Pesquisar este blog

Seguidores

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Reflexões e Máximas de Allan Kardec 3ºPARTE



Reflexões e Máximas de Allan Kardec 3ºPARTE

Fragmentos extraídos dos doze primeiros anos da “Revista Espírita”



R. E. 1864, p. 103: “O controle universal é uma garantia para a unidade futura do Espiritismo e anulará todas as teorias contraditórias. É aí que, no porvir, se buscará o critério da verdade. O que fez o sucesso da Doutrina, formulada em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns, é que, por toda parte, cada um pode receber diretamente dos Espíritos a confirmação daquilo que eles contêm.
Se, de todas as partes, os Espíritos tivessem vindo contradizê-los, esses livros teriam depois de muito tempo tido a sorte de todas as concepções fantásticas. Mesmo o apoio da imprensa não os teria salvado do naufrágio, enquanto que, mesmo privados desse apoio, não deixaram de fazer um caminho rápido, porque tiveram o apoio dos bons Espíritos cuja boa vontade compensou, e ultrapassou, a má vontade dos homens. Assim o será de todas as idéias emanadas dos Espíritos e dos homens, que não puderem suportar a prova desse controle, do qual ninguém pode contestar o poder.”
R. E. 1859, p. 176: “Os Espíritos são aquilo que são, e não podemos mudar a ordem das coisas; não sendo todos perfeitos, não aceitamos suas palavras senão sob análise e não com a credulidade das crianças; julgamos, comparamos, tiramos as conseqüências de nossas observações, e mesmo seus erros são para nós ensinamentos, porque não fazemos abnegação de nosso discernimento.
Essas observações se aplicam igualmente a todas as teorias científicas que os Espíritos possam dar. Seria muito cômodo ter apenas que os interrogar para encontrar a ciência toda feita, e para possuir todos os segredos industriais: não adquirimos a ciência senão ao preço do trabalho e das pesquisas; sua missão não é de nos livrar desta obrigação. Sabemos aliás, que não somente nem todos não sabem tudo, mas que há entre eles, como entre nós, falsos sábios, que crêem saber aquilo que não sabem, e falam daquilo que ignoram com o mais imperturbável desembaraço.
Um Espírito poderia então dizer que é o Sol que gira em torno da Terra e não o contrário, e sua teoria não seria mais verdadeira porque vinda de um Espírito. Que aqueles que nos supõem uma credulidade assim pueril, saibam pois que tomamos toda opinião exprimida por um Espírito por uma opinião individual; que não a aceitamos senão depois de a haver submetido ao controle da lógica e dos meios de investigação que a própria ciência Espírita nos forneceu.”
R. E. 1859, p. 178: “Nossos estudos nos ensinam que o mundo invisível que nos cerca reage constantemente sobre o mundo visível; no-lo mostram como uma das forças da Natureza; conhecer os efeitos desta força oculta que nos domina e nos subjuga com nosso desconhecimento não é ter a chave de mais um problema, a explicação de uma multidão de fatos que passam desapercebidos? Se esses efeitos podem ser funestos, conhecer a causa do mal não é ter um meio de se prevenir, como o conhecimento das propriedades da eletricidade nos tem dado o meio de atenuar os efeitos desastrosos do raio? Se então sucumbirmos, não poderemos nos queixar senão de nós mesmos, porque não teremos a ignorância por desculpa. O perigo está no império que os maus Espíritos impõem sobre os indivíduos, e esse império não é somente funesto do ponto de vista dos interesses da vida material. A experiência nos ensina que jamais é impunemente que alguém se abandona à sua dominação; porque suas intenções não podem nunca ser boas. Uma de suas táticas para chegar a seus fins é a desunião, porque sabem muito bem que poderão facilmente tirar vantagens daquele que está privado de apoio; também, seu primeiro cuidado, quando querem se apoderar de alguém, é sempre o de lhe inspirar a desconfiança e a antipatia por quem possa desmascará-lo com esclarecimentos, por conselhos salutares. Uma vez senhores do terreno, podem, a seu gosto, fasciná-lo com promessas sedutoras, subjugá-lo lisonjeando suas inclinações, aproveitando para isso todos os pontos fracos que encontram, para melhor fazê-lo sentir em seguida a amargura das decepções, afligi-lo em suas afeições, humilhá-lo em seu orgulho e, freqüentemente, elevá-lo por um momento senão para o precipitar de mais alto.”
Para se prevenir contra tais perigos, Allan Kardec nos dá o seguinte sábio conselho:
R. E. 1859, p. 180: “Direi primeiro que, segundo o seu conselho – o conselho de seus Guias – Eu não aceito jamais nada sem exame e sem controle; não adoto uma idéia a não ser que ela me pareça racional, lógica, se está de acordo com os fatos e as observações, se nada de sério a vem contradizer.
Mas meu julgamento não poderia ser um critério infalível; o consentimento que tenho encontrado junto de uma multidão de gente mais esclarecida do que eu é para mim uma primeira garantia; encontro uma outra, não menos preponderante, no caráter das comunicações que me têm sido feitas desde que me ocupo com o Espiritismo; jamais, posso dizê-lo, escapou uma única dessas palavras, um só desses sinais pelos quais se traem os Espíritos inferiores, mesmo os mais astuciosos; jamais dominação; jamais conselhos equivocados ou contrários à caridade e à benevolência, jamais prescrições ridículas; longe disso, não encontrei neles senão pensamentos grandes, nobres, sublimes, isentos de pequenez e mesquinharia; em uma palavra, suas relações comigo, nas menores, como nas maiores coisas, têm sido sempre tais que, se tivesse sido um homem que me houvesse falado, eu o teria pelo melhor, o mais sábio, o mais prudente, o mais moral e o mais iluminado. Eis, senhores, os motivos de minha confiança, corroborada pela identidade de ensinamento dado a uma multidão de outras pessoas, antes e depois da publicação de minhas obras...”

2 comentários:

R. E. 1859, p. 178: “Nossos estudos nos ensinam que o mundo invisível que nos cerca reage constantemente sobre o mundo visível; no-lo mostram como uma das forças da Natureza; conhecer os efeitos desta força oculta que nos domina e nos subjuga com nosso desconhecimento.....
Diante desta observação se consegue entender o que diz Herculano Pires no seu livro "O Espírito e o Tempo"... desde os primordes da civilização o homem procura a dinvidade. Começa por aí os questionamentos diante das influências deste mundo invisível nos três reinos: mineral, vegetal e animal(seguindo uma linha no tempo a sistematização da escala dos reinos por ordem de evolução do Espírito). Então a Doutrina Espírita não vem desmentir as verdades contidas dentro das crenças que a antecederam e sim dar uma melhor compreensão nas influências que essas forças invisíveis exercem ao terceiro reino racional(o homem). E com o objetivo de consolar e esclarecer na ajuda do ser se conhecer e por fim buscar a sua transformação moral, evitando assim as influências maléficas, bem como ser ele próprio o influenciador de bons pensamentos e ações. E assim se completa este raciocínio com mais uma colocação contida nesta mesma questão da Revista Espírita (p. 178 - RE 1859).. O perigo está no império que os maus Espíritos impõem sobre os indivíduos, e esse império não é somente funesto do ponto de vista dos interesses da vida material.

Onde esta a parte 1ª parte da Reflexões e Máximas de Allan Kardec? Só encontrei da 2ª em diante. Maneira legal de estudar a Revista Espírita. Está de parabéns quem postou estas máximas neste site.

Esta aqui
http://ensinoespirita.blogspot.com/2010/02/reflexoes-e-maximas-de-allan-kardec.html

A História do Café da Manhã