numa base inabalável, e, por isso, não a assentou sobre a cabeça frágil de um só.

É perante esse poderoso areópago, que nem conhece grupelhos, nem as rivalidades invejosas, nem seitas ou nações, que virão quebrar-se todas as oposições, todas as ambições, todas as pretensões à supremacia individual; que nós mesmos nos quebraríamos se quiséssemos substituir os seus soberanos desígnios por nossas próprias idéias; ele é o único que resolverá todas as questões litigiosas, que fará calarem-se as dissidências e dará ou não razão a quem de direito. Ante esse imponente acordo de todas as vozes do céu, que pode a opinião de um homem ou de um Espírito? Menos que a gota d’água que se perde no oceano, menos que a voz da criança, abafada pela tempestade.

A opinião universal, eis, então, o juiz supremo, o que se pronuncia em última instância. Ela se forma de todas as opiniões individuais. Se uma delas for verdadeira, terá apenas o seu peso relativo na balança. Se for falsa, não pode triunfar sobre todas as outras. Neste imenso concurso os indivíduos se apagam, e aí está um novo cheque para o orgulho humano.

Esse conjunto harmonioso já se desenha. Ora, este século não passará sem que resplandeça em todo o seu brilho, de maneira a fixar todas as incertezas. Porque, daqui para a frente vozes poderosas terão recebido a missão de se fazer ouvir para aliar os homens sob a mesma bandeira, desde que o campo seja suficientemente trabalhado. Enquanto espera, aquele que flutuasse entre dois sistemas opostos, pode observar em que sentido se forma a opinião geral; é o índice certo do sentido no qual se pronuncia a maioria dos Espíritos sobre os diversos pontos em que se comunicam. É um sinal não menos certo de qual dos dois sistemas triunfará.



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quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Livro dos Espíritos edição francesa







Os acréscimos e modificações na 13a edição francesa do Livro dos Espíritos

Silvio Seno Chibeni

Em 1865, saiu a 13a edição francesa de Le Livre des Esprits. Segundo registra a “Nota explicativa” da reprodução da 2a edição publicada pela FEB em 1998 (ver resenha em Mundo Espírita, fevereiro de 2002, p. 5), Kardec introduziu no texto diversos “acréscimos e modificações”. Ao contrário do que aconteceu com a Errata da 5a edição (ver Mundo Espírita, ... de 2002, p....), essas alterações se incorporaram definitivamente à obra. Estão presentes nas edições correntes em francês, português, inglês e esperanto que pudemos consultar, o que evidencia que elas se basearam em alguma edição posterior à 12a. (Aliás, quase nenhuma tradução de textos espíritas indica precisamente o original utilizado – um indício, dentre muitos outros, da falta de rigor editorial.)

O objetivo deste artigo é traduzir e comentar o trecho da “Note explicative” referente aos acréscimos e modificações. Na Nota, esse trecho forma um único parágrafo; as alterações são numeradas por letras. Para clareza de exposição, apresentaremos os itens em parágrafos separados, mantendo porém a numeração original. Como as referências são feitas pelas páginas e linhas da edição francesa, forneceremos entre colchetes e em itálicos informações que facilitem a localização em outras edições.

A) página 20: modificação da redação das linhas 5, 6 e 7 [período final do comentário de Kardec à questão 51];

B) página 59: indicação do Livro dos Médiuns na nota que segue a resposta à questão 137;

C) página 60: indicação do parágrafo II na nota de rodapé [no final do comentário de Kardec à questão 139];

D) página 107: modificação da redação e acréscimos a partir da linha 4 [item 222, sexto parágrafo do fim para o começo (essa contagem varia de tradução para tradução), a partir da expressão “Outro, no entanto, ela apresenta ...” (na tradução de Guillon Ribeiro, FEB)];

E) página 252: supressão, conforme a “Errata” mencionada acima [final da resposta à questão 586];

F) páginas 263/264: acréscimo no comentário de Allan Kardec a partir do 2o parágrafo (O ponto inicial ...) [questão 613; note-se que na tradução de Guillon Ribeiro este ficou sendo o 3o parágrafo do comentário de Kardec];

G) página 377: modificação do 1o sub-título, de “Questões morais diversas” para “As virtudes e os vícios” [título da primeira seção do último capítulo da 3a parte];

H) página 384: correção na redação da resposta à questão 911, de “eles” para “elas” [note-se que na elegante e correta tradução de Guillon o pronome ficou elíptico; refere-se às formas verbais “Querem” e “ficam”].

Conforme fizemos notar em nossa resenha da edição histórica de Le Livre des Esprits publicada pela FEB, o admirável esforço empreendido pela Union Spirite Française et Francophone, que se responsabilizou pelas pesquisas bibliográficas nas edições guardadas na Biblioteca Nacional da França, ficou parcialmente comprometido, no que tange ao tópico que estamos analisando no presente artigo, pela falta de precisão em alguns dos itens dessa lista de “acréscimos e modificações”. Examinemos a lista:

Itens B, G e H: estão inteiramente claros.

Item E: dada a reprodução da Errata no final da edição, a alteração feita aqui também pode ser determinada com precisão (ver artigo em Mundo Espírita, ... de 2002, p. ...).

Item C: há aqui uma pequena ambigüidade: Kardec terá acrescentado a nota de rodapé inteira ou apenas, em seu final, o símbolo “§ II” ?

Item F: também aqui há alguma margem para dúvida: o “acréscimo” refere-se a todo o texto do comentário, a partir do ponto indicado, ou houve um acréscimo dentro dele? (A frase francesa “ajout dans le commentaire d’Allan Kardec à partir...” não deixa isso totalmente claro.)

Item A: aqui a falta de informação é grave: o que precisamente foi modificado?

Item D: novamente, ficamos sem saber o que foi modificado e acrescentado no texto de quase uma página, a partir do ponto indicado.

Evidentemente, quem realizou as pesquisas nas edições francesas tinha todas as informações necessárias para sanar as ambigüidades e pontos obscuros que apontamos. É lamentável que elas não tenham sido fornecidas na Nota explicativa aposta no início da edição da FEB. Mas a falha poderá ser facilmente reparada em futura reedição.

Como também já sugerimos na resenha, o rigor editorial recomendaria que todas as alterações feitas na 13a edição (ou em qualquer outra) não fossem incorporadas ao texto histórico que a FEB, o CEI, a USFF e o IDE em boa hora deram a público. Este deveria ser a reprodução exata do texto da 2a edição francesa, tal qual saiu em Paris em 1860, e de que a FEB guarda precioso exemplar. Todas as alterações ulteriores feitas por Kardec deveriam estar registradas, de forma precisa e completa, em notas ou apêndices preparados pelos editores. Aguardamos, pois, que num futuro breve isso seja feito, em benefício das pesquisas espíritas, e no sentido da implantação no meio espírita de uma tradição de tratamento cuidadoso de textos como a que existe na área acadêmica.



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I – Espiritismo e Espiritualismo


I – Espiritismo e Espiritualismo
por Allan Kardec, em 1857

Para as coisas novas necessitamos de palavras novas, pois assim o exige a clareza de linguagem, para evitarmos a confusão inerente aos múltiplos sentidos dos próprios vocábulos. As palavras espiritual, espiritualista, espiritualismo têm uma significação bem definida; dar-lhes outra, para aplica-las à Doutrina dos Espíritos, seria multiplicar as causas já tão numerosas da anfibologia. Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue dai que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível.

Em lugar das palavras espiritual e espiritualismo, empregaremos, para designar esta última crença, as palavras espírita e espiritismo, nas quais a forma lembra a origem e o sentido radical e que por isso mesmo têm a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis, deixando para espiritualismo a sua significação própria. Diremos, portanto, que a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível.

Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se o quiserem, os espiritistas.
Como especialidade O Livro dos Espíritos contém a Doutrina Espírita; como generalidade liga-se ao Espiritualismo, do qual apresenta uma das fases. Essa a razão por que traz sobre o título as palavras: Filosofia Espiritualista.

II – Alma, Princípio Vital e Fluido Vital

Há outra palavra sobre a qual igualmente devemos entender-nos, porque é uma das chaves de toda doutrina moral e tem suscitado numerosas controvérsias, por falta de uma acepção bem determinada; é a palavra alma. A divergência de opiniões sobre a natureza da alma provém da aplicação particular que cada qual faz desse vocábulo. Uma língua perfeita, em que cada idéia tivesse a sua representação por um termo próprio, evitaria muitas discussões; com uma palavra para cada coisa, todos se entenderiam.

Segundo uns, a alma é o princípio da vida orgânica material; não tem existência própria e se extingue com a vida: é o puro materialismo. Nesse sentido e por comparação, dizem de um instrumento quebrado, que não produz mais som, que ele não tem alma. De acordo com esta opinião, a alma seria um efeito e não uma causa.
Outros pensam que a alma é o princípio da inteligência, agente universal de que cada ser absorve uma porção. Segundo estes, não haveria em todo o universo senão uma única alma, distribuindo fagulhas para os diversos seres inteligentes, durante a vida; após a morte, cada fagulha volta à fonte comum, confundindo-se no todo, como os córregos e os rios retornam ao mar de onde saíram.

Esta opinião difere da precedente em que, segundo esta hipótese, existe em nós algo mais do que a matéria, restando qualquer coisa após a morte; mas é quase como se nada restasse, pois não subsistindo a individualidade não teríamos mais consciência de nós mesmos. De acordo com esta opinião, a alma universal seria Deus e cada ser uma porção da Divindade; é esta uma variedade do Panteísmo.

Segundo outros, enfim, a alma é um ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva a sua individualidade após a morte. Esta concepção é incontestavelmente a mais comum, porque, sob um nome ou outro, a idéia desse ser que sobrevive ao corpo se encontra em estado de crença instintiva, e independente de qualquer ensinança, entre todos os povos, qualquer que seja o seu grau de civilização.

Essa doutrina, para a qual a alma é causa e não efeito, é a dos espiritualistas.
Sem discutir o mérito dessas opiniões e não considerando senão o lado lingüístico da questão, diremos que essas três aplicações da palavra alma constituem três idéias distintas, que reclamariam cada uma um termo diferente.

Essa palavra tem, portanto, significação tríplice, e cada qual está com a razão, segundo o seu ponto de vista ao lhe dar uma definição; a falha se encontra na língua, que não dispõe de mais de uma palavra para três idéias. Para evitar confusões, seria necessário restringir a acepção da palavra alma a uma de suas idéias. Escolher esta ou aquela é indiferente, simples questão de convenção, e o que importa é esclarecer. Pensamos que o mais lógico é tomá- la na sua significação mais vulgar, e por isso chamamos ALMA ao ser imaterial e individual que existe em nós e sobrevive ao corpo. Ainda que este ser não existisse e não fosse mais que um produto da imaginação, seria necessário um termo para designá-lo.

Na falta de uma palavra especial para cada uma das duas outras idéias, chamaremos:
Princípio vital, o princípio da vida material e orgânica, seja qual for a sua fonte, que é comum a todos os seres vivos, desde as plantas ao homem. A vida podendo existir, sem a faculdade de pensar, o princípio vital é coisa distinta e independente. A palavra vitalidade não daria a mesma idéia.

Para uns, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz quando a matéria se encontra em dadas circunstâncias; segundo outros, e essa idéia é a mais comum, ele se encontra num fluido especial, universalmente espalhado, do qual cada ser absorve e assimila uma parte durante a vida, como vemos os corpos inertes absorverem a luz. Este seria então o fluido vital, que, segundo certas opiniões, não seria outra coisa senão o fluido elétrico animalizado, também designado por fluido magnético, fluido nervoso etc.

Seja como for, há um fato incontestável, pois resulta da observação: é que os seres orgânicos possuem uma força íntima que produz o fenômeno da vida, enquanto essa força existe; que a vida material é comum a todos os seres orgânicos, e que ela independe da inteligência e do pensamento; que a inteligência e o pensamento são faculdades próprias de certas espécies orgânicas; enfim, que, entre as espécies orgânicas dotadas de inteligência e pensamento, há uma dotada de um senso moral especial que lhe dá incontestável superioridade perante as outras, e que é a espécie humana.

Compreende-se que, com uma significação múltipla, a alma não exclui o materialismo, nem o panteísmo. Mesmo o espiritualista pode muito bem entender a alma segundo uma ou outra das duas primeiras definições, sem prejuízo do ser material distinto, ao qual dará qualquer outro nome. Assim, essa palavra não representa uma opinião: é um Proteu, que cada qual ajeita a seu modo, o que dá origem a tantas disputas intermináveis.

Evitaríamos igualmente a confusão, mesmo empregando a palavra alma nos três casos, desde que lhe ajuntássemos um qualificativo para especificar a maneira pela qual a encaramos ou a aplicação que lhe damos. Ela seria então um termo genérico, representando ao mesmo tempo o princípio da vida material, da inteligência e do senso moral, que se distinguiriam pelo atributo, como o gás, por exemplo, que se distingue ajuntando-se-lhe as palavras hidrogênio, oxigênio e azoto. Poderíamos dizer, e talvez fosse o melhor, a alma vital para designar o princípio da vida material, a alma intelectual para o princípio da inteligência, e a alma espírita para o princípio da nossa individualidade após a morte.

Como se vê, tudo isto é questão de palavras, mas questão muito importante para nos entendermos. Dessa maneira, a alma vital seria comum a todos os seres orgânicos: plantas, animais e homens; a alma intelectual seria própria dos animais e dos homens, e a alma espírita pertenceria somente ao homem.

Acreditamos dever insistir tanto mais nestas explicações, quanto a Doutrina Espírita repousa naturalmente sobre a existência em nós de um ser independente da matéria e que sobrevive ao corpo. Devendo repetir freqüentemente a palavra alma no curso desta obra, tínhamos de fixar o sentido em que a tomamos, a fim de evitar qualquer engano.
Vamos, agora, ao principal objetivo desta instrução preliminar.

terça-feira, 3 de julho de 2012

CRITICA NOSSO LAR parte 01


CRITICA NOSSO LAR parte 01



KARDEC VISITA NOSSO LAR


Kardec era extremamente crítico quanto a tudo o que chegava em suas mãos.
Antes de desencarnar ele mostrou como fez e deixou todo o método necessário para que a doutrina pudesse continuar evoluindo de maneira segura e confiável, tal como quando foi codificada.
Todavia o que vemos nos dias atuais é o abandono de toda uma metodologia onde começaram a aceitar qualquer novidade para a doutrina, como se ela a doutrina tivesse que ser um "almanaque abril”, que precisa sempre de novidades e atualizações anuais para vender bem.
Bem aqui aplicamos o debatido, renegado e mal entendido C.U.E.E

“O primeiro controle é, sem sombra de dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter, sem exceção, tudo quanto vem dos Espíritos.”
[Controle Universal dos Espíritos Revista Espírita, abril de 1864]

Para iniciar é preciso conhecer de fato o curriculum dos autores.

Chico Xavier foi quem psicografou, era médium, mas, nunca deixou de ser católico e isto pode ser visto aqui.

http://ensinoespirita.blogspot.com/2010/08/um-grande-medium-catolico.html

André Luiz um espírito de um ATEU que depois de sair de um suposto umbral dita uma obra que é considerada o mais importante livro da bibliografia espírita.

Na obra podemos ver uma tentativa de enxertar conceitos e ensinos católicos tanto que o espírito é considerado suicida por má alimentação dando ênfase para um dos sete pecados capitais da igreja.
Gula: comer somente por prazer, em quantidade superior àquela necessária para o corpo humano.

KARDEC ENTRA EM NOSSO LAR.
No mundo espiritual existe tudo qual no mundo material isto é, há uma correspondência?
R - Não é uma ficção. Swedenborg. Revista Espírita 1859 pág 279.
Swedenborg quando vivo, criou uma teoria sobre o mundo espiritual aos moldes de André Luiz; mas ao chegar no mundo dos espíritos reconheceu seus devaneios e, por ter alcançado um grau evolução excelente, sendo uma das maiores inteligências da história, sem com isso o livrar do compromisso com a verdade, que não dá a infalibilidade a ninguém, veio sob a tutela do Espírito de Verdade restabelecer todas as coisas, e, mais esclarecido sobre as coisas do espírito dar-nos uma visão melhor sobre o mundo dos espíritos.
Sobre a RESPOSTA de Swedenborg. Revista Espírita. Basta clicar no link abaixo.

http://ensinoespirita.blogspot.com/2010/09/revelacoes-de-swedenborg.html


Nosso Lar cpt 02
Eu, que detestara as religiões no mundo, experimentava agora a necessidade de conforto místico. Médico extremamente arraigado ao negativismo da minha geração, impunha-se-me atitude renovadora.
ANALISE_ Vemos a identificação do espírito, um ateu convicto, que no maximo conhecia alguns dogmas católicos sobre a vida após a morte.

Nosso Lar cpt 3
Clarêncio, que se apoiava num cajado de substância luminosa, deteve-se à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas. Tateando um ponto da muralha, fez-se longa abertura, através da qual penetramos, silenciosos.

ANALISE_ É da essência de um Espírito elevado se ligar mais ao pensamento que à forma e à matéria, de onde se segue que a elevação do Espírito está em razão da elevação das idéias; portanto, todo Espírito meticuloso nos detalhes da forma, que prescreve puerilidades, em uma palavra, que liga importância aos sinais e às coisas materiais, acusa, por isso mesmo, uma pequenez de idéias, e não pode ser verdadeiramente superior. A. K. Revista Espírita 1860 206.
Afinal, o governador da cidade “se apoiava num cajado”?

Nosso Lar cpt 03
Um deles afagou-me a fronte, como se fora conhecido pessoal de longo tempo e acentuou: — Estamos nas esferas espirituais vizinhas da Terra
ANALISE_ Esta afirmação “ser vizinha” é diferente a descrição que André afirma que a colônia esta em cima da cidade do RJ.

Nosso Lar cpt 08
“Nosso Lar” é antiga fundação de portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI.
ANALISE_ Fica mais curioso saber que a colônia existia antes mesmo da publicação dos livro dos espíritos e os espíritos superiores se absterão de divulgar isso.
Nascido no século XIX, no dia 18 de Abril de 1857, com a publicação de O Livro dos Espíritos

Nosso Lar cpt 09
Ele, porém, solicitou audiência ao Ministério da União Divina e, depois de ouvir o nosso mais alto Conselho, mandou fechar provisoriamente o Ministério da Comunicação, determinou funcionassem todos os calabouços da Regeneração, para isolamento dos recalcitrantes, advertiu o Ministério do Esclarecimento, (...)A colônia ficou, então, sabendo o que vem a ser a indignação do espírito manso e justo.
ANALISE_ Vemos que no momento que o Ministério da Comunicação era imprescindível foi fechado e curiosamente ao invés de se abrir conversação fraterna se abriu os CALAbouços da regeneração para isolar os insatisfeitos.
Nisso a colônia conhece a indignação do espírito manso e justo o que é um enorme paradoxo, pois aquilo que é enquanto é não pode não ser segundo o principio de não contradição de Aristóteles

Conta uma conhecida fábula que sobre um sábio chinês, que após um sonho, ficou em dúvida pelo resto da vida, sobre se ele era um homem que sonhou que era uma borboleta, ou se era uma borboleta sonhando que era um homem.
Nosso Lar cpt 12
O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de ZONA PURGATORIAL, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena. A imagem não podia ser mais clara, mais convincente.

ANALISE_ P U R G A T Ó R I 0 PROVENIENTE DE PURGAR: tornar puro, purificar, limpar.
PARA O CRISTIANISMO: lugar de purificação das almas dos justos, antes de admitidos na bem-aventurança. P. ext. qualquer lugar onde se sofre por algum tempo. O Evangelho não faz menção alguma do purgatório, que só foi admitido pela Igreja no ano de 593, como dogma: era o lugar menos doloroso para as almas, bastando preces ditas ou encomendadas (orações pagas), para que o interessado não fosse ao fogo, mas ao Céu. Isto deu origem à venda de indulgência, ou seja, a remissão do pecado pelo pagamento de uma determinada quantia em dinheiro. (1) cap. V

SEGUNDO O ESPIRITISMO: 1013. O que se deve entender por purgatório?
— Dores físicas e morais: é o tempo da expiação. É quase sempre na Terra que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos faz expiaras vossas faltas.
Comentário de Kardec: Aquilo que o homem chama purgatório é também uma figura pela qual se deve entender, não algum lugar determinado, mas o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em expiação até a purificação completa que deve elevá-los ao plano dos Espíritos felizes. Operando-se essa purificação nas diversas encarnações, o purgatório consiste nas provas da vida corpórea.

Nosso Lar cpt 17
Em seguida, chamou-me Lísias para ver algumas dependências da casa, demorando-me na Sala de Banho, cujas instalações interessantes me maravilharam.
ANALISE_ Bem sobre espírito se banhar teríamos que primeiro saber como se suja um espírito?

Nosso Lar cpt 18
Almas gêmeas, almas irmãs, almas afins, constituem pares e grupos numerosos. Unindo-se umas às outras, amparando-se mutuamente, conseguem equilíbrio no plano de redenção. Quando, porém, faltam companheiros, a criatura menos forte costuma sucumbir em meio da jornada.
ANALISE _ A crença na alma gêmea vem da lenda de que o Criador ao fazer o homem teria percebido que sua obra estaria incompleta, teve então a idéia de retirar do próprio homem uma parte e assim criou a mulher.
Desde este momento, homem e mulher vivem a busca da sua outra metade para serem felizes.
Entretanto a Doutrina Espírita é taxativa em afirmar que “não existe união particular e fatal entre duas almas”, isto é, não existem almas gêmeas.

Consultado o LIVRO DOS ESPIRITOS O QUE ENCONTRAMOS.
298. As almas que se devem unir estão predestinadas a essa união desde a sua origem, e cada um de nós tem, em alguma parte do Universo, a sua metade, à qual algum dia se unirá fatalmente?
— Não; não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe entre os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam, ou seja, de acordo com a perfeição que adquiriram: quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males humanos; da concórdia resulta felicidade completa.

299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que certos Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?
—A expressão é inexata; se um Espírito fosse à metade de outro, quando separado estaria incompleto.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Legitima defesa x Entregue sua arma



 
Qual sua atitude em uma situação de risco?
Você esta preparado para defender seu patrimônio e a sua família?
Há quanto tempo você não faz manutenção de sua arma?
Qualquer pessoa com coordenação motora pode atira, mas acertar o alvo exige pratica e treinamento, para isso venha fazer um curso de tiro prático.

A violência nas cidades está aumentando continuamente, saber avaliar e estar preparado para exercer sua legitima defesa, não se resume a ter uma arma guardada em cima do guarda roupa ou escondida em baixo da cama.
Aprender ou aprimorar o tiro, ter reflexo, precisão é fundamental para garantir a tranquilidade e a segurança da sua família e a sua. O objetivo é aprender a atirar bem, melhorando a autoestima e confiança.
Em um ambiente acolhedor onde não se reúne alunos, mas sim amigos, contamos com cozinha para confraternizar, em jantares, churrascos e entre um aperitivo e outro bater papo, e trocar informações relevantes, sobre segurança, politica e assuntos diversos.

Não cultuamos e não fazemos apologia à violência, aqui todos somos pessoas perfeitamente normais, com os seus empregos, famílias, e que, nas suas horas livres, se dedicam, ao tiro prático.  



domingo, 3 de junho de 2012

Federação espirita não representa o espiritismo


Quem não se lembra de um filme chamado "A Fantástica Fábrica de Chocolates", no qual um grupo de crianças vence o concurso das barras de chocolate Wonka e tem acesso a misteriosa, mágica e fantástica fabrica de chocolate, onde segredos bizarros, da fabricação do produto estavam até então trancafiados a sete chaves?

TITULO ORIGINAL ( A Fantástica FEBrica De Misticismos )
Esta é a FEB, a Federação Espírita Brasileira, a Nossa Fantástica FEBrica de Misticismos


Essa é a sinopse do filme que teve 2 versões, a de 1971 e a de 2005, mas há um terceira versão não-oficial, A Fantástica FEBrica de Misticismos, onde a palavra "fantástica" tem seu significado natural  restabelecido e quer dizer "fantasioso", "inacreditável" mesmo; a alteração de "fábrica" para FEBrica, tem 2 significados além da evidente homofonia: o primeiro está na alusão a FEB que é rica em misticismos e o segundo, que a FEB está rica financeiramente, graças exatamente ao misticismo que produziu em sua fábrica e distribuiu em diversos pontos de "revenda" pelo Brasil, ou seja, os centros espíritas, nos quais encontrou consumidores ávidos por novidades místicas, os misticólatras.

Assim como nos filmes, nossa fábrica tem seu Willy Wonka ou melhor, vários Willies Wonkas, ou seja, os  homens que criaram a fábrica e seus respectivos Oompa Loompas, isto é, outras pessoas que ajudam o dono da fábrica a manter o misticismo em alta nas vendas, leia-se autores e público que vão aos centros espíritas que, em sua imensa maioria, são multiplicadores de misticismos.

Bem, o humor inicial foi importante para estabelecer a comparação entre a FEB, que alimentou a onda mística no movimento espírita e o filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate", mas esse artigo não é de humor, portanto vamos à profundidade que cabe a esse tema.

Inicialmente, vejamos qual o papel de FEB, além de editar livros. "Promover o estudo, a prática  e a difusão do Espiritismo, com base nas obras da Codificação de Allan Kardec e no Evangelho de Jesus, a prática da caridade espiritual, moral e material dentro dos princípios espíritas; e a união solidária e a unificação do Movimento Espírita, colocando o Espiritismo ao alcance e a serviço de todos."

Vamos agora analisar o texto acima: o texto fala que o estudo, a prática e difusão do Espiritismo são feitos com base nas obras de Kardec. Onde isso? No centro que freqüentei, as palestras públicas usavam apenas o Livro dos Espíritos e o Evangelho Segundo o Espiritismo e ainda assim, os palestrantes sempre os usavam como pano de fundo para suas palestras, pois falavam mais de Chico e Divaldo e seus respectivos "causos" do que de Kardec e quando se aventuravam a falar de Kardec, se restringiam à leitura das questões, além é claro de esquecerem de citar as demais obras da Codificação, ou seja, Livro dos Médiuns, Céu e Inferno e a Gênese, quanto mais estudarem e só se  difunde e pratica o que se sabe, o que se conhece. E não creio que nos demais centros espíritas desse Brasil a coisa seja diferente.

O texto fala que o estudo, a prática e a difusão do Espiritismo são feitos também com base no Evangelho de  Jesus. Neste parte é verdade, aliás é a prática corrente na maioria dos encontros espiritas e dos centros espíritas: os temas dos encontros e palestras dos centros são na imensa maioria das vezes sobre Jesus, não o Jesus guia e modelo da questão 625 de O Livro Dos Espíritos, mas  o Jesus da Bíblia, do Novo Testamento, além de personagens como Zaqueu, Maria de Nazaré, Maria Madalena, Pedro, Paulo e outros, todos falados nesses eventos com uma reverencia além do limite, como se fossemos católicos falando dos santos de sua devoção. Quando esse pessoal vai perceber que para nós, espíritas, bastaria ler o Evangelho Segundo o Espiritismo?

Há, como exemplo do que digo, um encontro espírita que ocorre todo ano, no período do Carnaval (este é outro misticismo do qual falarei mais adiante) a COMEERJ. Vejamos alguns títulos que essas COMEERJ's tiveram e se eles lembram o espiritismo em alguma coisa:


I  “Evangelizemo-nos – ‘Construamos a nossa casa íntima com os tijolos do Evangelho de Jesus’” 1980 (Neste é evidente o caráter evangelista)
II “A vida é importante?” Com a palavra Jesus, Kardec e você.“ 1981 (Neste puseram Kardec só para disfarçar)
III “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? JESUS.” 1982 (Neste, pelo menos, usaram a questão 625 como mote)
IV “A missão espiritual do Brasil” 1983 (Primeira propaganda do chiquismo, Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. E sobre Kardec? Sobre a codificação? Nada.)
“Conflitos atuais: onde a esperança?” 1984
VI “As Leis Morais” 1985 (Parece que entramos na doutrina, não? Nada disso, as Leis Morais eram nesse ano sobre moralismo)
VII “Por que o Espiritismo?” 1986 (Enfim algo sobre o espiritismo!)
VIII “Ave Cristo!” 1987 (Outra propaganda do chiquismo, com o livro do mesmo nome: AVE, CRISTO de Emmanuel)
IX “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo!” 1988 (Outra evidente prova de evangelismo)
“Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados.”1989 (O que faz essa citação de Paulo de Tarso aqui?)
XI “É tempo de Regeneração!” 1990
XII “Um sentido para a vida” 1991
XIII “Revelação Espírita” 1992 (Até que enfim de novo!)
XIV “Herdeiro de Deus” 1993 (Uma propaganda de Divaldo e Joanna de Angelis)
XV “Por amor à vida!” 1994 (Tema escolhido por causa de uma campanha da FEB, de mesmo nome)
XVI “Senhor, que queres que eu faça?” 1995 (outra citação tirada da Bíblia)
XVII “O Homem de Bem” 1996 (tema tirado de O Evangelho Segundo o Espiritismo)
XVIII “Agora é o tempo!” 1997
XIX “Desperte e seja feliz” 1998
XX “Lar, semente do amanhã.” 1999 (Este tema foi escolhido por causa da campanha da FEB: VIVER EM FAMILIA, APERTE ESSE LAÇO ou algo assim)
XXI “Brasil e Espiritismo: compromisso com Jesus” 2000 (Alguém me explica: por que não COMPROMISSO COM A PROPRIA CONSCIENCIA? Não soaria mais espírita?)
XXII “Evangelizar é missão do Brasil” 2001 (Essa mania de evangelizar e ainda põe um papel messiânico ao Brasil.)
XXIII “O arado está pronto, a terra espera. Arai!.” 2002 (tirado de O Evangelho Segundo o Espiritismo)
XXIV “Jesus e Nós: uma trajetória de amor” 2003 (Novamente Jesus. E ainda apelam dizendo uma trajetória de amor)
XXV “Desperta, ó tu que dormes! Acorda e sê feliz.” 2004(que mania de tirar citações da Bíblia)
XXVI “Homem novo. Mãos à obra!” 2005 (Outra citação de Paulo de Tarso)
XXVII “Viver pela Fé” 2006 (Viver pela fé ou pela razão? Podiam pelo menos por o "raciocinada" depois da palavra "Fé")
XXVIII “Quem ama muda a história da Humanidade. 150 anos de Doutrina Espírita” 2007 (Pensei que não ia se falar de Doutrina de novo) 
XXIX  “A arte de viver é ousar com o Cristo”  2008 (Cristo? Cristo!!?? Podiam pelo menos chamar de Jesus. Mas, o importante é que nao se falou de Espiritismo... outra vez!)
XXX “Que fazeis de especial?” 2009 (Mais uma citação tirada da Bíblia)
XXXI “Conheces a verdade. Agora liberta-te” 2010 (Mais outra citação Bíblica)

Como vimos somente 3 em 31 encontros tiveram algo a ver com Espiritismo e isso em um encontro espirita. Exatos 10%. Muito pouco para quem promove o estudo, prática e difusão espirita com base nas obras de Kardec e muito para quem tem o objetivo de fazer propaganda (90%) sobre evangelização: falar sobre o Evangelho de Jesus. Tudo bem que não é a FEB quem patrocina diretamente esses encontros, mas está indiretamente sobre sua chancela, já que quem promove a COMEERJ é o CEERJ (Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro), federativa da FEB, a quem obedece e segue.
Como já vimos no artigo Os Casos de Lesa-Doutrina - Parte 3  o responsável por esta devoção desmedida que os "espiritas" tem por Jesus (e até Maria de Nazaré) foi Bezerra de Menezes, um dos primeiros presidentes da FEB e também o principal (ir)responsável pelo primeiro misticismo da FEBrica de Misticismos: por sua devoção desmedida, ele (que havia sido catolico - havia?) criou a obrigatoriedade estatutária de se ler e estudar Os Quatro Evangelhos de Roustaing juntamente com as Obras Básicas (ver Os Casos de Lesa-Doutrina - Parte 1). Bezerra foi o primeiro Willy Wonka da FEBrica pois contaminou toda um população de espíritas, da época e do futuro, que já vinham predispostas a crerem cegamente em misticismos por não estarem acostumadas ao DNA da razão e do pensamento.
Mas, se Bezerra fabricou só um misticismo que gerou automaticamente outro, ele fez até pouco em termos de quantidade de misticismos, mas eram misticismos-sementes que gerariam misticismos mais perigosos, influentes e duradouros através de outro Willy Wonka, Chico Xavier, que incrementaria a produção de muito mais misticismos. E para quem não acredita que um raio caia duas vezes no mesmo lugar, Chico assim como Bezerra havia sido católico também (novamente pergunto: havia? deixou de ser?  Quando?) e tinha uma devoção por Jesus e Maria igual ou até maior que Bezerra (ver Os Casos de Lesa-Doutrina - Parte 5) que contaminou de vez o Movimento Espirita. E desta vez, o Willy Wonka Chico Xavier não viera sozinho, trouxera um Oompa Loompa chamado Emmanuel e outros Oompa Loompas se seguiram, dentre os quais, André Luiz.
Estes dois Oompas foram responsáveis por incrementar de maneira rápida a produção de misticismos que foram:
- Colônias Espirituais, nas quais os espíritos se sujam, se cansam, se alimentam pois sentem fome, tomam banho e outros absurdos.
- Colônias espirituais muradas e com baterias elétricas (???) que atiravam dardos magnéticos (???) nos pobres espíritos umbralinos queriam entrar na colônia. Tem certeza que isso não é uma mistura de guerra medieval com Star Wars?
- Umbral, versão espiritólica do Hades, parecida com o Sheol dos hebreus (onde havia choro e ranger de dentes lembram?)
- Os ovóides. Sem comentário.
- Espiritismo ser um triangulo formado por ciencia, filosofia e religião(???) do qual a religião é o vértice mais importante??? Acho que Emmanuel não leu O Que é o Espiritismo, no qual o codificador fala que o espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corporal.E mais atrás, Kardec diz: "Como Ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como Filosofia, compreende todas as Consequencias Morais que dimanam dessas mesmas relações." Aprendeu, Emmanuel jesuíta? Espero que pelo menos alguns espíritas tenham lido essas palavras de Kardec: espiritismo é ciencia, filosofia e consequencias morais.

- O telefone toca de lá para cá. Outra baboseira sem tamanho de Emmanuel. Kardec sempre foi favoravel a evocar (chamar) os espíritos para se comunicarem e nao deixar a vontade deles sempre pegarem o telefone, como Chico e Emmanuel diziam, e falarem o que quiserem, dizerem que eram quem queriam ser sem serem e falarem o que queriam. O telefone de lá para cá também serve pra receber trotes espirituais.

-Almas gemeas; animais no plano espiritual; assertivas astrológicas com razão de ser; aeróbus; Bônus-horas; espíritos guias (Clarêncio) com cajado luminoso na mão!!! (será que ele além de coxo era cego? Ou será que não era espírito elevado? )ou será que tudo isso e muito mais, não saiu da cabeça de Chico Xavier?

Bom, tenha sido da cabeça de Willy Wonka Xavier ou de algum de seus Oompa Loompas, o fato é que se trata de fantasias nas quais diversas pessoas cairam e caem ainda, pois o 2º Wonka morreu assim como  o 1º, mas o estagiário Wonka III, ou melhor, Divaldo Pereira Franco estava a postos com sua Oompa Loompa Joanna, mas por ser muito prolixo seus misticismos foram menos eficazes que o do 2º Wonka: ninguem adorou Sai-Baba, ninguem ficou a favor de Ramatís como ele, Divaldo tinha ficado. Os Oompas de Divaldo Wonka também eram prolixos. Eram Vianna de Carvalho e Joanna de Ângelis que exageravam na linguagem dificil e por isso tiveram menos sucesso que seus antecessores, Emmanuel e André, peritos na arte de mistificar.

Então, a parte de Divaldo na FEBrica de Misticismos ficou com a ampliação do mercado consumidor: espalhar o misticismo pelo mundo (ver O Espiritismo Made In Brazil), mas não se esqueceu do mercado interno do Brasil e lançou um produto místico, de segunda mão, é verdade: As Crianças Indigo e as Crianças Cristal.

Estes 3 (Bezerra, Chico e Divaldo) são os principais Wonkas da FEBrica de Misticismos, mas não os únicos. Tivemos também Guillon Ribeiro (que enalteceu Roustaing contra Kardec e como se não bastasse, introduziu Pietro Ubaldi); Bitencourt Sampaio e Sayão Rodrigues (que endeusaram um espírito a quem chamaram de anjo Ismael);Carlos Baccelli, Marlene Nobre e Geraldinho Lemos Neto (que endeusavam e endeusam Chico inventando mais misticismos sobre ele); Heigorina Cunha (a que desenhou o que teria visto em sonhos a colonia de Nosso Lar); Edgard Armond (que trouxe para o Movimento crenças esotéricas, tal como Os Exilados de Capela) e outros anônimos ou menos conhecidos, que deram sua cota de misticismos ao já mistico Movimento Espírita. Para isso e muito mais ver Os Casos De Lesa-Doutrina - Parte 4.

E assim, a FEBrica de misticismos foi aumentando sua área de influência e invadiu os centros espíritas. E não foi dificil, pois os dirigentes dos centros além do público freqüentador eram e são muito religiosos, para não dizer místicos e são desacostumados a pensar criticamente, racionalmente, até mesmo por terem uma visão mágica do espiritismo, do mesmo modo que um evangélico espera de sua igreja: a salvação (que equivale a solução de seus problemas por forças que não são as suas), mas sem estudar Kardec e a Codificação não há como. E, na busca por uma salvação mistica, que não virá, o público toma passes a perder de vista, como se fosse um placebo (ver Efeito Passebo) e até mesmo os mediuns tomam passes, seja por desinformação, seja por comodismo. E eu ja vi, na COMEERJ, um dirigente tomar passes por estar cansado e sair do passe revigorado. Puro efeito psicológico!

Se vê nas casas espíritas também as famosas garrafinhas de água para fluidificar que as pessoas deixam em uma salinha, destapadas, enquanto a palestra se desenvolve no salão principal. Quando a mesma termina, as pessoas pegam suas garrafinhas na esperança de que a água tenha criado as bolinhas, que nem a água mineral. Para elas  (as pessoas) as bolinhas são sinal evidente de ação dos espiritos magnetizando a água. Porém, a água fluidificada nada tem a ver com espiritos. O medium, segundo a doutrina, pode ter a fé, a vontade e até trabalhar no serviço de magnetização, mas se não tiver em si a capacidade que não é mediunica e sim anímica, isto é, uma especialidade não comum a todos os mediuns, não vai transferir nada exatamente por não ter essa capacidade.Fora disso, é que nem no passe, o que se doa é efeito placebo.

Outro misticismo bastante comum nos centros é escrever o nome do encarnado ou do desencarnado, com os respectivos dados para por na caixinha para irradiação. Não sei  o que seria essa tal irradiação, mas sei que os nomes que estão na caixinha não são lidos. Ou acham que em um centro bem frequentado, os mediuns separam os encarnados dos desencarnados (sim, são colocados na mesma caixinha) e lêem um por um?

Outra prática mística que envolve algo que nada tem a ver com Espiritismo, é o receituário mediunico. Não são todos os centros, mas alguns o tem e o que se envolve e nada tem a ver com a doutrina, é a homeopatia. O pessoal é mistico, mas não é burro, pois uma receita com homeopatia não configura exercicio ilegal da medicina, mas já se fosse remédio alopático, configuraria.

Nesta receita, a coisa (não) funciona assim: você dá o nome, idade, endereço da pessoa que está obsidiada supostamente ou doente e em uma semana você pega o resultado psicografado que vem com Intervenção (se há necessidade de visita espiritual, na qual um guia iria até seu endereço) e/ou Interferencia Espiritual (no caso da pessoa estar obsidiada, o nome já iria para irradiação.De novo, o que seria essa tal irradiação? Mas sei que os nomes que acusam isso não são lidos, pois são muitos os nomes). E a intervenção se faz durante 3 terças ou sábados seguidos e é marcada. Uma pergunta meio jocosa: para que o endereço se quem vai fazer a visita é um guia espiritual? Será que o guia espiritual precisa de um Guia Rex?

E eu arderia no inferno, se ele existisse, pelo que confessarei agora. Uma vez dei o nome do meu cachorro para o receituário e veio na receita: passes, agua fluidificada, 3 remédios homeopaticos, intervenção e interferência espiritual. E o psicografante nem se tocou que era para um cão, que nem espírito tem. 

Poderiamos continuar com a relação de misticismos que a grande maioria dos espiritas se acostumou e até se acomodou a conviver, mas seria chover no molhado. Quem não é mistico e é coerente, sabe quais são as práticas e crenças místicas e não teme ser engolfado por uma delas e quem é mistico ou religioso, sabe muito bem quais são as crenças e práticas com que convive e não admite que são práticas ou crenças misticas, porém não se envolvem com a Codificação, com Kardec.

E a FEBrica de misticismo segue omissa no seu papel de Federação Espírita. Omissa e indiferente ao que suas filiadas diretas (as federativas) e indiretas (os centros espíritas) produzem em nome do espiritismo, mas que de espíritas não tem nada.

Por Jorge Mutra Editor do site
http://espiritismocomprofundidade.blogspot.com.br

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